terça-feira, 24 de dezembro de 2013

A CARTA ABERTA AOS CANTORES LAODICEIANOS


                   CARTA ABERTA AOS CANTORES LAODICEIANOS

De: Marcos Pinheiro

Aos: cantores laodiceianos de todo o mundo, e especificamente aos do Brasil: Aline Barros, Ana Paula Valadão, André Valadão, Cassiane, Thalles Roberto, Fernanda Brum, Ludmila Ferber, Damares, Regis Danese, Kleber Lucas, Eyshila, Fernandinho Jerônimo, Bruna Karla, Rachel Malafaia, Jotta A, Kainón, Cristina Mel, Davi Sacer, Jonas Vilar, David Quinhan.

Infames cantores laodiceianos, vocês cantam: “Santo, santo, santo é o Senhor dos Exércitos” e não percebem que entraram pelo caminho de Caim, e foram levados pelo engano do prêmio de Balaão. Vocês “adoram” ao Senhor aos seus próprios modos como Caim, e estão interessados em dinheiro à semelhança de Balaão. Isso é notório a todos, pois vocês só se apresentam sob cachês gordos. Vocês se esqueceram que se o fim de todas as coisas for o dinheiro, isso se chama avareza. Por outro lado, percebe-se o quanto vocês vivem mergulhados em sonhos de grandeza pessoal, e infectados por este vírus maldito, têm apostatado na fé. Ademais, vocês adoram dar autógrafos e ser chamados impropriamente de “levitas”.

A mente de vocês tem se tornado tão amalgamada com o mundo, que vocês perderam o discernimento para distinguir entre música que é santa e música que é profana, que alimenta a carne. No inicio da igreja católica romana, os católicos tomaram as coisas pagãs e as cristianizaram. Hoje, vocês estão fazendo o mesmo. Ou seja, vocês estão querendo santificar o profano e cristianizar o mundano. Por isso, vocês têm trazido uma redução de todos os padrões de moralidade e doutrina. Os estilos de suas canções vieram das boates, das casas de prostituições, dos botequins, das orgias dos carnavais e dos covis de jogatinas. Os ritmos de suas músicas estimulam a sexualidade e a volúpia da carne. Vocês esqueceram que nunca podemos falar do que é sagrado, com música profana. Nunca podemos falar da mensagem da cruz, do inferno e da salvação, com música irreverente. Nunca podemos falar do sacrifício vicário de Cristo, com música centrada no eu.

Vocês criaram o conceito anti-bíblico de que uma música para ser louvor basta possuir a Palavra de Deus, o nome Jesus ou alguma palavra religiosa. Examinando as Escrituras Sagradas vemos claramente que misturando o sagrado com o profano, ocorre o que a Bíblia chama de profanação. Em Efésios 5:19 a Bíblia diz: “Falando entre vós em salmos, e hinos, e cânticos espirituais”. A palavra “espiritual” é uma palavra grega e significa algo que é diferente do mundo, algo que é colocado à parte para Deus, algo que é santo, agradável ao Deus santo e separado deste mundo. Em suas composições musicais vocês misturam versículos bíblicos com introspecção hinduístas, mantras com suas frases repetitivas e regressão espiritual. A doutrina passa longe em suas canções. Vocês vão desde o rock até a batucada da macumba. Portanto, suas canções conhecidas como “gospel” são profanações, pois estão fortemente identificadas com o diabo, a carne e o paganismo.

Em suas canções, a visão do que seja a fé salvadora tem se tornado rasa e a graça tem sido barateada dando lugar ao emocionalismo e sensacionalismo. Há muito palavreado irrefletido em suas canções, letra tipo “comida estragada”. Vocês têm casado a mensagem da cruz com veículos mundanos. Isso é o mesmo que tentar beber água pura depositada num imundo vaso sanitário. Lembro-me das palavras de Thomas Watson, pregador puritano: “Adorar um falso Deus é proibido, adorar o verdadeiro Deus de uma maneira falsa é também proibido”

A triste verdade é que os estilos de suas melodias estão fora dos padrões bíblicos, portanto, são concebidas no inferno. Não é à toa que as igrejas que adotam suas canções como primazia nos louvores é uma casa de exibição de nudismo, pois quando o padrão de música em uma igreja se rebaixa, o padrão de vestimenta também se rebaixa. Vocês se esqueceram, cantores laodiceianos, que não se pode manter a verdade diminuindo compromisso com a santidade. A melodia tem que ser sem os enfeites do presente século e sem nenhum apelo à carnalidade.

Infames cantores laodiceianos, eu estou convencido de que as músicas de vocês é veneno mortífero para a igreja do Senhor Jesus. Vocês estão arrastando gerações de cristãos professos a aceitarem suas músicas sensuais e profanas. Vocês estão empurrando goela abaixo, o envelope da aceitabilidade de canções carnais, desonrante a Deus e focalizada no homem.

Quero dizer-lhes que quando o padrão da verdade de Deus é mudado, gera-se anarquia espiritual. É isso que vocês promovem em seus shows – anarquia. Como o interesse de vocês é $$$ suas melodias sempre apelam para o requebro sensual e expressões de carnalidade com ares de piedade. Vocês bebem do “cálice do Senhor e do cálice dos demônios” quando participam do “Festival Promessas” e se exibem em programas de Raul Gil, Fátima Bernardes, Luciano Huck, Eliana e Xuxa. Saibam vocês que Deus não é dançarino de samba, forró, jazz, lambada, rock, funk, reggae. Deus é um Deus Santo e deve ser adorado em santidade, ou seja, separado das imundícias deste mundo vil e abominável.

É prudente analisarmos qual Jesus ou qual evangelho a música está apresentando. As Escrituras contêm muitas advertências sobre a apostasia do fim dos tempos. Portanto, é correto que apliquemos aquelas advertências à música. E a todos vocês, infames cantores laodiceianos, será aplicado o que está escrito em apocalipse 3:16: “Vomitar-te-ei da minha boca”. Espero que eu não esteja sozinho contra o culto-show anárquico que vocês promovem. Faço minha as palavras do pastor puritano D. M. Lloyd-Jones: “A glória do Evangelho é que, quando a igreja é absolutamente diferente do mundo, ela o atrai; caso contrário, se formos iguais, indistinguíveis dos não cristãos, seremos inúteis”.

Ir. Marcos Pinheiro

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

A IGREJA ANALGÉSICA


                                     A IGREJA ANALGÉSICA

Todo aquele que segue a Cristo enfrentará sofrimentos. O sofrimento faz parte da vida cristã. Portanto, é condizente com as Escrituras. O salmista diz: “Muitas são as aflições do justo” (Sl 34:19). O autor de Hebreus enfatiza que “os santos suportaram grande combate de aflições” (Hb 10:32). Paulo diz a Timóteo: “Tu, porém, Timóteo, sê sóbrio, suporta os sofrimentos (2 Tm 4:5). Em I Tessalonicenses 3:3 Paulo contundentemente afirma: “Para que ninguém se inquiete com estas aflições porque vós mesmos sabeis que estamos designados para isto”. Em 2 Timóteo 2:3 o apóstolo Paulo reitera a Timóteo: “Sofre, pois, comigo as aflições como bom soldado de Jesus Cristo”. No instante de sua conversão, Paulo foi avisado dos sofrimentos que enfrentaria: “Mas, o Senhor lhe disse: eu mostrarei quanto lhe importa sofrer pelo meu nome” (Atos 9:15).

Cristianismo sem dores, aflições e sofrimentos é antagônico ao conteúdo do Novo e Antigo Testamento. Os mártires dos três primeiros séculos da igreja passaram por todo tipo de dor. A história nos atesta que ao longo dos séculos, crentes fiéis passaram por piores sofrimentos. Jesus mesmo suportou angústias e sofrimentos. Foi rejeitado, zombado, redicularizado, insultado, vilipendiado, humilhado, açoitado, chamado de enganador, falso profeta e mentiroso. Foi traído, esmurrado, cuspido, chicoteado e pregado numa cruz.

Não existe um seguidor fiel a Jesus que não tenha passado por sofrimentos. O cristianismo não é popular, conveniente, simpático e, nunca será. Por isso, quem o abraça passará por aflições e dores. O verdadeiro cristianismo é tomar o instrumento de dor e morte - a cruz! Disse Jesus: “Quem quiser me seguir, negue-se a si mesmo tome a sua cruz e siga-me”. A cruz que era usada no Império Romano na época da morte de Jesus pesava cerca de 90 kg. Isso mostra o aspecto doloroso de nossa fé e não uma vida de mar de rosas, indolor como pregam os líderes hedonistas da igreja analgésica, da igreja sem dor.

