segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

EI IGREJA! : ABANDONE O SEU LOUVOR

EI IGREJA! : ABANDONE O SEU LOUVOR

Nos dias atuais, muitos têm esquecido que Abraão, o pai da fé, foi chamado a abandonar a cultura de um mundo pagão e viver uma vida de modo totalmente distinta para o Senhor. Na vigência da lei de Moisés, as pessoas foram ensinadas de diversas maneiras a distinguir entre o sagrado e o profano, entre o limpo e o imundo, entre o espiritual e o mundano. No Novo Testamento Tiago exorta dizendo: “Infiéis, não compreendeis que a amizade do mundo é inimiga de Deus? Aquele, pois que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus” (Tg 4:4). Portanto, a lei da distinção e separação do mundo é uma realidade bíblica. Hoje, muitos avaliam as coisas pela experiência, ou seja, a razão é serva da experiência. Nesse contexto, a lei da distinção e separação é desprezada.
Nesses tempos marcados pela tecnologia e a distração eletrônica, os mais diversos meios de entretenimento tornaram-se a ordem do dia. Isso tem levado muitos a pensarem que a adoração ao Senhor é um meio de satisfazer suas necessidades de entretenimento. Desse modo, a adoração é transformada em um “programa” e o mais lamentável, é que o desejo de obter felicidade e divertir - se é muito maior do que o de obter santidade. Freqüentemente ouve-se a frase: “A adoração foi fraca porque eu não senti nada”. Em alguns cultos a palavra de ordem do líder é: “Você precisa sentir algo nesta noite através do louvor”. O grande problema é que isso põe a centralidade da adoração no adorador. O adorador sem se aperceber passa a ocupar o lugar central da adoração, uma vez que ele precisa sentir, experienciar. Nesta perspectiva, a liturgia cúltica é um meio de atingir emoções. Imbuídos na idéia de que na adoração temos que ser criativos e emotivos, muitas igrejas celebra os louvores de forma espetacular com programas cheios de coreografias, vestimentas extravagantes e efeitos luminosos. Esses louvores além de não serem bíblicos (veja artigo “Danças e Coreografias” parte I e II no meu blog), não produzem o arrependimento, a mudança de comportamento para a edificação nas Escrituras (Ef 4:15-24). Se essas invenções modernas têm origem nas profundezas da espiritualidade, Por que não levam para maior evangelização ao mundo pecador? Por que essas produções espetaculares e talentosas não geram orações de agonia pelas almas sem Cristo? Por que não proliferam o culto doméstico que inclui o estudo da Bíblia com a família? Por que não geram crescimento na graça e no conhecimento de Jesus Cristo? A verdade é que esse novo tipo de adoração não tem o alvo de admoestar ou ensinar doutrina, algo que é primordial para qualquer adoração bíblica. O apóstolo Paulo ensina aos da igreja em Colossos: “A palavra de Cristo habite em vós ricamente, em toda a sabedoria, ensinando-vos e admoestando-vos uns aos outros, com salmos, hinos e cântico espirituais, cantando ao Senhor com graça em vosso coração” (Cl 3:16). Portanto, se a adoração não admoesta ou ensina sobre Jesus Cristo, não é agradável a Deus. A correta avaliação do louvor no ambiente cristão deve ser se ele tem auxiliado no processo de ajudar a Palavra de Cristo habitar ricamente em nós. O papel central do louvor na igreja do Novo Testamento é ser parceiro do ensino da Palavra de Deus. A adoração e o louvor desempenham a função de ensinar e admoestar. Se não for assim, tudo é enfado e repugnante para Deus. Quando o propósito da adoração é despertar uma resposta emocional desviada da verdade bíblica, sem servir de auxílio no processo da rica habitação da Palavra de Cristo em nós, o resultado é uma fé anormal, uma fé romântica.
O grave desses “louvorzões” é a falta de reverência. Cantores correm pela plataforma, como celebridades da televisão, exibindo sua personalidade e comportando-se de uma forma bizarra e irreverente. Se o louvor for mais parecido com um espetáculo, com exibições, imitações mundanas, busca de sensações, então, a irreverência está estabelecida. Ser profano é tratar os assuntos bíblicos e sagrados com irreverência e menosprezo, bem como transgredi-los e corrompê-los. O estilo de louvor de “palco” é o produto de ensino profano, pois o louvor não deve ser uma oportunidade para o exibicionismo.
Alguns dizem: “O que vale é um coração bem intencionado”. Nem sempre a nossa bem intencionada imaginação é aprovada por Deus. Aquilo que Davi programou, segundo o seu coração bem intencionado, com todo um show para levar o altar para Jerusalém, foi por ele recomendável e bonito. Todavia, para Deus, foi uma imprudência (2 Sm 6:1-7). Após a vitória sobre os midianitas, Gideão fez um éfode com boas intenções, como memorial ao êxito de Israel na obra de Deus. No entanto, esse éfode não foi autorizado por Deus. Esse ato bem intencionado trouxe ruína espiritual à nação e aos familiares de Gideão (Jz 8:22-35). É explicito na Bíblia que o louvor que Deus pede é o louvor espiritual (Jo 4:23-24). Louvores espirituais não são louvores emocionais, mas expressão do homem novo com admoestação e doutrina. Emoções alteradas não são evidências de que a verdadeira adoração esteja acontecendo. É verdade que a nossa fé não é somente de cabeça, mas de emoção, o problema é que muitos não conseguem fazer a diferença entre emoção por Deus e manipulação. O louvor que o Senhor pede não é feito com giros, gestos corporais, gritaria, requebro sensual, expressão de carnalidade com ares de piedade. O louvor espiritual agradável a Deus tem a sua fonte no homem novo que canta com graça, admoestação e doutrina em salmos, hinos e cânticos espirituais (Cl 3:10,16). É este louvor espiritual oriundo do homem novo, que Paulo instruiu na carta aos coríntios “Que farei, pois? Cantarei com o espírito, mas também cantarei com o entendimento” (I Co 14:15). Nós podemos gostar da beleza e da emotividade dos louvores em uma igreja, mas se a teologia desses louvores não está favorecendo para que ricamente habite em nós a Palavra de Cristo, tais louvores não são adequados e devem ser abandonados!

Ir. Marcos Pinheiro

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

O CRENTE E A TELEVISÃO

O CRENTE E A TELEVISÃO

A televisão brasileira é um lixo não cultural da pior espécie. Um lixo corrosivo sem possibilidade de reciclagem. A televisão se tornou um instrumento que é freqüentemente abusado para incentivar o adultério, a fornicação, o homossexualismo, o lesbianismo, a bebedice, a violência, o ódio, a cobiça e a insubordinação aos pais.
Uma mensagem preocupante que a televisão vende progressivamente é a de que a violência é aceitável, trivial e normal. É parte da nossa cultura moderna. Pesquisas revelam que aqueles que assistem mais televisão tornam-se menos sensíveis ao mundo real, menos sensíveis à dor e ao sofrimento dos outros e mais predispostos a tolerar os níveis cada vez maiores de violência na nossa sociedade. Além disso, desenvolvem atitudes e valores favoráveis ao uso da agressão para resolver conflitos. A televisão também ensina algo ainda mais corruptível: A inteligência está fora de moda e que a força bruta é que está a dar. Há evidências científicas que a TV prejudica o desenvolvimento cognitivo das pessoas. Pediatras americanos recomendam que crianças com menos de 3 anos não deveriam assistir televisão. A pesquisadora Linda Pagani professora da Universidade de Montreal disse: “A fase pré-escolar é importantíssima para o desenvolvimento do cérebro e que o tempo em frente à TV é um desperdício e pode levar à aquisição de hábitos ruins; o impacto negativo de se assistir a televisão nesta idade permanece por toda a vida”. O cientista social Aric Sigman, que fez a revisão de 30 estudos científicos sobre a televisão, disse, que os programas mostrados nos aparelhos modernos têm uma velocidade de edição mais rápida, sons mais altos e cores mais intensas do que nos anos 60 e 70, e isso afeta dramaticamente as nossas mentes. O escritor Neil Postman, professor da Universidade de Nova Iorque argumenta que a televisão nos tem mutilado a capacidade de pensar e reduzido nossa aptidão para a verdadeira comunicação. Postman assegura que, ao invés de nos tornar a mais informada e erudita de todas as gerações da história, a televisão tem inundado nossas mentes com informações irrelevantes, sem significado. De fato a televisão mescla sutilmente a vida real com a ilusão. As pessoas ligam-na para se divertir, não para serem desafiadas a pensar. Se um programa exige que pensemos ou demanda muito de nossas faculdades intelectuais, ninguém o assiste. A televisão tem levado as pessoas a pensarem que sabem mais agora, quando na verdade estão perdendo a capacidade de pensar e aprender.
Os defensores da televisão dizem: “A televisão não cria nada e nem sugestiona nada, apenas retrata os fatos. Uma pessoa somente fará coisa desatinadas se tiver má índole”. Ora, a televisão é enfeitiçadora e memorável. Uma cena que dura apenas alguns segundos, transmitida numa pequena parte de um programa, pode ser recordada a longo prazo mais do que qualquer outra cena da história. Ademais, a televisão é formadora de conceitos, indutora de comportamentos, influenciadora de atitudes. Tem arrastado para dentro dos lares uma enxurrada de toda sorte de depravação através de novelas, filmes, reality shows, desenhos animados e programas de auditório. Nesse contexto, qual a atitude do crente com respeito à televisão? O verdadeiro discípulo de Cristo não achará as obras infrutíferas das trevas divertidas; antes, elas são repugnantes para ele. É verdade que em nossa sociedade é impossível evitar ouvir e ver uma amontoada porção de imundície moral. Mas, o verdadeiro seguidor de Jesus não convidará deliberadamente as abominações para sua sala de estar diariamente. Em Salmos 101: 3 encontramos a seguinte exortação: “Não porei coisa inútil diante dos meus olhos; aborreço as ações daqueles que se desviam; nada se me pegará”. Aquilo que é inútil não tem valor para a nossa alma, para a nossa vida e, nem tem valor para a eternidade. O Salmo 26 :4 adverte: “Não me tenho assentado com homens vãos, e com dissimuladores não me associo”. A TV vomita imundície, sujeira, lixo, conselhos malignos vindo de homens vãos e dissimuladores. Em Provérbios 14:7 diz “Foge da presença do homem insensato”. Se você está vendo insensatos dizendo insensatez, fazendo tolices e vivendo a vida sem Deus na TV, a Bíblia diz abandona a presença deles. Portanto, aqueles que estão comprometidos com Deus aborrecerão essas iniqüidades se apartando delas. O crente verdadeiramente regenerado, que se tornou um com Cristo, e no qual o Espírito Santo habita, amará aquilo que Deus ama e aborrecerá aquilo que Ele aborrece, por isso, preservará sua vida e sua família, evitando colocar diante de seus olhos aquilo que entristece o Espírito Santo. Infelizmente, a televisão tem conseguido deixar o evangelismo moribundo, o lugar secreto da oração na UTI, a adoração em espírito e em verdade em estado de coma, o culto doméstico em falência, o amor ausente, a fé fria e os sermões mortos. É tempo de clamarmos a Deus por avivamento, é tempo de viver em Deus, viver para Ele, ser tragado por Ele, mergulhar no inesgotável oceano da comunhão com Ele e jogar a TV fora! Quando isso acontecer seremos uma coroa de glória na mão do Senhor e instrumento vivo de Deus na terra. Aqueles que gastam horas diante de uma televisão estão abrindo a sua vida e o seu lar para o poder das trevas. O Senhor quer devoção absoluta, obediência total e oração sem cessar. Se alguém entrar num restaurante e informar que há veneno nas comidas, você só tomará a decisão de parar de comer se você acreditar na informação. Mas, se você não deu crédito à informação você continuará comendo, não tomará nenhuma atitude e certamente morrerá. Lamentavelmente, a maioria das pessoas só começa a dar crédito de que a televisão é venenosa quando estão espiritualmente frias, em sequidão.

