terça-feira, 29 de julho de 2014

A IGREJA DO CÁLICE DE OURO


A IGREJA DO CÁLICE DE OURO

 

No livro de Apocalipse capítulo 17 e versículo 4 diz: “E a mulher estava vestida de púrpura e de escarlata, adornada com ouro, e pedras preciosas, e pérolas, e tinha na mão um cálice de ouro cheio das abominações e da imundície da sua prostituição”

O cálice de ouro cheio de abominações, nessa passagem, revela a condição espiritual da igreja apóstata dos últimos dias. É uma igreja atraente, simpática, de sorriso colgate. Nela, as coisas de Deus se mesclam com a satisfação carnal. É um mix só. A igreja do cálice de ouro é a igreja do cristianismo pervertido que ensina aos seus adeptos uma fé fácil e ao mesmo tempo lhes diz que são aceitos por Deus.

O lema da igreja do cálice de ouro é: “Os concorrentes que me perdoem, mas o marketing é fundamental”. Isso significa que a igreja é um negócio. Portanto, deve ser dirigida com a mesma destreza que caracteriza qualquer empreendimento. Nesse contexto, suas atividades são: preço e produto. O preço é a fidelização de seus freqüentadores e o produto consiste em oferecer ao cliente-consumidor-cultuante opções de culto: culto da vitória, culto da quebra das maldições hereditárias, culto da gratidão, culto dos empresários. Só está faltando o culto dos pobres!

A estratégia da igreja do cálice de ouro é: fazer marketing pessoal, muita zoada, criar espetáculo, usar cores, bandeiras, faixas, batucadas. Enfim, encher os olhos dos ouvintes a fim de deixá-los fartos, garantindo, assim, a volta deles no próximo domingão-show. A igreja do cálice de ouro sofre da “Síndrome da Segunda Tentação”. Ou seja, o de se tornar um circo-show e encher os olhos dos ouvintes de novidades.

O culto da igreja do cálice de ouro virou carnaval. Tem de tudo, do xaxado à valsa. Além disso, tem um tal de “forró no pé” dos crentes. Aquele mesmo pé que deve ser guardado quando se vai à casa de Deus (Ec 5:1). Na verdade, o culto é uma adoração a Moloque, o deus de Moabe e a Dagon, o deus filieteu, pois cenas esdrúxulas e expressões corporais destoantes causam surpresa e espanto nos incrédulos que não podiam imaginar que crente era tão bom de “forró no pé”.

Disse um pastor da igreja do cálice de ouro: “Devemos concentrar nossos esforços em ter uma igreja grande no nosso bairro, isso dá mais status. Nessa sofreguidão, doutrinas bíblicas e posições históricas são sacrificadas por métodos pífios e anti-bíblicos, desde que estes dêem certo. O que vale é o pragmatismo de ajuntar gente, de ter uma "igrejona". Desse modo, os líderes da igreja do cálice de ouro cederam à terceira tentação: “Mostrou-lhe todos os reinos do mundo e a glória deles, e disse-lhe: tudo isso te darei se, prostrado,  me adorares”. A resposta “Somente ao Senhor servirás” foi à bancarrota!

Os líderes da Igreja do cálice de ouro são apaixonados por si. São anômalos e sem discernimento. São líderes cheios de rivalidades, narcisistas, vaidosos, arrogantes, plenos de delírio de grandeza. Eles tentam identificar a sua megalomania pessoal com a grandeza do Reino de Deus - “Nossa igreja é linda, a maior da cidade e a mais espiritual” disse um líder da igreja do cálice de ouro.

A igreja do cálice de ouro tem causado um desserviço ao Evangelho. A cruz do calvário foi trocada pelo candelabro de sete braços que é um dos principais e mais difundidos símbolos do judaísmo. A obra redentora de Cristo tem que receber o adendo da quebra de maldições já perdoadas e aniquiladas pelo sangue derramado que nos purifica de todo o pecado. O “cântico novo” de Apocalipse foi substituído por coreografias sensuais e bestializadas.

