sexta-feira, 29 de março de 2013

A IGREJA-SHOPPING-TECNOLÓGICA

A IGREJA-SHOPPING-TECNOLÓGICA

A igreja evangélica atual tem se enamorado com a alta tecnologia deste século e como conseqüência perdeu sua identidade. Sua eficácia se tornou uma piedade fria. Hoje, os templos são suntuosos e viraram verdadeiros shoppings. É a igreja-shopping-tecnológica. Nela há restaurantes, estacionamento com manobristas, sauna, pista de skate, sala de jogos, quadra poliesportiva e até academia. Sem falar dos vitrais, granitos, tapetes persas, poltronas reclináveis, e telões de plasma espalhados em pontos estratégicos na catedral climatizada e em suas dependências agregadas. Dessa forma, o crente que virou crente-cliente pode assistir o culto-show não somente dentro do templo, mas no restaurante, no estacionamento, na quadra poliesportiva, na sauna ou praticando academia. O pastor que virou executivo-pastor fecha negócios com farmácias, oficinas mecânicas, colégios e lojas de grife para que o crente-cliente tenha descontão em suas compras e utilização de serviços.

Nos domingos a igreja-shopping-tecnológica assemelha-se a um aeroporto internacional em alta estação. É um lugar de grande concentração. As pessoas não se olham nos olhos e o ruge-ruge de “ovelhas” batendo-se umas nas outras é assustador. Ninguém se conhece e a saudação padronizada “A paz do Senhor” tornou-se plástica. Na igreja-shopping-tecnológica conduzir a Bíblia na mão é ser ultrapassado. O tablet é usado pelo executivo-pastor e pelos crentes-clientes. Aliás, o executivo-pastor sempre entra na igreja com a pasta de executivo numa mão e na outra o tablet. Na escola dominical é indispensável o Notebook, o Data-show e o Smart-board.

A ceia do Senhor na igreja-shopping-tecnológica não é mais servida coletivamente, é self service. Há a “sala-ceia” onde cada fiel a qualquer momento utiliza-se do kit-ceia com textura judaizante: pão sem fermento, vinho e ervas amargas. O recolhimento dos dízimos e ofertas ocorre via cartão de crédito. A água do tanque batismal da igreja-shopping-tecnológica provém do rio Jordão. No batismo, o executivo-pastor mergulha o fiel-crente-cliente, três vezes na água do tanque batismal ao som de um shofar. A ambição religiosa na igreja-shopping-tecnológica chega ao clímax: Deus opera movido a mamon e o céu é sujeito ao comando da terra. Ou seja, a terra comanda o céu, pois há “poder” nas palavras do executivo-pastor. Após a ceia há gente vendendo sabonete “ungido”, sal “ungido”, óleo “consagrado”, tapete “poderoso”, água “benta”, perfume que exala o “cheiro de Cristo”, hidratante “santo”, e até pedaços da toalha com a qual o executivo-pastor cheio da “unção” se enxugou.

Através de sermões sempre em tom positivo, a voz aveludada do executivo-pastor consegue muitas adesões. Ninguém questiona o que ele diz. O rebanho-cliente deve se encaixar ao que o líder-executivo fala, caso contrário, é tido como rebelde. Se o líder disser que preto é branco todos devem concordar. Se o líder “decretar” todos devem se curvar. Durante o culto todos devem repetir o que o líder disser o que é para repetir, e haja papagueado! A pastoexecutivolatria entre os crentes-clientes é nauseante. O anelão de “doutor” no dedo do executivo-pastor fala muito alto ao rebanhão. No intuito de impressionar as pessoas, o executivo-pastor chama o prédio de sua igreja de santuário e os cantores de levitas. Ora, o prédio não é morada de Deus, portanto, não é santuário. O Senhor não mora em prédios, mas em pessoas convertidas. Os convertidos é que são santuários. Santuário não é o telhado, nem as colunas, nem as paredes, nem o chão, nem o púlpito, mas todos quantos foram regenerados pelo Poder de Deus. Vale salientar que o termo “levita” não é correto, pois o ministério sacerdotal que inclui os levitas se encerrou no Antigo Testamento. Todo ministério sacerdotal foi substituído integralmente por Cristo. Em Efésios 4:11 onde está listado os dons não aparece o dom de “levita” e nem faz qualquer menção a ministérios sacerdotais.

O seminário da igreja-shopping-tecnológica é secularizado. Homens como Freud, Carl Jung, Alfred Adler, Piaget, Peter Drucker, José Saramago, Nelson Mandela, Madre Tereza de Calcutá, Martin Luther King, Desmond Tutu, Dalai Lama, Mahatma Gandhi, Roberto Justus, Augusto Cury e Lair Ribeiro tomaram o espaço da Bíblia. Tudo é calcado na subjetividade e não em verdades históricas. Como a igreja-shopping-tecnológica quer lotação, o seu seminário ensina técnicas de marketing para igreja e estratégias de manipulação de pessoas.

Oremos pelo resgate da essência do cristianismo! Voltar às raízes não é retrocesso, é não perder a verdadeira missão.

