segunda-feira, 25 de maio de 2015

INIMIGOS DA CRUZ: HERESIAS SÃO BRINQUEDOS



                   INIMIGOS DA CRUZ: HERESIAS SÃO BRINQUEDOS

Uma das características dos inimigos da cruz é a sua posição indefinida quanto à verdade de Deus. Os inimigos da cruz não são a favor, nem contra; não são gregos, nem troianos. Instalam-se na linha do meio. São macios, tolerantes e flexíveis. Defendem o cristianismo Total Flex – pode gasolina e pode álcool. Assim, o culto, pode ser com dança ou sem dança; o Evangelho pode ser amalgamado com a cultura ou não; ser ecumênico ou não, é indiferente; vestir-se indecentemente ou não, é indiferente. Os inimigos da cruz fazem das heresias brinquedos. Pregam outro Cristo: o Cristo sem cruz.

A verdade de Deus é radical. Na Bíblia não há a linha do meio, não há meio termo, ou se é quente ou se é frio (Ap 3:15,16). Só se chega ao céu através de Jesus. Ou é Ele ou ninguém, não há outro (João 14:6). Só há duas portas, e somente uma escolha entre dois extremos: ou a Vida, ou a morte eterna (Mt 7:13,14). Ou crê, ou está condenado no inferno, não existe alguém que está mais ou menos salvo (Mc 16:16). Ou é sim, ou é não, todo o resto procede do maligno “Seja, porém, o vosso falar: sim, sim; não, não, porque o que passa disso é de procedência maligna” (Mt 5:37). “Se alguém vier a mim e não aborrece a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs, e ainda também a sua própria vida, não pode ser meu discípulo” (Lc 14:26). O sagrado radicalismo bíblico é inconfundível!

Os inimigos da cruz, não pregam vida centrada na cruz, onde a carne é crucificada e o ego é negado. Pregam um Evangelho fashion, tão extravagante como Hollywood. No final de tudo, dizem os inimigos da cruz, todos serão salvos. Salvos à moda Graham – “pregar o Evangelho e deixar que a pessoa escolha a sua própria igreja, seja ela católica ou protestante”. Os inimigos da cruz gostam de festivais. Festival Promessa. Festival esperança. Tudo com sabor papista. Os inimigos da cruz proclamam dois carnavais. O primeiro é o carnaval das unções: unção de ousadia, unção de conquista, unção de multiplicação. O segundo é o carnaval do “fique-rico-depressa. Para esse segundo carnaval, os inimigos da cruz surripiam os últimos centavos dos “fiéis”. Em suas orações públicas, os inimigos da cruz usam palavras chulas como “esculhambação”, “vagabundo”, “patife”.

O cristo da cruz ordenou que negássemos a nós mesmos, mas os inimigos da cruz pregam: “exalte-se”. O Cristo da cruz ordenou que fôssemos reverentes, mas os inimigos da cruz aprovam todo gênero musical: forró, aché, samba, hip-hop, funk, rock. O Cristo da cruz recomenda trajes decentes, mas os inimigos da cruz apreciam mulheres que imitem Jezabel. O Cristo da cruz exige temor a Deus, mas os inimigos da cruz aplaudem coreografias havaianas, com jovens usando roupas esvoaçantes despertando lascívia da platéia. O Cristo da cruz nos ensina a simplicidade e a humildade, mas os inimigos da cruz gostam de tocar trombetas em torno de si, gostam de se exibir realizando cruzadas mundiais com tom ecumênico. O Cristo da cruz se compraz com a verdade, mas os inimigos da cruz usam traduções adulteradas da Bíblia que distorcem os pilares fundamentais da verdade cristã tais como a Bíblia na Linguagem de Hoje (BLH), a Bíblia Nova Versão internacional (NVI), Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, Bíblia “A mensagem” de Eugene Peterson, Bíblia de Estudo Dake de Finis Jennings Dake, Bíblia de Estudo Batalha Espiritual e Vitória Financeira de Morris Cerullo.

O mais grave é que os inimigos da cruz que tornam tortuoso o caminho do Senhor e conduzem as pessoas à estultice espiritual têm sido os heróis do povo. As heresias que os inimigos da cruz pregam são agradáveis ao paladar, pois alimentam a auto-imagem de quem as escutam. Já ouvi um inimigo da cruz dizer em alto e bom tom às suas ovelhas: “Vocês são uns filho da mãe abençoado”. É disso que o povo gosta! mutretagem! A comichão nos ouvidos tem se tornado o passatempo religioso da nação brasileira. Lamentavelmente, a maioria dos evangélicos brasileiros se deleita em ouvir fábulas mirabolantes, com uma ligeira camada de verniz cristão, em vez de escutar a sagrada verdade radical que exige negação de si mesmo.

A realidade é que a membresia é anulada pela manipulação que esses falsários fazem e pelas suas sutis ameaças vindas dos púlpitos com a “imunidade espiritual”: “Não toqueis nos ungidos do Senhor”. Através do polimento da falsa teologia com atenuações adocicadas, os inimigos da cruz conseguem esconder o seu veneno. Por isso, é necessário dar “nomes aos bois” como fez o apóstolo Paulo ao citar Janes, Jambres, Fileto, Himeneu, Demas, e Alexandre, o latoeiro. No Brasil, os principais inimigos da cruz são Edir Macedo (igreja universal), R.R.Soares (igreja internacional da graça), Valdomiro Santiago (igreja mundial do poder de Deus), Robson Rodovalho (igreja Senhor sara a nossa terra), Marco Feliciano (igreja catedral do avivamento), Samuel Ferreira (igreja Assembléia de Deus Madureira), Silas Malafaia (Assembléia de Deus vitória em Cristo), Geziel Gomes (igrejas missionárias Canaã, Gideões missionário da última hora), Napoleão Falcão (Gideões missionários da última hora).