Ir. Marcos Pinheiro

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

CUIDADO: PASTORES MARQUETEIROS

CUIDADO: PASTORES MARQUETEIROS


Ninguém pode negar que o mundo está em estado de constantes mudanças. A vida na terra muda e as pessoas também. Algumas mudanças são benéficas enquanto outras são maléficas. Portanto, devemos avaliar todas as mudanças à luz da Palavra de Deus. Alguns líderes afirmam: “Precisamos mudar o nosso modo de fazer igreja, precisamos nos aliar com a cultura moderna, nosso ministério deve ter o mesmo objetivo que o marketing, ou seja, saciar as necessidades das pessoas”. Baseado nessa premissa consta-se que muitas igrejas atualmente estão vendendo ou negociando o Evangelho do mesmo modo que as concessionárias vendem seus veículos e as lojas de ferramentas vedem suas ferramentas. As igrejas movidas pelo marketing têm sua base construída sobre a opinião pública, pesquisas e as últimas técnicas mercadológicas, em vez de terem suas bases construídas sobre a Palavra de Deus. A mensagem dessas igrejas é mutilada, pois para vender a igreja às pessoas oferece o que elas querem. O grande mal da mensagem marqueteira é que ela estabelece um conceito de fé que elimina a submissão pessoal e o abandono do pecado, ou seja, elimina o senhorio de Cristo na vida das pessoas.
É importante frisar que o marketing por detrás da igreja moderna exige uma mudança da mensagem da cruz: “Experimente Jesus”, “Sinta Jesus” é o apelo esdrúxulo da igreja marqueteira. A fé não é um experimento, é um compromisso vitalício e exige rompimento dos nossos laços com o mundo. Os pastores marqueteiros para dar suporte aos seus exemplos de estratégia de marketing na Bíblia distorcem terrivelmente os significados dos textos bíblicos. Eles dizem, por exemplo, que “Barnabé fez marketing pesado quando venceu o medo que os discípulos tinham de Paulo, convencendo-os que ele não era mais um perseguidor da igreja”. Dizem ainda que “Jesus ganhou a sua fama no marketing por que as palavras de sua boca sempre atendiam as necessidades sentidas das pessoas”. Philip Kotle no seu livro “Marketing para o século XXI” define marketing como “O conjunto de atividades humanas que tem por objetivo facilitar e consumar relações de troca” Para Theodore Levitt, autor clássico da área de administração, diz que “marketing é obter e manter cliente”. Em Atos 9:27, Barnabé apenas conta aos apóstolos como aconteceu a conversão de Paulo e como ele falava ousadamente no nome de Jesus. Ao contar o testemunho de Paulo, Barnabé em nenhum momento teve a intenção de facilitar e manter relação de troca com os apóstolos e nem manter os apóstolos como seu cliente. Quanto ao Senhor Jesus é verdade que grande parte dos que foram a Ele estavam em busca de cura ou de outras necessidades físicas ou emocionais. É também verdade que Jesus atendeu a muitas dessas necessidades, porém, o atendimento das necessidades nunca se traduziu em transformação espiritual, a não ser que Jesus perdoasse os pecados. Muitos receberam o derramamento do amor de Deus por meio do atendimento de suas necessidades, mas poucos receberam o dom espiritual eterno da salvação através da fé submissa a Jesus. Somente aqueles que chegaram a Jesus em arrependimento receberam a salvação. De acordo com a Bíblia o Evangelho são as Boas Novas pelas as quais os pecadores perdidos podem ser perdoados de seus pecados e receber a retidão de Cristo. O Evangelho não tem como prioridade ajudar o “Marcos” a se sentir bem consigo mesmo e suas circunstâncias, mas trata a rebelião dos seres humanos contra um Deus Santo, que em última instância os condenará ao inferno se eles não se arrependerem e confiarem em Cristo para perdoar seus pecados. Para os lideres marqueteiros, “As mensagens mais efetivas para aqueles que buscam, são aquelas direcionadas para seus desejos, ou seja, para suas necessidades sentidas”. Esse tipo de pensamento não provém da Bíblia, mas sim das pesquisas de mercado e das últimas novidades da psicologia popular. As igrejas movidas pelo marketing surgem a cada dia e, estão sendo povoadas pelas pessoas vindas das pequenas igrejas. Assim como grandes lojas como Extra, Carrefour, Pão de Açúcar, Wal-Mart estão engolindo as pequenas lojas, as igrejas movidas pelo marketing estão fazendo o mesmo com as pequenas. Mas ser suntuosa não significa ser melhor, pois nas igrejas movidas pelo marketing a salvação é sempre apresentada como um meio para se receber o que Cristo oferece, sem se obedecer ao que Ele ordena. Na igreja marqueteira a Bíblia entra apenas para sacramentar o mundanismo o qual viola os princípios absolutos da santificação, separação e diferenciação do mundo. O Evangelho pregado pelos pastores marqueteiros é sedutor, pois ensina que o cristianismo pode ser conciliado com a vida que se tinha antes de ser crente, ou seja, a pessoa pode continuar com a vida que tinha antes. Se antes era dançarina de boates ou fazia strip-tease ou pousava nua em revistas, pode continuar com essas práticas, se antes era humorista contador de piadas imorais, pode continuar seus shows de luxúria, se antes eram vendedores de cigarros, bebidas alcoólicas e produtos eróticos podem continuar com seu negócio. A igreja orientada pelo marketing tem como foco satisfazer as necessidades imaginárias e carnais de sua clientela, por isso, inventa muitos “ministérios” tais como “ministério de coreografia”, “ministério de jazz”, “ministério de luta livre”, “ministério de balé”, “ministério de yoga”. Infelizmente, As crenças na onipotência das técnicas de marketing estão mudando a natureza da igreja e levando-a perder a identidade. Como disse Andrew Bonar: “Eu procurei pela igreja e a encontrei no mundo, eu procurei pelo mundo e o encontrei na igreja”. Dizer que a igreja brasileira não tem um rei e uma rainha é um erro crasso: Seu rei é o marketing e sua esposa é o entretenimento.

