domingo, 27 de março de 2011

EVANGELIZAÇÃO ESTILOSA


Muitas igrejas estão usando estratégias mundanas e carnais para a evangelização. Dentre as estratégias estão os jograis, as coreografias e dramatizações. Segundo alguns líderes, precisamos criar uma disposição interior no incrédulo a ponto de extrair dele uma resposta emocional. Esse pensamento tem empurrado para a periferia uma série de princípios bíblicos, inclusive, o arrependimento. Jesus, o maior pastor evangélico do mundo, veio pregando o arrependimento “Desde então, começou Jesus a pregar e a dizer: arrependei-vos porque é chegado o Reino dos céus” (Mat. 4:17). A temática das mensagens paulinas era a convocação ao arrependimento. No areópago diante dos guardiões da filosofia ateniense Paulo se expressa dizendo: “Mas Deus, não tendo em conta os tempos da ignorância, anuncia agora a todos os homens, em todo lugar, que se arrependam” (Atos 17:30). Diante do rei Agripa, o apóstolo foi contundente: “Pelo que ó rei Agripa, não fui desobediente à visão celestial, mas anunciei primeiramente aos de Damasco e em Jerusalém, e por toda a região da Judéia, e aos gentios, que se arrependessem e se convertessem a Deus, praticando obras dignas de arrependimento (Atos 26:19-20). Portanto, só há uma verdade que salva o homem da condenação eterna: o arrependimento. Se a obra de evangelização for realizada através de estratégias mundanas e carnais como dramatizações, coreografias e jograis estaremos produzindo um grande número de pessoas fazendo profissões de fé vazia, ou seja, as Boas Novas de Cristo dão lugar às más novas de uma fé traiçoeira. Traiçoeira porque não faz qualquer exigência moral para a vida dos pecadores que se encontram no mar de iniqüidade. Nas suas viagens missionárias, Paulo lançava a rede do Evangelho Santo e Simples e muitos se rendiam a Cristo. Paulo não lançava palha, nem feno a seus ouvintes; não usava truques psicológicos, nem entretenimento; não manipulava as emoções dos ouvintes através de uma apresentação profissional. Estamos vivendo a época da evangelização estilosa, hollywoodiana. Alguns defensores desse tipo de evangelização dizem: “É necessário um novo estilo de apresentar o Evangelho a fim de não enfadar os ouvintes, caso contrário, não iremos alcançar os perdidos da cultural atual”. Outros reforçam ainda: “Se não apresentarmos o novo estilo de pregar o Evangelho, o culto será chato; é preciso ter um pouco de show, palhaçada e humorismo”. É preciso entender que a obra de evangelização não depende da engenhosidade humana, nem deve ser realizada usando-se práticas mundanas. A obra de Deus está sob a direção do Espírito Santo e o Espírito Santo opera dentro dos limites da Palavra escrita de Deus. As Escrituras é o único manual perfeito para toda a obra de evangelismo. Buscar a sabedoria maculada deste mundo e suas práticas para assunto de evangelização é o mesmo que dizer que a Palavra de Deus não é suficiente. A mensagem da cruz é suficiente para toda obra de evangelismo; ela é em si mesma o poder de Deus para a salvação de qualquer homem, em qualquer contexto sócio-cultural-político-religioso, em qualquer tempo. Portanto, não precisamos correr atrás de estratégias mirabolantes e esdrúxulas. O teólogo liberal Rudolf Bultmann disse: “A igreja deve usar nova terminologia para que a mente científica e culta do atual século possa ser impactada”. Na visão de Bultmann a obra de evangelização deve ser contextualizada pelos padrões do mundo, ou seja, deve-se priorizar o mundanismo como um meio lícito de contextualização para evangelizar. A verdade é que quando a igreja usa a Palavra de Deus na evangelização para sacramentar métodos mundanos ela viola os princípios bíblicos absolutos de santificação do crente, separação e diferenciação do mundo. É impossível contextualizar o Evangelho pelas práticas maculadas da época sem alterar a própria essência da mensagem. Não precisamos enfeitar, maquiar ou travestir a verdade de Deus como se tivéssemos vergonha de apresentá-la tal qual ela é, santa e simples. A Palavra de Deus é tão poderosa em nossa geração quanto era durante a história antiga da igreja. O poder do Evangelho é tão forte neste século quanto era nos dias da Reforma. A temática da evangelização estilosa é: Deixe o pecador sentir-se confortável. Nesse contexto, os infiéis são tratados como fiéis e tudo fica pasteurizado e nivelado por baixo. O apóstolo Paulo nunca sacrificou a mensagem da cruz para ter uma colheita abundante. Sua mensagem não era divertida, nem culturalmente relevante e nem contextualizada à moda do dia. Em Atos 17:17-18, encontramos Paulo fazendo um trabalho de evangelização na praça e na sinagoga onde ele exaltava Jesus e a sua ressurreição confrontando seus ouvintes de modo direto e radical. Na ótica da evangelização estilosa a mensagem de Paulo foi descontextualizada e desconfortável para os ouvintes por isso ele foi chamado de paroleiro. Ora, tornar-se zeloso e devoto é um passaporte para a zombaria e perseguição. Um crente cheio do Espírito Santo pregando o Evangelho verdadeiro, garantidamente atrairá para si intolerância como o mel atrai formigas. Pregar o Evangelho santo e simples como fez Paulo é aceitar a zombaria, a rejeição, a impugnação. Anunciar o evangelho santo e simples com fez Paulo é sofrer desprezo de grandes e pequenos, ricos e pobres. Ademais, os sermões do Senhor Jesus e do apóstolo Paulo era o mais impopular e descontextualizado que podia existir, exatamente porque exigia compromisso integral e vida de renúncia. O grande mal da evangelização estilosa é que ela está dando às pessoas uma vacina para colocá-las para dormir para que cheguem ao inferno mais rápido. O teólogo fundamentalista Francis Schaeffer disse: “A tragédia da nossa situação hoje é que homens e mulheres estão sendo afetados por esta nova maneira de encarar a verdade a qual descaracteriza o verdadeiro Evangelho”. O respeitado teólogo D. M. Lloyd-Jones pontificou: “A reforma acabou com as peças teatrais na igreja, e é muito triste observar que pessoas estejam tentando nos levar de volta àquilo que os reformadores viram claramente o que estava ocultando o Evangelho. Se você fizer uma pantomima das Escrituras ou exibir delas uma representação dramática, estará desviando a atenção do povo para longe da verdade comunicada pelas Escrituras”. A evangelização estilosa alinha-se à cultura moderna o que leva a perder o padrão bíblico e diluir a doutrina. Enfim, ela está divertindo os incrédulos e os levando para o fogo eterno!