A mensagem dos inimigos da cruz contrasta com a sagrada verdade radical das Escrituras que é inflexível, intolerante, não amalgamada com a cultura e ofensiva ao homem natural. Por isso a sentença para os inimigos da cruz é radical: “O fim deles é a perdição, cujo Deus é o ventre, e cuja glória é para confusão deles, que só pensam nas coisas terrenas (Fl 3:18). Que o Senhor nos livre dos brinquedos heréticos proclamados pelos inimigos da cruz!

É o que tenho a dizer

Ir. Marcos Pinheiro

domingo, 3 de maio de 2015

CARTA ABERTA AO PASTOR ALTIVO



CARTA ABERTA AO PASTOR ALTIVO

“Em Fortaleza não há uma igreja mais maravilhosa do que a nossa: organizada e honesta” bradou o pastor altivo na cidade de Fortaleza.

Confesso que fiquei perplexo ao ouvir o seu brado entufado, pastor altivo. Impressiona-me como você adora a sua própria vaidade. Como você gosta que ela seja atiçada. Você comporta-se como criança que usando roupas novas, fica chamando a atenção dos adultos para as mesmas. Você se julga superior a todos os seus colegas pastores. Acha-se superior até mesmo aos anjos. Você está tão engolfado na altivez que você pensa que ela é realização. Mas, para a Bíblia, é confusão e termina em julgamento divino, bastar ler Gênesis 11. Você, pastor altivo, está ávido de fama e poder. E, isso lhe fez esquecer que Deus é quem é Senhor, e está acima de tudo e de todos.

Você, pastor altivo, sabe fazer teatro. No púlpito, você embarga a voz, fabrica choro plástico, declara frases chavões, ministra “unções”, bate os pés no chão, dá pulinhos e diz aquilo que o membro de igreja sem intimidade com a Palavra quer ouvir. Desse modo, você consegue alienar os membros de sua igreja levando-os à confusão: Eles confundem a casca com o miolo e o farelo com o pão. Na verdade, você conseguiu guetizar a sua igreja e potencializar puxa-sacos.

Você, pastor altivo, está na mídia. Fala das Escrituras e de Jesus. Mas, eu lhe pergunto: a que preço? Levando seus ouvintes à alienação? Deveria levá-los ao céu e não à alienação. Sua mensagem vai além dos limites bíblicos. Você adota as doutrinas humanas e as novidades do mercado pastoral procurando crescimento em seu próprio status. Por isso, a sua mensagem é feno e leva à estultícia espiritual.

O seu ministério é numeroso. Sua igreja é espaçosa. As galerias são lotadas. É um mega-templo. Você é famoso. É um figurão denominacional. Mas, você é medíocre como obreiro de Deus. É paupérrimo em conteúdo espiritual e em marcar vidas. No programa de rádio, você faz afirmações teológicas doutrinárias dando uma de defensor da sã doutrina, mas não mostra sua teologia em atos. Seu discurso teológico é dissociado da práxis. Na prática, você é um produtor de emoções passageiras. Você, pastor altivo, é mais um condutor de espetáculo que um homem de Deus.

Você, pastor altivo, deveria se lembrar de Ló. Ló alcançou boa visibilidade social, era muito bem quisto pelos empresários de Sodoma. Mas, Ló não influenciou ninguém com sua fé. Não deixou marcas na vida de Sodoma. Ló passou anos em Sodoma e não fez diferença na vida das pessoas que o cercava.  A vida de Ló foi regida pela grandeza material. Assim também é você, pastor altivo. Quando você criou o famigerado “culto dos homens e mulheres de negócio” ficou claro o seu entusiasmo por grandeza material. Qual a razão desse culto? Por que não criar também o “culto de homens e mulheres pobres ou favelados”?

Se você não sabe, Ló terminou seus dias em incesto com as filhas e embriagado. Você não é dado à embriaguês e nem ao incesto, porém o seu sonho é ser grandão, ter uma membresia cada vez mais numerosa e repleta de figurões. Na verdade, pastor altivo, você quer galgar espaços, e à semelhança de Lúcifer, você quer subir, subir e subir.

Lamentavelmente, pastor altivo, você perdeu a noção do que vem a ser igreja. Você ao quantificar o Reino de Deus, transformou sua igreja numa empresa. Você vê cifras e valores, não vê gente, não vê pessoas. Não vê o povo de Deus. Vê bens. Vê as possibilidades de uma boa vida. Nesse contexto, você perdeu o seu próprio rumo e encaminha mal o aprisco que você é chefe.

O que digo agora é triste, e eu gostaria que não fosse verdade, mas é verdade. Infelizmente é verdade: No Brasil, o Reino de Cristo tem sofrido mais nas mãos de pastores altivos que nas mãos de homens ímpios. Isso é chocante! Isso é trágico!

Ir. Marcos Pinheiro