sexta-feira, 26 de novembro de 2010

A IGREJA E AS PARCERIAS PROFANAS

A IGREJA E AS PARCERIAS PROFANAS

A Bíblia diz explicitamente para não formarmos alianças profanas. O apóstolo Paulo expressa enfaticamente: “Não vos ponhais em jugo desigual com os infiéis; porque que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas? E que concórdia há entre Cristo e Belial? Ou que parte tem o fiel com o infiel?” (2 Co 6: 14-15). Em Mateus 22: 21 Jesus colocou a igreja e o Estado em ordem diferente “Daí a Cesar o que é de César e a Deus, o que é de Deus”. Neste contexto, só quando a igreja perde sua própria vida neste mundo, achar-se-á em Deus. A igreja do Senhor Jesus Cristo é essencialmente uma estrangeira em território inimigo não devendo, portanto, fazer acordos com o Município, o Estado ou o Governo Federal. Nenhum vínculo orgânico entre a igreja e o Estado deve ser realizado. Infelizmente, muitas igrejas evangélicas fazem parcerias com o governo para receber verbas a fim de construir casas de recuperação para viciados, creches e casas de assistência aos idosos. A igreja deve respeitar o governo e cumprir seus deveres civis. Porém, ela não deve receber favores ou suporte financeiro do governo para obras sociais. Deve ser livre e auto-sustentada. A igreja primitiva que transformou o mundo de então, não fez acordos governamentais, pois estava consciente que é o colocar-se sob o senhorio de Cristo que traz as bem-aventuranças. As bênçãos de Deus sobre a igreja não dependem de acordos profanos, mas da nossa fidelidade a Deus.
Esdras capítulo 3 nos informa que a cidade de Jerusalém estava devastada. Zorobabel foi incumbido por Deus para levantar a cidade. Quando os alicerces do templo foram assentados, um grupo de samaritanos dirigiu-se a Zorobabel oferecendo-se para ajudar na construção do templo “Deixe-nos edificar o templo convosco” (Esdras 4:2). Os samaritanos tinham seus próprios deuses e praticavam um culto pervertido. Zorobabel era um homem de Deus que tinha discernimento e imediatamente retrucou: “Nada tendes conosco na edificação da casa a nosso Deus, nós mesmos, sozinhos, a edificaremos” (Esdras 4:3). Em outras palavras, Zorobabel manteve o nível de separação na edificação da casa do Senhor ao recusar o benefício oferecido pelos ímpios. As Escrituras advertem que Satanás procurará perverter a mensagem de Deus mediante parcerias ou oferta de cooperação da parte daqueles que não servem a Cristo. Quando Sodoma foi invadida, Ló foi levado cativo pelos invasores. Abraão ao tomar conhecimento desse fato decidiu socorrê-lo: Arregimentou 318 homens venceu os invasores e libertou seu sobrinho bem como o povo de Sodoma. O rei de Sodoma colocou-se diante de Abraão e ofereceu-lhe dádivas (Gn 14:21). Abraão rejeitou a oferta: “Nada quero de ti, nem um fio, nem uma correia de sandália quero de ti” (Gn 14:23). A rejeição de Abraão revela sua dependência exclusiva de Deus. A igreja do presente século precisa aprender com Abraão que o Senhor é sustentador.
