terça-feira, 27 de dezembro de 2016

A INFLUÊNCIA PÓS-MODERNA NA IGREJA: O EVANGELHO SEM ALMA



   A INFLUÊNCIA PÓS-MODERNA NA IGREJA: O EVANGELHO SEM ALMA

O estilo de vida pós-moderno invadiu a igreja evangélica de modo assustador. A aderência ao estilo pós-moderno fez a igreja deixar de ser igreja. Os elementos integrantes da igreja: doutrina, comunhão, oração, adoração e santidade, foram diluídos. A Mentalidade pós-moderna conseguiu unir igreja e circo, adoração e danças, ordenanças e competição, santidade e profanação, jogos e koinonia. Tudo virou show. Adoração é show. Oração é show. Evangelismo é show. Oferta é show. O templo é show. O pastor é show.

A mentalidade pós-moderna conseguiu promover o “Evangelho sem alma”. Esse “Evangelho” leva as pessoas a fazerem uma descoberta positiva de si mesmas sem serem convencidas dos seus pecados. Esse “Evangelho” diz muitas coisas boas sobre Jesus. Oferece bênçãos aos crentes sem mencionar as consequências do pecado nem o futuro dos pecadores no contexto da ira de Deus.

Os pastores do “Evangelho sem alma” tentam colocar um “melhoramento” no verdadeiro Evangelho. Eles promovem um modo fácil de alcançar o céu sem rendição total a Cristo. Nada de justificação pelo sangue derramado no calvário. Nada sobre a ira de Deus contra o pecado. Nada sobre a explicação do preço pago por Cristo. O lema sempre é: “Tome posse da bênção”. Tudo é um mar de rosas. É só tomar posse da bênção.

Os pregoeiros do “Evangelho sem alma” promovem a “abracadabra gospel”. Ao assumirem o púlpito berram: “Tome posse da bênção nesta noite”. Biblicamente, sabe qual é o nosso papel? Não é tomar posse de nada! Como servos de Deus o nosso papel é exatamente o contrário. É ceder a posse. É abrir mão, e deixar Jesus que tudo pode, assumir o comando da nossa vida ao Seu modo. O que temos de fazer não é tomar posse, mas deixar que Jesus tenha a posse de tudo em nossa vida.

O “Evangelho sem alma” está causando um despreparo na vida da igreja para o encontro com o noivo. Os adeptos desse “Evangelho” perguntam aos incrédulos o que eles querem numa igreja: que tipo de música quer ouvir, que tipo de estacionamento, berçário, poltronas, temperatura ambiente e sermão preferem. Nesse contexto, Jesus diria aos pastores do “Evangelho sem alma”: “A minha casa é casa de oração e vós a transformastes em um clube social”.

Os ministros do “Evangelho sem alma” percorrem céus e terras atrás de novas ideias para trazer gente às suas igrejas. Foram picados pelo veneno mortífero dos números. Medem o sucesso pela quantidade de corpos sentados nos bancos da igreja. Doutrina tem pouca importância. A mensagem pregada não pode trazer controversas. Não pode confrontar os ouvintes com seus pecados.

Em breve Deus vai derrubar todo ministério não espiritual. Todo ministério apóstata e cobiçoso. Todo meretrício espiritual. Todo ministério que está fazendo a obra de Deus com métodos ímpios. Deus vai destronar aqueles que estão entretendo o povo por um Evangelho pela metade. Deus vai dar um basta ao Evangelho de meia-boca. Os dias dos pastores superstar estão contados. Os shows, os glamoures, a religião-diversão, o corporativismo, o profissionalismo dos púlpitos, o charlatanismo, estão com seus dias contados.

Deus vai levantar servos e servas que lançarão o machado à raiz produzindo cura através de arrependimento real e não com técnicas psicológicas como faz o “Evangelho sem alma”.

Ir. Marcos Pinheiro


quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

MINISTÉRIO DE DANÇAS? ESSA NÃO!



                           MINISTÉRIO DE DANÇAS? ESSA NÃO!
                                                                     
 A igreja e o mundo representavam padrões opostos. A adoração nunca devia ser contaminada pelos desonrosos entretenimentos populares. Empregar na adoração algo proveniente de uma cultura devassa é pecaminoso. Se consultarmos o Antigo ou o Novo Testamento, veremos que pureza e separação são requeridas na adoração. Deve existir uma clara distinção entre o santo e o secular, entre o limpo e imundo.
         
A adoção de danças e coreografias como componentes da adoração divina é uma atitude de grande insensibilidade e crueldade pastoral. Essa atitude tem destruído nos jovens todo o senso de separação do mundo, entregando-os como paralíticos espirituais, ao poder da cultura secular. O movimento de danças e coreografias como adoração ao Senhor é o instrumento do diabo usado para derrubar as muralhas doutrinárias de Sião.
         