Ir. Marcos Pinheiro

segunda-feira, 7 de março de 2011

AI DE TI, MODERNISTA-LIBERAL!

AI DE TI, MODERNISTA-LIBERAL!

“Ninguém, de maneira alguma, vos engane; porque não será assim sem que antes venha a apostasia” (2 Ts 2:3). Nesse versículo a Bíblia diz claramente que haverá uma grande apostasia nos últimos dias. Estamos vivendo nesses dias! E, Como conseqüência dessa apostasia, a palhaçada e a malignidade entraram na igreja. Os pastores modernistas-liberais desejosos de agradar e de alcançar aprovação dos homens se esqueceram de Deus abrindo as portas de seus corações para todo tipo de lixo. Esses liberais colocaram suas Bíblias de lado e a substituíram por sermões aguados evitando falar sobre o sangue de Jesus, a existência do inferno, a vida de renúncia e a ira de Deus. São contadores de anedotas, oradores especialistas em motivação humana; tentam “fazer amigos e influenciar pessoas” por meio do carisma pessoal e das técnicas de vendas. Devido ao fato de viverem numa sociedade sexualmente devassa, os modernistas-liberais, contemplam o interminável desfile de sensualidade e concluem que, afinal de contas, as roupas indecentes não são tão ruins. Calam-se diante do desavergonhado nudismo em suas igrejas. Ora, a vestimenta dos homens e das mulheres de Deus tem de ser diferente das vestes de uma prostituta, se a piedade tem de ser provada pelas obras, a verbalização de ser crente também precisa ser visível em vestes decentes e apropriadas. Esses modernistas declaram sem o menor pejo que bebem vinho. Esquecem-se esses traficantes do mal da advertência contida em Provérbios 23:31: “Não olhes para o vinho, quando se mostra vermelho, quando resplandece no copo e se escoa suavemente”. O sacerdote não podia beber vinho “Não bebereis vinho nem bebida forte, nem tu nem teus filhos, quando entrardes na tenda da revelação, para que não morrais; estatuto perpétuo será isso pelas vossas gerações” (Lv 10:9). Esses falsários do Evangelho estimulam à indefinição, a dúvida, a malemolência amebiana, a aventura com ideologias satânicas e o ativismo político. Além de substituir o Evangelho da Graça pelo “evangelho” da ganância, esses propulsores do inferno, vomitam idéias que corrompem, prostituem e seduzem os filhos de Deus levando-os a duvidar dos atributos incomunicáveis de Deus, a Onipotência, a Onisciência e a Onipresença. Quando estão na mídia admitem que católicos, espíritas e protestantes são um só povo e os convidam para irem a suas igrejas para receberem bênçãos fantásticas a troco de ofertas que enriquecem. Esses agentes de Satanás oferecem às ovelhas que tosquia as secas ervas da terra arenosa de sua falsa teologia eivada de liberalismo e de ecumenismo, traindo o nome de Cristo e a confiança do povo simples. Alguns modernistas-liberais dizem: “As festas bíblicas são ordens sagradas do Senhor, portanto, devemos celebrar a festa dos tebernáculos”. Isso contradiz frontalmente o ensino neotestamentário do fim da Lei mosaica em Cristo Jesus: “Antes que a fé viesse, estávamos guardados debaixo da Lei; a Lei nos serviu de aio para nos conduzir a Cristo, depois que a fé veio já não estamos debaixo de aio” (Gl 3:23-25). Em época de eleições, é praxe dos modernistas-liberais usarem o púlpito de suas igrejas para dar vivas aos seus candidatos políticos esquecendo que o Senhor Jesus foi completamente alheio aos movimentos políticos do Seu tempo. Já ouvi de um modernista-liberal a seguinte declaração: “O jogo de baralho é um passatempo saudável