Ir. Marcos Pinheiro

terça-feira, 19 de março de 2013

CAMPANHAS DE MILAGRES: FEITIÇARIAS DISFARÇADAS

CAMPANHAS DE MILAGRES: FEITIÇARIAS DISFARÇADAS

A igreja tem descido na ladeira escorregadia do esoterismo. Satanás tem trazido o mundo do misticismo para dentro da igreja em um pacote de um novo evangelho. A quantidade de igrejas com faixas em sua fachada do tipo: “Venha buscar o seu milagre” é impressionante. As chamadas “Campanhas de Milagres” têm sido adotadas com o objetivo de autopromoção e enriquecimento fácil à custa da boa fé popular. Essas campanhas geralmente são de sete dias, mas nunca se acabam. No sétimo dia, outra já está sendo anunciada. O mais grave é que essas campanhas estão dosadas de ocultismo. Os líderes dessas igrejas alegam que as campanhas servem para trabalhar a fé do povo. Ora, a Bíblia diz que “a fé vem pelo ouvir, e ouvir pela palavra de Deus”, portanto, trabalha-se a fé pregando a Palavra de Deus e não através de campanhas. Nas Escrituras não há uma única campanha de milagres. A igreja primitiva e Jesus nunca fizeram “Shows de Milagres”.

As “Campanhas de Milagres” são enganações, pois são práticas esotéricas. Os líderes dessas igrejas de “milagres” atribuem poder sobrenatural a certos elementos como a água, o óleo, o sal, um bastão, um paletó, um lenço, uma toalha, um ramo de uma árvore. Esses elementos são “ungidos” através da imposição de mãos pelo líder, e então, passam a ter poder milagroso. Não encontramos na Bíblia a unção de coisas com a finalidade de atos milagrosos. Os elementos usados no Antigo Testamento como meios de milagres não foram ungidos pelos profetas. Eliseu, Elias, Isaías, Moisés e Paulo no Novo Testamento, não oraram ungindo o sal, o cajado, o manto, a água, a farinha, a pasta de figo, a árvore, o lenço. Vale salientar que Deus se utilizou desses elementos como canais de atos milagrosos para atestar que as mensagens pregadas pelos profetas vinham realmente de Deus.

O satanismo incentiva a indulgência na cobiça. É isso que as “Campanhas de Milagres” fazem: enfoca as mentes das pessoas nos milagres materiais que estão esperando, encorajando a cobiça do espírito humano. Na verdade, as campanhas de milagres são feitiçarias em disfarce, são ilusionismos mágicos, são seções heréticas. Os feiticeiros acreditam que conhecendo a estratégia correta, os deuses são obrigados a cumprir suas vontades. Essa crença é o elemento-chave na feitiçaria. Os líderes das igrejas de “milagres” acham que as campanhas é a estratégia correta que força Deus a liberar bênçãos e milagres. Esses falsários satânicos chegam a garantir que sua vida será marcada por milagres se você participar de todas as campanhas. Por isso, eles tentam transformar Deus num fantoche e Jesus no seu palhaço particular que dança de acordo com os seus comandos. Esses réprobos, cínicos e adúlteros espirituais esquecem que Deus é totalmente soberano, justo e íntegro, portanto, não se submete a comandos e vontades do homem.

Os “pastores” das igrejas das “Campanhas de milagres” são unânimes em afirmar que durante o período da campanha os crentes estão entesourando a experiência. Por isso, não podem interromper o ciclo de sete dias, pois do contrário não receberão o milagre. Isso é paganismo! Como se observa, as campanhas nada mais são do que uma reprodução do rosário da igreja católica romana. Os pagãos é quem seguem religiosamente um ritual diário. Eles criaram um ciclo de pedidos, que repetem todos os dias crendo que um deus virá a esta dimensão para cumprir de forma sobrenatural suas vontades. Este é um tempo de não seguir a homem algum, mas constantemente comparar aquilo que uma pessoa faz e diz com as Sagradas Escrituras.

Alguns alegam: “E o que dizer dos milagres que acontecem nas Campanhas de Milagres? É preciso lembrar que na primeira aparição de Satanás como serpente no Éden foi marcada pela astúcia e malícia. E, ele continua com essas mesmas características. Por isso, que a Bíblia qualifica os sinais e prodígios de Satanás com de mentira, fraudulentos (2 Ts 2:9). O diabo tem grande poder para enganar as pessoas. Ele é tão habilidoso na arte de enganar que sempre surge sob os auspícios do bem. Portanto, a mentira que descreve os milagres de Satanás não somente descreve seu objetivo, mas sim, o seu caráter enganador e mentiroso. Ademais, Satanás é capaz de simular temporariamente um milagre. Milagres, milagres, milagres só Deus faz. Deus não se faz presente nas seções ocultistas das chamadas “Campanhas de Milagres”. Nas igrejas de “milagres”, tudo é fraude, enganações e simulações de Satanás.