A igreja moderna está cada vez mais despreparada para o sofrimento devido às pregações hedonistas dos “pastorões” da igreja analgésica. Esses falsários do Evangelho ensinam que a vida cristã é “ausência de dores e sofrimentos”. Numa visão anti-bíblica afirmam: “Se há sofrimentos, há ausência de fé”. “Pare de sofrer” é o slogan enganoso desses réprobos.

Os “pastorões” das igrejas analgésicas promovem a indústria do lazer gospel. Essa indústria usa o nome de Deus para promover entretenimento. Deus é um grande palhaço-bonachão cuja função é produzir diversão para o povo. Deus passou a ser o promotor de realizações de lazer: gincanas, teatros, filmes, shows, festival promessas. Enfim, Deus é promotor de pão e circo. Isso tem levado muitos crentes a perderem a visão bíblica de que sofremos para a glória de Deus e que o Senhor tem propósitos nos nossos sofrimentos.

Na verdade, os líderes das igrejas analgésicas não vivem nesta vida a partir da perspectiva da eternidade. São hedonistas, pois buscam o prazer como sentido último da vida. Amam as coisas efêmeras e são acentuadamente materialistas. A plataforma de suas igrejas com som estarrecedor, jogos de luzes, fumaça e dançarinas demonstram o grau hedonista dos cultos.  Para eles, falar de aflições e sofrimentos nos dias atuais está fora de moda e espanta freguês.

O verdadeiro Evangelho é o da cruz e a boa notícia é que na hora das aflições Jesus se faz presente. Fez-se presente no momento de dor na vida de Paulo, Estevão, Jó, Daniel, Sedraque, Mesaque e Abdenego e tantos santos que foram fiéis a Deus.

Ir. Marcos Pinheiro

sábado, 7 de dezembro de 2013

SANGUESSUGA: A SÍNDROME DA IGREJA MODERNA


          SANGUESSUGA: A SÍNDROME DA IGREJA MODERNA

A sanguessuga é o modelo da ganância. A característica da sanguessuga é explorar as pessoas para benefício próprio. Quanto mais ela explora mais deseja explorar. Nunca se farta, por isso inventa modos e mais modos de surrupiar mais e mais. Estamos vivendo a época de igrejas sanguessuga. Líderes que à semelhança da sanguessuga tem sugadouros que se ligam às “ovelhas” a fim de sugar-lhes o que elas têm.

A busca do mamon como sentido último da vida penetrou sorrateiramente na igreja moderna. Lamentavelmente o alvo de vida de muitos “crentes” tem sido riquezas materiais e não Jesus, o homem que não tinha duas mudas de roupa. Há igrejas que pregam sobre o céu e a eternidade, mas vivem como aqueles que perderam a visão da transitoriedade da vida. A visão de muitas igrejas é tão acentuadamente materialista que o seu progresso é aferido não pela sua capacidade de influenciar o mundo e transformar vidas, mas pelo seu mega-patrimônio e o volume de entradas financeiras.

Os pastores sanguessugas oferecem Jesus como panacéia para o problema material e tratam a salvação como se fosse uma vacina contra a gripe. Esses falsários estão preocupados com estatísticas, apresentações coreográficas pré-fabricadas, fé de botequim, manipulação emocional e apelos dramáticos travestidos de intimidação. Os líderes sanguessugas não destacam o senhorio de Cristo e, suas mensagens não passam de um mero alívio psicológico. Esses réprobos dizem amar a Cristo, mas amam e servem mesmo a mamon. Eles estão dominados pela filosofia Tiopatinhense. Ou seja, estão sempre inquietos e aflitos pelo dinheiro, pelas coisas efêmeras deste mundo. Julgam que a realidade mais preciosa da vida é o dinheiro.

Por não terem comunhão com Deus, os pastores sanguessugas vivem sempre atrás de fama e de créditos diante dos homens. Durante o culto criam uma atmosfera cordial, descontraída onde todos se sentem bem consigo mesmos. São fabricadores de emoções passageiras, produtores de falso fogo e falso entusiasmo. Muitos deles fizeram seminário, conhecem o grego e o hebraico, mas são “fenopalhudos”, isto é, alimentam o povo com feno e palha.

Para criar credibilidade entre as “ovelhas” e explorá-las, os pastores sanguessugas inventam as famigeradas “orações nos montes”. Nessas orações nos montes há muita batida de pé e piruetas semelhantes aos terreiros de macumba. Os corinhos nessas reuniões nos montes são entoados como mantras falando de falsas promessas de saúde, bênçãos materiais e que devemos saquear as riquezas dos ímpios. Nunca falam do instrumento de tortura e morte que o crente tem de tomar – a cruz.

O crente não precisa de monte para o Senhor operar. É preciso entender que Deus opera independentemente do lugar e da posição que se ora. A oração pode ser feita no quarto, na igreja, dentro do carro, numa parada de ônibus, numa avenida, no vale ou no monte. Pode-se orar de joelhos, em pé, sentado, andando, dirigindo, com as mãos erguidas ou abaixadas. Nenhum lugar ou posição santifica a oração.

Não há registro nos Evangelhos Jesus mandando os seus discípulos subirem em montes para orar e buscar experiências esotéricas. Muito menos encontramos no Novo Testamento mandamento para os pastores subirem os montes com pedidos de oração e peças de roupas. Isso nada mais é do que incorporação do judaísmo ao cristianismo. É verdade que Jesus subiu o monte para orar, mas não subiu para praticar misticismo. Jesus manda que entremos em nosso quarto secreto fechemos a porta e oremos, e o nosso Pai que nos vê em secreto nos ouvirá.

Gritarias, pulos, rodopios, piruetas, sapateados, palmas, danças hula-hula, batidas de pé no chão, gargalhadas, assobios não movem o coração de Deus. A oração que move o braço de Deus é a daquele que tem o coração contrito e vive em obediência à Palavra de Deus. O véu partiu-se de alto a baixo e, por isso temos livre acesso a Deus por meio de Cristo. Não precisamos da catarse dos montes, mas, sim, dos “Jaboques” diários com Deus. Portanto, as orações nos montes são sacrifícios de tolo inventado pelos líderes sanguessugas para dissecar as suas “ovelhas”.

Ir. Marcos Pinheiro

sábado, 16 de novembro de 2013

CASA CHEIA: A PÍLULA AUTOMÁTICA DA IGREJA MODERNA


           CASA CHEIA: A PÍLULA AUTOMÁTICA DA IGREJA MODERNA

Estamos vivendo a época dos pregadores da “casa cheia”. “Olhe para o seu irmão ao lado e diga...”, “Repita comigo...”, “Ei ! psiu! olhem pra mim”, “Quem pode dizer um amém”, “Quem quer receber uma bênção de Deus hoje, levante a mão”. “Ergam as mãos e digam: Satanás você está derrotado”. São os chavões da manipulação, da mediocridade, da superficialidade que impera na igreja moderna. Na verdade, esses chavões é o rosário da igreja evangélica. O âmago da igreja atual não é a comunhão nem a adoração, mas a festividade vazia. Isso lota igreja. No intuito de aumentar o número de espectadores em suas igrejas, os pregadores da pílula automática – casa cheia são manipuladores. Fazem de tudo. Usam técnicas mentais do paganismo e campanhas cabalísticas do tipo: “40 dias de atos proféticos”, “40 dias de danças proféticas”, “7 semanas da restituição”, “7 dias de incubação de bênçãos”, “40 dias de jejuns com propósitos”, e por aí vai. Na verdade, os pregadores da pílula automática – casa cheia tentam transformar o cristianismo numa religião pagã. Nesse contexto, a teologia fundamentalista foi à bancarrota e o Evangelho orientado para resultados imediatos está em alta.

 

A fim de manter a “casa cheia” os pastores manipuladores apresentam a excelência do Evangelho de uma forma que não é nada excelente. Negam que a obediência a Cristo traz desconforto. Sabem que há um tesouro no céu, mas esquecem que ele pertence àquele que toma a sua cruz na terra. Encarnando o modelo ministerial profissional, os pastores manipuladores da casa cheia, usam a Bíblia como acessório, opõem-se à doutrina apostólica e excluem  aqueles que não concordam com o seu ego pretensioso. Os pastores da pílula automática – casa cheia, de vez em quando, entram em crise de grosseria e estupidez à semelhança de Nebal, marido de Abigail. E, quase sempre se comportam como os filhos de Zebedeu que queriam fogo do céu para matar os oponentes.

