sábado, 24 de dezembro de 2011

O LOUVOR DO SACOLEJO

O LOUVOR DO SACOLEJO

Na área do louvor a igreja contemporânea está celebrando sua lua-de-mel com o mundanismo. A igreja atual caiu no extremo de considerar que um louvor em que não há êxtase emocional é um louvor morto, que não tem valor. Desse modo, tem-se perdido o foco deixando de lado o aspecto racional e adotando o subjetivo com toque de “mistério”. A cultura do sacolejo penetrou em muitas igrejas evangélicas. O espaço do altar tornou-se palco de shows. A espiritualidade drogada tomou conta do público. Pessoas experimentam momentos de louvor, como se fosse viagens da droga crack. O louvor é um verdadeiro espetáculo: todos riem, todos gritam, todos pulam, todos saracoteiam, todos dançam, todos batem palmas, todos se sentem bem. O “ministro do louvor do sacolejo” é um showman. A platéia se sente tão bem, que tudo parece ser teatro. O sacrilégio é tão grande que, pasmem, até hinos de futebol são tocados em pleno culto, incentivado pelo ministro showman. Enfim, a igreja está entibiada pelo secularismo. O louvor é feito com sentimentos aguçados que se manifestam com sapateado, ginásticas psicodélicas, giros e gestos sensuais. Corinhos de conteúdo bíblico são esporádicos e, em algumas igrejas, são cantados com muita cautela para não espantar a freguesia. Sim, hoje não há mais membresia, é freguesia mesmo. Já que não há mais absolutos, vale tudo para conseguir “gente” para a igreja. Os templos estão parecidos com as casas de shows, e não me refiro apenas à estrutura física e suas parafernálias, tais como jogo de luzes coloridas e fumaça de gelo seco, mas também a sua ideologia. Nesse contexto, o louvor virou baderna. Predomina as “bailarinas de Jesus”, as “dançarinas de hula hula de Jesus”, enfim, predomina o sacolejo.

A música tem as características de um produto exposto para ser comprado e consumido. No louvor do sacolejo o público precisa ouvir, emocionar-se e sacolejar. Ou seja: sacolejo sim, reflexão não.

Os líderes do louvor do sacolejo ignoram a racionalidade do louvor, por isso são “doutores” em provocar sensações com o objetivo de produzir euforia. É preciso entender que o louvor verdadeiro começa na mente. O louvor que não passa pelo entendimento, não é verdadeiro. Se o louvor está saturado de elementos físicos, tais como apresentações de orquestras hábeis e comoventes, o louvor está comprometido e maculado. O teólogo puritano Richard Cox disse: “Todas as coisas na igreja devem ser puras e simples; devem-se remover o mais longe possível os elementos e pompas deste mundo”. Outro puritano, Stephen Charnock enfatizou: “O louvor é um ato do entendimento”. Portanto, no verdadeiro louvor é a mente que deve estar ativa e ser edificada e, as emoções são ativadas pelo que é reconhecido na mente e não pelo poder da música, do ritmo, da estridência ou movimentos gestuais. John Wesley disse: “Acima de tudo cante espiritualmente e cuide para que seu coração não seja arrebatado pela música”. A música é veículo, é meio. Em si mesma ela não é adoração. A música é método de expressão e o método nunca deve substituir a essência da adoração. John Wycliffe, o precursor da Reforma, criticou severamente o uso de sons que incitavam a dançar ou estimulavam os sentimentos no louvor. Agostinho, um dos pais da igreja, disse: “Logo que a música me proporciona mais deleite do que as próprias palavras, confesso prontamente que cometi um pecado grave”.

O problema dos ministros do louvor do sacolejo é que eles perderam a noção da função do cântico. Esquecem esses ministros sacolejadores que o cântico desempenha o papel de ensinar, aconselhar, corrigir e admoestar. O cântico deve instruir na boa doutrina. Mas, esses ministros e grande parte dos compositores contemporâneos compõem cânticos que ferem a riqueza e a profundidade das Escrituras. Sentem-se felizes em sacrificar a doutrina pela diversão.