Nos nossos dias, precisamos nos firmar nas Escrituras e em doce intimidade com Cristo. Precisamos ganhar a próxima geração e educá-la, a fim de que não se torne cativa dos estratagemas do diabo e do engodo dos falsos mestres.

O profeta Isaías alertou: “À lei e ao testemunho! Se eles não falarem segundo esta palavra, é porque não há luz neles” (Is 8;20).

Ir. Marcos Pinheiro

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

JESUS VIROU PROZAC

JESUS VIROU PROZAC

A glorificação das sensações está em alta nas igrejas evangélicas. As pessoas não são chamadas a prestarem um culto racional, mas um culto sensacional. O culto é direcionado para provocar sensações nas pessoas levando-as a um estado quase hipnótico. Jesus virou prozac, ou seja, Jesus tornou-se a pílula da alegria, o animador da auto-estima. Jesus tornou-se o estabilizador do humor e não o Senhor das vidas. No culto sensacional temas como arrependimento, vida de renúncia, abandono de pecado e juízo vindouro saíram do temário. O negócio é levar o crente a satisfazer-se com o visual, com o auditivo e com o espetacular. O negócio é produzir êxtases. O linguajar dos pastores que têm Jesus como prozac é sempre o mesmo: “Sinta, sinta, sinta, seja feliz e abençoado”. Lamentavelmente o Evangelho tornou-se um emaranhado de sensações. A cultura do sentir infectou a igreja do Senhor.

Hoje, o bom culto não é aquele que expõe a teologia da cruz, mas aquele que sacode os sentimentos das pessoas e as fazem sentir felizes consigo mesmas. Os sentimentos, as intuições humanas e as sensações sobrepujam o racional. Nesse contexto, Deus não quer corações quebrantados e contritos, mas quer louvorzão animado, shows, suor e forró. A igreja que tem Deus como a pílula da alegria perdeu a noção de que a fé vem pelo ouvir e não pelo sentir e de que ela é geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo adquirido.

Na igreja que tem Jesus como prozac a manipulação que seus líderes fazem com o povo, é percebível claramente. Há uma verdadeira lavagem cerebral. Tudo é feito terapeuticamente. Há um momento no culto em que o “ministro de louvores” manda cada pessoa olhar para o olho do seu visinho e dizer que o ama. Em outro momento, cada pessoa deve abraçar seu irmão ao lado e dizer-lhe: “Eu te abençôo”. Noutro momento, cada pessoa deve cumprimentar no mínimo cinco pessoas dizendo-lhes: “A vitória é nossa pelo sangue de Jesus”. Junto a essa manipulação vêem os cânticos mantras e anti-bíblicos do tipo: “Sonhos de Deus” e “O melhor de Deus está por vir”. Na verdade, os “ministros de louvores” provocam uma alegria plástica em vez de conduzir a igreja a uma adoração em espírito e em verdade. Vale salientar que a manipulação não gera a verdadeira alegria. A alegria genuína vem como subproduto de um viver cristão fiel e frutífero.

Esdras ao ler e explicar a Lei do Senhor ao povo nos diz e Bíblia que o povo comoveu-se, chorou e se alegrou (Neemias 8: 8-9). Esdras não manipulou o povo. Não precisou dizer ao povo: “Estou sentindo Deus aqui”, “A inspiração de Deus está na minha boca”, “Vocês estão vendo que Deus está na minha alma”. Esdras não instigou as emoções do povo. Não sapateou, não praticou nenhuma espécie de pula-pula, não fez gestos extravagantes nem terapia de grupo. Simplesmente a Palavra foi lida e explicada. A emoção, a comoção e a alegria vieram do interior das pessoas.

A igreja que tem Jesus como a pílula da alegria é uma arapuca para extorquir dinheiro dos incautos. Seu maior objetivo é construir impérios. Por isso os sermões de seus líderes sempre giram em torno de temas vazios e medíocres: “Como pisar a cabeça de Satanás”, “Deus realizará os seus sonhos”, “Como adquirir um senso de valor pessoal”, “Como chegar a uma visão elevada de si mesmo”, “Há poder em suas palavras”, “Quebra da maldição hereditária”, “Como ser rico”, “Como ter coisas”, “Como se apossar das riquezas dos ímpios”. As palavras que saem da boca desses líderes corroem como gangrena, pois adulteram a Palavra de Deus para acomodar as pessoas ao Egito.

Os pastores que têm Jesus como prozac são especialistas em chamar as pessoas a viverem a vida de Jesus, mas ao mesmo tempo negam o caminho estreito e abrandam a morte de Cristo como sacrifício que desviou a ira do Pai sobre os homens. Quando Paulo estava evangelizando Félix, ele não ofereceu palavras relaxantes e acalentadoras. Sua mensagem apavorou tanto a Félix que ele mandou Paulo se retirar (Atos 24: 24-25). Embora Paulo estando diante de Félix como prisioneiro, ele não tentou adocicar sua mensagem nem minimizou o sacrifício vicário de Cristo. Ele falou sobre a justiça, o domínio próprio e o juízo vindouro.