 

 

Os manipuladores da “casa cheia” apropriam-se indevidamente das promessas de Deus escritas exclusivamente para os judeus. Usam II Crônicas 7:14 para dizer que a promessa de “sarar a terra” diz respeito à restituição de bens materiais que o Senhor fará para a sua igreja no tempo do fim. A promessa de restauração material é exclusivamente para a nação de Israel. Usam Joel 2:25 para ensinar a heresia de que “tudo o que nos foi roubado pelo diabo, estará sendo restituído por Deus”. O próprio versículo explica que o exército de gafanhotos não foi enviado pelo diabo, mas por Deus com o intuito de disciplinar o seu povo. Ademais, o profeta conclama o povo ao arrependimento e não a um pedido de restituição.

 

Os pregadores da pílula automática – casa cheia para manter a “casa cheia” e, obter êxitos nos seus sonhos pessoais, fazem associações com políticos, governo Federal, governo Estadual, governo Municipal e até com babalorixá. Na intenção de iludir cada vez mais seus seguidores cegos, promovem o mito quando afirmam que Deus tira as riquezas dos ímpios e dá aos crentes. Ora, Deus seria extremamente injusto se tirasse as riquezas de um ímpio, que trabalhou com honestidade, para dar ao crente. Por outro lado, se as riquezas do ímpio foram adquiridas através da desonestidade e Deus as desse ao crente, Ele seria conivente com o pecado da desonestidade.

 

O culto da “casa cheia” é influenciado por uma cultura pop onde prevalece a diversão, a auto-satisfação individual e o apaziguamento dos corações pecaminosos. A coreografia virou moda na “casa cheia”. Muita movimentação corporal, dança do ventre com a exuberância de umbigos perfurados com piercings. A dimensão do culto na “casa cheia” é horizontal, por isso os ouvintes são mimados com bombons na forma de filmes religiosos e peças teatrais. Todos assistem a enganação aplaudindo e louvando com assobios a exibição dos artistas “espirituais”. Enfim, o culto da “casa cheia” é uma enrolação só, pois o foco não é Deus nem a sua Palavra, mas a satisfação do ego humano. As pessoas sentem-se bem, fazem uma catarse, mas não são transformadas. A “casa cheia” gera convencidos e não convertidos. Aliena e produz uma vida vazia e artificial. O verdadeiro culto produz consagração e serviço: “Então, disse eu: eis-me aqui, envia-me a mim” (Is 6: 8).

 

Que Deus nos ajude a termos a glorificação de Cristo como alvo e a Palavra de Deus como suporte para vivermos santamente e longe da enganação da pílula automática da igreja moderna.

 

Ir. Marcos Pinheiro

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

A ERA DOS LÍDERES ARROGANTES


                          A ERA DOS LÍDERES ARROGANTES

 

Estamos vivendo a era dos líderes arrogantes. O diabo tem levantado “pastores” soberbos para alardearem um Cristo destronado onde as glórias do Senhor são transferidas para eles. “Pastores” há que vivem para seu próprio engrandecimento. Anelam ser o proeminente, o super-estrela. Os “pastores” arrogantes sempre se apresentam diante de Deus reivindicando. Nunca pedem, sempre reivindicam. O Evangelho da graça nos ensina que não temos direito de reivindicar nada, pois tudo o que recebemos das mãos de Deus é resultado de sua amorosa e maravilhosa graça. Esses presunçosos perderam a visão do Evangelho da graça.

 

O culto dirigido pelos “pastores” arrogantes tem como centro as riquezas desse mundo. Na boca desses réprobos, Cristo virou moeda de troca. Cristo é vendido como um deus mercenário a satisfazer nossos caprichos se lhe damos em troca dízimos e ofertas. Na verdade, os “pastores” prepotentes negociam a Palavra de Deus para seu próprio bem estar material: jatinho, carrões, mansões, roupa de marca para filhos e esposa, passeios em cruzeiros e faculdade no exterior para os filhos. Tudo a custa de um povo explorado e enganado.

 

A arrogância  governar-se a si mesma e tem prazer na lisonja de sua glória. Por isso, os “pastores” soberbos estão inevitávelmente em conflito direto com o Santo Evangelho. As mensagens deles são pervertidas, não bíblicas. É carregada de um nevoeiro de invenções humanas anti-bíblicas. Ao invés de manejarem bem a Palavra da justiça manejam bem os esquemas totalitários. Agem como se tivessem super-poderes. Consideram-se como onipotentes. Eles têm mãos proféticas, pés proféticos, boca profética, sorriso profético, gargalhada profética, sonho profético, cuspe profético. Como disse o herético- arrogante Myles Munroe no seu livro “Como compreender o seu potencial” – “Deus criou você para ser onipotente”. Que blasfêmia! A onipotência é um atributo exclusivo e incomunicável de Deus.

Os “pastores” soberbos são cultuadores de óleo. Alguns chegaram às raias do ridículo “ungindo” a cidade onde moram com óleo derramado por um helicóptero. Os “pastores” prepotentes são biblicamente cegos, pois não conseguem enxergar que em Tiago 5:14 o óleo não tem em si nenhum poder curativo sobrenatural. O autêntico e verdadeiro poder está no Senhor da glória, e pode vir a ser derramado sobre o enfermo, em resposta à oração dos filhos de Deus. O valor mágico-místico da unção com óleo agride os princípios basilares do Novo Testamento, especialmente no que diz respeito ao objeto da fé, que não pode em nenhuma hipótese ser algo material sob pena de idolatria e paganismo. O princípio gerador da cura em Tiago 5:14 é a fé a as orações dos verdadeiros líderes da igreja, não o óleo. Portanto, “ungir” a cidade é heresia das mais abomináveis.

Os pastores altivos se sentem o “rei da cocada”, pois acham que Deus os separou do resto da humanidade. Nesse contexto, não aceitam discordância de suas posições. Quem deles discorda é amaldiçoado. Esses “pastores” adoram ser adjetivados. Amam aplausos, confetes, títulos e bajulações. Conseguem manter à semelhança de Hitler e Mussolini, uma multidão de fanáticos subservientes. Mas, os dias dos pastores presunçosos estão contados. O profeta Isaias registra: “A arrogância do homem será abatida, e a sua altivez será humilhada” (Is 2:17). Entre os santos de Deus não há prepotentes, há os humildes de coração.

Precisamos de homens e mulheres inconformados com as heresias para abrir os olhos do povo cego que se deixa ser guiado pelos “pastores” arrogantes. Deus não nos chamou para nossa própria celebridade, não nos chamou para pregar “a nós mesmos”. Chamou-nos para pregar a Cristo Jesus, e esse crucificado e ressuscitado! Importa que Ele cresça e nós diminuamos.

Ir. Marcos Pinheiro

sábado, 12 de outubro de 2013

ANOMALIAS DA IGREJA ATUAL


                             ANOMALIAS DA IGREJA ATUAL

A igreja atual está sendo afligida por uma praga de novidades acompanhadas de práticas pagãs. Essa escalada de práticas pagãs tem levado a uma indiferença doutrinária por parte de muitos “pastores”. A “teologia” do cai-cai, o poder do sopro, a unção do riso, o sapateado profético, o poder da canela de fogo, a glória do rodopio à baiana, o reteté de Jeová, a graça do aviãozinho de Jesus, a unção da nobreza, a unção da galinha, a unção do sono, o óleo ungido, o vomito santo, o rastejar santo, o miado consagrado, o contorcionismo santo, o samba santo, o funk santo, o pagode santo são anomalias modernas nunca vistas na igreja primitiva e entre os apóstolos.  Enfim, são tantas novidades e tantos evangelhos que não sabemos onde vamos parar.

O louvor é agito só e o culto é programado para provocar sensações nas pessoas: pulos, assobios, gingos aeróbicos e trenzinhos. O mais grave é que alguns “pastores” para justificar as anomalias em suas igrejas chegam às raias do ridículo afirmando que o encontro face a face com Deus nos leva à liberdade. Ora, esquecem esses “pastores” que aqueles que têm um verdadeiro encontro face a face com Deus não agem animalescamente, mas racionalmente. Basta verificar o que aconteceu com Moisés quando passou tempo na presença de Deus no monte Sinai, o seu rosto resplandecia (Êxodo 34: 29). Portanto, pulos, gritos, assobios, sapateados, gargalhadas, grunhidos, enfim, manifestações além da racionalidade, nunca foram nem nunca serão reações daqueles que estão face a face com o Deus Altíssimo.

Na verdade, esses “pastores” perderam a visão correta da majestade de Deus. Perderam a visão correta de Sua grandeza, de Sua santidade inefável, da Sua justiça perfeita, do Seu poder irresistível e de Sua graça soberana. A conseqüência é a divinização do homem. É muito comum nas igrejas se ouvir dos pregadores chavões do tipo: “Tudo que você sonhar será seu, então, sonhe, sonhe, sonhe e produza a realidade”. Nesse contexto, perde-se a visão de que Deus reina, governa, comanda. Hoje, o homem decreta e Deus escuta e cumpre os decretos humanos. Com essa divinização do homem, o crente passou a ter uma lista de ordens chegando a exigir que Deus faça uma série de coisas. Deus foi transformado num fantoche do homem. O crente não se vê como servo-submisso, mas como mandão. Deus deve operar segundo os seus comandos. Não é à toa que muitos estão se auto-consagrando apóstolos, pai-apóstolo, patriarca, rei, vice-Deus e até semi-Deus.