Os pastores da igreja do cálice de ouro são unânimes em dizer que a igreja precisa de novos rumos e novos propósitos. Precisa-se reinventar a igreja para os tempos modernos. Esquecem os pastores “calicecistas” que o Senhor Jesus já deixou propósitos para a sua igreja. Basta observar Mateus 28:18-20 e Marcos 16:15. Portanto, criar novos rumos e novos propósitos é desviar-se dos traçados pelo Senhor da igreja. Nossa tarefa maior e única não é cristianizar as instituições, mas proclamar o Evangelho que liberta os ímpios do cálice das abominações e imundícies.

Irineu, o primeiro teólogo sistemático da Igreja já afirmava que “O erro nunca vem com todas as suas deformidades, pelo contrário, parece até mais verdadeiro que a verdade”. Que o Senhor nos livre de cair no cálice das abominações da igreja do cálice de ouro!

Ir. Marcos Pinheiro

sábado, 19 de julho de 2014

CARTA ABERTA À IGREJA PROFANA


                             CARTA ABERTA À IGREJA PROFANA

 

Minhas condolências, igreja profana!

Igreja profana! Você tem permitido a enxurrada de péssimas músicas para o interior de seus templos. Os belos hinos foram arquivados, lamentavelmente. Predominam em seus templos as músicas da onda: os funks, os blues, os jazzs, os ritmos de rock, de samba, de forró e de caipira, camuflados sob as mancas letras ditas evangélicas. As ovelhas, em sua boa fé, estão sendo ludibriadas da maneira mais triste e cruel. E as novas gerações de crentes de nossas igrejas vão recebendo sobre os ombros esta herança maldita, que é você, igreja profana, sinagoga de Satanás e emissária dele.

Posso garantir-lhe que há um remanescente contra você, igreja profana. Um remanescente que tem olhos e ouvidos para ver e ouvir as suas camuflagens vis. Este remanescente não ficará calado enquanto você continuar iludindo o povo com suas apostasias. Você retornou aos salões de boates e aos auditórios seculares por isso você está em posição de destaque. Porém, enquanto você acariciar os abismos como se fosse o Caminho, não calaremos.

Em seus cultos toda a espiritualidade é sufocada e as glorificações não passam do teto. As pessoas que vão à busca de alimento encontram nada mais que feno e palha. Em vez de admoestar os não nascidos de novo que se iludem, você contribui com a conivência para que continuem enganados e perdidos. A oração e o jejum são para você meras palavras vazias e não mais as poderosas armas do Espírito Santo.

Você, igreja profana, é uma andrajosa mendiga, uma pobre meretriz vendida aos poderosos, pois faz conluio com os governos para angariar-lhes verbas. Você nunca entendeu que a nobreza da igreja provém do céu, sua realeza é a do próprio Rei dos reis, que não aceita o envilecimento e a subserviência.

Você, igreja profana, tolera privilégios em favor dos ricos e ilustres contra os humildes. Em nome dos poderosos você escarnece dos fracos e pisa a fragilidade dos simples. Você se esqueceu que o Senhor Jesus teve sempre especial carinho pelos pequeninos, pelos explorados e deserdados da terra. Não foi de uma elite, de uma casta, de um grupo de nobres que Jesus formou a sua igreja. Ele formou sua igreja de marginalizados, do que havia de mais desprezível na sociedade de seu tempo.

É notório o quanto você minimiza os pecados dos seus mais destacados dizimistas e ofertantes. Você não trata a todos com igual amor e paciência, pois se deixa influenciar pelo status, pela situação econômica, pela posição social. É sua prática premiar o sorriso do fariseu e zombar da circunspecção do homem sincero. Você rasga os estatutos de Deus em favor das infames conveniências do dia-a-dia. Nesse contexto, você perdeu a santidade, a simplicidade, a unção, as brancas vestes, a autenticidade e o caminho da glória do Altíssimo.

Igreja profana! Você tem se curvado ao império da injustiça. A farsa tomou o lugar da verdade. O iníquo é aplaudido porque lhe compra com a impureza do ouro as palavras de apreço. Você, igreja profana, tem perdido o discernimento e permitido que o diabo passe por anjo e os anjos sejam expulsos como se fossem diabos. Por ter descartado o amor, os arrogantes e os prepotentes falam mais alto em suas reuniões e assembléias ordinárias e você não tem força para dizer: “Afasta-te Satanás”.