A visão de Jesus como a pílula da alegria agride o Evangelho, pois promove um estilo de vida humanista em vez de um estilo bíblico e centrado em Deus. Além disso, direciona os crentes para os caminhos da autocomiseração e do egoísmo uma vez que os incentiva a encontrarem-se a si mesmos, quando deveriam negar-se a si mesmos.

Minha oração é que você rejeite totalmente a mensagem de um Jesus como a pílula da alegria. Os púlpitos estão infectados dessa visão maligna. É preciso fazer algo mais do que sacudir a cabeça a respeito do que está acontecendo. É preciso proclamar em alto e bom tom que essa visão é diabólica. Que o grande Deus da Glória, o Único que é “digno de receber a glória, a honra e o poder... vos aperfeiçoe em toda a boa obra, para fazerdes a sua vontade, operando em vós o que é agradável diante dele, por Jesus Cristo, a quem seja a glória para todo o sempre” (Ap 4:11 e Hb 13:21)

Ir. Marcos Pinheiro

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

IGREJAS CHÁ DE ERVA-DOCE

IGREJAS CHÁ DE ERVA-DOCE

A planta erva-doce é originária do Oriente e no passado era cultivada nos países do Mediterrâneo. O chá de erva-doce traz uma sensação de calma e de conforto-relaxante. Seu cheiro é excessivamente doce. Se pensarmos em Deus como chá de erva-doce - relaxante e doce demais, o pecado não parece tão mau e o estado dos perdidos não nos incomoda. Num esforço de alcançar multidões, a igreja moderna perdeu o foco de sua verdadeira missão ministerial. O mundo está repleto de igrejas chá de erva-doce: confortáveis e relaxantes. As igrejas chá de erva-doce estão lotadas de pessoas sem familiaridade com os fundamentos bíblicos, pois seu foco é relaxar as multidões, e não agradar a Deus. Como não é possível relaxar as multidões e agradar a Deus ao mesmo tempo, as igrejas chá de erva-doce estão conduzindo sua membresia para um suicídio teológico e uma espiritualidade vã.

O número de pregadores que falam prioritariamente para agradar e relaxar as pessoas tem aumentado. Mensagens que reafirmam a carne deixando as pessoas confortáveis com seus pecados crescem assustadoramente. Hoje, presenciamos programas de igrejas elaborados explicitamente com o objetivo de satisfazer os desejos carnais e os apetites sensuais. A igreja chá de erva-doce tornou-se um clube social. Nela encontram-se rinques de patinação, pista de skate, sauna a vapor, massoterapia, banhos termais, ginásio poliesportivo, salão para videogames e restaurantes. É o evangelho da realização pessoal junto com o evangelho do entretenimento. Nas igrejas chá de erva-doce a graça é oferecida de maneira tão doce e tão relaxante que não gera mudança de vida nem de comportamento.

Os pastores das igrejas chá de erva-doce estão levando suas igrejas para um abismo repleto de afagos e nenhuma base teológica. Esses pastores ensinam que os crentes são livres para saquear os “egípcios”, mas não estão proibidos de fazer um bezerro de ouro dos despojos. Neste contexto, os princípios corretos da modéstia bíblica foram à bancarrota. As pessoas na adoração coletiva ao Deus santo são atraídas para o pecado da impureza, por meio do esplendoroso desfile de roupas despudoradas. Enfim, os pastores das igrejas chá de erva-doce perderam a visão de que a glória de Deus e a preservação da pureza devem ser o nosso alvo primário.

Os líderes das igrejas chá de erva-doce partem do princípio de que o homem nasceu para ser agradado. Desse modo, o “eu creio” é substituído pelo “eu sinto”. De acordo com os líderes erva-doce, o melhor modo para alcançar os perdidos é descobrir o que eles querem adquirir e o que querem sentir não importando se o querer e o sentir sejam antibíblicos. Nesse contexto, o evangelho é um embrulho de presentes para oferecer os incrédulos e, Jesus Cristo é oferecido como o “máximo” em suprir excitações emocionais. Nas igrejas chá de erva-doce Deus é moldado para satisfazer as “necessidades sentidas” das pessoas. O tema central das mensagens do pastor erva-doce é: “Deus ama você, o melhor de Deus está por vir, Ele satisfaz suas necessidades e o torna realizado”. O evangelho se Assemelha a um camaleão uma vez que pode tomar qualquer aparência que seja necessária. Tudo que importa é que as pessoas se sintam melhor, relaxe e pareçam estar perto de Deus. Nesse processo, as ovelhas são conduzidas a ficar cada vez mais distantes do verdadeiro Deus. Na verdade, a igreja chá de erva-doce está oferecendo um cristianismo não encontrado em nenhuma parte das Sagradas Escrituras.