Hoje, o que mais se prega é sobre como ter sucesso, como ser próspero, como compreender o seu potencial, como maximizar seu potencial, como elevar a sua auto-estima, como restituir o que o diabo lhe roubou, como viver acima da média, como construir seus sonhos, como usar as leis da mente, como receber a unção financeira. Na verdade, estamos precisando de pregação do tipo “Como se tornar um nada”, “Como esvaziar-se”. Somente assim passa-se a entender que Deus não é o nosso quebra-galho, mas Senhor de nossas vidas e não nosso serviçal.

Está na moda a chamada “oração de decreto”, ou seja, aquilo que o crente decretar acontece. O chavão é: “Diga a palavra e ganhe tudo”. Eles crêem na magia das palavras em detrimento do poder de Deus. Por isso, está cheio de crente decretando “O Brasil é de Jesus”, “O meu bairro é de Jesus”, “O senado federal é de Jesus” e por aí vai. Toda essa prática apóstata é oriunda da cabala. Cabala é o poder mágico das palavras para dominar os elementos do universo. Na realidade, a cabala é doutrina de demônios. Essa doutrina satânica é divulgada pelos pastores cafetões da prosperidade Myles Munroe, Mike Murdock, Morris Cerullo, Benny Hinn, César Castellanos, Jorge Linhares, Robson Rodovalho, Renê Terra Nova, R. R. Soares, André Valadão, e as mulheres Joyce Meyer, Rebecca Brown, Neuza Itioka, Valnice Milhomens. “A oração de decreto” nunca aconteceu entre os apóstolos. Nunca ouvimos da boca dos crentes primitivos o chavão: “Está decretado em nome de Jesus”. Dentro da História da igreja não há sequer um momento desses decretos de oração. Será que os apóstolos erraram? Todos estavam enganados a respeito da fé genuína?

É urgente entender que podemos e devemos apresentar nossos pedidos diante do Senhor, mas nunca ordens nem decretos. Decretos pertencem somente ao Deus santíssimo. Aliás, seus decretos são imutáveis e suas ordens irrevogáveis. Portanto, decretos são exclusivos de Sua pessoa os quais fez desde a eternidade (Sl 33:11).

Precisamos ser servos que andem na contramão dessa bagunça maligna. Precisamos também, está preparado a permanecer isolados. Charles Spurgeon ficou sozinho quando foi censurado pela União Batista Britânica, por sua indisposição em tolerar a apostasia dentro daquele grupo. O pastor fundamentalista A. W, Tozer certa vez pontuou: “Por causa do que tenho pregado não sou bem recebido em quase nenhuma igreja na América do Norte”. Que a potente mão do Senhor esteja conosco!!!

Ir. Marcos Pinheiro

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

CUIDADO COM OS BRUCUTUÓLOGOS


                      CUIDADO COM OS BRUCUTUÓLOGOS

 

Atualmente poucos crentes discernem a superficialidade da pregação nos púlpitos. Não são poucos os pastores que mostram atalhos nas suas mensagens para satisfazer os corações escabrosos. Sermões pluralistas que servem a “gregos” e a “troianos”. Sermões propositadamente elaborados para serem diet-light, confortáveis, humorísticos, carnais e de depoimento pessoal para prender o rebanhão. Esses pastores evitam aprofundar-se na Palavra porque querem ter a “casa cheia” ou porque são brucutus. Brucutu é o nome pelo qual ficou conhecido um veículo blindado usado em repressões por forças policiais brasileiras. Portanto, pastores brucutus são homens blindados onde o santo Evangelho não encontra caminho livre em seus corações. São homens biblicamente rudes, embrutecidos. Desse modo, as ovelhas ficam subnutridas espiritualmente, porque se alimentam somente de mingau, feno e palha e, suas feridas são curadas superficialmente.

Os sermões dos brucutuólogos são repletos de ilustrações não para ilustrar, mas para adornar o sermão. Não há nada que prostitua tanto a pregação como o uso de ilustrações para chamar a atenção para as ilustrações. A representação teatral de coisas santas é um anjo de morte disfarçado. Precisamos de homens que sejam em suas pregações, declarativos, diretos, claros, urgentes. Chega de pregação insípida, sem vida, monótona, maçante, enfadonha, fria, açucarada.  Precisamos de pregadores que estejam cônscios de Deus. Que sejam dominados por um senso da presença de Deus e não estejam preocupados em agradar os homens. Precisamos de pastores que tenham a coragem de extirpar os recheios purpúreos de seus sermões. Que expulsem o caráter ornamental de seus sermões. Que digam como o puritano Richard Baxter: “Eu preguei como se nunca mais fosse pregar outra vez, e como moribundo a moribundos”. Que sigam o exemplo de George Whitefield que certa vez disse: “Que o nome de George Whitefield seja esquecido e apagado, na medida em que o nome do Senhor Jesus seja conhecido”.

Deus proibiu Salomão de comprar cavalos no Egito. Salomão desobedeceu, perdeu a fé, tornou-se idólatra e caiu na apostasia. Muitas igrejas evangélicas estão comprando “cavalos no Egito” para se adaptar aos tempos e às épocas. E, o maior incentivo para a compra desses cavalos no Egito advém dos ensinos dos professores brucutuólogos do seu seminário. Lá, o brucutuólogo ensina habilidades publicitárias e estratégia de marketing para crescimento de igreja. Lá, o brucutuólogo fala que Jesus é o sustentador da igreja e ao mesmo tempo diz que é necessário a igreja receber verbas governamentais. Lá, o brucutuólogo fala do célebre ensinamento de Jesus: “Não saiba a tua mão esquerda o que faz a tua mão direita” (Mat 6:3) e ao mesmo tempo defende o marketing da obra social da igreja. Lá, o brucutuólogo confunde igreja com empresa, por isso incentiva a igreja vender consórcio, seguros de todo tipo, fazer sorteios de cestas básicas e até rifas. Engolfados na sua brucutuologia, os brucutuólogos esqueceram que a igreja primitiva abalou o mundo da época pelo poder do Evangelho. Não houve necessidade de marketing, divulgação de sua obra social nem a adoção de coisas mundanas.

A igreja dos brucutuólogos perdeu a sua verdadeira identidade. Morreu como igreja genuinamente cristã. Virou um negócio como outro qualquer. Tornou-se mundana e comercial. Adaptadas aos tempos pós-modernos ficaram sem doutrina definida. Nesse contexto, predomina a religiosidade sentimental, a supervalorização do “sentir” – “Sinta Deus nesse louvor” declaram os “brucutus do louvor”. A persuasão da música é mais forte do que o poder da Palavra Divina. Para os pastores brucutuólogos o tamanho da igreja e a mega-platéia é o que tem importância. Santidade e vida de renúncia são acessórios. Ávidos pela estatística e pelos números, os pastores brucutuólogos criaram o “evan gelho-menu”: o evangelho-forrozeiro, o evangelho-roqueiro, o evangelho-sufista, o evangelho-esqueitista, o evangelho-tatuagista, o evangelho-caipira, o evangelho-hip-hop, o evangelho-sambista, o evangelho-carnavalesco, o evangelho-nudista, o evangelho-dançarino.  Para os brucutuólogos, “vender” Jesus é uma arte.

É urgente que os servos piedosos se posicione contra essa cultura eclesiástica maliciosa que tem dominado as igrejas e erguido brucutus descompromissados com o santo Evangelho e com o Deus do Evangelho santo. É iminente que se levantem profetas de Deus que assim como Lutero ponha sua cabeça a prêmio para que a sã doutrina seja pregada e ensinada como ela é.

Ir. Marcos Pinheiro

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

CULTO MÚSICO-TERAPÊUTICO-HIPNÓTICO


                                        CULTO MÚSICO-TERAPÊUTICO-HIPNÓTICO

Na grandiosa e profunda profecia de Isaías 61:3, foi predito que quando Cristo viesse ele daria a seu povo “óleo de alegria em vez de pranto”. Portanto, a grande notícia que Deus tem a ensinar para o seu povo é que aquele que anda com cristo, pode desfrutar de alegria real em seu coração. A alegria sempre foi uma das mais importantes características do povo de Deus. É a marca, o distintivo, de um servo de Deus. Calvino pontuou: “A verdadeira vida cristã é uma vida de constante alegria”.

