quarta-feira, 20 de julho de 2016

PASTORES-GARÇONS: E COMO TEM!



                         PASTORES-GARÇONS: E COMO TEM!

Garçom é o profissional que domina as técnicas do bem servir. Deve estar pronto a atender quando o cliente solicitar. Deve garantir que não falte nada aos clientes e que eles estejam satisfeitos com os produtos e serviços oferecidos pelo estabelecimento. É uma profissão louvável. Porém, quando se trata da igreja do Senhor Jesus, o pastor não pode se comportar como um garçom, não pode ter as características de um garçom, pois a igreja não é um estabelecimento comercial. O pastor estar a serviço do Reino de Deus, porém não deve dar o que as pessoas desejam ouvir de Deus, mas o que elas precisam ouvir de Deus.

Os pastores-garçons estão matando suas “ovelhas” com o enxovalhamento do Evangelho. Dão o que as pessoas querem – entretenimento. Estes líderes não têm preocupações com a verdade da Palavra, mas com entretenimento espiritual. As pessoas se entretêm, mas não nascem de novo nem se santificam. Eles veem Deus como uma “coisa fofinha”. Não julga pessoa alguma nem impõe obrigação alguma sobre as pessoas. Deus é tão fofinho que ao amar incondicionalmente não faz os homens se sentirem culpados pelos seus atos. Na visão destes líderes, Deus só deseja que as pessoas ajam conforme desejam e sejam felizes. Isto se assemelha ao medicamento errado para um doente moribundo: melhora a cada boletim médico, e de tanto melhorar, morre.

Nesse tempo do fim vemos que muitos pastores são ativistas irrefletidos, são fogueteiros. Exaurem a igreja com programas e atividades que não têm nenhuma saúde bíblica. Abandonam o alimento sadio das Escrituras oferecendo sopa de colocíntidas ao povo. Reinventam o Evangelho, reinventam a fé e dão uma nova roupagem à igreja com o fim de manter o cliente-rebanhão. É um frenesi de movimento sem igual: culto dos homens e mulheres de negócio, culto da gratidão, culto das causas impossíveis, culto dos sinais e maravilhas, culto da restituição. Os títulos adotados alardeiam o “poder” da equipe ministerial. Nesses cultos, cantam-se letras que colidem frontalmente com as Escrituras, mas se aceita porque o ritmo é extasiante e o povo gosta. O ambiente torna-se carnavalesco. O pastor é um garçom, pois serve ao povo o que o povo quer. É um “reality show espiritual”. Vê-se, nesses cultos, o que jamais alguém viu em dois mil anos de cristianismo: rodopios, batidas de pé, “aviõezinhos”, sapateados, pula-pula, marchas.

Os pastores-garçons são experts em produção de emoções fajutas nas igrejas. Pregam, oram e cantam com artificialidade, com desejo de impressionar. Enaltecem a si próprios e não a bondade e a misericórdia do Deus Altíssimo. É urgente entender que o Evangelho é. É conteúdo e não rótulo. O Evangelho se impõe pelo que é, pelo que diz, pelo que mostra, e não pelo adorno e enfeites que esses líderes garçons lhe dá. Os pastores-garçons têm tornado o Evangelho agradável a todos, e para isso, eles tira-lhe o conteúdo para vender um produto palatável. Seguir a Cristo não é ter êxtases. Não é devaneio espiritual. Seguir a Cristo é ter o seu caráter. É andar como Ele andou. Evangelho não são sensações.

Os pastores-garçons manipulam claramente o auditório. Faz o papel do Espírito Santo tentando convencer o ímpio do pecado, da justiça e do juízo com seus apelos extravagantes de lavagem cerebral.  Nesse contexto, tudo se se torna barato: a graça é barata, a fé é barata, a liturgia é barata, o sermão é barato, a emoção é barata, o louvor é barato, o testemunho é barato. Eles proclamam o Evangelho pelo pináculo e não pela cruz. Por isso, tudo é banal. Precisamos de púlpitos que não se constranjam em anunciar que os homens estão perdidos sem Jesus, e precisam de conversão. Precisamos alardear que o cristianismo tem corpo doutrinário, e que ignorar isto é aniquilá-lo. É urgente abraçarmos os princípios básicos da Reforma Protestante: Só a graça, Só a fé, Só a Escritura, só Cristo.

O problema desses líderes-garçons é que eles associam Evangelho com estética e sentimentos. O Evangelho é sentir alguma coisa. Ou seja, quem ama a Deus sente alguma coisa. Por esta razão os cultos nas igrejas dos pastores-garçons são planejados para fazer as pessoas sentirem alguma coisa. Essa alguma coisa é expressa em sensações. Neste contexto, tome revelações, visões, arrebatamento ao céu, arrebatamento ao inferno e mensagens de anjos. A Bíblia é o padrão normativo para a igreja. Precisamos de quem viva a Palavra e não de quem a infle artificialmente. Precisamos resgatar o lugar de Deus na vida cristã. A origem e a consecução de toda a vida cristã está nEle.

Ir. Marcos Pinheiro

sábado, 9 de julho de 2016

ELEFANTÍASE: A DOENÇA DA IGREJA ATUAL



                          ELEFANTÍASE: A DOENÇA DA IGREJA ATUAL

A igreja evangélica hodierna está enferma. Claro, há exceções. Mas, a maioria tem elefantíase. A elefantíase é uma infecção parasítica que causa o inchamento extremo nos braços, pernas e pés. A impressão que se tem à primeira vista é de robustez, mas a realidade é de debilidade. Assim está hoje a igreja evangélica atual. Está doente e pensa que é forte. Está inchada e profundamente debilitada.