As mensagens dos pastores erva-doce têm levado os crentes a viverem completamente na filosofia mundana, conformando-se cada vez mais ao estilo de vida da sociedade em que vivem. Em outras palavras, pensam como descrentes, falam como descrentes, comportam-se como descrentes, divertem-se como descrentes, vestem-se como descrentes, solucionam seus problemas como descrentes e tomam decisões como descrentes. Alguns chegam às raias do ridículo ao afirmar que existem revelações fora da Bíblia. Deus fala através de novelas, filmes mundanos, músicas seculares e carnavais. Aliás, os pastores erva-doce tentam dar um significado bíblico para o carnaval. Já existem “os evangelistas do carnaval” infiltrados na festa curtindo o “pula-pula” com seus blocos carnavalescos ao som de música gospel. Os líderes dos “missionários do carnaval” sem nenhum pejo gritam no meio dos foliões: “Deus está nessa festa”. Tamanha blasfêmia! A Bíblia nos exorta a nos portarmos dignamente conforme o Evangelho de Cristo abstendo-nos da aparência do mal, conservando a fé e a boa consciência. Vivamos de maneira sensata, justa e piedosa no presente século! (Tito 2:12).

Nas igrejas chá de erva-doce as pessoas se importam muito pouco com o que Deus é. Nessas igrejas, Deus não é conhecido nem compreendido, Ele é usado. Por isso, as pessoas vão a essas igrejas não por fidelidade, obediência e gratidão a Deus, mas para satisfazer suas necessidades. Os membros das igrejas chá de erva-doce têm-se sentido felizes, pois seus pastores apresentam-lhes um Deus que é o “Cara”; o Cara bacana que pode levá-los ao céu sem arrependimento e sem fé. A história da igreja mostra que as gerações passadas responderam à verdade porque lhes ensinaram uma teologia bíblica que lhes trouxe maturidade em Cristo. Mas, os líderes erva-doce insistem em afirmar que uma teologia cem por cento bíblica não convém ao mundo moderno. De acordo com esses líderes, se o ímpio insiste em recusar o Evangelho, deve-se oferecer a ele Jesus acrescido de todos os seus desejos carnais. Ora, qualquer apresentação do Evangelho onde não esteja presente um desafio para o ímpio mudar radicalmente seus pensamentos e atitudes carnais em relação a Deus e Seu plano de salvação, não é o Evangelho pregado nas páginas do Novo Testamento. Devemos frisar que a nossa sociedade está inserida no relativismo, portanto, nossa mensagem opor-se-á a ela cada vez mais.

Louvo a Deus pelo remanescente santo que Ele tem preservado neste mundo caído. Hoje, muitos estão defendendo corajosamente uma teologia sadia; estão declarando com clareza, em muitos lugares, a gloriosa verdade da salvação pela fé tão-somente em Cristo sem incorporar filosofias seculares e modismos.

Ir. Marcos Pinheiro



sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

IGREJAS COM ESTÔMAGOS SALIENTES E QUADRIS DE RINOCERONTE

IGREJAS COM ESTÔMAGOS SALIENTES E QUADRIS DE RINOCERONTES

Alguns têm afirmado que a igreja evangélica brasileira vai muito bem, pois está crescendo. Ela está flutuando sobre o mar do prestígio e do sucesso, dizem alguns pastores. Novas catedrais estão bombando por toda parte deste Brasil. Megas-igrejas são construídas em poucos meses. Líderes estão pulando de alegria e dizendo “estamos no melhor dos tempos”. Entretanto, um exame mais acurado das igrejas evangélicas brasileiras nos leva a pontos assustadores. A igreja evangélica brasileira está empobrecida, subnutrida, estropiada embora tenha estômago saliente e quadris de rinoceronte. As funções essenciais da igreja: o evangelismo bíblico, a instrução na Palavra, a adoração, a comunhão, a oração e o jejum foram à bancarrota. Grande parte da igreja evangélica brasileira encontra-se estropiada, porque está alicerçada nas sucatas que o mundo aprecia: cura interior das memórias negativas, poder do pensamento positivo, terapia de regressão ao passado, terapia gestalt, terapia primal, auto-perdão, auto-aceitação, auto-consideração, auto-estima, sessões de catarse, oração contemplativa, técnica de visualização e incubação, quebra de maldições hereditárias, psicoterapia, inteligência espiritual multifocal, neurolinguística, coreografias, teatros e por aí vai.

Igrejas fortes, consistentes, poderosas no poder que emana do Espírito Santo, são aquelas que oram e jejuam, e a autoridade que vem dos seus púlpitos advém da Bíblia. Somente da Bíblia. A igreja genuinamente bíblica é aquela que está despida dos trapos compostos da vazia filosofia humana e modismos do momento. A igreja verdadeiramente do Senhor Jesus Cristo é aquela que não destrói a cerca entre a verdade e a falsidade, trata Deus de modo relevante e é capaz de inspirar temor santo.

As igrejas com estômagos salientes e quadris de rinocerontes lutam para que gays, lésbicas, travestis, prostitutos e prostitutas possam se sentir confortáveis e tranqüilos com seu pecado e ao mesmo tempo professar uma fé evangélica. Os líderes dessas igrejas não sabem a distinção entra graça e licenciosidade. Para os líderes dessas igrejas tudo é gospel: fornicação gospel, adultério gospel, nudez gospel, balé gospel, propina gospel, cachaça gospel e por aí vai. Eles querem ser relevantes. Querem alcançar os de fora. Querem incluir os marginalizados, mas são tolerantes com o pecado, e a tolerância com o pecado é infidelidade a Deus. Jesus amava e gastava tempo com as prostitutas e homens promíscuos, porém sempre os convocava ao arrependimento não aprovando a sua maneira de viver.