para o crente, aliás, ninguém é de ferro”. A histórica da ciência oculta está estritamente ligada com a criação das cartas de jogar. Satanás e seus demônios estão envolvidos com cartas para o trabalho de adivinhação e esconjuração. Portanto, não há necessidade de se utilizar dos instrumentos de Satanás para se divertir. O profeta Jeremias adverte: “Ai dos pastores que destroem e dispersam as ovelhas do meu pasto” (Jr 23:1). Sempre que Deus usa a interjeição “Ai” na Bíblia, está anunciando julgamento. Portanto, Ai de ti, modernista-liberal, que rasgas os estatutos de Deus em favor das vis conveniências do dia-a-dia. Ai de ti, modernista-liberal, que acaricias os abismos, como se fossem o Caminho. Ai de ti, modernista-liberal, que espezinhas os santos por não se curvarem ao império da injustiça e tu a tudo assiste com a cumplicidade do silêncio. Ai de ti, modernista-liberal, que permites que a noite do mundo te inunde com suas trevas sufocantes e não tens força para dizer: “Afasta Satanás”. Ai de ti, modernista-liberal, que fazes da oração palavras vazia e não mais a poderosa arma do Espírito. Ai de ti, modernista-liberal, que premias o sorriso do fariseu e zombas da circunspecção do homem santo. Ai de ti, modernista-liberal, que perdeste a santidade, a simplicidade, a unção, as brancas vestes, a autenticidade, a comunhão com Cristo, o toque do Espírito Santo, o caminho da glória de Deus. Ai de ti, modernista-liberal, que ensinas a outrem e não te ensinas a ti mesmo, aperfeiçoando-te desgraçadamente no exercício da impiedade. Ai de ti, modernista-liberal, que toleras privilégios em favor dos ricos contra os simples e humildes. Ai de ti, modernista-liberal, que sem nenhum temor minimizas os pecados dos seus mais destacados contribuintes. Ai de ti, modernista-liberal, que falas bem dos líderes espirituais e piedosos do passado, mas não segue as suas palavras nem a sua dedicação a Deus. Ai de ti, modernista-liberal, que falas de santidade e permites que mocidade da igreja seja “abençoada” com concerto de Rock. Ai de ti, modernista-liberal, que caminhas com pés de gato sobre a Palavra de Deus deixando de anunciar todo o Conselho do Senhor. Ai de ti, modernista-liberal, que não vês nada de errado com os sodomitas e até oficias casamento entre pessoas de mesmo sexo. Ai de ti, modernista-liberal, que aderiste o legado do Movimento de Libertação da Mulher consagrando-a pastora e festejando o Dia Internacional da Mulher proposto pela figura histórica do feminismo, a marxista alemã Clara Zetkin. Ai de ti, modernista-liberal, que procedes semelhantemente aos bruxos da Nova Era que acreditam poder manipular as forças da natureza através de palavras mágicas e encantamentos.
Os pregadores de evangelhos falsificados não vão se calar; os falsos profetas vão continuar proliferando; os doutores do liberalismo, da teologia modernista, que fazem da Santa Bíblia um livro de mitos, vão continuar escrevendo livros e ensinando em seminários. Não podemos obrigá-los a se deterem, porém, temos de redobrar nossos esforços para a pregação do Evangelho verdadeiro.
Nessa época de permissividade, de frouxidão doutrinária, de desmoronamento da família, de degradação dos valores morais, de mesclagem das igrejas de Cristo com a blandícia e melonoplastia dos modernistas-liberais, persistamos em buscar honra e incorrupção. Jesus disse: “Eis que cedo venho e o meu galardão está comigo para dar a cada um segundo as suas obras” (Ap 22:12).

Ir. Marcos Pinheiro