Ir. Marcos Pinheiro

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

A IGREJA E AS PARCERIAS PROFANAS

A IGREJA E AS PARCERIAS PROFANAS

A Bíblia diz explicitamente para não formarmos alianças profanas. O apóstolo Paulo expressa enfaticamente: “Não vos ponhais em jugo desigual com os infiéis; porque que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas? E que concórdia há entre Cristo e Belial? Ou que parte tem o fiel com o infiel?” (2 Co 6: 14-15). Em Mateus 22: 21 Jesus colocou a igreja e o Estado em ordem diferente “Daí a Cesar o que é de César e a Deus, o que é de Deus”. Neste contexto, só quando a igreja perde sua própria vida neste mundo, achar-se-á em Deus. A igreja do Senhor Jesus Cristo é essencialmente uma estrangeira em território inimigo não devendo, portanto, fazer acordos com o Município, o Estado ou o Governo Federal. Nenhum vínculo orgânico entre a igreja e o Estado deve ser realizado. Infelizmente, muitas igrejas evangélicas fazem parcerias com o governo para receber verbas a fim de construir casas de recuperação para viciados, creches e casas de assistência aos idosos. A igreja deve respeitar o governo e cumprir seus deveres civis. Porém, ela não deve receber favores ou suporte financeiro do governo para obras sociais. Deve ser livre e auto-sustentada. A igreja primitiva que transformou o mundo de então, não fez acordos governamentais, pois estava consciente que é o colocar-se sob o senhorio de Cristo que traz as bem-aventuranças. As bênçãos de Deus sobre a igreja não dependem de acordos profanos, mas da nossa fidelidade a Deus.
Esdras capítulo 3 nos informa que a cidade de Jerusalém estava devastada. Zorobabel foi incumbido por Deus para levantar a cidade. Quando os alicerces do templo foram assentados, um grupo de samaritanos dirigiu-se a Zorobabel oferecendo-se para ajudar na construção do templo “Deixe-nos edificar o templo convosco” (Esdras 4:2). Os samaritanos tinham seus próprios deuses e praticavam um culto pervertido. Zorobabel era um homem de Deus que tinha discernimento e imediatamente retrucou: “Nada tendes conosco na edificação da casa a nosso Deus, nós mesmos, sozinhos, a edificaremos” (Esdras 4:3). Em outras palavras, Zorobabel manteve o nível de separação na edificação da casa do Senhor ao recusar o benefício oferecido pelos ímpios. As Escrituras advertem que Satanás procurará perverter a mensagem de Deus mediante parcerias ou oferta de cooperação da parte daqueles que não servem a Cristo. Quando Sodoma foi invadida, Ló foi levado cativo pelos invasores. Abraão ao tomar conhecimento desse fato decidiu socorrê-lo: Arregimentou 318 homens venceu os invasores e libertou seu sobrinho bem como o povo de Sodoma. O rei de Sodoma colocou-se diante de Abraão e ofereceu-lhe dádivas (Gn 14:21). Abraão rejeitou a oferta: “Nada quero de ti, nem um fio, nem uma correia de sandália quero de ti” (Gn 14:23). A rejeição de Abraão revela sua dependência exclusiva de Deus. A igreja do presente século precisa aprender com Abraão que o Senhor é sustentador.
Depois da morte de Joás, Amazias subiu ao trono. Nessa época, a nação de Edom havia declarado guerra a Judá. Amazias arregimentou um exército de 300 mil homens tementes a Deus para guerrear contra Edon. Não estando satisfeito com o número de homens de seu exército, Amazias resolveu ir às tribos do Norte, que adoravam Baal, e contratou por 100 talentos de prata 100 mil homens para seu exército. No momento que o exército de Amazias ficou composto por 300 mil homens tementes a Deus e 100 mil homens ímpios que adoravam Baal, um profeta o advertiu dizendo: “Ó rei, não deixes ir contigo o exército de Israel porque o Senhor não é com Israel, isto é, com os filhos de Efraim (tribos do Norte), porém vai só, age e sê forte; do contrário Deus te faria cair diante do inimigo, porque Deus tem força para ajudar e para fazer cair” (2 Cr 25: 7-8). Por inferência, concluímos que a igreja do Senhor não deve misturar-se com os ímpios no sentido de parcerias, pactos, alianças. Pensamentos diferentes, corações diferentes, mentes diferentes não se compactuam para o mesmo propósito. De início Amazias não confiou que o Senhor era poderoso para lhe conceder a vitória com 300 mil homens tementes a Deus. Se a igreja quiser ser sempre vencedora e abençoada deve pagar o preço da renúncia rejeitando entrelaçamentos com o governo no que diz respeito à construção de casa de recuperação para viciados, creches, orfanatos, casa de assistência aos idosos. Graças a Deus que Amazias obedeceu a mensagem do profeta dispensando os 100 mil homens que havia contratado (2 Cr 25:10). Com os 300 mil homens fiéis a Deus, Amazias venceu a luta contra os edomitas (2 Cr 25: 11-12). Deus é o mesmo que fez brotar água da rocha; que sustentou o povo no deserto com maná e que retém as chuvas e abre as comportas do céu. Precisamos aprender com o avivalista George Müller que conheceu como ninguém, o que é viver vendo o invisível, tocando o intangível e crendo no impossível. Müller construiu em Bristol, na Inglaterra, grandes edifícios para abrigar menores carentes, sem ter que fazer nenhuma parceria com o governo britânico. Todos os recursos ele os obteve através da oração. Na hora certa as janelas do céu abriam-se e todas as necessidades daquelas 3000 crianças eram milagrosamente supridas. Em Deuteronômio 7:1-2 Deus havia dito aos israelitas que não fizessem aliança com os cananeus. Porém, os israelitas foram desleais ao mandamento do Senhor. Satanás semeou um pensamento que foi genérico entre os israelitas: “Que mal nos poderão fazer os cananeus? Eles são poucos”. Não demorou muito tempo, israelitas e cananeus formaram parceria e, como conseqüência, os israelitas perderam a identidade de povo de Deus, perderam a diferenciação que os distinguiam. Muitos líderes dizem: “A verba que recebemos do governo é pouca, a parceria que estabelecemos é muito leve, não nos comprometerá em nada”. Precisamos aprender essa verdade: O que parece inofensivo pode ser perigoso. A maneira como o diabo apresentou-se a Eva parecia inofensivo. Os pastores precisam dizer em alto e bom tom: “Estamos envolvidos numa grande obra de modo que não podemos descer”!

Ir. Marcos Pinheiro

sábado, 20 de novembro de 2010

ECUMENISMO: UMA ASTÚCIA SATÂNICA

ECUMENISMO: UMA ASTÚCIA SATÂNICA
Ecumenismo é uma tentativa de aproximar e unir todas as religiões deixando de lado todos os aspectos doutrinários. Os ecumênicos acham que é saudável remover as doutrinas que causam as diferenças entre as crenças e, ninguém deve pensar mal de uma pessoa que promove uma doutrina diferente da que Cristo ou os apóstolos praticaram. Portanto, o ecumenismo defende a pluralidade da verdade, ou seja, não existe uma verdade absoluta, mas verdades diferentes para cada pessoa. Para os ecumênicos o verdadeiro cartão de identidade do crente é o amor, assim, temos que quebrar as barreiras e dialogar com as outras fés. “Viva a unidade na adversidade” é a bandeira ecumênica nos dias atuais. No entanto, a verdade bíblica é oposta a essa bandeira. Ao invés de darmos as mãos com os de outra fé devemos redargüir, repreender e exortar com temor, longanimidade e doutrina (2 Tm 4:2). Devemos defender e viver a sã doutrina ao invés de desviar nossos ouvidos da verdade em prol da unidade com outra fé. Unidade fora da sã doutrina é enganação. Orando ao pai Jesus disse: “Santifica-os na verdade, a tua palavra é a verdade” (João 17:17). A unidade cristã de dá pela Palavra viva, santa e imutável de Deus. Se não for pela Palavra de Deus não haverá unidade cristã. A unidade não deve ser meramente espiritual, mas também bíblico-doutrinária. Não é conselho bíblico dar as mãos com os que aprenderam de modo diferente dos apóstolos, mas sim, notá-los e nos desviar deles “Rogo-vos, irmãos, que noteis os que promovem dissensões e escândalos contra a doutrina que aprendestes; desviai-vos deles” (Rm 16:17). Estamos vivendo a época da beatificação da tolerância onde não é mais necessário lutar pela verdade e como conseqüência erros doutrinários grosseiros são toleráveis em nome do amor e da unidade. Não podemos aceitar “verdades” divergentes como igualmente válidas. Só há uma verdade e ela é absoluta. Essa verdade é o Senhor Jesus Cristo. Os ecumênicos para justificarem a “unidade na diversidade” destacam uma característica muito importante da natureza divina: o amor. E, citam João 17:21 “Para que todos sejam um assim como nós”. Esquecem a outra característica: a santidade. Deus é amor, mas é também santo. Por isso, é impossível unir o santo com o profano. Além disso, a unidade que Jesus pede ao pai não era uma unidade religiosa sem identificação, mas aquela santidade que resulta na submissão à prática da doutrina verdadeira. Sabemos pelas cartas paulinas que a unidade é bíblica. Em I Coríntios 10: 17 Paulo declara: “Porque nós, sendo muitos, somos um só pão e um só corpo”. Em I Coríntios 12: 13-14 o apóstolo enfatiza que cada membro do corpo é diferente um do outro, mas forma uma unidade. Portanto, cristianismo é acima de tudo união de gregos e troianos, ricos e pobres, negros e brancos, todos unidos numa só fé. Mas, o cristianismo verdadeiro não tolera a conjugação entre o certo e o errado, a verdade e a mentira, a luz e a escuridão. Quando Paulo diz em I Coríntios 6:14 “Não vos ponhais a um jugo desigual com os infiéis”, a idéia e de se colocar dois animais totalmente diferentes em uma mesma canga. Imagine um boi e um jumento carregando a mesma canga. Nenhum fazendeiro de bom senso faria essa tolice, pois o desastre seria total. O boi é vagaroso e pesado o jumento é rápido e mais leve. Portanto, Apostasia e sã doutrina não caminham juntas. Verdade e erro são incompatíveis e não podem se combinar para produzir algo bom. A doutrina nunca deverá ser sacrificada em nome da unidade. Por isso, Paulo exorta “Se alguém não obedecer à nossa palavra por esta carta, notai o tal e não vos mistureis com ele” (2 Ts 3:14). A grande astúcia satânica é: “Unidade no que é relevante e liberdade no que é secundário”. Esse tema é atraente e diplomático, porém é diabólico por que passa a impressão de que a mensagem bíblica se divide em partes relevantes e secundárias, ou seja, na Bíblia há partes importantes e sem importância. O objetivo dessa temática é incutir na igreja que na Bíblia tem princípios básicos que devem ser seguidos por todos os crentes e doutrinas secundárias que cada um pode interpretar como quiser. Não nos iludamos, a meta do diabo é diluir a verdade absoluta do Evangelho. Se doutrina é secundário a Bíblia cai em descrédito. Se doutrina não é importante, como fica 2 João 1: 9-10? “Todo aquele que ultrapassar a doutrina de Cristo e nela não permanece não tem Deus, o que permanece na doutrina esse tem tanto o pai como o filho”. Infelizmente, temas como “Todas as religiões são legítimas”, “Creia no que eu creio e crerei na sua fé” estão cada vez mais encontrando espaço nas igrejas evangélicas. A idéia de Satanás é criar um “novo Deus” que seja adequado a todos os deuses, ou seja, um “Deus” que abrange todas as crenças e religiões. A pureza doutrinária deve ser o fundamento básico da igreja. Quando a igreja perde a posição de separação com aqueles que proclamam um evangelho falsificado, ela perde a razão de sua existência. A astúcia satânica não mudou: ele sempre procurará perverter e arruinar a mensagem do Evangelho através de pactos com aqueles que pregam o evangelho falso. Precisamos nos preservar de uma unidade na qual a doutrina é considerada sem valor. Precisamos nos preservar da unidade dos gafanhotos que têm como objetivo comum a ruína de tudo que está ao redor. O ecumenismo afronta a Deus porque Deus não quer todo mundo de qualquer jeito. Deus quer o seu povo que foi comprado com o seu próprio sangue separado e santo!