Os ministros das igrejas com estômagos salientes e quadris de rinoceronte hesitam falar de punição eterna. Falar sobre condenação eterna é ser descortês para com os de fora, dizem eles. No entanto, não foi essa a abordagem de Jesus quando ele disse: “Não temais os que matam o corpo, mas não podem matar a alma, antes, temei aquele que pode fazer perecer no inferno tanto a alma como o corpo” (Mt 10:28). Precisamos da doutrina da punição eterna. Por repetidas vezes no Novo Testamento descobrimos que entender a justiça divina é essencial para nossa santificação. Crer no julgamento de Deus de fato nos ajuda a ser mais semelhantes a Jesus. Chamar as pessoas a viverem a vida de Jesus ao mesmo tempo em que se minimiza a morte dele como sacrifício substitutivo que desviou a ira do Pai sobre o homem é uma aberração. Em síntese, precisamos da doutrina da ira de Deus.

Os líderes da igreja estropiada ensinam que “Deus veio à terra, para morrer e para nos ajudar a perceber o grande potencial que existe dentro de nós”. O profeta Isaías fazendo referência aos absorventes menstruais das senhoras de sua época diz “Todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças como trapo de imundícia” (Is 64:6). Portanto, o nosso grande potencial é trapo de imundícia. Na realidade, os pastores das igrejas estropiadas perderam a noção correta de quem seja o homem. O homem é pecador, caído, perdido. Para os líderes estropiados o evangelho tem a finalidade de libertar as pessoas da baixa auto-estima e é um modo de realização pessoal, ou seja, um modo de receber os desejos do nosso coração. Isso é grave, pois é tentar fazer de Deus um escravo de nossos caprichos. De acordo com as Escrituras o evangelho é simplesmente as boas novas da morte e ressurreição de Jesus Cristo para realizar a redenção do homem. O evangelho lida com o problema do pecado e a necessidade de justificação. Na verdade, as igrejas com estômagos salientes e quadris de rinocerontes têm conduzido muitos a um pseudo-cristianismo, com aparência de espiritualidade, mas sem qualquer substância.

Precisamos passar por momentos de grande emoção e comunhão com Deus. Devemos chorar e nos maravilhar diante de Cristo sem perder a visão de que Ele é pleno, completo e soberano, e que Nele temos uma graça que nunca pode ser interrompida, uma paz que nunca pode ser destruída, um amor que nunca pode ser abatido, uma segurança que nunca pode ser malograda, um consolo que nunca pode ser reduzido, uma revelação que nunca pode ser aniquilada, uma esperança que nunca pode ser desapontada, e uma glória que nunca pode se empalidecida!

Que possamos ser marcados pela graça e pela verdade, por uma teologia forte, por um contentamento sem complacência, por uma disciplina espiritual. Nunca por uma excitação esbaforida. Minha oração é que o Senhor tenha misericórdia e cure os estômagos salientes e os quadris de rinocerontes das igrejas evangélicas brasileiras!

Ir. Marcos Pinheiro

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

MANTEIGUEIROS EVANGÉLICOS

MANTEIGUEIROS EVANGÉLICOS

O apóstolo Paulo ordenou de modo incansável que Timóteo ensinasse e pregasse, repreendesse e incentivasse, que se guardasse contra doutrinas falsas e que treinasse outros homens para que fizessem a mesma coisa (2 Tm 2:1-2, 4:1-2). Jesus veio para pregar (Lc 4:43), Paulo pregou (I Co 2:4), a igreja foi edificada sobre o fundamento da pregação apostólica (Ef 2:20) e Timóteo deveria pregar também. Infelizmente, estamos vivendo a época de muita tagarelice e desvios doutrinários. Líderes que ao invés de pregarem a sã doutrina misturam 10% de Bíblia com 90% de misticismo, vã filosofia e psicologia. Enfim, suas igrejas estão crescendo no tumulto da diversidade.

Os sermões de alguns líderes são manteigosos, ou seja, macios como a manteiga. A realidade do inferno, as exigências da obediência, a chamada ao arrependimento e a singularidade de Jesus Cristo não são abordados. Não fazem menção aos espinhos da fé, a santidade de Deus, o julgamento divino, a depravação do homem e a necessidade de um novo nascimento. Os manteigueiros “evangélicos” usam métodos reducionistas para “tornar-se crente”, ou seja, levantar a mão, ir à frente da plataforma da igreja, preencher uma ficha e repetir à semelhança de um papagaio a oração do pecador. Esses manteigueiros “evangélicos” são donos de megaigrejas e mostram-se excessivamente preocupados com os não crentes, porém não conseguem disfarçar a sua superficialidade voltada ao entretenimento nem seus interesses pelo “vil metal”. O assunto inferno para eles é considerado uma afronta para o ímpio. A ira divina é caracterizada como algo adequado a um sociopata. Os manteigueiros esquecem que Jesus não evitou falar sobre choro e ranger de dentes. O Messias adverte sobre o fogo eterno (Mat 25:41) e fala de um homem que morreu e foi para o Hades, onde estava sendo atormentado e sofrendo muito neste fogo (Lc 16: 23-24)