Depois da morte de Joás, Amazias subiu ao trono. Nessa época, a nação de Edom havia declarado guerra a Judá. Amazias arregimentou um exército de 300 mil homens tementes a Deus para guerrear contra Edon. Não estando satisfeito com o número de homens de seu exército, Amazias resolveu ir às tribos do Norte, que adoravam Baal, e contratou por 100 talentos de prata 100 mil homens para seu exército. No momento que o exército de Amazias ficou composto por 300 mil homens tementes a Deus e 100 mil homens ímpios que adoravam Baal, um profeta o advertiu dizendo: “Ó rei, não deixes ir contigo o exército de Israel porque o Senhor não é com Israel, isto é, com os filhos de Efraim (tribos do Norte), porém vai só, age e sê forte; do contrário Deus te faria cair diante do inimigo, porque Deus tem força para ajudar e para fazer cair” (2 Cr 25: 7-8). Por inferência, concluímos que a igreja do Senhor não deve misturar-se com os ímpios no sentido de parcerias, pactos, alianças. Pensamentos diferentes, corações diferentes, mentes diferentes não se compactuam para o mesmo propósito. De início Amazias não confiou que o Senhor era poderoso para lhe conceder a vitória com 300 mil homens tementes a Deus. Se a igreja quiser ser sempre vencedora e abençoada deve pagar o preço da renúncia rejeitando entrelaçamentos com o governo no que diz respeito à construção de casa de recuperação para viciados, creches, orfanatos, casa de assistência aos idosos. Graças a Deus que Amazias obedeceu a mensagem do profeta dispensando os 100 mil homens que havia contratado (2 Cr 25:10). Com os 300 mil homens fiéis a Deus, Amazias venceu a luta contra os edomitas (2 Cr 25: 11-12). Deus é o mesmo que fez brotar água da rocha; que sustentou o povo no deserto com maná e que retém as chuvas e abre as comportas do céu. Precisamos aprender com o avivalista George Müller que conheceu como ninguém, o que é viver vendo o invisível, tocando o intangível e crendo no impossível. Müller construiu em Bristol, na Inglaterra, grandes edifícios para abrigar menores carentes, sem ter que fazer nenhuma parceria com o governo britânico. Todos os recursos ele os obteve através da oração. Na hora certa as janelas do céu abriam-se e todas as necessidades daquelas 3000 crianças eram milagrosamente supridas. Em Deuteronômio 7:1-2 Deus havia dito aos israelitas que não fizessem aliança com os cananeus. Porém, os israelitas foram desleais ao mandamento do Senhor. Satanás semeou um pensamento que foi genérico entre os israelitas: “Que mal nos poderão fazer os cananeus? Eles são poucos”. Não demorou muito tempo, israelitas e cananeus formaram parceria e, como conseqüência, os israelitas perderam a identidade de povo de Deus, perderam a diferenciação que os distinguiam. Muitos líderes dizem: “A verba que recebemos do governo é pouca, a parceria que estabelecemos é muito leve, não nos comprometerá em nada”. Precisamos aprender essa verdade: O que parece inofensivo pode ser perigoso. A maneira como o diabo apresentou-se a Eva parecia inofensivo. Os pastores precisam dizer em alto e bom tom: “Estamos envolvidos numa grande obra de modo que não podemos descer”!