Ir. Marcos Pinheiro

sábado, 18 de setembro de 2010

HOMOSSEXUALIDADE: EU NASCI ASSIM

HOMOSSEXUALIDADE: EU NASCI ASSIM

Ativistas gays freqüentemente afirmam que nasceram homossexuais e que a sua orientação sexual é semelhante a algo como cor dos olhos ou ser canhoto. Portanto, quem pode de maneira lógica condenar uma pessoa por simplesmente estar agindo conforme sua constituição biológica? A premissa é: “eu simplesmente nasci assim”. Em outras palavras, os homossexuais afirmam que suas preferências sexuais são inevitáveis e imutáveis devido aos fatores biológicos e, portanto, o estilo de vida homossexual seria algo que a sociedade deveria aceitar como normal. Os homossexuais precisam ser protegidos pela legislação dos direitos civis para evitar a discriminação, advogam os ativistas gays. Os defensores do homossexualismo argumentam: “se uma pessoa nasceu homossexual, a sociedade não pode esperar que ela pare com o seu comportamento ou se converta à heterossexualidade, pois não é justo esperar que uma pessoa mude o que ela é biologicamente”. Nesse contexto, o homossexualismo deve ser promovido como opções de estilo de vida normal já que certa percentagem de crianças sempre “terá nascido assim”. Diante desses argumentos o que a criação ensina a respeito do estilo de vida homossexual? O relato de Gênesis 1:27 “E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou ; macho e fêmea os criou” ensina que Deus criou a humanidade de uma maneira específica: macho e fêmea. Portanto, a rejeição da homossexualidade é claramente baseada na criação original do homem e da mulher, macho e fêmea, por Deus e na Sua instituição do matrimônio heterossexual e da família. Se Deus tivesse a intenção de que o homem fosse homossexual, ou bissexual, ou se Ele tivesse criado o homem andrógino, o fato de criá-lo dessa maneira seria evidente em outros relatos das Escrituras relacionados à natureza do homem. Mas, o único padrão mantido e defendido na Bíblia é o heterossexual. Pesquisas tentando mostrar causas-efeitos genéticos para a homossexualidade existem há quase um século. Mas, o fato é que, ao longo dos anos, nenhuma pesquisa provou uma base orgânica para a homossexualidade. Cientistas cuidadosos têm se recusado a afirmar que a homossexualidade tem origem biológica. O Dr. John Money, principal pesquisador de sexo da Universidade Johns Hopkins, relatou: “nenhuma diferença de cromossomos foi encontrada entre sujeitos homossexuais e controles heterossexuais e com base no conhecimento que temos até aqui, não existe fundamento no qual possa se justificar a hipótese de que homossexuais ou bissexuais de qualquer grau ou tipo tenham cromossomos diferentes dos heterossexuais”. O professor William P. Wilson chefe da Divisão de Biologia Psiquiátrica no Centro Médico da Universidade de Duke argumenta: “não se pode demonstrar que o comportamento homossexual seja produzido diretamente pela transmissão do comportamento determinado pele genética ou pela ocorrência de um número excessivo ou insuficiente de cromossomos sexuais”. O Dr. Clifford Allen no seu livro Textbook for Psychosexual Disorders conclui: “nenhuma investigação em qualquer esfera indica uma base orgânica para a homossexualidade, seja física, química, celular, microscópica ou macroscópica”. O sexólogo americano Dr William Masters declarou na revista Human Sexuality: “A teoria genética da homossexualidade é descartada nos dias de hoje, nenhum cientista sério sugere que uma simples relação causa-efeito faça sentido”. Os doutores Bruce Parsons e William Byne pesquisadores altamente credenciados do Instituto Psiquiátrico do Estado de Nova Yorque afirmaram na revista Archives of General Psychiatry: “Atualmente não há evidência para fundamentar uma teoria biológica de orientação sexual”. O Dr. Charles Socarides, professor de psiquiatria na Escola de Medicina Albert Einstein em Nova Iorque, também observou que: “a questão de uma porção diminuta do cérebro quase sub-microscópica como decisiva quanto à preferência sexual é ilógica, certamente, um setor do cérebro, não pode determinar a preferência sexual, sabemos disso como fato”. Publicações científicas importantes têm salientado com firmeza a falta de evidências que apóiam uma base genética para a homossexualidade. Portanto, a idéia de que os homossexuais “nasceram desse jeito” e “nunca poderão mudar” é um mito. Infelizmente, muitos em nome de um “amor deturpado” ignoram a Palavra de Deus. Deus não criou meio termo, não criou um ser humano que em determinado momento pudesse assumir funções híbridas. Deus condena a homossexualidade, e isto é bastante evidente. Ele se opõe à homossexualidade em todas as épocas. Na época dos patriarcas (Gn 19: 1-28), na época da Lei de Moisés (Lv 18:22; 20:13), na época dos profetas (Ez 16: 46-50), na época do Novo Testamento (Rm 1:18-27; I Co 6:9-10; Jd 7-8). Portanto, os homossexuais se mantêm em rebeldia desafiante contra a vontade de seu Criador, que, desde o princípio, “os fez homem e mulher” (Mat 19:4). Eles não carecem de terapia, o homossexualismo não é uma condição psicológica; eles não precisam de cura, o homossexualismo não é uma doença. Eles precisam de perdão, porque a homossexualidade é um pecado. O plano de Deus para os homossexuais é a salvação. Os homossexuais são apelidados de “gay”. Gay, no inglês, quer dizer feliz, mas posso garantir: os homossexuais são as pessoas mais infelizes, pois eles procuram felicidade seguindo prazeres destrutivos. Este é o motivo por que Romanos 1:26 chama o desejo homossexual de “paixão infame”. É uma concupiscência que destrói o corpo, corrompe os relacionamentos e traz sofrimento perpétuo à alma. Nos dias do apóstolo Paulo, havia ex-homossexuais na igreja de Corinto, assim como, em nossos dias, existem muitos ex-homossexuais libertos pelo poder de Deus. Portanto, por meio do arrependimento e da fé em Cristo Jesus há esperança para os homossexuais!