Os líderes amanteigados dizem: “A única coisa de que precisamos é Jesus e não de doutrina”. Essa afirmação é uma falácia, pois podemos falar de Jesus às pessoas todos os dias até que ele volte, mas, sem nenhum conteúdo doutrinário que preencha o que pensamos sobre Jesus, estaremos apenas pronunciando slogans, não proclamando um tipo de evangelho inteligível e salvador. Não há como não perceber a existência de um centro doutrinário na mensagem de Paulo. Paulo disse a Timóteo: “Guarda o bom depósito pelo Espírito Santo que habita em nós” (2 Tm 1: 14). A doutrina era o coração da mensagem salvadora pregada por Paulo. Vale salientar que o modo de vida dos primeiros cristãos não era baseado em um mero sentimento ou em um mero programa de trabalho, o modo de vida era alicerçado em uma mensagem doutrinária. Se Jesus morreu e ressuscitou por nossos pecados de acordo com as Escrituras, isso é doutrina. Portanto, não há evangelho sem ela.

Os pastores manteiguentos propagam um modernismo não doutrinário. Para eles tudo pode ser gospel: uísque gospel, motel gospel, novela gospel, bailada gospel, forró gospel e por aí vai. Eles crêem que em todo lugar onde você encontra paixão, amor, alegria e gargalhada, ali você encontra Deus. Neste contexto, o evangelho perdeu sua singularidade e não tem uma mensagem para dar ao mundo perdido. Eles falam de propagar o cristianismo sem defendê-lo, desse modo, o que estão propagando não é de modo algum o cristianismo. A razão deles não exigirem nenhuma defesa do cristianismo é simplesmente o fato de estarem completamente de acordo com a corrente dessa era. Ninguém se opõe a um cristianismo não doutrinário porque não há nada a que se opor. Na verdade, os pastores manteiguentos é uma patota que tem como objetivo minar a genuína fé na Palavra de Deus.

Os líderes manteigosos são responsáveis pela morte espiritual de muitas almas. São charlatões, pois ensinam que Deus é uma força que pode ser manipulada em benefício dos crentes. Nos púlpitos sempre usam os chavões antibíblicos: “Exija seus direitos”, “Você nasceu para vencer”, “Deus vai quebrar a costela da pobreza em sua vida”, “Deus vai te dar uma unção de nobreza”, “Oferte mil reais que Deus te dará de volta o triplo: mil reais em nome do Pai, mil em nome de Jesus e mil em nome do Espírito Santo”. Através dessas fraudulentas declarações, a conta bancária desses larápios é aumentada com a venda de seus livros e Bíblias heréticas. Os manteigueiros “evangélicos” adoram títulos eclesiásticos e fazem questão de serem chamados de doutores. Montados na sua arrogância e vaidade desfilam sua “autoridade eclesiástica” em paletós luxuosos, carrões e jatinhos.

Esses chamados “homens de Deus” optaram por um Deus terapêutico que aumenta a auto-estima. O Espírito Santo é um massageador de egos. Por isso, na visão deles, o esforço missionário não deve ser visto como uma empreitada para salvar as pessoas do inferno, mas apenas como um esforço para levá-las a amarem a si mesmas. Na verdade, a ênfase humanista que esses líderes dão ao amor-próprio e a auto-estima despreza o mandamento bíblico de “negar a si mesmo” que Jesus ordenou em Mateus 16:24. O conceito da autonegação é um tema que se estende através da Bíblia toda. Em nenhum lugar das Escrituras somos encorajados a ter auto-estima, autoconfiança ou fé em nós mesmos, mas somente, estima, confiança e fé em Deus.

É comum ouvirmos dos manteigueiros brasileiros a declaração: “Nunca a igreja evangélica brasileira esteve tão espiritual”. Só que espiritualidade com evangelho falso e pensamento amanteigado sendo ensinado como pensamento divino não existe. Espiritualidade com ensinamento morriscerulloguento, murdockguento, bennyhinnguento, malafaiaguento, jabesguento, gidaltiguento, valdomiroguento, macedoguento, soaresguento, valadãoguento, felicianoguento renêguento, estevamguento, rodovalhoguento, não existe. O evangelho é um chamado a uma vida de renúncia e de santidade!