Dois processos levaram a elefantíase à igreja: a desescrituração, que é a remoção das Escrituras do fundamento da igreja e a descristianização, que é a remoção de Cristo da igreja. Uma coisa implica a outra. Quando se tira as Escrituras do fundamento da igreja, Cristo, automaticamente, é descaracterizado. A igreja acometida de elefantíase tem grandes dificuldades em lidar com a pessoa de Jesus.

Hoje, a igreja inchada acometida da moléstia elefantíase, vê Jesus como uma mercadoria. Jesus é um produto a ser usado. Existe para ser consumido. Ele diverte e não incomoda. Jesus é um bichinho de estimação que dá espetáculos fantásticos que diverte a galera. Ele é a fada-madrinha que nos dá tudo. Os pastores da igreja inchada conseguiram levar suas “ovelhas” a perderem a visão real de Jesus. O relacionamento que a membresia tem com Jesus é do tipo: “Pago, recebo e me beneficio”.

Jesus não é mercadoria e nem passatempo. Não é um educador de consciências, nem reformador social, nem filósofo, nem o maior psicólogo que já existiu ou mestre de ética. Ele é o Senhor Crucificado e Ressurreto, Ascenso aos céus, de onde virá com grande Poder e Glória. Vê-lo de outra forma é blasfêmia!

A ganância é a maior praga da igreja acometida de elefantíase. Seus líderes são movidos a mamon. O pastoreio é em benefício do bolso. Seus líderes montam esquemas para projetar seu ministério, pois gostam de aplausos, popularidade e fama. Adoram escrever seus nomes em gás néon, promovendo-se. A máquina publicitária para exaltar seu nome é vista até na oração: “Ah! Senhor se eu pegasse Bill Gates; colocava uma faca afiada em seu pescoço e lhe diria: passe todo o seu dinheiro para a minha igreja; aí eu compraria a Arena Castelão e pregaria para milhares de pessoas”. Que carnalidade! Que “oração” blasfema! Lembro-me de Lutero quando lhe disseram que seus seguidores estavam se chamando de luteranos, ele disse: “Quem é Lutero, para dar nome à igreja de Cristo? Eu sou um saco de vermes!”.

A paixão do verdadeiro homem de Deus é transmitir a Palavra de Deus sem malabarismo. Não prega insights como se fosse revelação de Deus. O verdadeiro líder não monta quadrilha para projetar seu ministério. Não promove o Jesus festeiro, o Jesus gaiato, oferecedor de momentos de relaxamento. O líder verdadeiro não confunde catrevagem com santidade, baderna com adoração.

A bandeira erguida da igreja inchada é: “Doutrina divide, o amor une”. Os defensores dessa tese ilídima, limitam-se a pregar sermões complacentes como o pecado para agradar gregos e troianos. A tese de que a doutrina divide e o amor une é a expressão da mediocridade. O apóstolo Paulo sempre deu ênfase em suas epístolas à importância da doutrina – “Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina” (I Tm 4:3). O apóstolo João, considerado o apóstolo do amor, destacou a importância da doutrina: “Todo aquele que prevarica, e não persevera na doutrina de Cristo, não tem Deus” (II João 9). Se esvaziarmos nossa pregação da doutrina, ela se torna hórrida, perde sua autenticidade e deixa de ser o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê.

O culto da igreja inchada é irreflexivo, tipo programa mundano de auditório: música pauleira e muita manipulação pelo “ministro de louvor”. A entrada do grupo de louvor na plataforma da igreja é doentia: Meia-luz, rufar de tambores, aplausos frenéticos misturam-se com assobios, luzes coloridas sobre o grupo de louvor com bastante fumaça. O narcisismo é chocante! O grupo ergue a cabeça com ar triunfal e estimula a plateia a mais aplausos. Não é isso que a Bíblia ensina. Ademais, é notória a pobreza musical dos corinhos, pomposamente denominada de “adoração”.

Finalmente, os pastores das igrejas acometidas de elefantíase assumiram uma missão anti-bíblica: em vez de serem os missionários da igreja para o mundo, eles se tornaram os missionários do mundo para a igreja. São missionários tipo corvo. Da categoria de aves de rapina. Nutrem-se do pútrido.

Segue abaixo as igrejas acometidas de elefantíase em Fortaleza:
IGREJA ASSEMBLÉIA DE DEUS – MINISTÉRIO CANAÃ.
IGREJA ASSEMBLÉIA DE DEUS – MINISTÉRIO MADUREIRA.
IGREJA ASSEMBLÉIA DE DEUS – MINISTÉRIO BELA VISTA.
IGREJA BATISTA CENTRAL.
IGREJA BATISTA VALE DE BÊNÇÃOS.
IGREJA BETESDA.
COMUNIDADE CRISTÃ LOGOS.
IGREJA NOVA VIDA – MINISTÉRIO NOVA VIDA.
IGREJA DO SENHOR JESUS SANTUÁRIO DO ESPÍRITO SANTO.
COMUNIDADE DO AMOR.  
COMUNIDADE DAS NAÇÕES.
IGREJA DA PAZ.
MINISTÉRIO APOSTÓLICO NOVA UNÇÃO.
IGREJA EVANGÉLICA VERBO DA VIDA.
IGREJA UNIVERSAL DO REINO DE DEUS.
IGREJA INTERNACIONAL DA GRAÇA DE DEUS.
IGREJA MUNDIAL DO PODER DE DEUS.
ORMECE – Ordem dos pastores evangélicos do Estado do Ceará.
Tenho dito,
Ir. Marcos Pinheiro.