Ir. Marcos Pinheiro

domingo, 1 de agosto de 2010

PARANÓIA ANGELICAL

PARANÓIA ANGELICAL

O misticismo relacionado aos anjos nunca esteve tão em moda como nos dias atuais. É lamentável vermos entre muitos pregadores do Evangelho, uma paranóia angelical que esbarra num misticismo sem precedentes. Pregadores para mexer com o público usam de chavões na hora que estão pregando, tais como: “Estou vendo um exército de anjos dentro deste prédio”; “Anjos estão derramando virtudes sobre a igreja aqui e agora”; “Anjos passeiam pelos corredores da igreja”. Outros pregadores dão ordens aos anjos como alguém que manda o seu cachorro pegar um osso: “Anjo pega esse demônio e o tire daqui”; “Miguel coloca oito serafins aqui e agora nesse culto”; e por aí vão as aberrações!
Há muitos livros que estimulam o misticismo. O livro “Eu creio em visões” de Kenneth Hagin diz na página 93: “Quando você usa a palavra em nome de Jesus, os anjos estão obrigados a seguir suas ordens”. Robert Tilton diz no seu livro “Galgando sua escada de sucesso” na página 53: “Quando você assume uma posição positiva quanto a seu sonho, você libera os anjos para trabalhar em seu favor”. O Best Seller “Este mundo tenebroso” de Frank Peretti traz uma superestimação aos seres angelicais. Apesar de o autor afirmar que o conteúdo do livro não passa de ficção, Peretti exalta os seres angelicais despertando o interesse para invocá-los. Mary Baxter autora do livro “A divina revelação do inferno” relata que o anjo do Senhor lhe apareceu em forma humana durante 40 noites e lhe transmitiu as profundezas, depravações e tormentos das almas no inferno. Ouriel de Jesus no seu livro “O triunfo eterno da igreja” diz na página 337 que no céu há dois anjos denominados Elifelete e Jadiel. No culto de sua igreja, segundo Ouriel, o grupo de coreografia recebe diretamente de um anjo a coreografia da dança que farão, ou seja, os movimentos coreográficos são angelicais, pois foi recebido por um anjo. Enfim, muitos líderes têm escrito livros e mais livros sobre anjos e colocam tudo o que escrevem como verdade para um povo místico e sem conhecimento algum de Deus e de Sua Palavra. Em Hebreus 1:14 está escrito: “Não são todos eles espíritos ministradores, enviados para serviço a favor dos que hão de herdar a salvação?” É preciso entender que “Ministradores” não que dizer subalternos. Os anjos do Senhor não são empregados de homens, eles não agem através de nossas ordens. Deus indicou os anjos para ministrar aos herdeiros da salvação e eles esperam apenas o comando de Deus para nos assistir “Porque aos seus anjos dará ordem a teu respeito para te guardar em todos os teus caminhos” (Sl 91:11). Quando alguém tenta comandar anjos, dando-lhes ordens está tomando o lugar de Deus, o único Senhor dos Exércitos. Quando Eliseu estava cercado pelos soldados da Síria, ele contemplou um grande exército de anjos ao redor do exército inimigo. Não vemos Eliseu dá ordem àquele exército de anjos. Simplesmente Eliseu orou e Deus lhe deu a vitória (II Reis 6:18). É bíblico falar com Deus e não ordenar aos anjos. Ademais, todas as vezes que os servos e as servas de Deus foram visitados por anjos e receberam deles instruções, foi involuntário. Homens e mulheres de Deus que receberam a visita de anjos as receberam não porque pediram, mas porque o Senhor assim o ordenou.
O centro do culto tem que ser a glorificação do Senhor Jesus e não a glorificação dos anjos. Pregadores imbuídos da paranóia angelical ao invés de ensinar o povo de Deus a buscarem intimidade com Deus estão ensinando que crentes santificados têm que ver anjos. Em nenhum momento em suas cartas, o apóstolo Paulo encoraja os crentes a buscarem encontros angelicais. Tanto no Antigo Testamento como no Novo Testamento os homens não são exortados a invocarem os anjos, mas, sim ao Senhor que na Sua soberania pode permitir a intervenção angelical. O maior desejo do crente não é ter visões angelicais, mas intimidade com o Senhor. O apóstolo Paulo traça o perfil dos paranóicos angelicais dizendo: “Ninguém vos domine a seu bel-prazer, com pretexto de humildade e culto aos anjos, baseando-se em visões, estando debalde inchado na sua carnal compreensão” (Cl 2:18). Paulo destaca que os paranóicos angelicais se apresentam como pessoas cheias de fogo espiritual, santos e humildes, mas na verdade estão enfatuados, embriagados por uma compreensão carnal. A paranóia angelical por parte de alguns pregadores chega às rédeas da blasfêmia. Afirmam eles: “O consolador do crente é um anjo exclusivo vindo da parte de Deus”. De acordo com a Bíblia o consolador do crente é o Espírito Santo. A exclusão do ministério do Espírito Santo é uma blasfêmia. Outros dizem: “Toda cura que o homem recebe provém de um anjo exclusivo para isso: o anjo da cura” Essa afirmação exclui a fé em Cristo e o poder de seu sacrifício vicário que salva e cura. A situação ficou tão abominável que, nos cultos, lembrar que Deus está presente no ambiente de adoração não tem mais o menor significado, o que prevalece são as expressões: “Quer receber a cura? o anjo da cura está aqui”; “Quer ser batizado com o Espírito Santo? o anjo batizador acaba de chegar”; “Quer ser ousado na obra de Deus? sinta o anjo da ousadia lhe tocando”; “Quer ser abençoado financeiramente? toque no anjo da multiplicação”. Nesse contexto, o povo de arrepia, pula, grita, chora, solta grunhidos. A igreja do Senhor Jesus Cristo não deve se deixar envolver pelos modismos criados pelos líderes paranóicos angelicais. Estejamos alicerçados na Palavra!

sexta-feira, 2 de julho de 2010

CUIDADO: PASTORES - DIÓTREFES

CUIDADO: PASTORES - DIÓTREFES

Na terceira epístola de João versículo 9 o apóstolo fala de um líder ditador contaminado pelo vírus da idolatria do sucesso e, por isso se deleitava em ser proeminente “Tenho escrito à igreja; mas Diótrefes, que procura ter entre eles o primado, não nos recebe”. Diótrefes era um líder centralizador, autoritário e viciado em deter o poder. Lamentavelmente, o ídolo número um entre os pastores evangélicos hoje, é a ambição desenfreada por querer ser o primeiro. A idolatria do sucesso deu origem aos pastores-Diótrefes. Em Atos 1:6 está registrado “Senhor, será este o tempo em que restaures o reino a Israel?” Jesus respondeu essa pergunta de seus discípulos de modo muito claro: “Não vos compete conhecer tempos e épocas que o pai reservou pela sua exclusiva autoridade”. Nas entrelinhas da pergunta dos discípulos estava a ambição por liderança. Eles estavam com sede de espaço, queriam ser alguém proeminente, alguém de grande projeção. A resposta de Jesus foi taxativa: “Não vos compete conhecer tempos”. Em outras palavras Jesus estava dizendo: “Vocês perderam a sensibilidade de servos, eu não estou procurando pessoas de projeção ou que queiram se projetar, eu não estou atrás de construtores de impérios, tirem os olhos dos tempos e das épocas, parem de namorar a idéia de se projetar”. Em Filipenses 3:8 Paulo diz: “tenho também por perda todas as coisas, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas as coisas e as considero como esterco, para que possa ganhar a Cristo”. Paulo não tinha outra ambição que o impulsionava na vida a não ser ter a Cristo na sua plenitude. Paulo tinha uma única preocupação: comparar suas credenciais com os padrões de Deus. A carne gosta de ter proeminência em tudo. O desejo de importância, o desejo de posição provém da carne. O apetite por promoção pessoal tem arruinado muitos ministérios. Jesus não está procurando pessoas de projeção, Ele não está procurando construtores de impérios. Jesus está procurando homens e mulheres que sejam testemunhas cheias do Espírito Santo. No cristianismo de hoje se fala muito pouco do conceito de esvaziar-se. Há muitos livros sobre como ser cheio de sucesso, como ser proeminente, mas nunca vi um livro com o título “Como se tornar um nada”. È preciso entender que não podemos ser cheios de Deus até que estejamos vazios, não podemos ter valor até que não tenhamos valor algum. Ser significante para Deus é admitir a insignificância própria. Recebemos aprovação do Senhor não como resultado dos nossos talentos, não como resultados das nossas habilidades, ou popularidade, mas recebemos aprovação divina quando reconhecemos nossa insignificância. A advertência contra o sentimento de superioridade, de primazia, de proeminência é um princípio bem estabelecido nas Escrituras que não se pode ignorar.
Os pastores-Diótrefes estão preocupados com o aumento de seu poder político, com mais e mais espaço, com a compra de mais e mais propriedades e conseqüentemente com o crescimento de sua arrecadação. Para os pastores-Diótrefes a preocupação com a vida dos crentes é coisa secundária. Eles são os “magnatas da fé” que vivem as custa de um povo explorado e enganado. São gurus da “teologia de tio patinhas”. Ao invés de manejarem bem a Palavra da justiça manejam bem os esquemas totalitários, agem como se tivessem superpoderes vitalícios e, para isso cercam-se de uma “tropa” de pessoas subservientes e bajuladores. Essa “tropa” são aqueles que ao descobrir o DNA ministerial do pastor-Diótrefes tornam-se “crentes calangos”, ou seja, balançam a cabeça o tempo todo aceitando as heresias que sai do púlpito. A bajulação é um comércio de mentiras que pelo lado do bajulador se apóia no interesse, e pelo lado do bajulado se apóia na vaidade. Certa vez perguntaram ao filósofo grego Biantes, qual era o pior dos animais. Biantes respondeu: “Entre os selvagens, o sanguinário; entre os domesticados, o bajulador”. Os pastores-Diótrefes é gente mentida a Deus que têm a mania de sustentar empáfias. Ao invés de se colocarem como propriedades de Deus fazem de Deus sua propriedade. São os donos de Deus. Em Mateus 27:42 registra que os príncipes dos sacerdotes escarneciam ao pé da cruz dizendo: “Se é o Rei de Israel, desça, agora, da cruz, e creremos nele”. A arrogância desses escarnecedores era tal que eles achavam que Jesus precisava deles, ou seja, Jesus era beneficiado pelo fato deles crerem em Jesus. Os príncipes dos sacerdotes assumiram essa soberba porque alimentavam uma fome pelo domínio, pois enquanto a nação permanecia como mera província do império romano, a influência deles era um tanto limitada e ofuscada. À semelhança dos pastores-Diótrefes de hoje, eles queriam popularidade, queriam proeminência, queriam se tornar estrelas.
Os pastores-Diótrefes se revelam muito bem nas convenções de suas denominações. É comum encontrar politicagem, compra de votos, conchaves e nepotismo por parte dos pastores-Diótrefes. Seus sermões nas convenções são recheados de promessas do tipo: “Todos os evangelistas e presbíteros serão consagrados a pastores”, “Os diáconos estejam preparados para serem missionários usados por Deus em outro país”.
O início do governo de Salomão é marcado por uma grande humildade e dependência de Deus. Percebe-se isso quando em sua oração não pediu glórias nem fama e sim sabedoria para guiar o povo de Deus (2 Cr 1:10-12). Os pastores precisam apreender com Salomão: “Não pedindo nada para engrandecer seu próprio nome”. O avivalista George Müller disse certa vez: “chegou o dia em que morri para George Müller, morri para tudo que eu era, que tinha, possuía e esperava ser, morri completamente e absolutamente para George Müller”. Deus está chamando a igreja para sair desta perseguição ambiciosa pelo sucesso. É preciso desligar as câmeras e silenciar toda publicidade. Deus está mais interessado em nos ganhar inteiro, do que ganharmos o mundo inteiro para Ele. O mundo não pode ser salvo por homens que se recusam a diminuir! Que todos nós possamos diminuir! Que apenas Ele possa crescer! Que Deus nos ajude a voltarmos às raízes!