Ir. Marcos Pinheiro

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

IGREJAS-CASAS-DE-CÂMBIO


                                        IGREJAS-CASAS-DE-CÂMBIO

Existe uma multidão de pessoas que foram seduzidas pelo evangelho falso pregado pelas igrejas-casas-de-câmbio. Essas igrejas têm conduzido o povo a negociar com Deus, ou seja, as pessoas propõem a Deus que lhes concedam uma bênção em troca de dinheiro. Em Colossenses 1: 16, 17 diz: “Nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, e ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele”. Portanto, Deus é o absoluto criador e mantenedor de todas as coisas. Deus não é comerciante nem vendedor de serviços. Ele não faz troca com ninguém.

Para os líderes das igrejas-casas-de-câmbio a fé é uma moeda de troca, Deus é mercenário e a igreja uma casa de câmbio. Isso significa controlar a bênção divina. É um insulto a Deus. É violar a doutrina da soberania divina. A mídia que enaltece o homossexualismo, a fornicação, o adultério e o ocultismo, é tão prejudicial ao corpo de Cristo quanto o evangelho pregado pelas igrejas-casas-de-câmbio.

Jesus previu os pregadores que iriam se envergonhar de Suas palavras, entregando, nas igrejas, um evangelho açucarado e mercantilista a fim de não espantar os ouvintes, visando arrebanhar mais almas para o seu rebanho de ovelhas estonteadas. O objetivo maior desses pregadores é ver a igreja-casa-de-câmbio cheia e os jovens se deleitando com as músicas bombadas de decibéis e letras heréticas que parecem mais convites de alcouce: “Quero te beijar, quero te abraçar, quero te tocar, estou apaixonado por ti Senhor”. Os hinos bíblicos foram substituídos pela música que provoca rebolados sensuais que não elevam as pessoas às alturas celestiais, mas as distancia do ardente desejo da volta do Senhor Jesus.

Os líderes das igrejas-casas-de-câmbio são contrários as regras, dizem eles: “O cristianismo não se caracteriza por lista do que se deve fazer ou não, ele gira em torno de relacionamentos”. Por causa dessa visão antibíblica, esses líderes são tolerantes com o erro, não mantêm limites morais definidos e Jesus não passa de um terapeuta ou um poeta sonhador. É necessário ressaltar que os relacionamentos são guardados e preservados por regras e disciplina espiritual, somente assim, passamos conhecer Jesus como o Filho do homem glorificado e Deus, o pai, como santo, justo, amoroso, sabedor de todas as coisas, todo-poderoso, eterno, independente, soberano e misericordioso.

As igrejas-casas-de-câmbio em vez de pregar o Evangelho puro e simples estão mais preocupadas com a ostentação, com a grandeza de seus templos faraônicos e com um bom lucro para o líder fazer “missões” com seu jatinho milionário. Na igreja-casa-de-câmbio, a doutrina é retalhada ao bel prazer de modo que não existe verdade absoluta, cada verdade tem vários significados. A separação do mundanismo é coisa do passado. O negócio é ser “moderno”, ou seja, tudo vale e vale tudo. O mais grave é que os líderes aprovam o “tudo vale” e o “vale tudo” para conservar o seu emprego, pois têm uma família para sustentar. Perderam o olhar aguçado da retidão moral. A santificação do rebanho é secundária, pois seguem o ensinamento dos nicolaítas. A presença Espírito Santo foi substituída pela cobiça e a santidade é tratada com repulsa. Mas, o Senhor Jesus esclarece: “Aquele que diz: eu conheço-o, e não guarda os seus mandamentos, é mentiroso, e nele não está a verdade” (I João 2:4).

Na verdade, as igrejas desses cambiadores do evangelho assemelham-se a uma cafeteria, onde se come o pãozinho fofo que se deseja, pois o cristianismo bíblico fundamentalista é antiquado para o presente século. A pregação sobre vida de renúncia, negação de si mesmo e caminho estreito é ignorada. Neste contexto, o novo nascimento é substituído por um relativismo emocional.  Esses falsários seguem a “doutrina da serpente”, pois é comum em suas igrejas o uso de roupas imodestas, tatuagens, piercings e coreografias que despertam a libido. O evangelho se tornou mórbido, raso e efeminado. Amam o que Jesus ama, mas não odeiam o que Jesus odeia. É o evangelho da fanfarra, Jezabeliano, hollywoodiano, Malafaiano, Valdomiroano, Macedoano, Terra-novano, Soaresano, Valadãoano, onde tudo é “blue”.

Os cambiadores das igrejas-casas-de-câmbio esquecem que o nosso Deus não é um Deus com quem se negocia. Deus é soberano, Senhor absoluto e livre, e dá graciosamente àqueles que confiam nEle. O mais grave é que esses cambiadores fazem um ritual mágico de barganha: chamam os desempregados à frente da plataforma da igreja, “ungem” as mãos de cada um e “profetizam” abundância sem medida. Para impressionar, arrogantemente proclamam: “Deus é tremendo” e decretam: “Deus te dará uma unção de nobreza”. Quanta enganação!

Os cambiadores das igrejas-casas-de-câmbio vão enfrentar o fogo da ira divina, pois suas mãos estão sujas do sangue das pessoas que ludibriam. Em breve, o Supremo Juiz despedaçará o status da igreja-casa-de-câmbio!

Ir. Marcos Pinheiro