sexta-feira, 26 de agosto de 2016

EVANGELISMO-CIRCO



                                       EVANGELISMO-CIRCO

Disse certo pastor: “É urgente um novo estilo de evangelismo a fim de não enfadar as pessoas; é preciso um pouco de circo, palhaçada, humor, gaiatice, e show”. Esse argumento diabólico tem levado o evangelismo moderno a se caracterizar pelo emocionalismo e não pelo que é bíblico-reflexivo. Jargões e mais jargões têm permeado o ambiente do evangelismo moderno surripiando o seu verdadeiro significado bíblico. O teólogo Francis Schaeffer disse: “A tragédia da nossa situação hoje é que homens e mulheres estão sendo afetados por uma nova maneira de encarar a Verdade a qual descaracteriza o verdadeiro Evangelho”.

O jargão que virou moda em todo evangelismo é: “Deus tem um plano maravilhoso para realizar na sua vida”. Por mais boa vontade que um evangelizador tenha, essa abordagem é rasa, superficial. Deus não tem plano nenhum para realizar na vida de quem quer que seja. Ele já realizou! A história do calvário foi real. O plano da redenção já foi realizado por Deus através de Seu filho Jesus. Essa Boa Nova é muito mais atrativa, inteligente e bíblica do que dizer que o plano ainda estar por ser feito. É bíblico propagar na evangelização uma fé bem definida do que uma fé truncada, pendente. Uma fé tosca e inacabada adoece as pessoas e não gera frutos com conteúdo.

Lamentavelmente, já vi um evangelizador dizer a um incrédulo: “Quando você aceita Jesus você recebe um talão de cheque com várias promessas, esperando a hora de ser preenchido”. Que banalidade! Esse tipo de evangelismo atrai os egoístas. Na verdade o que temos de dizer ao pecador é que ele é inimigo de Deus e no estado atual que ele se encontra não há qualquer esperança a não ser que se arrependa. Devemos insistir que o plano de Deus para ele a essa altura de sua vida é separá-lo eternamente de Sua presença.

Baseado na tese de que o evangelismo precisa ter um novo rosto, muitas igrejas fazem “mutirões contextualizado” de evangelização. A igreja é dividida em grupos para evangelizar nas esquinas dos semáforos. E, os crentes saem uns com cara pintada, outros vestidos de palhaço, outros com fantoche. Alguns ficam dando cambalhotas na pista enquanto o semáforo está vermelho. Ao mesmo tempo em que entregam folhetos, o famigerado jargão “Deus tem um plano maravilhoso para realizar em sua vida” é exibido em uma faixa. Esse é o evangelismo do inautêntico Evangelho. Inautêntico porque é festivo e o senso de reflexão bíblico-teológica foi perdido. O aspecto do emocionalismo ultrapassou o aspecto teológico-reflexivo.

Em outros mutirões percebe-se que os grupos evangelizadores estão tão ansiosos para ver “conversões” a fim de alardear na igreja quantos foram “salvos” que fazem de tudo para levar o ímpio a uma “decisão”, antes que ele tenha a oportunidade de entender a mensagem da cruz e se arrependa. A evangelização é pueril em nome da quantidade. A temática é deixar o pecador sentir-se confortável. Nesse contexto, a evangelização é nivelada por baixo.

O evangelismo-circo ocorre porque o poder do Espírito Santo se foi do ministério. Por isso, que os pastores fazem todo tipo de coisa tresmalhada para manter o defunto-igreja se movendo. Quando se perde o poder do Espírito Santo prioriza-se o mundanismo como meio lícito para evangelizar. Quando se perde a unção sacramentam-se métodos mundanos na evangelização. Alguns dizem: “É preciso contextualizar a evangelização”. Ora, é impossível contextualizar o Evangelho sem alterar a essência da mensagem, sem violar os princípios bíblicos absolutos da santificação, separação e diferenciação do mundo.

Não precisamos maquiar a verdade do Evangelho como se tivéssemos vergonha de apresenta-la tal qual ela é, santa e simples. O Evangelho é tão poderoso em nossa geração quanto era durante a história antiga da igreja. O poder do Evangelho é tão forte neste século quanto era nos dias da Reforma Protestante.

Se a obra de evangelização for realizada através de estratégias mundanas estaremos produzindo um grande número de pessoas fazendo profissões de fé vazia. O apóstolo Paulo lançava a rede do Evangelho puro e simples. Não usava truques psicológicos, nem entretenimento. Não manipulava as emoções das pessoas através de uma apresentação profissional. Sua mensagem não era divertida. Não era popular, nem culturalmente relevante, nem contextualizada à moda do dia.

Que o Senhor tenha misericórdia dos pastores que realizam o evangelismo-circo.