Ir. Marcos Pinheiro

sábado, 12 de junho de 2010

IGREJA NÃO É EMPRESA

IGREJA NÃO É EMPRESA

No esforço de alcançar multidões a igreja moderna saqueou os egípcios e fizeram para si bezerros de ouro dos despojos. As táticas de marketing e as técnicas de negócio entraram para valer no planejamento das igrejas levando-as a perder o foco do mandamento bíblico. Lamentavelmente, os evangélicos são considerados um mercado para quem se pode vender produtos e serviços. E tudo isso porque os evangélicos assumem e gostam de ser tratados como mercado, como clientes. Muitos líderes pensam em igreja como pensam em supermercados. As mega-igrejas-empresas se tornaram semelhantes a McDonalds, Burger king, Habib´s, mercadejando serviços como estilo de música, berçários, clube de esportes, departamento de danças e coreografias, departamento de psicoterapia, conforto ambiental com poltronas, ar-condicionado, piso de granito, tapete persa e estacionamento garantido. Nesse contexto, a doutrina é substituída por histórias, o emocionalismo tornou-se o aspecto mais significante dentro da igreja, o evangelho se tornou trivial e perdeu sua profundidade, a fé virou uma atividade recreacional e a performance do pregador se tornou mais importante do que aquilo que é ensinado. Observa-se agora que o líder entra na igreja com uma pasta de executivo e não mais com a Bíblia. As igrejas-empresas em vez de expor a verdade bíblica e corrigir a vida de uma geração mergulhada no pecado têm escolhido descer na correnteza e dar aos ouvintes o que eles querem. Na realidade os líderes das igrejas-empresas camuflam a verdade bíblica com palavras religiosas e versos bíblicos, mas quando a camuflagem é removida, é muito difícil distinguir entre o que eles estão oferecendo e o que o mundo secular oferece. Esses líderes são repletos de truques e invenções e, despudoradamente, se adaptam ao nosso mundo pós-moderno, cego e vazio. As igrejas-empresas é a igreja de um discurso morno, sem sal. Dize-se igreja da graça, mas acaba sendo na realidade a igreja da tolerância, do cinismo. Nessas igrejas os mandamentos são tratados como meras sugestões, como filosofia de vida. A característica principal dessas igrejas é a sacerdotização dos púlpitos onde seus pastores vivem e pregam uma estrutura sacerdotal, papal e hierárquica. Suas ordens são arbitrárias e inquestionáveis e sempre acusam de legalista todo e qualquer oponente que ouse importuná-lo. As igrejas-empresas são regidas por um sistema onde o coronelismo e as arbitrariedades se misturam. A premissa de todo programa de marketing é que o consumidor deve ser agradado; ele deve ser mantido feliz; deve ser dado a ele o que ele precisa ou o que ele foi programado para pensar que precisa. Na ótica do marketing a necessidade do consumidor deve ser soberana. O consumidor está sempre com a razão. Essa premissa funciona muito bem para Mcdonalds, Burger King, Habib´s etc. Em se tratando da igreja do Senhor Jesus, a premissa de marketing é contraproducente, pois nem Cristo, nem a Sua verdade, nem o caráter cristão e nem o sentido da vida podem ser negociados. Ser cristão não é ser cliente. É ser discípulo de Cristo e viver para Ele. É ter tomado a cruz e decidido segui-lo. Igreja, como o Senhor Jesus ensinou, é um grupo de pessoas remidas, separadas deste mundo, para representá-lo aqui na terra enquanto Ele não volta. Portanto, igreja não é produto, não é serviço, pois sua função não é agradar nem a uns ou a outros, mas unicamente agradar o seu chefe maior – O Senhor Jesus, o único dono da igreja. Os líderes das igrejas-empresas apresentam Deus como uma fada madrinha que oferece às pessoas segurança, conforto e saúde. Esquecem-se esses lideres que a mensagem da cruz é loucura para aqueles que estão perecendo. Não há como mudar essa verdade. O próprio Evangelho é desagradável, sem atrativo, repulsivo, e alarmante para o mundo. A Palavra de Deus expõe o pecado, condena o orgulho, convence o coração dos ímpios, e demonstra ser a justiça humana desprezível, suja e trapo da imundícia (Is 64:6). É triste ver que igreja virou produto e crente virou cliente. Mais triste ainda é notar que a pregação da cruz vem virando acessório. Não precisamos de igrejas-empresas, não precisamos de aviões, de helicópteros, de pastores-executivos, precisamos sim, de igrejas dispostas a ser desprezada pelo mundo por causa da cruz. A igreja precisa de boa dose de loucura – a loucura de se prender a uma mensagem que o mundo julga ultrapassada. Jesus disse: “Sereis odiados por todas as nações, por causa do meu nome” (Mat 24:9). “Se chamaram Belzebu ao dono da casa, quanto mais aos seus domésticos” (Mat 10:25). Não somos ensinados a sacrificar a verdade em favor da paz. Paulo disse: “Ainda que nós ou mesmo um anjo vindo do céu vos anuncie outro evangelho que vá além do que vos tenho pregado, seja anátema” (Gl 1:8). Somos convidados a andar na contra-cultura, na contra-mão do que este mundo nos impinge. Nosso caminho é o estreito, não o largo.