Lamentavelmente, estamos vivendo a época do “Vale tudo” para produzir alegria. A alegria verdadeira tem sido confundida com a alegria artificial, plástica, ilusória, fictícia, fantasiosa, drogada, não real. Na visão de muitos líderes, o culto tem que ser colorido, reluzente, com fumaça, jogos de luzes, gelo seco, holofotes e muita batucada a fim se gerar alegria entre o povo. O culto só é bom se as pessoas tiverem um transe de euforia. Tudo é feito com o intuito de provocar alegria fantasiosa - muito agito e adrenalina nas canções. Os “ministros de louvor” querem fazer o papel do Espírito Santo, produzir alegria. Beiram a lavagem cerebral. Em vez de conduzir o louvor conduzem as pessoas, manipulando-as. Os corinhos são entoados como se fosse um mantra evangélico. É um refrão sincopado e trepidante sendo plantado na mente com o fim de produzir uma alegria falsa. Dizem eles: “Nós fomos chamados para a felicidade por isso nesta noite vamos ter uma explosão de alegria”. Ora, nós fomos chamados acima de tudo para a fidelidade, e como consequência de nossa fidelidade temos alegria verdadeira. A alegria é produto da fidelidade. Não é causa, é efeito. É o resultado da manifestação da presença de Deus a partir do íntimo.

O culto de muitas igrejas é músico-terapêutico-hipnótico. A ideia é a pessoa entrar no estado de mente relaxado e sentir-se alegre. A fé é transferida de Deus para uma técnica – a técnica da musicoterapia hipnótica. A técnica é diabólica, pois opera na base da imaginação e do encantamento trazendo uma alegria ilusória. A musicoterapia hipnótica está no mesmo nível da chamada “auto-alegria” induzida pelo transe da yoga. As pessoas experimentam momentos de alegria, como se fosse viagens de maconha, cocaína e companhia LTDA.

Alguns pregadores pregam seus sermões com fundo musical de ritmo sincopado e batida trepidante, para produzir uma disposição mental sensacionalista, uma disposição mental de purgação, de catarse. Desse modo, cria-se nas pessoas reações emocionais que são confundidas com a alegria verdadeira. Na verdade, tais pessoas não estão desfrutando da real alegria vinda do Espírito de Deus operando em seu interior, pois Deus fala ao seu povo através da mente consciente e racional e não através de uma disposição mental alucinante.

Hoje, temos muitos produtores de alegria drogada nas igrejas evangélicas. Muitos ativistas de alegria fantasiosa e poucos santos. Eles dizem: “Deus vai derramar a “unção de liberdade” e ao recebê-la você se alegrará; A “unção de liberdade” levará você adorar a Deus da forma que você deseja aí você se alegrará”. Em primeiro lugar, não existe essa tal de “unção de liberdade”. Em segundo lugar, Em toda a Bíblia vemos que Deus sempre estabeleceu o modo correto do homem adorá-lo. Portanto, ninguém tem o direito de adorar a Deus da forma que deseja. Deus sempre colocou diante do homem princípios para a pureza da adoração. O Senhor não pode ser adorado através de nenhum outro modo que não seja o prescrito, o ordenado nas Escrituras. O louvor não deve ser cultural, mas espiritual. Deus não muda de cultura em cultura. Portanto, não deve ser adorado segundo as imaginações e invenções humanas. Nadabe e Abiú  eram homens que tinham boas intensões e provavelmente eram sinceros, mas prestaram uma adoração que não havia sido ordenada por Deus (Lev 10:1). O mesmo ocorreu com Davi ao tentar levar a arca da aliança. Davi estava com sinceridade, tinha boa intensão e motivação, porém não fez segundo as ordenanças de Deus (I Cr 15:13). Ao longo da história Deus usou profetas para chamar seu povo à correção quanto à maneira de adorar exatamente para que não fosse produzida uma alegria fictícia. Na época do profeta Isaías a adoração havia se transformado em festa trazendo uma alegria plástica o que o levou a fazer um duro discurso contra a adoração. O mesmo ocorreu na época de Amós. Havia muita alegria fantasiosa, e, pela boca do profeta, Deus disse ao povo: “Afasta de mim a barulhada dos teus corinhos, afasta de mim a alegria fantasiosa, não ouvirei as melodias das tuas baterias e das tuas guitarras” (Amós 5:23).

O grande problema é que o louvor tem se transformado em entretenimento para gerar uma alegria artificial, não vinda do íntimo produzida pelo Espírito Santo. Hoje, temos um amontoado de corinhos de teologia putrefata que só servem para balançar o corpo e produzir uma alegria irreal. Para induzir a alegria plástica o “ministro manipulador” estimula durante o louvor danças, gingos, rebolos, sapateados, gritarias e gargalhadas “ungidas”. O louvor não produz nas pessoas a contrição de Isaías: “Ai de mim”. Toda a emoção durante o louvor não é provocada pelo Espírito Santo, mas pelo “ministro manipulador” através de gritos desvairados e gemidos artificiais. Como se não bastasse, Deus é apresentado para os ouvintes como o “Deus papai Noel” que está sempre pronto para gratifica. Nesse contexto, anjos começam a voar na igreja com pratos nas mãos cheios de bênçãos para distribuir.

Enquanto a igreja não rejeitar o culto músico-terapêutico-hipnótico onde a contrição não importa, mas a recreação é o que importa, ela nunca experimentará a verdadeira alegria. O culto que traz a real alegria é o contrito. É aquela que nos leva a uma reflexão dos atos de Deus e a um santo temor. É aquele onde não se perde o teocentrismo.

Ir. Marcos Pinheiro

sábado, 17 de agosto de 2013

PASTOR: NÃO DEIXE ROLAR!


                                                PASTOR: NÃO DEIXE ROLAR!

Há uma filosofia altamente contagiosa que já deteriorou muitos ministérios – a filosofia luciferiana “Deixa Rolar”. Na busca desenfreada por membros os pastores da filosofia “Deixa Rolar” utilizam-se dos mais variados métodos que vai do entretenimento às campanhas-cabalistas travestidas de evangélicas. “Sua causa no tribunal de Deus”, “Destruindo o gigante na sua família” são algumas das campanhas-cabalistas enganosas.  Todas elas de sete dias ou de sete semanas. A pregação confrontadora do pecado deu lugar ao entretenimento e às campanhas.

Não muito tempo atrás ser crente era motivo de chacota e perseguição, hoje, com a filosofia luciferiana “Deixa Rolar” reinando nas igrejas, ser crente é fazer o que der na cabeça. Tudo vale. A conseqüência é que o crente virou sal sem sabor, árvore infrutífera e luz sem qualidade. Hoje, filme pornô, humorismo pornográfico, revista erótica e carnaval não é mais pecado. Aliás, até carnaval “evangélico” já existe com samba enredo, rebolado, fantasias e o direito entre os jovens de “Ficar”.

Os pastores adeptos da filosofia “Deixa Rolar” dizem: “Não podemos assumir uma postura anti-carnaval; precisamos dar-lhe um significado bíblico; precisamos nos vestir como eles, falar a linguagem deles e dançar como eles para ganha-los para Cristo”. Ora, a Bíblia diz que não somos livres para sermos companheiros das obras infrutíferas das trevas (Ef 5:11), nem somos livres para nos envolvermos com coisas que têm aparência do mal (I Tsss 5:22). Não é necessário entrar na lama para evangelizar os enlameados. A Palavra de Deus nos ensina a buscar os frutos do Espírito (Gl 5:22) e não nos tornarmos parte deste mundo, sendo por ele influenciados. Portanto, a estratégia evangelística dos líderes “Deixa Rolar” cai no ridículo e não passa de loucura aos olhos de Deus.

O espírito da filosofia luciferiana “Deixa Rolar” está agindo como nunca, a fim de contrariar a legítima obra do Espírito Santo, disfarçando-se de Espírito de Deus, conduzindo as pessoas às trevas e a uma falsa intimidade com Deus. Os pastores da filosofia “Deixa Rolar” destilam veneno na área do louvor. As canções são sempre as mesmas, ou seja, uma farra carnavalesca agitadoras de massas. Sem cunho doutrinário as canções exaltam a estultícia teológica dos “sonhos de Deus” e do “melhor está por vir”. As letras das canções falam somente de cura, sucesso, prosperidade e status social. Nesse embalo antibíblico, o povo é levado enganosamente a fazer votos, correntes e toda espécie de negociata com Deus. A pregação adocicada e antropocêntrica, e o apelo no final do culto, são montados para produzir um estado quase hipnótico a fim de arrebanhar grandes multidões.