Ir. Marcos Pinheiro

domingo, 14 de agosto de 2016

EVANGELISMO MODERNO: CISTERNAS ROTAS



                           EVANGELISMO MODERNO: CISTERNAS ROTAS

O grande problema do evangelismo atual é que o Evangelho está sendo apresentado como uma coisa a ser vendida. Para muitos líderes a proclamação do Evangelho é uma questão de boa técnica de vendas. Nesse contexto, perdeu-se a visão de que o Cristo exaltado opera unicamente através de sua Palavra. Coisas espúrias são usadas no evangelismo moderno em substituição à proclamação expositiva da Palavra de Deus. Cisternas rotas substituíram o manancial de águas vivas. A propagação de uma fé bem definida deu lugar a uma fé inacabada.

Discursos de autoajuda, performances artísticas musicais, dança do ventre, filmes, jograis, fantoches, humorismo são as cisternas rotas oferecidas ao público espiritualmente enfermo. O pecador é visto como coitadinho. Uma vítima levada pelo mau caminho. Por isso, não se deve assustá-lo com mensagens que falam de inferno e juízo final. O pecador precisa receber um tom de mensagem suave, agradável e amável. Nesse contexto, a pregação expositiva da Palavra de Deus ficou fora de moda. As técnicas de vendas e atividades barulhentas substituíram a exposição das Escrituras. A loucura da pregação deixou de ser anunciada. O Evangelho desconfortante e impopular deixou de ser proclamado.

O grande mal da evangelização moderna é que ela está dando aos ímpios uma forte dose de emocionalismo para que eles cheguem ao inferno mais rápido. O ambiente festivo e gaiato ultrapassou o senso teológico-reflexivo. Sobrepujou à razão. O evangelismo atual tem rosto de Freud, Lair Ribeiro e Augusto Cury ao invés de ter o rosto da cruz. É o evangelismo sem cruz, sem sangue e centrado no indivíduo. “Sangue” e “cruz” podem assustar muita gente, mas o sangue de Cristo espavoriza o diabo e é a única coisa que purifica uma alma enferma por causa do pecado!

O problema de muitos pastores é que eles pensam que o ímpio vir à frente, repetir a famigerada “oração do pecador” e receber a declaração de que está salvo, o céu ganhou a batalha contra o inferno. E isso tudo, através de uma mensagem aguada onde a doutrina da depravação do homem não foi anunciada, nem a teologia da cruz. Na mensagem, o pecado foi tratado superficialmente, foi oferecida uma melhor vida agora do que uma vida na eternidade. Semelhantemente aos líderes da época de Jeremias, a ferida das pessoas foi tratada como se não fossa grave. A mensagem foi uma liquidação do tipo: “venha, compre e seja feliz”. E o preço? R$ 65,00 para os 500 primeiros que comprar, após isso R$ 80,00.

Lamentavelmente, a evangelização atual é banalizada em função dos números. Elimina-se tudo que possa ofender o pecador. O perdão é ofertado como uma traficância: “Você dá a Jesus o seu pecado, e Ele lhe dará a vida eterna em troca”. A graça é tão vulgar que se fala do dom da vida eterna como se fosse um produto de troca. O negócio é lotar o palácio faraônico. Tristeza segundo Deus, confissão de pecado, arrependimento e autonegação, nem pensar!

Jesus se envergonharia dos sermões de muitos pastores. A mensagem é superficial, sintética, plástica e com cheiro de lentilhas. O pecador não entende que seguir a Cristo lhe custa tudo. Não entende que Jesus lhe dá a vida eterna, mas lhe dá também a cruz e o caminho estreito. Não entende que se Cristo não for tudo para ele, Cristo não é nada. É por essa razão que há nas igrejas pessoas na prática do homossexualismo e dizendo que é evangélico. Há pessoas amancebadas, sonegando imposto, na fornicação, pousando nua em revistas e se dizendo servos de Cristo.

As pessoas estão indo para o inferno, não por causa do comunismo, nem do ateísmo, nem do islamismo, nem das drogas, nem do alcoolismo. As pessoas estão indo para o fogo eterno por causa da igreja devido a uma versão diluída e distorcida da mensagem da cruz que estão recebendo.

Ir. Marcos Pinheiro

segunda-feira, 1 de agosto de 2016

PERSEGUIÇÃO: A OPERAÇÃO LAVA-JATO NO MEIO EVANGÉLICO



    PERSEGUIÇÃO: A OPERAÇÃO LAVA-JATO NO MEIO EVANGÉLICO

“Ninguém, de maneira alguma, vos engane; porque não será assim sem que antes venha a apostasia” (2 Ts 2:3). Nesse versículo, a Bíblia diz contundentemente que haverá uma grande apostasia nos últimos dias. Esses dias chegaram! E, chegaram para valer. Essa realidade trará perseguição à igreja do Senhor Jesus.  A hora da perseguição chegou, e que seja bem-vinda. Bendita perseguição! A perseguição é uma bênção para a igreja do Senhor Jesus.

Cremos num Deus moral, ético, decente, que faz de seus discípulos pessoas diferentes, santas, puras, verdadeiras e amorosas. A apostasia apregoa um Deus de moral relativa, um Deus bonachão que se adapta aos ditames de uma sociedade corrupta. Não são poucas as igrejas evangélicas brasileiras que apostataram entrando pelo caminho de Balaão que amou o prêmio da injustiça.  Deus quer fazer uma operação limpeza, operação lava-jato em Sua igreja para remover o que é preciso ser removido. Isso vai ser possível quando Ele permitir a perseguição. E, já 
permitiu. Portanto, Bem-vinda a perseguição!