Ir. Marcos Pinheiro

sexta-feira, 14 de maio de 2010

CUIDADO: PASTORES CÃES



CUIDADO: PASTORES-CÃES

Infelizmente, igrejas fundamentadas na Bíblia estão se tornando cada vez mais raras nestes últimos dias. Os fundamentos da doutrina cristã estão sendo abandonados pela aceitação do erro e da heresia. A enganação está aumentando e muitas ovelhas de Deus estão sendo enganadas por charlatões disfarçados de ministro do evangelho. Os promotores desse quadro decadente são os pastores-cães sempre desejosos de agradar e de alcançar a aprovação dos homens. Esses maus líderes gostam de bajular para obter confiança e com suaves palavras e lisonjas enganam os corações dos simples. Em Filipenses 3:2 o apóstolo Paulo assinala: “Guardai-vos dos cães, guardai-vos dos maus obreiros”. Uma das passagens mais dramáticas da Bíblia é Isaías 56:11 onde o profeta dá as características dos pastores-cães “Estes cães são gulosos, não se podem fartar; e eles são pastores que nada compreendem; todos eles se tornam para o seu caminho, cada um para a sua ganância, cada um por sua parte”. Como se observa no versículo, os pastores-cães são extremamente cobiçosos, de torpe ganância, avarentos; sevem ao seu próprio ventre; sempre buscam a sua satisfação pessoal deixando as ovelhas ao abandono. A idéia de um cão pastoreando ovelhas é contraproducente ao Evangelho. Jesus enfatizou que “O bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas”. O bom pastor, não ladra, não rosna, não rezinga, não ataca, não coloca o rebanho em apuros, não alarga o caminho estreito, mas fala o que convém à sã doutrina. O objetivo primordial do bom pastor é colocar seu rebanho sob o temor contínuo do Senhor.
Os pastores-cães buscam os louvores de seus ouvintes e, jactando-se dos bancos cheios aos domingos, arvoram a bandeira falsa do avivamento. Esses maus líderes estão preocupados em solucionar as neuroses das pessoas, revestindo de açúcar seus sermões. Esquecem eles, que o único remédio para a cura dos males que afligem os homens, seja na mente ou no coração é a Palavra de Deus. Uma estratégia usada pelos pastores-cães é manter um perfil discreto e dar aos ouvintes o que eles querem, esperando que voltem no próximo domingo. Esses enganadores fazem com que as pessoas pensem que foram curadas dos seus pecados quando nunca souberam que estavam enfermas, eles colocam vestimenta de justiça sobre os seus ouvintes quando nunca souberam que estavam nus. Seus sermões são uma espécie de chá de eva-doce para acalmar os pecadores, mantê-los confortáveis e domesticá-los. Pregam um Deus meloso, bonachão que não faz exigências. Suas mensagens não têm a capacidade de arar a terra com profunidade, não rompe o solo rochoso da alma humana, não vai além da superfície. Nas igrejas dos pastores-cães a fé virou show, a adoração virou entretenimento, a santidade deu lugar ao “não tem nada a ver”, a cruz foi substituída por outra mais macia, ou seja, a freqüência do povo à igreja é comparada com o número de pessoas que vai a um parque de diversões. A igreja desses pastores-cães é a igreja da Aceitação: o pecado não é tratado com seriedade, todos podem entrar e permanecer pecadores contumazes. Esses maus líderes não entendem que clubes sociais construídos sobre o nome de Jesus Cristo não são a igreja do Novo Testamento. Um pregador que deixa de “quebrar alguns ovos” regularmente, por que tem o objetivo de ser popular, não está qualificado para o ministério. Uma característica marcante desses pastores-cães é que as experiências têm maior peso que as Escrituras. Quando as pessoas desmaiam na igreja, ou riem descontroladamente, ou latem como cachorros, ou miam como gatos, ou rugem como leões, ou se arrastam como cobras, esses pastores acham que todas essas manifestações são de Deus. Para esses réprobos a Bíblia somente é importante quando não contradiz suas experiências.
O salário altíssimo é a marca principal desses pastores-cães. A Bíblia diz que o trabalhador é digno do seu salário. Portanto, não há nada de errado um pastor receber um salário adequado. Mas, quando o pastor torna-se milionário e vive em uma grande mansão com carros do último tipo conseguidos do seu rebanho, é um lobo mercenário. Esses mercenários têm mundanizado o Evangelho. Para eles, o sucesso de uma empresa multinacional é o modelo a ser imitado pela sua igreja. É preciso entender que o mundo dos negócios está preocupado com a aparência e o lucro e não pode ser modelo para a igreja do Senhor Jesus Cristo. O verdadeiro pastor que não é mercenário é como Moisés que “permaneceu firme como quem vê o invisível” (Hb 11:27), ou seja, os seus olhos estavam sobre o invisível, o reino espiritual de Deus, não no reino deste mundo.
Os pastores-cães induzem o povo ao erro através de alianças com o que é profano. Para isso usam de jargões atraentes e diplomáticos do tipo: “Unidade na diversidade”, ”O amor une a doutrina divide”, “Devemos construir pontes e não muros”, “O verdadeiro cartão de identidade do cristão é o amor”. Através dessas frases engenhosamente bem construídas erros doutrinários grosseiros têm sido tolerados em nome do amor. Cristianismo é acima de tudo união de gregos e troianos, judeus e gentios, negros e brancos, ricos e pobres, todos unidos numa só fé. Mas, o cristianismo verdadeiro não tolera a conjugação entre o certo e o errado, a verdade e a mentira, a luz e a escuridão. A unidade não deve ser meramente espiritual, mas acima de tudo deve ser bíblico-doutrinária. Assim como a água e o óleo não se misturam, verdade e erro não podem combinar para produzir algo bom. Deus é amor, mas é também santo por isso não dá para justificar a união do santo com o profano como querem os pastores-cães. Em 2 Tessalonicenses Paulo exorta dizendo : “ Se alguém não obedecer à nossa palavra por esta carta, notai o tal e não vos mistureis com ele”. No capítulo 16 verso 17 aos Romanos, Paulo assinala dizendo: “Rogo-vos irmãos, que noteis os que promovem dissensões e escândalos contra a doutrina que aprendestes, desviai-vos deles”.
No livro apocalipse há uma sentença severa para os pastores-cães “Ficarão de fora os cães” (AP 22:15). Cabem a nós, ovelhas, ficarmos atentos para a solene advertência: CUIDADO: PASTORES-CÃES!

Ir. Marcos Pinheiro

terça-feira, 4 de maio de 2010

CAFETÕES DO "DESEVANGELHO"

CAFETÕES DO “DESEVANGELHO”

Estamos vivendo a época de sermões superficiais onde pregadores são verdadeiros contadores de anedotas e especializados em motivação humana. A ira de Deus está quase completamente ausente nos sermões atuais. Para os cafetões do “desevangelho”, ou seja, do evangelho indolor, não é elegante falar sobre a ira de Deus contra o pecado; nem anunciar às pessoas que a ira de Deus é revelada do céu contra toda impiedade e injustiça dos homens; é deselegante falar sobre o inferno; a existência do diabo e o juízo vindouro. Os cafetões do evangelho indolor afirmam que as pessoas precisam ouvir mensagens em tom positivo, otimistas, caso contrário, elas não nos ouvirão. Os líderes desse novo tipo de evangelho afirmam taxativamente que a igreja que tem a preocupação em pregar arrependimento, santidade, vida de renúncia e juízo final não conseguirá alcançar os perdidos da cultura atual. Esses líderes pregam uma graça barata, encorajam seus ouvintes a reivindicarem Jesus como salvador, mas podendo deixar para mais tarde o compromisso de obedecê-lo como Senhor. Os cafetões do “desevangelho” estão refinando o verdadeiro evangelho em termos antropocêntrico, ou seja, em vez de pregarem a Cristo crucificado e focalizarem as verdades mais severas sobre o pecado e o juízo de Deus, falam de sucesso e relacionamento interpessoal. Esses pregadores do evangelho indolor enganam seus ouvintes sobre aquilo que eles realmente precisam ouvir, prometendo-lhes satisfação e bem estar terreno, quando o que eles necessitam é de arrependimento, uma visão exaltada de Cristo e um entendimento do esplendor da santidade de Deus. Multidões tem sido conduzida a uma fé superficial, barata, inexpressiva e ineficaz devido à doutrina de salvação deficiente alardeada pelo “desevangelho” dos cafetões. A grande heresia do “desevangalho” é que se estabelece um conceito de fé que elimina a necessidade de abandono de pecado, de mudança de estilo de vida e rendição total ao Senhor Jesus. Os cafetões do evangelho indolor partem da seguinte premissa: “O fulano, que está sem igreja, não será convencido que suas necessidades de bem estar, saúde e segurança psicológica serão atendidas se ele ouvir uma mensagem sobre a necessidade de arrependimento, de abandono de pecado, de uma vida de renúncia, ou ouvir uma exposição do juízo vindouro; ele não pode ser confrontado com o chamado ao auto-exame, porque há o risco de ele não voltar mais a igreja”. Ou seja, esses cafetões transformam a pregação da cruz de Cristo de “loucura para os que perecem” para uma panacéia de necessidades carnais onde não se dá tempo para haver convicção de pecado, nenhuma oportunidade para haver arrependimento profundo, nenhuma chance para se compreender de que se estar perdido, e nenhuma ocasião para que o Espírito Santo opere. Uma das marcas distintivas da pregação dos apóstolos era a defesa da doutrina cristã. A preservação da Palavra era central na vida da igreja primitiva. Quando Filipe desceu a Samaria a Bíblia diz: “E descendo Filipe à cidade de Samaria, lhes pregava a Cristo” (Atos 8:5), Pedro se apresentou ao centurião romano em Cesárea e disse-lhe “O Senhor nos mandou pregar ao povo e testificar que Jesus é o que por Deus foi constituído juiz dos vivos e dos mortos” (Atos 10:42), Paulo pregou a Cristo crucificado, uma pedra de tropeço para os incrédulos judeus e loucura para os gregos intelectuais (I Co 1:23). A maneira como Paulo confrontou Felix e sua esposa Drusila põe por terra o evangelho indolor. Paulo não lhes ofereceu palavras de conforto, não suavizou sua mensagem em tom positivo, não tentou bajular, lisonjear ou agradar a Felix e Drusila. O objetivo de Paulo não era fazer que o casal se sentisse bem consigo mesmo e ignorasse o juízo de Deus, mas Paulo desejava levá-los a sentirem-se pecadores miseráveis. Por isso Paulo dissertou sobre três assuntos: a justiça, o domínio próprio e o juízo vindouro (Atos 24:25) . Quando Pedro pregou à multidão no dia de Pentecoste, ele não tentou encantá-la, diverti-la ou fazê-la sentir-se bem consigo mesma, mas conclamou a todos que se arrependessem. Aqueles que defendem que o evangelho deve ser apresentado sempre em tom positivo, otimista serão forçados a ignorar partes cruciais das Escrituras tais como Romanos capítulo 1, Lucas capítulo 16, capítulos 6, 8 e 9 de Apocalipse, todas as passagens de advertência do livro de Hebreus e 50% dos ensinamentos de Jesus. A multidão que seguia Jesus era oprimida tanto politicamente quanto religiosamente pelos cobradores de impostos e pelas autoridades religiosas de Israel que lhes impunha pesadas arbitrariedades. Mesmo assim, Jesus disse-lhes que deveriam abrir mão até de suas famílias e renunciar tudo, até a própria vida. Para os cafetões do evangelho indolor a mensagem de Jesus era impopular e insensível às necessidades daquela multidão. Os cafetões de hoje são forçados a darem nota zero a Jesus como pregador, pois sua mensagem foi descontextualizada. O grande mal dos cafetões do evangelho indolor é que eles não preservam a inteireza da Palavra de Deus. Eles se utilizam da psicologia freudiana que suaviza o conceito de pecado e de culpa; se utilizam do postulado da antropologia que diz que o homem é a coisa mais importante do universo, o homem é um “deus” para si mesmo; se utilizam da psicologia de Carl Rogers que ensina como ter sucesso; apegam-se ao postulado da sociologia que toma os valores éticos da Bíblia e os chamam de tabus que devem ser abandonados; utilizam-se veementemente das técnicas de marketing que ensina como fazer com que as pessoas comprem a sua idéia usando a isca do hedonismo para conquistá-las. Mas diante de toda essa catástrofe espiritual Deus sempre levanta um remanescente que prega todo o Conselho de Deus na sua inteireza. O Senhor fez isso no século XII na França levantando os Valdenses; fez isso em Florença na Itália no século XV com as mensagens ungidas e contundentes de Jerônimo Savonarola; no sáculo XVII Deus levantou na Inglaterra os puritanos que lutaram por uma doutrina mais pura, uma liturgia mais pura, uma vida mais pura; no sáculo XVIII, Deus levantou homens como George Whitefield, John Wesley e Jonathan Edwards; no sáculo XX Deus levantou Charles Spurgeon que combateu a contextualização da Palavra de Deus pelo humanismo, e pelos costumes seculares da época.
Levantemo-nos pela verdade, não importando o preço!