Na visão dos pastores da filosofia luciferiana “Deixa Rolar”, a igreja atual precisa se atualizar buscando um “novo semblante” para a sua missão. Na verdade, esse “novo semblante” defendido pelos líderes “Deixa Rolar” conduziu a um relaxamento da pregação bíblica onde não se mostra o custo de se seguir a Cristo. Os luciferianos pastores banalizaram a conversão a ponto de não advertir as pessoas que salvação implica em abnegação pessoal e marca o inicio de um grande conflito cuja vitória vem após muitas feridas e lutas. A filosofia “Deixa Rolar” levou milhares de pastores à confusão. Eles confundem convencimento com conversão. Sentimento eles confundem com graça, e emoção confundem com fé.

Quanto à oração os seguidores da filosofia “Deixa Rolar” negam o ensinamento de Jesus em Mateus 6:6 – “Tu, porém, quando orares entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai que está em secreto”. Os pastores luciferianos apesar de dizerem que são da “igreja de Cristo” negam a literalidade dessa passagem ao afirmarem que Jesus está ensinando tão somente que a oração é um estilo de vida. Ora, a ênfase de Jesus nessa passagem é que todo crente deve ter um lugar para estar a sós com Deus a fim de buscá-lo. Jesus tinha os seus lugares secretos para orar (Lc 4:42; Mat 14:23; Mc 1:35; Lc 6:12). Portanto, é contraproducente a interpretação dos luciferianos. O diabo odeia aquele que busca intimidade com Deus no lugar secreto de oração.

O diabo tem amordaçado muitos pastores levando-os a serem simpáticos a todos. Nesse contexto, os amordaçados pastores, não são politicamente incorretos. Apóiam tudo, deixam rolar tudo, porque tudo é certo. Jesus é ausente em seus sermões. Não falam do poder da mensagem da cruz e o Evangelho na sua inteireza é ignorado. Esses homens fizeram da igreja uma ONG religiosa para prestar os serviços que o povo deseja. Quando são contrariados em suas posições não aceitam, ameaçam e comportam-se como Brucutu.

Termino com um apelo: Pastor, você que está entrando na onda do “Deixa Rolar” fique fora, não deixe rolar, pois do contrário, o seu lugar definitivo será o lago de fogo.

Ir. Marcos Pinheiro

sábado, 27 de julho de 2013

COMUNIDADE-CARNIFICINA: O VINHO IMUNDO DA GRANDE MERETRIZ

COMUNIDADE-CARNIFICINA: O VINHO IMUNDO DA GRANDE MERETRIZ

A igreja primitiva transtornou o mundo com a mensagem da cruz, hoje, o mundo transformou a igreja com suas virulentas heresias e esquisitices. A igreja moderna aderiu a filosofia do “Vale tudo por membros”. Seduzida pelo “Vale tudo por membros”, a igreja moderna introduziu outro evangelho onde novo nascimento, negar-se a si mesmo, tomar a cruz e santidade não são mais necessários. Nesse contexto, a igreja moderna passou a ser chamada de comunidade, exalando todo tipo de estultícia espiritual provocando uma chacina das ovelhas. Por isso, a igreja moderna pode ser propriamente denominada de “Comunidade-carnificina”, ou seja, “Comunidade da chacina espiritual”.

Na comunidade-carnificina o pastor não evangeliza os sem teto, os desfavorecidos, os pobres. O negócio é com pecadores elitizados: médicos, juízes, advogados, empresários, etc., pois esses engordam o gazofilácio. Prostitutas, mendigos, pescadores, soldados e vendedores ambulantes, eram com Jesus e com a igreja primitiva. O sermão do pastor carnificina é chamado de palestra. Para satisfazer os pecadores elitizados a palestra-sermão gira em torno de Sócrates, Platão, Augusto Conte, Kant, Freud e Carl Jung. A Bíblia é usada apenas como acessório. Também nunca falta em suas palestras-sermões citações dos heréticos, Mark Driscoll, Bill Hybels, Ted Haggard, Pat Robertson, Rob Bell, Rick Warren e Leonardo Boff. E, para satisfazer os idólatras citam em suas palestras-sermões os místicos católicos Francisco de Assis, Bernardo de Clairvaux e Madre Teresa de Calcutá. De modo sombreado apelam à unidade entre evangélicos, católicos, maçons e praticantes da Nova Era. A intenção é unir pelo erro e não dividir pela Verdade.

Na Comunidade-carnificina, o culto passou a ser chamado de celebração. Aí, tem-se a celebração da família, das senhoras, dos jovens, dos adolescentes e das crianças. As celebrações são coloridas e reluzentes regadas a fumaça, gelo seco, jogos de luzes, coreografias e muita batucada. Na mente entorpecida do pastor da comunidade-carnificina, as palavras inferno, pecado e arrependimento trazem tristeza aos ouvintes. Desse modo, em suas palestras-sermões, a palavra inferno é substituída por afastamento de Deus, pecado é substituído por falha e arrependimento por meia-volta. A infiltração dos princípios da psicologia humanista na comunidade-carnificina é tão forte que o pecado é considerado como uma doença. Para a turma da comunidade- carnificina, homossexualismo, alcoolismo, vício em drogas e pedofilia são doenças, e não pecado.

O louvor tem estilo diferenciado na comunidade da chacina espiritual. Como na comunidade da chacina espiritual a santidade é opcional, não se canta sobre integridade, vida santa, morte vicária, vitória sobre a carne. As melodias são para ativar a adrenalina para gerar movimentos pélvicos. O louvor inicia-se com músicas seculares de Roberto Carlos, Gilberto Gil, Caetano Veloso, etc. No final da celebração a música oficial é o hino da Nova Era “Imagine” de Jonh Lennon. Só para lembrar, Lennon foi admirador e seguidor do satanista Aleister Crowley. Em uma entrevista, John Lennon disse que toda a idéia dos Beatles era o famoso ensino de “faça o que quiser” de Crowley. Na verdade, a comunidade- carnificina transformou-se em um centro de entretenimento rock & rool com movimentos aeróbicos e palmas para Jesus como se Jesus fosse um mega-star. Os “levitas” da comunidade-carnificina participam de encontros idólatras chegando às raias da blasfêmia ao afirmar que “nesses encontros acontece um sublime mover de Deus e que a transformação de um País passa pelos fiéis idólatras”.

Para os pastores da comunidade-carnificina, o púlpito deve ter design atrativo. Pode ter formato de skate, de raquete, de chuteira, de prancha de surf ou de cama de motel. Ninguém precisa trazer mais Bíblia para a celebração. Tudo é projetado. O pastor da comunidade-carnificina prega usando o seu notebook ou o seu tablet de última geração.  Na visão tupiniquim do pastor da comunidade- carnificina o traje do pregador deve ser informal para trazer leveza ao ambiente. Nesse contexto, aboliu o paletó e a gravata. Não bastasse a tudo isso existe a tal de “transferência de unção” e o tal “sopro do espírito do engano” que redundam na “teologia do cai-cai”. Na verdade, a comunidade-carnificina está embriagada com o vinho imundo da grande meretriz (Ap 17:2). Estão em paz com o diabo porque produzem “filhos da perdição”.

Os pastores da carnificina têm uma visão totalmente anti-bíblica da natureza humana. No aconselhamento às suas “ovelhas” o pastor repassa a heresia de que cada pessoa tem as respostas da vida dentro de si mesmo. A Bíblia diz que as respostas para a vida são encontradas dentro das Escrituras, reveladas por Deus em Cristo. Enquanto a Bíblia ensina que as pessoas procedem mal porque são pecadoras, com uma natureza defeituosa e depravada, os pastores da comunidade carnificina ensinam que a natureza humana é basicamente boa e o comportamento mal das pessoas deve-se a forças externas que as machucaram. Os pastores da carnificina estão nadando na psicologia como um cão em um lago, por isso perderam o foco de que a real mudança no homem é efetuada através do arrependimento do pecado, do poder do Espírito Santo e do entendimento da Palavra de Deus.

O abismo abriu-se e soltou a cavalaria do inferno em galopada contra a igreja do Senhor. Deus quer que lhe ofereçamos resistência. É urgente arvorarmos mais alto o pendão de Cristo para que a nossa atuação seja marcante e desassombrada no combate ao desfiguramento do Evangelho, e à obra de chacina espiritual que se abateu sobre a geração de nossos dias.


Ir. Marcos Pinheiro

quarta-feira, 17 de julho de 2013

O FLORIDO EVANGELHO FASHION

                                             O FLORIDO EVANGELHO FASHION

Existe uma multidão de pessoas dentro da igreja moderna que já foi seduzida pelo evangelho fashion, isto é, o evangelho da moda, do estilo predominante. O evangelho fashion é o evangelho cambalacheiro, pirangueiro, pois está mais preocupado com a pompa, a abastança, a estética, a performance e a construção de mega-templos do que com a santificação das ovelhas. O evangelho fashion é o evangelho da “boa vida” onde seus líderes moram na melhor casa, dirigem o melhor carro e se vestem do melhor. Os pastores do evangelho fashion, visando o progresso de suas contas bancárias, vivem subindo e descendo dos seus jatinhos fazendo a “Operação do Erro” em várias capitais brasileiras. Eles Floreiam a Verdade de Deus transformando-a numa blasfêmia.