Igreja profana é triste vê-la acobertar os amancebados dando-lhes cargos eclesiásticos. Você se especializou desgraçadamente no exercício da hipocrisia. Inquieta-me vê-la cega para a luz de Cristo não disciplinando os fornicários, os adúlteros, os fraudulentos, os usurários, os sepulcros caiados que se dizem servos de Deus. Você se esqueceu que a disciplina é a ação mais benevolente que pode ser praticada em relação ao rebanho do Senhor; e quando essa disciplina não é exercida, há uma flagrante desobediência a Deus. Enfim, você se esqueceu que existe o inferno.

Consternadamente, por aqui fico, igreja profana. Lamento você ter posto em leilão a sua consciência. Lamento você ter se prostituído com as leviandades e as imundícies da atualidade. Você, igreja profana, nem de longe, é a igreja que o Senhor Jesus um dia arrebatará. Com o coração ferido oro ao Senhor suplicando-lhe que não permita a continuidade de suas “vitórias” sobre o povo de Deus.

Ir. Marcos Pinheiro

sexta-feira, 4 de julho de 2014

LÍDERES CAMALEÕES


                                      LÍDERES CAMALEÕES

 

 

O camaleão é um réptil muito conhecido da família dos lagartos. Um recurso importante, usado pelos camaleões é a mudança de cor. Estamos vivendo a época do “evangelho camaleão”. Pregadores camaleões estão diluindo a mensagem bíblica dando ao Evangelho do Senhor Jesus uma nova “cor” a fim de alcançar resultados. Os líderes camaleões fazem uso do entretenimento como uma ferramenta para o crescimento da igreja. Ou seja, os pregadores camaleões estão a cada dia moldando a igreja ao mundo.

 

Não há, nas Escrituras, nenhuma ênfase sobre o entretenimento. A ênfase é sobre o arrependimento, a fé, a obediência, a extrema vigilância espiritual, e a separação imaculada do mundo.  A Palavra de Deus não faz cócegas em nossos ouvidos; ela inflige nossos ouvidos. Ela os queima. Primeiramente, ela corrige, repreende e traz convicção; depois, ela exorta e encoraja.

O réptil camaleão gosta de viver sobre as árvores. Viver sobre as árvores metaforicamente significa que os pastores camaleões são orgulhosos, buscam holofotes, pompa, glamour, desejam estar no topo e ver o seu nome estampado em gás neon. Esquecem-se esses camaleões que Jesus vem na contramão e diz: “O maior entre vós seja como o menor, e aquele que pastoreia seja como o que serve” (Lc 22:26). O trono de Cristo não foi uma poltrona confortável no centro da plataforma da igreja, mas foi a cruz. Sua coroa não foi de ouro, mas foi de espinhos. Seu palácio foi uma carpintaria e o seu berço foi cercado por moscas e estrumes. O verdadeiro Evangelho não se identifica com pompa nem com glamour!

Os camaleões possuem dois olhos que podem ser movidos independentemente um do outro. Ou seja, eles conseguem mover um olho para um lugar e o outro olho para outro lugar. Assim são os pastores camaleões tentam servir a dois senhores, a Deus e ao diabo. Ora estão no santo, ora estão no profano. Eles têm um olho voltado para o mundo e o outro voltado para o evangelho. Tiago adverte: “Não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus” (Tg 4:4)

Na sua postura de camaleão, os líderes camaleões dizem que é incômodo alguém entrar em uma igreja sem nunca ter estado lá. Mas, se um crente convidá-lo para se encontrar lá, tomar um vinhozinho, e enturmar-se com a moçada da igreja, o ambiente tornar-se-á menos incômodo. Os líderes camaleões são unânimes em afirmar que se Jesus viesse no nosso tempo ele iria sentar-se com as pessoas no bar, beberia o que eles estivessem bebendo, e ele ficaria feliz com isso. Tamanha blasfêmia!

Os pastores camaleões colocam ênfase na recreação. Por isso, agregado as suas igrejas existe o ginásio poliesportivo são Tiago, a academia são Paulo, a sala de jogos são Pedro, o home theater são Felipe e um ambiente exclusivo para a prática da “ioga para Jesus”. Enfim, existe um sem fim de variedade de atividades sem conexão com o culto a Deus.