Muitos para justificar as dança e as coreografias como componentes de adoração a Deus citam a dança de Davi em I Crônicas15:29,  2 Samuel 6:16. O episódio da dança de Davi foi um ato de santa excitação pela glória de Deus presente na arca.  A dança foi a excitação santa de um homem santo que sabia a função da arca dentro do templo. Não devemos esquecer que a dança de Davi foi uma atitude pontual e única. Esta manifestação da dança não se repetiria mais, mesmo nos mais exaltados momentos de júbilo. Portanto, não podemos tomar um ato pontual e único e formar uma doutrina ou mesmo dizer “Na minha igreja tem o ministério da dança”.


Dança e a coreografia como componentes de adoração coletiva, não encontra respaldo nas Escrituras. Basta observarmos as atitudes posteriores de Davi. Em toda a preparação dos dispositivos para o culto no futuro templo (capítulos 16 a 29 de I Crônicas), Davi em nenhum momento encontra lugar para a dança.         

Aconselho os defensores da dança e da coreografia lerem os livros de I Crônicas, II Crônicas, I Samuel, II Samuel, I Reis e II Reis e tentem encontrar outras danças de Davi. Davi nunca deu instruções aos levitas com respeito a quando e como dançariam no templo. Se Davi cresse que a dança e a coreografia deveriam ser componentes na adoração divina teria dado instruções aos músicos. Davi foi o fundador da de música no templo. Ele deu claras instruções aos musicistas com respeito a quando e o que instrumentos usarem. Não encontramos nenhuma instrução quanto a danças.
         
No Novo Testamento há duas palavras gregas para dança: “orcheomai” e “choros”. “Orcheomai” aparece quatro vezes. Duas relativas à dança sensual da filha de Herodias (Mt 14:6, Mc 6:22). As outras duas vezes aparece em Mateus 11:17 e em Lucas 7:32 fazendo referência às danças dos meninos. Nesses textos Jesus censura a geração de sua época comparando-a aos meninos que se assentam nas praças tocando e dançando. Jesus diz que a geração de sua época é uma geração imatura tal como as crianças que tocam e dançam nas praças. A palavra “choros” aparece uma vez em Lucas 15:25 que é traduzida por dança, referindo-se à volta do filho pródigo. Ninguém pode usar a passagem de Lucas 15:25 para justificar a dança na igreja. Trata-se de uma parábola, e não devemos formar doutrina de parábolas. A dança, no contexto, não se refere à dança religiosa, trata-se de uma festa familiar. Não se trata de culto a Deus.
         
O cenário das danças e coreografias é o nosso inimigo, e não o nosso aliado. É bastante perceptível, que em todo lugar onde a dança e a coreografia tem sido adotado como expressão de adoração a Deus, se introduz uma perda de reverência, unida ao mundanismo e à superficialidade.

É o que eu tenho a dizer,

   Ir. Marcos Pinheiro
         
        
       

quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

COREOGRAFIAS NO CULTO? ESSA NÃO!



                          COREOGRAFIAS NO CULTO? ESSA NÃO!

Danças e coreografias como componentes da adoração divina ultrajam a glória da verdadeira adoração. Muitos citam a passagem do Salmos 150:4 como apoio bíblico para as danças e coreografias no culto a Deus - “Louvai-o com adufes e danças”. Nesse versículo a palavra hebraica para “dança” é “mâchowl” que deriva de “chuwl” significando “fazer uma abertura”. Portanto, “mâchowl” é uma alusão a um instrumento musical de tubo. Clemente, um dos pais da igreja, considerado o maior erudito do hebraico de sua época traduziu a palavra “mâchowl” como “flauta volteante”.

No contexto, a palavra “mâchowl” ocorre numa lista de instrumentos a serem usados na adoração a Deus. A lista possui sete instrumentos: trombeta, saltério, harpa, adufe, instrumento de cordas, címbalos sonoros e címbalos altissonantes. A maioria dos hebraístas afirma que a tradução da palavra não é “dança”, mas “flauta volteante”, um instrumento musical, uma vez que o salmista está listando todos os instrumentos musicais a serem utilizados em louvor ao Senhor.

O Salmo 150 fala em louvor a Deus de modo figurativo. No verso 1, o contexto é o céu. O salmista diz: “Louvai-o no firmamento do seu poder”. Em nenhum momento o salmista, nesse Salmo, fala de louvor direto a Deus no templo. Muito menos em uma igreja, no Novo Testamento. Como ainda estamos na terra e não no céu, não há nenhuma possibilidade de louvarmos a Deus “no firmamento do seu poder”. Portanto, o Salmo não dá permissão para “dançar para o Senhor” na igreja. Interpretar o Salmo como sendo um aval para se dançar no templo é forçar o texto. O salmista não está validando a dança na igreja,

Alguns para defender danças e coreografias citam Jeremias 31:4 “... E sairás com o coro dos que dançam” e Jeremias 31:13 “Então, a virgem se alegrará na dança...”. O contexto do capítulo 31 é a restauração de Israel. O povo de Deus voltaria a viver unido sob a bênção do Senhor. Os versículos falam das “virgens de Israel” que sairiam nas danças dos que se alegram. Ambas as passagens fazem referências às danças folclóricas sociais executadas pelas mulheres. A imagem é de um desfile cívico-militar de Israel com cadência rítmica de cunho folclórico-social. Portanto, não é o contexto de adoração a Deus no templo.