No contexto do evangelho fashion, ser crente é apenas um detalhe. Não importa a profissão. Não importa a moral. Não importa a ética.  A pessoa é humorista pornô, mas é crente; é dono de uma rede de motéis, mas é crente; é representante e vendedor de bebidas alcoólicas, mas é crente; é proprietário de uma banca de revistas e vende Playboy, mas é crente; é do forró pé de serra, mas é crente; sonega impostos, mas é crente; é ladrão, mas é crente; A mulher usa decotes abissais como se estivesse numa boate e não na casa de Deus, mas é crente; pousa nua em revistas eróticas em nome da “arte”, mas é crente. Como hoje temos Bíblia para mulheres, para homens, para crianças, para velhos e para adolescentes, diante de todo esse bacanal diabólico, teremos num futuro próximo, a Bíblia erótica. O pior é que diante desse desvario maligno os pastores fashions dizem que isso aumenta a koinonia entre a membresia da igreja.

No evangelho fashion Jesus é lânguido e superficial. As mulheres seguem o caminho de Jezabel sem discernimento algum sobre o lícito e o proibido: vestem-se despudoradamente, tatuam seu corpo, enchem seus umbigos de piercing e suas partes íntimas de argolas, anulando o padrão bíblico de consagração do corpo. Os homens sem o menor pejo entraram no mesmo caminho largo: cabelo moicano, colares no pescoço, pulseiras nos pulsos e piercing na língua, maculando a pureza de um corpo dedicado ao Deus santo e libertador. Os adeptos do evangelho fashion querem um Cristo que seja seu serviçal. Um Cristo que não tem direitos sobre nossa vida.  Não podemos esquecer que somos templo do Espírito Santo e de que não pertencermos a nós mesmos tem de ser o princípio que nos disciplina: “Não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que está em vós? E que não sois de vós mesmos?” (I Co 6:19). A glória de Deus tem de ser nosso alvo maior: “Glorificai a Deus no vosso corpo” (I Co 6:20).

O Senhor Jesus foi enfático quando disse “Se alguém deseja seguir-me, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz dia após dia e siga-me”. No fundo, Jesus estava dizendo: “Quem quiser me seguir, que morra”. Somente depois de tomar a cruz é que podemos dizer que somos seguidores de Jesus. A essência do verdadeiro Evangelho é Cristo e sua cruz. Essa era a bandeira da igreja primitiva. Mas, para os adeptos do evangelho fashion, o tomar a cruz deixou de ser um ato diário. Deixou de ser sinônimo de carne crucificada e ego negado. No evangelho fashion, a teologia da cruz foi esquecida, foi varrida para baixo do tapete. Os pastores fashions prometem tornar as pessoas esplêndidas, famosas e abastadas, Jesus, porém, mandou que negássemos a nós mesmos. Os líderes fashions falam do nome de Jesus em seus sermões, mas sem qualquer reconhecimento da senda do calvário. A vida centrada na cruz foi abandonada pelo florido evangelho fashion, o qual é mais extravagante do que a Disneylândia, Hollywood e os palcos dos circos.

Copiando a frase do roqueiro Raul Seixas: “Viva a sociedade alternativa”, os pastores fashions insistem em dizer que a Bíblia é um livro alternativo para a vida cristã. É o lugar onde Deus já esteve. Por isso, esses réprobos exalam enxofre e ácido muriático quando abrem a sua boca. Emitem lixo com cara de Bíblia. Suas falas fedem e correm como câncer. Os pastores fashions substituíram a verdade bíblica pela antropologia, a filosofia e a psicologia, pois acham que essas ciências são mais adequadas para a atual sociedade. O novo nascimento foi substituído por um relativismo psicológico e ficou reduzido a um detalhe, pois muitos caminhos levam a Deus. A passagem em João 14:6 “Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida, ninguém vem ao Pai senão por mim” está com validade vencida para os dias atuais. O mais grave é que o nascimento virginal, a vida imaculada, a morte vicária e a ressurreição de Jesus são postos como fábulas por esses cambalacheiros. Na visão cega dos pastores fashions-pirangueiros, Cristo perdeu a Sua divindade e não mais é Criador do Universo, pois foi rebaixado a criatura. Na verdade, os olhos dos pastores do estilo predominante estão “cegos pelo deus deste século” (2 Co 4:4). Os pastores fashions-cambalacheiros são seguidores dos apóstatas, Paul Tillich, Brian McLaren, Rob Bell, Phillip Yancey e Rick Warren. Esses homens têm sentimentos confusos em relação a Bíblia. Para eles a Bíblia foi redescoberta como um produto humano. Não é a voz de Deus vinda do céu. E, quando a usam, valem-se das versões adulteradas como a NVI e a Bíblia na Linguagem de Hoje que diluem os pilares da Verdade de Deus.

Quanto ao estilo da música das igrejas fashions, os hinos e corinhos alicerçados na Palavra de Deus foram substituídos pelo ritmo de samba, rock e funk. Nesse contexto, prevalecem os requebros dos quadris, os pula-pula, os rodopios, os rugidos e as sensações carnais. A casa de Deus virou danceteria e o culto virou “reality show” com fortíssima doze de emoção. Para as “ovelhas” fashions, não é a verdade que importa, mas a melodia que os seus corações aprovam. Pode-se pecar à vontade porque o “deus-fashion” é bonzinho demais. Tudo é vulgar e sensual ferindo a santidade do Altíssimo, o Deus verdadeiro.

A Bíblia é um livro santo, puro, inerrante, infalível, perfeito e eterno e nela não se pode acrescentar, diminuir, modificar ou diluir coisa alguma, sem incorrer na condenação divina (Ap 22:18,19). Deus inspirou cada versículo da Bíblia Sagrada (2 Pedro 1:21) e negá-la ou adulterá-la é blasfemar contra Ele. Graças a Deus, que em todas as denominações evangélicas ainda existem pastores  comprometidos com a seriedade do Evangelho, os quais pregam todo o Conselho do Senhor, visando a conversão de almas. São pastores fundamentalistas, que ainda crêem em tudo que está escrito na Santa e Poderosa Palavra. Que Deus salve a igreja brasileira do florido evangelho fashion!


Ir. Marcos Pinheiro

sexta-feira, 5 de julho de 2013

IGREJA-CIRCO: A QUERIDINHA DO MOMENTO


                         IGREJA-CIRCO: A QUERIDINHA DO MOMENTO

 

No século XIX, Charles Haddon Spurgeon alertou que o fermento diabólico da diversão acabaria levedando a igreja do Senhor Jesus em curto espaço de tempo. Hoje, a igreja evangélica deixou de ser a casa de Deus e tornou-se a casa de circo. Nela não se busca a voz de Deus, mas a diversão, o agito, a sensação, o espetacular. A igreja-circo vive em função de conjuntos, corais, coreografias, jograis, peças teatrais e shows. Ela pensa que seu chamado é para as artes. Nesse contexto, a igreja-circo enche-se de atividades vazias e atraentes ao mundo que não têm poder para converter pecadores. Na verdade, a igreja do Senhor Jesus foi chamada para serviços que não lhe coloca debaixo dos holofotes. Se diversão fosse uma excelente alternativa, não teria a igreja primitiva, usado a diversão para atrair as multidões? No entanto, ela simplesmente pregava a mensagem da cruz porque sabia que somente nela há poder para redimir almas.

Os pastores da igreja-circo vêem os pecadores como coitadinhos e ao invés de chamá-los ao arrependimento, ministram terapia freudiana: “Como se sentir bem em suas iniqüidades”. Esse tipo de ministração gera a igreja-clube onde se promove gincanas, quadrilhas juninas, noite dançante no dia dos namorados, jantarzinhos, joguinho de futebol, luta livre, jogos de azar e até um vinhozinho para inflamar a torcida na hora do “louvorzeiro”. Na igreja do evangelho-circo tudo é forte. Lá tem: oração forte, louvor forte, vigília forte, jejum forte, dança forte, unção forte, decreto forte e por aí vai. A Palavra de Deus é inútil. Coisa sem valor. Descartável. Que não faz falta.