Os cânticos cristãos devem ensinar uma teologia sólida, uma fé explícita e uma doutrina correta. Calvino disse: “O louvor é o cântico da Palavra”. Em carta escrita a Spalatinus, secretário de Frederick I, Lutero escreveu: “Nosso plano é seguir o exemplo dos profetas e os pais antigos da igreja e compor salmos de forma que a Palavra de Deus possa estar presente entre as pessoas em forma de cânticos”. Cânticos que simplesmente mencionam uma verdade, mas não desenvolve essa verdade são considerados omissos em conteúdo doutrinário. Um cântico que repete do começo ao fim que Jesus é Senhor, mas não acrescenta mais nada, não é um cântico contado entre aqueles com conteúdo teológico. Um cântico que repete várias vezes a frase “Eu te exalto Senhor” e não diz mais nada, é falho do ponto de vista teológico. Jesus é digno de exaltação, mas por que o exaltamos? Que alerta é dado concernente à dignidade do Senhor? Portanto, o cântico é manco e deixa a desejar. Um cântico que repete “Bendize ao Senhor, ó minha alma, pois ele tem feito grandes coisas” e em seguida diz uma porção de outras frases curtas sem expressar porque devemos bendizer ao Senhor, é um cântico teologicamente falho. O que são essas grandes coisas? O salmo 103 diz “Bendize ao Senhor, ó minha alma”, mas os vinte e um versículos seguintes dizem por que nossas almas devem bendizer ao Senhor. É necessário entender que a gratidão bíblica deve ter sua base em fatos objetivos e doutrinários. Se não for assim, é mero sentimentalismo.

Outra idéia errônea dos líderes sacolejadores do louvor é achar que os instrumentos são indispensáveis na adoração. Para eles, sem instrumentos não há adoração. A verdade é que os instrumentos não enriquecem o louvor, apenas disciplina, gerencia o canto da congregação. Em termos espirituais os instrumentos não contribuem em nada. Portanto, o verdadeiro louvor pode acontece com ou sem instrumentos. Charles Spurgeon não possuía nem um órgão em sua igreja, porque ele via como algumas das maiores igrejas haviam descido ladeira abaixo se desviando dos princípios bíblicos concernente ao louvor por causa de seus magníficos instrumentos, da pompa, do esplendor estético, da performance artística e da excepcional habilidade de seus organistas. A beleza e as habilidades musicais, em si mesmas, não são atos de louvor. Precisamos de um avivamento na área do louvor. Mas, avivamento não é descer à rua em marcha com sensacionalismo, euforia e gritaria. Avivamento não é ir ao shopping apresenta-se em cantata. Mas, é subir ao calvário com grande choro!

Ir. Marcos Pinheiro

domingo, 11 de dezembro de 2011

ASSEMBLÉIAS DE DEUS: ACORDEM !

ASSEMBLÉIAS DE DEUS: ACORDEM!