As passagens de I Samuel 18:6; 21:11 e 29:5 são citadas para defender as danças e coreografias. Essas passagens referem-se às danças das mulheres celebrando vitórias militares. Os versos falam do episódio das mulheres de todas as cidades de Israel dançando para celebrar a matança dos Filisteus por Davi. Em nenhum momento há recomendação que crentes as imitem. Aliás, não temos nesses textos, adoração direta a Deus no templo.

Em Êxodo 15:20 fala de Miriã e as mulheres que dançaram para celebrar a vitória sobre o exército egípcio. Em Juízes 11:34 fala da dança da filha de Jefté para celebrar a vitória de seu pai sobre os filhos de Amom. Em Juízes 21:21 e 21:23, trata-se da dança das filhas de Siló nas vinhas. Nessas referências em nenhum momento a dança é parte de um serviço de adoração. As danças não eram componentes da adoração divina. Eram celebrações sociais ou celebrações de cunho folclórico de eventos especiais. Por isso, ninguém pode dizer: a filha de Jefté, Miriã e as filhas de Siló dançaram, logo, podemos dançar no templo durante o culto divino.

A Bíblia simplesmente cita tais danças sem nem de longe recomendar que os crentes e a igreja do Novo Testamento imitem. Além disso, a dança na Bíblia nunca foi executada como parte da adoração no templo, na sinagoga ou na igreja primitiva. As danças eram dissociadas do tabernáculo e do templo.

O que temos que aprender é que a palavra “dança” não é usada uma só vez em conexão com a adoração a Deus!

Ir. Marcos Pinheiro

segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

QUEREMOS UM PASTOR



                                    QUEREMOS UM PASTOR

Queremos um pastor que nunca pense que seu poder de persuasão pode produzir novos convertidos. Queremos um pastor que nunca pense que sua missão é estabelecer a boa vontade entre Cristo e o mundo. Queremos um pastor não do tipo “profissional da área religiosa”, mas “servo da área celestial”. De preferência um pastor que não tenha especialização em telemarketing ou vendas. Também não precisa ser especialista em análise de mercados e doutor em projetos mirabolantes de crescimento de igreja.

Queremos um pastor que esteja interessado em pastorear seu rebanho tendo cada ovelha como um filho, não como um número. Esse pastor pode ser de origem humilde, sem o grau de PhD. Que tenha apenas o bom senso de levar a sério o seu chamado de ganhador de almas. Que seja amigo do rebanho. Pregador da Palavra. Intercessor. Porta-voz da sã doutrina. Que sorria com os que sorriem. Chore com os que choram. Que visite a viúva, o pobre e também o rico. Que ame e acolha a todos sem acepção. Que se importe com a dor do idoso e com a alegria do jovem. Que seja manso e cordato, porém, peremptório nas afirmações bíblicas.

Queremos um pastor que use a Bíblia em seus sermões, e não as publicações à la carte com interpretações bíblicas espúrias. Queremos um pastor que caminhe nesta vida de joelhos diante de Deus. Um pastor que faça do templo um lugar onde os fiéis de consagrem para a oração, a meditação, a reverência e a dedicação a Deus. Que não faça do templo o lugar ideal para a “aeróbica cristã”. Um pastor que leve o rebanho a adorarem ao Senhor com as preciosidades da hinódia evangélica. Com músicas firmadas nas verdades da Palavra de Deus e não em palhas e restolhos de emoção fútil.

Queremos um pastor que diga a verdade, pela Bíblia, doa a quem doer, sem jamais perder a doçura. Que nunca dê um by-pass na autoridade da Bíblia através de mensagens adocicadas para a aprovação dos homens. Que seus apelos sejam sempre para os homens negarem a si mesmos, tomarem a cruz e seguirem a Cristo por um caminho estreito. Nos sermões nunca use de métodos ilegítimos, mas que leve os ouvintes a contemplarem as verdadeiras implicações do que significa seguir a Jesus.

Queremos um pastor que não faça do púlpito um palco onde as pessoas são entretidas pelo humor e histórias engraçadas. Que não faça do púlpito um palanque. Que não busque os aplausos e a glória dos homens, mas a glória de Deus. Que não esteja de olho nas recompensas terrenas, mas nas celestiais. Que abra as portas da igreja para todos, mas coloque um aviso: “o pecador é bem-vindo; o pecado não”.

Queremos um pastor que não tenha receio de assumir posições contra o aborto, o divórcio e o casamento gay. Um pastor que não coloque os fiéis bem sucedidos nos bancos da frente, e reserve os últimos assentos para os pobres e os inexpressivos socialmente. Que não dê assistência apenas para os que têm polpudos salários, desprezando os que contribuem com moedas.

Queremos um pastor que não construa mega-templos. Que não faça culto para os homens e mulheres de negócios, ensinando-lhes a ficarem mais ricos. Que nunca ensine que doenças e adversidades não são para crentes. Queremos um pastor que saiba ser homenageado rendendo honras a Deus. E saiba resignar-se quando for esquecido. Queremos um pastor segundo o coração de Deus!

Ir. Marcos Pinheiro