É prática dos líderes da igreja-circo levar o rebanhão para os montes onde acontece um ostensivo ocultismo através das Campanhas-Mamon do tipo: “Campanha das doze pedras de vitória do Jordão”, “Campanha dos sete mergulhos proféticos de Naamã”, “Campanha dos doze cestos cheios”, “Campanha trazendo a pessoa amada” e por aí vai.  No monte tem de tudo: fogueira “santa”, água “consagrada”, lenço “ungido”, toalha “poderosa”, entrevista com demônios, rajadinha de Jesus e reteté do Espírito Santo. Na hora do louvor nunca falta o “lelek, lek, lek, girando, girando, girando prum lado, girando, girando, girando pro outro”. Na oração por cura, os líderes ordenam ao fígado, aos rins e a outros órgãos que funcionem normalmente, como se os órgãos ouvissem e atendessem a ordem que lhes foi dada. O rebanhão gosta de vendedores de ilusões, embusteiros, homens que lhe hipnotize através de atos profanos.

A igreja-circo é a queridinha do momento, pois não desagrada ninguém em nome do politicamente correto. Os pastores da queridinha do momento nunca pregam sobre renúncia, santidade e arrependimento. Isso desagrada os ouvintes. Seus temas são: vitória, sucesso, conquista, prosperidade, milagre, cura, liberação de unção específica e única, quebra de maldições na família, cabeça e não por cauda, pisando Satanás, cancelamento das dívidas. A queridinha do momento não tem ovelhas. É geradora de bodes que copiam modelos mundanos, usam gestos carnais durante o louvor, se vestem sensualmente e gostam de uma “boa” diversão. O objetivo maior da queridinha do momento é dar conforto aos seus bodes. Algumas delas já adotaram o sistema do Drive Thru para seus cultos que já virou programa de auditório. Os bodes assistem cultos dentro de seu carro tomando refrigerante, comendo sanduíche, mascando chicletes ou quem sabe bebendo uma cervejinha. Outras adotaram o “bar teológico”, um mix de debate bíblico movido a vinho. Há ainda aquelas em que os bodes assistem o culto malhando na “Academia de Jesus” agregada em sua dependência. Que barato! Dizem os bodes.

Na igreja queridinha do momento, o Senhor Jesus não consegue entrar, porque seus pastores, discípulos de Simão, o mágico, colocaram mil coisas profanas em seu lugar. Portanto, quão distante está a queridinha do momento da igreja primitiva que tanto batalhou pela fé entregue aos santos (Judas 3).

A realidade é que os líderes da igreja-circo estão promovendo outros deuses usando o nome do Deus verdadeiro através de seus ministérios “espetaculares”. Oremos pela queridinha do momento para que ela se liberte e passe a ser firmeza e coluna da verdade!

Ir. Marcos Pinheiro

quinta-feira, 27 de junho de 2013

MANIFESTAÇÕES: A VISÃO SUÍNA DA IGREJA


                      MANIFESTAÇÕES: A VISÃO SUÍNA DA IGREJA

 

 

A igreja é a voz profética de Deus na terra, mas ultimamente sua boca foi amordaçada porque se casou com a política e com o "evangelho social". "O evangelho social" está fortemente entrincheirado nos púlpitos modernitas-liberais, dando ênfase à mensagem de reforma do Antigo Testamento em lugar da mensagem de redenção da alma contida no Novo Testamento. O Evangelho são as boas novas de que "Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado, e que ressuscitou ao terceiro dia, segundo as escrituras" (I Co 15:3,4). Nesse contexto, a igreja não foi chamada para participar de marchas, passeatas, movimentos. Não foi chamada para reivindicar melhores salários, fazer piquete em portas de fábricas, fazer protestos em frente aos motéis, boicotar clínicas de aborto ou livrarias especializadas em coisas pornográficas. A igreja foi chamada para proclamar o arrependimento, a santidade e o escândalo da cruz. Lamentavelmente, Satanás está enganando a muitos no corpo de Cristo, causando confusão e introduzindo os crentes a amarem o que é efêmero.

 

A manifestação que o crente tem de fazer é no lugar secreto de oração. No início do cristianismo, a escravidão era uma instituição bem estabelecida e de uma crueldade sem igual. Não era difícil imaginar que os crentes fossem convocados a empreender um movimento pela abolição. No entanto, não vemos na Bíblia Paulo e os apóstolos se pronunciarem contra os males da escravidão da época. Paulo e os apóstolos nunca encabeçaram movimentos contra a escravidão.  A epístola de Filemom mostra-nos que os crentes da igreja primitiva não moveram uma palha para mudar a situação. Onésimo, escravo fugitivo, converteu-se por meio da pregação do apóstolo Paulo em Roma. Em vez de Paulo aproveitar a ocasião para combater o mal da escravidão, ele faz um apelo espiritual e insiste para que o escravo Onésimo, embora continuasse sendo escravo, fosse agora recebido como irmão, e irmão amado pelo seu amo Filemom (Filemom 10:16). É claro que não podemos ficar indiferentes a um governo opressor e cruel. Mas, lembremo-nos de que o recurso do crente é o próprio Deus, não a agitação, a propaganda política, as passeatas, as petições dirigidas ao Congresso ou a mobilização das massas. O recurso da igreja é entrar na presença de Deus em oração e jejum, depositar diante dEle o fardo que o mundo faz pesar sobre o nosso coração e depois sair para a proclamar as Boas Novas de Cristo aos homens. É importante observar que a escravidão findou no império romano com os crentes praticando o amor tanto ao capataz como ao escravo. A igreja deve opor-se às injustiças sociais, não fazendo manifestações, passeatas ou tentando eleger seus membros a cargos políticos, mas anunciando o Evangelho que é o poder de Deus que transforma aqueles que praticam injustiças.

 

O apóstolo Tiago reconhece as injustiças praticadas contra os pobres da sua época. A sua resposta a esta falta de misericórdia não sugere protestos, manifestações ou passeatas. Simplesmente, Tiago lembra a proximidade da vinda do Senhor Jesus (Tiago 5:8). Judas, expondo-nos a corrupção dos últimos tempos, NÃO diz: "É preciso fazer manifestações contra a corrupção", mas orienta os crentes que se guardem no amor de Deus e que se dediquem a servir os outros (Judas 21, 23). Paulo por três vezes valeu-se de seus privilégios de cidadão romano. Porém, nunca o vimos organizando nem participando de protestos ou manifestações. Quem estava no trono quando Pedro escreveu sua epístola era Nero um dos piores tiranos que o mundo já conheceu. No entanto, os crentes não foram chamados para participar de manifestações para destronar Nero, ou fazer manifestações por um governo melhor. Pedro exorta os crentes a perseverarem em tranqüila obediência "suportando tristezas, sofrendo injustamente", pois foram chamados para isso. Portanto, a visão de que os crentes devem participar de manifestações é uma visão muito rasa, superficial, fragilizada e tupiniquim do Evangelho. O Problema é que a igreja e muitos de seus líderes estão com visão de suíno. Perderam a visão de que a igreja existe para amar e servir a Deus e levar as pessoas deste mundo para o céu, não existe para reformar politicamente a sociedade.

 

No livro “On the Road to civilization, a world history”, o historiador J. Sigman relata: “O primitivo cristianismo foi pouco entendido e foi considerado com pouco favor pelos que governavam o mundo pagão; os cristãos não aceitavam ocupar cargos políticos”. O historiador Augusto Neander no seu livro “The history of the Christian religion and church during the first centuries, relata: “Os cristãos se mantinham alheios e separados do Estado como raça sacerdotal e espiritual, e o cristianismo influenciava a vida civil apenas desse modo”. O pastor fundamentalista Martyn Lloyd Jones disse “Pregar o Evangelho tem contribuído mais para a solução de muitos problemas sociopolíticos do que todos os substitutos humanos; a democracia é a última e mais elevada idéia humana de governo, mas devido a natureza pecaminosa e decaída do homem, só terá que levar à anarquia e ao caos moral”. A verdade é que muitos líderes estão fazendo a igreja perder a visão para a qual foi chamada. Esqueceram que o Senhor Jesus estabeleceu a igreja para salvar o mundo exclusivamente pela Palavra. É engano se pensar que, por meio da política, manifestações e passeatas podemos aprimorar este mundo arruinado.

 

Os crentes da igreja primitiva sem manifestações, sem passeatas, sem marchas, sem piquetes contagiavam os de fora somente exalando o perfume de Cristo, refletindo o seu caráter e pregando a Palavra de Deus. Não podemos esquecer-nos de homens como Evans Roberts, William Burns, Nicolau Zinzendorf, Henry Martin, Robert McCheyne, George Müller, Jeremiah Lanphier e tantos outros dignos de serem imitados. Homens que conheciam o valor da intimidade com Deus no lugar secreto de oração. Portanto, a igreja precisa urgentemente retornar aos princípios bíblicos fundamentais e à verdade divina, abandonar a visão suína e se verticalizar.

 

Ir. Marcos Pinheiro