O crescente número de mulheres que estão sendo ordenadas para o ministério é um claro sinal de que a apostasia final já começou. Por muitos anos, somente elementos marginais dentro do pentecostalismo permitiam que elas doutrinassem, porém aquilo que começou como uma gota está agora se transformando em uma enxurrada. A Assembléia de Deus do Distrito Federal na pessoa do Sr. Sóstenes Apolos, homem teologicamente desnutrido, aderiu a apostasia da ordenação de mulheres ao oficialato eclesiástico. A enganação está aumentando e muitas ovelhas de Deus estão sendo enganadas por charlatães disfarçados de ministros do evangelho. Homens réprobos e saqueadores da sã doutrina. À semelhança de Israel, outros pastores da Assembléia de Deus engodados no “evangelho de goma de mascar”, estão causando o erro do povo “Os opressores do meu povo são crianças, e mulheres dominam sobre ele; ah! povo meu os que te guiam te enganam, e destoem o caminho das tuas veredas” (Is 3:12. Esses réprobos assembleianos fazem o jogo das mulheres mandonas e pregam comichões nos seus ouvidos. Eles morrem de medo das Jezabéis da igreja, por isso eles perguntam a elas o que elas querem que a igreja faça, ou seja, o importante é administrar interesses. Esses corruptos de entendimento pregam sobre Elias, mas não fazem o que Elias fez, nem deixam Elias pregar em seus púlpitos.
O espírito de Jezabel é aquele espírito Satânico que faz com que uma mulher domine sobre o homem. Há um ódio infernal contra a autoridade masculina. Esse espírito começou a caminhar a passos largos na Assembléia de Deus iniciando pelo Distrito Federal. O espírito de Jezabel é anti-pai e anti-Deus, o Pai.
As motivações que levam a ordenação de mulheres a pastoras não são fruto da investigação bíblica, mas sim, o resultado da influência do movimento feminista. Em nenhuma parte do Antigo Testamento uma única ocorrência será encontrada em que uma mulher serviu como sacerdotisa. O sacerdócio e o serviço no Tabernáculo/Templo eram vedados às mulheres e essa proibição nunca foi questionada durante o Antigo Testamento. No Egito, Babilônia e outros povos pagãos havia sacerdotisas. Isso para os judeus, que muitas vezes se identificavam com práticas pagãs, não deveria ser escandaloso terem sacerdotisas em seus templos. Contudo, é inexistente qualquer referência à sacerdotisa no templo do povo de Deus o que nos leva a concluir que não era por causa da mentalidade da época que não havia sacerdotisas nos templos judaicos, mas sim, e unicamente por razões de ordem divina. No Novo Testamento, pastores e diáconos eram exclusivamente homens. Cada um foi chamado e indicado pelo Espírito Santo. As qualificações deles são encontradas em I Timóteo 3:1-13 e Tito 1: 5-9. Portanto, mulheres pastoras é um oximoro espiritual e aqueles que estão sendo enganados por ele não são espiritualmente sábios. Vale salientar que a ordenação feminina ao pastorado é filha do triângulo amoroso entre Liberalismo Teológico, Feminismo e Filosofia unissex. O Liberalismo Teológico se esforça em adaptar a Bíblia aos movimentos culturais seculares e adota como hermenêutica a interpretação alegórica distorcendo textos literais das Escrituras como desculpa de contextualização cultural. O feminismo segue o mesmo modelo do Liberalismo Teológico, ou seja, faz uma releitura deturpada dos textos bíblicos que falam dos papéis das mulheres e dos homens a partir de uma perspectiva amoldada ao humanismo. A filosofia unissex procura deliberadamente acabar com as diferenças naturais entre sexos promovendo uma nova moralidade antibíblica, pois nada pode ser de si mesmo qualificado de errado.
Diante do exposto, como podem aqueles que defendem o ministério feminino explicar o fato de que, durante séculos da história da igreja, não há nenhuma evidência suficientemente considerável de mulheres sendo compelidas ao chamado pastoral? Se Deus designou mulheres para servir no sacerdócio, por que somente depois dos efeitos políticos do Movimento de Libertação da Mulher, houve de fato um ímpeto nessa direção? Será que Deus estava apenas esperando por essa mudança de posição da sociedade para desobstruir o caminho liberando o oficialato eclesiástico para as mulheres? Francamente é difícil compreender um crente piedoso e amante da sã doutrina se deixar levar por tamanha apostasia!
A obediência é o grande segredo de toda a devoção. A fonte de todo o mal desde o princípio tem sido a vontade independente. Onde quer que haja insubordinação haverá pecado e Deus é desonrado. Aceitar a consagração de mulheres ao pastorado é desacato, insolência e insubordinação à autoridade da Palavra de Deus. Pastores da Assembléia de Deus, amantes da Palavra, unam-se e levantem-se contra a apostasia da ordenação feminina. Rejeitem a doutrina dos Himeneus, dos Alexandres Latoeiros, dos Dimas, dos Filetos e dos Janes e Jambres. Rejeitem aqueles que confessam a Deus, mas negam-no com as suas obras sendo abomináveis e desobedientes. Rejeitem aqueles que deixando o caminho direito, erram seguindo o caminho de Balaão que amou o prêmio da injustiça. Rejeitem aqueles cuja boca diz coisas mui arrogantes, admirando as pessoas por causa do interesse. Rejeitem aqueles que se apascentam a si mesmos sem temor sendo como árvores murchas, infrutíferas, desarraigadas. Rejeitem os fraudulentos que se transfiguram em apóstolos de Cristo. Rejeitem os pastores-cães cuja palavra corrói como gangrena. Pastores da Assembléia de Deus, amantes da Bíblia, retenham firme a fiel Palavra, que é conforme a doutrina, para que sejais poderosos, tanto para admoestar com a sã doutrina como para convencer os contradizentes. Sugiro que leiam no meu blog meu artigo “Mulheres Pastoras: Espírito de Anarquia”.

Ir. Marcos Pinheiro