Ir. Marcos Pinheiro

sábado, 20 de novembro de 2010

ECUMENISMO: UMA ASTÚCIA SATÂNICA

ECUMENISMO: UMA ASTÚCIA SATÂNICA
Ecumenismo é uma tentativa de aproximar e unir todas as religiões deixando de lado todos os aspectos doutrinários. Os ecumênicos acham que é saudável remover as doutrinas que causam as diferenças entre as crenças e, ninguém deve pensar mal de uma pessoa que promove uma doutrina diferente da que Cristo ou os apóstolos praticaram. Portanto, o ecumenismo defende a pluralidade da verdade, ou seja, não existe uma verdade absoluta, mas verdades diferentes para cada pessoa. Para os ecumênicos o verdadeiro cartão de identidade do crente é o amor, assim, temos que quebrar as barreiras e dialogar com as outras fés. “Viva a unidade na adversidade” é a bandeira ecumênica nos dias atuais. No entanto, a verdade bíblica é oposta a essa bandeira. Ao invés de darmos as mãos com os de outra fé devemos redargüir, repreender e exortar com temor, longanimidade e doutrina (2 Tm 4:2). Devemos defender e viver a sã doutrina ao invés de desviar nossos ouvidos da verdade em prol da unidade com outra fé. Unidade fora da sã doutrina é enganação. Orando ao pai Jesus disse: “Santifica-os na verdade, a tua palavra é a verdade” (João 17:17). A unidade cristã de dá pela Palavra viva, santa e imutável de Deus. Se não for pela Palavra de Deus não haverá unidade cristã. A unidade não deve ser meramente espiritual, mas também bíblico-doutrinária. Não é conselho bíblico dar as mãos com os que aprenderam de modo diferente dos apóstolos, mas sim, notá-los e nos desviar deles “Rogo-vos, irmãos, que noteis os que promovem dissensões e escândalos contra a doutrina que aprendestes; desviai-vos deles” (Rm 16:17). Estamos vivendo a época da beatificação da tolerância onde não é mais necessário lutar pela verdade e como conseqüência erros doutrinários grosseiros são toleráveis em nome do amor e da unidade. Não podemos aceitar “verdades” divergentes como igualmente válidas. Só há uma verdade e ela é absoluta. Essa verdade é o Senhor Jesus Cristo. Os ecumênicos para justificarem a “unidade na diversidade” destacam uma característica muito importante da natureza divina: o amor. E, citam João 17:21 “Para que todos sejam um assim como nós”. Esquecem a outra característica: a santidade. Deus é amor, mas é também santo. Por isso, é impossível unir o santo com o profano. Além disso, a unidade que Jesus pede ao pai não era uma unidade religiosa sem identificação, mas aquela santidade que resulta na submissão à prática da doutrina verdadeira. Sabemos pelas cartas paulinas que a unidade é bíblica. Em I Coríntios 10: 17 Paulo declara: “Porque nós, sendo muitos, somos um só pão e um só corpo”. Em I Coríntios 12: 13-14 o apóstolo enfatiza que cada membro do corpo é diferente um do outro, mas forma uma unidade. Portanto, cristianismo é acima de tudo união de gregos e troianos, ricos e pobres, negros e brancos, todos unidos numa só fé. Mas, o cristianismo verdadeiro não tolera a conjugação entre o certo e o errado, a verdade e a mentira, a luz e a escuridão. Quando Paulo diz em I Coríntios 6:14 “Não vos ponhais a um jugo desigual com os infiéis”, a idéia e de se colocar dois animais totalmente diferentes em uma mesma canga. Imagine um boi e um jumento carregando a mesma canga. Nenhum fazendeiro de bom senso faria essa tolice, pois o desastre seria total. O boi é vagaroso e pesado o jumento é rápido e mais leve. Portanto, Apostasia e sã doutrina não caminham juntas. Verdade e erro são incompatíveis e não podem se combinar para produzir algo bom. A doutrina nunca deverá ser sacrificada em nome da unidade. Por isso, Paulo exorta “Se alguém não obedecer à nossa palavra por esta carta, notai o tal e não vos mistureis com ele” (2 Ts 3:14). A grande astúcia satânica é: “Unidade no que é relevante e liberdade no que é secundário”. Esse tema é atraente e diplomático, porém é diabólico por que passa a impressão de que a mensagem bíblica se divide em partes relevantes e secundárias, ou seja, na Bíblia há partes importantes e sem importância. O objetivo dessa temática é incutir na igreja que na Bíblia tem princípios básicos que devem ser seguidos por todos os crentes e doutrinas secundárias que cada um pode interpretar como quiser. Não nos iludamos, a meta do diabo é diluir a verdade absoluta do Evangelho. Se doutrina é secundário a Bíblia cai em descrédito. Se doutrina não é importante, como fica 2 João 1: 9-10? “Todo aquele que ultrapassar a doutrina de Cristo e nela não permanece não tem Deus, o que permanece na doutrina esse tem tanto o pai como o filho”. Infelizmente, temas como “Todas as religiões são legítimas”, “Creia no que eu creio e crerei na sua fé” estão cada vez mais encontrando espaço nas igrejas evangélicas. A idéia de Satanás é criar um “novo Deus” que seja adequado a todos os deuses, ou seja, um “Deus” que abrange todas as crenças e religiões. A pureza doutrinária deve ser o fundamento básico da igreja. Quando a igreja perde a posição de separação com aqueles que proclamam um evangelho falsificado, ela perde a razão de sua existência. A astúcia satânica não mudou: ele sempre procurará perverter e arruinar a mensagem do Evangelho através de pactos com aqueles que pregam o evangelho falso. Precisamos nos preservar de uma unidade na qual a doutrina é considerada sem valor. Precisamos nos preservar da unidade dos gafanhotos que têm como objetivo comum a ruína de tudo que está ao redor. O ecumenismo afronta a Deus porque Deus não quer todo mundo de qualquer jeito. Deus quer o seu povo que foi comprado com o seu próprio sangue separado e santo!

Ir. Marcos Pinheiro