Que chegue a perseguição para acabar com os shows evangélicos. Que venha a perseguição para remover aqueles que buscam evidência e cargos eclesiásticos na igreja. Que chegue a perseguição para dar um basta nas construções de templos faraônicos.

Que venha a perseguição para por fim ao ensino fantasioso e superficial nas escolas dominicais. Que venha a perseguição para acabar com o chavão “Deus disse que você vai prosperar nesta terra”. Que venha a perseguição para acabar com as pregações gaiatas e festeiras.

Que venha a perseguição para dar um basta nas ovações aos corais, cantatas, bandas e conjuntos de louvores. Que venha a perseguição para dar um basta na igreja playground com os seus marketings, com a adoração hollywoodiana, com a palhaçada das coreografias e dos jograis. Que chegue a perseguição para por um fim nas mensagens aguadas, que baniram o arrependimento, a teologia da cruz, o sangue de Cristo, a vida de renúncia e a ira de Deus.

Bendita perseguição! Que removerá os líderes que se calam diante do desavergonhado nudismo em suas igrejas. Bendita perseguição! Que afastará os líderes covardes que nunca falaram em suas mensagens que nossos corpos são sacrifícios vivos ao Senhor, e que não é lícito maculá-los com tatuagens e piercings, sinais de uma cultura corrompida.

A bendita perseguição vai enxotar os pastores modernistas dos púlpitos sempre desejosos de agradar e de alcançar aprovação dos homens através da permissão do lixo mundano em suas igrejas. A santa perseguição vai remover os falsários do Evangelho que estimulam à indefinição doutrinária, a malemolência ecumênica, Ongnização da igreja e o ativismo político. A abençoada perseguição vai remover aqueles líderes que ignoram os estatutos de Deus em favor das vis conveniências do dia-a-dia, que acariciam os abismos, como se fossem o Caminho, que a tudo assiste com a cumplicidade do silêncio, que permitem que as trevas do mundanismo inundem suas igrejas e não têm coragem para dizer: “Afasta Satanás”.

A bendita perseguição vai afastar aqueles que fazem da oração palavras vazias e não mais a poderosa arma do Espírito. A bênção da perseguição vai banir os pastores que premiam o sorriso do fariseu e zombam da circunspecção do homem santo. A abençoada perseguição afastará aqueles que perderam a santidade, a simplicidade, a unção, as brancas vestes, a autenticidade, a comunhão com Cristo, o toque do Espírito Santo, o caminho da glória de Deus.

A santa perseguição vai banir os que falam de santidade e permitem que a mocidade da igreja seja “abençoada” com concerto de Rock, funk, forró, samba e axé. Vai afastar os que caminham com “sapatinhos de lã” sobre a Palavra de Deus deixando de anunciar todo o Conselho do Senhor. Vai retirar os que aderiram o legado do Movimento de Libertação da Mulher consagrando-a pastora. A bendita perseguição vai desalojar a voz daqueles que procedem semelhantemente aos bruxos da Nova Era que acreditam poder manipular as forças da natureza através de palavras mágicas e encantamentos do tipo: eu decreto, eu determino, eu declaro, eu profetizo, está amarrado.

Graças a Deus pela perseguição! Que removerá aqueles que têm o culto a Deus como um evento passageiro, informal, meramente turístico, onde não há zelo pela vestimenta. Rapazes adentram-se na igreja de bermudas, calções, camisetas. Mulheres de costa nua, minissaias exibindo umbigos cheios de piercings adentram-se no templo sem o menor pejo, porque na visão delas, Deus não é "bitolado nem retrógrado". A bendita perseguição vai varrer aqueles que não diferenciam o santo do profano, o consagrado do amaldiçoado, o lícito do proibido, o justo do injusto, o puro do imundo.

A perseguição é Bem-vinda, pois as quinquilharias vero-testamentário, o fogo estranho no altar de Deus, introduzidos pelos pastores judaizantes como castiçais, candelabros, anjinhos de asa, shofar, estrela de Davi, serão removidos da igreja do Senhor.

A hora da perseguição chegou e, que venha para valer, a fim de acabar com as pregações fúteis e a igreja-circo. Venha, a fim de remover a máscara daqueles que estão disfarçados de verdadeiros pastores combatendo a teologia da prosperidade estando eles mesmos atolados nela. Que venha a perseguição, para extirpar a frenesi diabólica do “evangelismo” 5 estrela onde se cobra para pregar o Evangelho.

A perseguição é uma bênção porque é o tempo de Deus para fazer a operação lava-jato, removendo o que deve ser removido em Sua igreja. Enfim, a bendita perseguição removerá os pastores de meia-boca e afastará o evangelho putrefato que tem arrastado milhões por esse Brasil afora.

Tenho dito,

Ir. Marcos Pinheiro