Para os pregadores camaleões o papel da igreja não é legislar moral nem ética, e sim, trabalhar pela “koinonia-filosofal” no mundo da diversidade. Na visão desses líderes, o mundo e os deuses da moda é o padrão para a maneira de se vestir do crente. Afinal de contas, dizem eles, as mini-saias, as costas-nuas não são tão ruins. Esquecem esses camaleões que os filhos de Deus não pertencem a si mesmos. Todo o seu ser, corpo e alma, é propriedade adquirida por Jesus Cristo. Portanto, cobrir o corpo é um mandamento das Escrituras. Agostinho pontuou: “Vestes imodestas são piores do que a prostituição, porque esta corrompe a castidade, mas aquelas corrompem a natureza da pessoa”.

Os pastores camaleões negam todo conhecimento santo de Deus. Suas inspirações são diabólicas, pois não procedem de Cristo. Pregam um evangelho meloso, infantilizado, romântico, fantasioso, carregado de ilustrações sentimentais e de fraseologias combinadas com regras antropológicas, emolduradas em tendências liberais. Por isso, eles advogam a tese camaleoa de que Cristo e o Evangelho devem mudar de cara e identidade. O declínio de seus sermões é notório. Se pudéssemos pesar numa balança o conteúdo bíblico de seus sermões pesaria menos que uma agulha. Os seus sermões giram em torno dos temas: “Como elevar sua auto-estima”, “Aceite a si mesmo”, “Como aumentar o seu auto-amor”, “Creia em si mesmo”, “Como reduzir o seu estresse”, “Deus existe para lhe fazer feliz”, “Você é sempre vitorioso”, “Direitos dos gays”, “Direitos da mulher, das crianças, dos animais” e por aí vai. As mensagens que pregam são recheadas de Madre Teresa de Calcutá, Nelson Mandela, Desmond Tutu, Mahatma Gandhi, Dalai Lama, Lair Ribeiro, Augusto Cury, Freud e Carl Jung.  Nada de condenar as iguarias do mundo, nada de atacar o pecado!

Os pregadores camaleões, por serem camaleões, são travestidos de um satanismo disfarçado. Endossam as passeatas gays, o uso das drogas com moderação e o uso de preservativos, pois insistem em afirmar que Cristo nos chamou para a liberdade e o sexo antes do casamento é aceitável.  Ademais, eles chegam às raias da blasfêmia quando defendem o uso de gírias e palavrões na pregação do Evangelho. Usam Bíblias luciferianas como NVI (Nova Versão Internacional), BLH (Bíblia na Linguagem de Hoje), Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, Bíblia “A mensagem”, de Eugene Peterson, Bíblia Dake, Bíblia Freestyle, de Ariovaldo Jr. Com o intuito de mostra que as suas “ovelhas” são “felizes” as incentivam pular o carnaval sem carne. Na verdade, esses camaleões dirigem o rebanhão das perdições.

 

O camaleão se alimenta, principalmente, de insetos. Para pegar os insetos, ele utiliza um importante recurso: uma língua comprida, elástica e pegajosa. Os pregadores camaleões através de sua língua alongada, elástica e pegajosa ludibriam seus ouvintes. Eles perderam a visão do sacerdócio. Perderam a visão da necessidade de se viver na presença de Deus. Sugam como camaleão a última gota de suas “ovelhas”, conquista-lhes o ouvido e engana-lhes o coração. O negócio é ter “casa cheia”. Conversar com Satanás na hora do culto, contar anedotas, prometer sucesso material, soprar nas pessoas, dizer “revelações” bombásticas faz parte da ordem do dia em suas igrejas.

Os adeptos do “evangelho camaleão” gostam de novidades. Não vivem sem elas, precisam delas. Quanto mais novidade, mais “avivamento” acontece. Não vêem nada demais no rock para Jesus, no forró para Jesus, no samba para Jesus. Fumaça, jogos de luzes, gelo seco, pula-pula e gritarias são sinais de avivamento. A canalhice dos adeptos do “evangelho camaleão” chegou a tal ponto, que os ímpios, estupefatos, afirmam: “É, já não se faz mais crentes como antigamente”.

Finalmente, a membresia das igrejas do “evangelho camaleão” professa sua fé em Cristo Jesus, mas não mostra um resquício sequer de mudança no seu modo de viver.

Deus salve Sua igreja dos líderes camaleões!

Ir. Marcos Pinheiro