Ir. Marcos Pinheiro

segunda-feira, 19 de abril de 2010

CAFETÕES DAS MEGA-IGREJAS

CAFETÕES DAS MEGA-IGREJAS

O frenesi para o mundo dos negócios é: “cresça ou morra, sua empresa precisa ser a maior, portanto, cresça de qualquer jeito”. Essa mentalidade se infiltrou no meio evangélico resultando na construção de mega-igrejas. Essas mega-igrejas estão sendo vistas como um retrato da expansão do Reino de Deus aqui na terra, e tem sido confundido com avivamento. A igreja foi instituída para crescer. Jesus estabeleceu essa missão para a igreja, quando disse: “Ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra (Atos 1:8). À medida que o Evangelho é pregado cumpre-se a promessa de que a igreja se multiplicará. Em apocalipse 7:9 está registrado que o número dos remidos será imenso, mais do que a areia da praia. A grande questão é como ocorre esse crescimento. Não são poucos os livros que estão à venda sobre “Como fazer a igreja crescer”. Nesses livros a tese é atrair as pessoas oferecendo-lhes quatro coisas que elas precisam: sucesso, felicidade, amor e reconhecimento. Daí os temas: “novas metodologias”, “novas estratégias”, “novas técnicas” para encher a igreja. A conseqüência nefasta é que os líderes que aderiram a esse movimento de construção de mega-igrejas perderam a noção do que a igreja é e de como alguém se torna um de seus membros. Frases de cunho empresarial têm sido alardeadas por esses líderes tais como: “Temos o melhor produto do mundo para vendermos – a salvação”; “O que leva a igreja crescer é estar no lugar certo no tempo certo”; “Se você colocar o Evangelho na embalagem correta, as pessoas serão salvas”. Ou seja, a igreja não tem crentes, tem clientes. Clientes que pagam os salários dos pastores e pastores que movem céus e terra para ver sua igreja-empresa cheia.
Em Atos 4:31 nos informa que toda a igreja orava e “Tendo eles orado todos foram cheios do Espírito Santo”, no verso 33 Lucas nos diz que “Em todos havia abundante graça”. Em Atos 9:31 diz que a igreja se edificava no temor do Senhor e na consolação do Espírito Santo, e por isso se multiplicava. Em Atos 11: 24 Lucas vincula a eficácia do ministério de Barnabé, em Antioquia, ao fato de que ele era “cheio do Espírito Santo e de fé”. Portanto, o crescimento numérico nunca foi abordado, no Novo Testamento, como o interesse primordial da igreja. O crescimento vinha como conseqüência dos crentes serem cheios do Espírito Santo, andar no temor do Senhor e na consolação do Espírito Santo. A igreja participava da vida de Cristo, e por isso crescia, não inchava. Não foi a aplicação específica de qualquer técnica ou metodologia que fez a igreja crescer, não foi o mapeamento da receptividade ao Evangelho, nem o estabelecimento de alvos numéricos e nem cada um definindo para si mesmos os dons espirituais que levou o crescimento da igreja, mas foi o envolvimento com a Palavra, com a Doutrina Santa que trouxe o crescimento. Foi a vida de homens e mulheres que se despojaram de sua segurança terrena que trouxe o avivamento. Há pessoas que buscam ter um corpo musculoso e para isso fazem qualquer coisa, inclusive, tomam anabolizantes que dá excelentes resultados quanto ao crescimento da massa corporal. O problema é que os anabolizantes acabam por matar o corpo, através de cânceres, ataques cardíacos e outras seqüelas. Assim tem sido o crescimento de muitas igrejas: anabolizante, doentio, pulvéreo, que no final termina em morte espiritual. Constata-se claramente que o movimento de crescimento de igrejas não tem nada a ver com avivamento, pois a conversão é um mero exercício de persuasão humana e não um milagre da parte de Deus. As mensagens dos cafetões das mega-igrejas são anabolizantes, pois visam atender as necessidades sentidas tais como: reduzir o stress do seu dia a dia, evitar a fadiga da sua psique, construir uma personalidade forte, elevar sua auto-estima. São mensagens confortadoras e não confrontadoras. As mensagens dos cafetões das mega-igrejas têm arruinado a pureza da igreja e está levando as pessoas dizerem que estão salvas antes mesmo de ter a consciência de estarem perdidas. Em suas mensagens, as boas novas de Cristo dão lugar às más novas de uma fé fácil e traiçoeira que não faz qualquer exigência moral para a vida dos pecadores. Jesus é oferecido para suprir as carências psicológicas das pessoas e não para levá-las a reconhecer a sua condição de pecadora. A marca registrada do apelo dos cafetões das mega-igrejas aos incrédulos é: “Experimente Jesus”, ou seja, Jesus é um mero produto de consumo.
Desde o início de seu ministério Jesus evitou adesões fáceis e superficiais. Jesus se recusou a proclamar palavras que dessem aos seus ouvintes uma falsa esperança. Suas palavras nunca deixaram de alertar as pessoas quanto a um compromisso superficial. Jesus nunca apresentou o cristianismo como os cafetões apresentam hoje, uma opção suave, sem calcular o custo de seguir a Cristo. A pregação dos cafetões rebaixa o alto preço da redenção, pois eles anulam o escândalo da cruz, não fazem menção da ira de Deus, não mencionam que Deus odeia o pecado, não chamam as pessoas ao arrependimento e nem alertam que haverá um juízo final. O tema de suas mensagens sempre é: “Deus lhe ama e deseja tornar você próspero, rico e feliz”. Como os cafetões sempre querem derribar celeiros para construir outros maiores, sempre pregam uma mensagem aprazível, adocicada, festeira, gaita, humorística e teatral. Isso lota igreja. Alguns apregoam: “Estamos no avivamento, catedrais e mais catedrais, estão sendo construídas, os seminários estão cheios, os cultos realizados nos hotéis e nos templos estão superlotados”. É preciso entender que o que Deus chama de filhos espirituais, e o que a igreja hoje vem chamando de filhos são duas coisas bem diferentes. Paulo disse aos crentes da Galácia: “Meus filhos, por quem sofro de novo as dores de parto, até Cristo seja formado em vós”. Era como se Paulo dissesse: “Não me digam quantos freqüentam a igreja, não me digam quantos cantores formam o coral, não me digam a quantidade e a qualidade dos instrumentos que acompanham o louvor da igreja, não me falem das obras sociais que vocês realizam. Mas, digam-me quantos estão formados à semelhança de Cristo, quantos estão caminhando na trilha da renúncia e da santidade”.
O Senhor vai encerrar as eras destronando os ministérios dos cafetões das mega-igrejas que adocicam a doutrina de Cristo transformando-a numa doutrina centrada no sucesso e no pensamento positivo. Nesse tempo do fim, Deus levantará servos e servas que lançarão o machado à raiz produzindo cura através do arrependimento e abandono de pecado. Esses servos e servas não foram treinados por métodos humanos, mas foram treinados pelo Espírito Santo porque aprenderam o que é trancar-se com Deus no lugar secreto de oração.

Ir. Marcos Pinheiro

sábado, 10 de abril de 2010

SERMÕES MANIPULADORES

SERMÕES MANIPULADORES

O cristianismo foi, e ainda é um terreno muito fértil para o desenvolvimento de manipuladores. Manipular é tratar as pessoas como “objeto”, é adestrá-las. A igreja atual está sendo atacada veementemente por sermões manipuladores. Estamos vivendo uma época de falta de identidade cristã. O tempo é de blandícia, de contrafação, de sovinice, onde líderes travestidos de cordeiro com mensagens de anjo estão gerando verdadeiros papagaios na igreja: “Repita comigo, eu sou vencedor”, “Olhe para o seu irmão e diga, o gigante será derrotado” é uma espécie de “rosário evangélico”. Os líderes manipuladores ficam o tempo todo nesse rosário, nesse chafurdo, nessa “papagaiada”, nessa lavagem cerebral de cunho motivacional conduzindo as pessoas a desconsiderar a genuína fé em Deus. Os marcos antigos ensinados, pregados e proclamados pelos santos profetas do Antigo Testamento, por Cristo e os apóstolos do Novo Testamento foram desprezados e substituídos pelo “novo sermão”. Nesse “novo sermão” a manipulação é marca registrada. O “novo sermão” é fofo, é confortável, é cama macia, é sem sal e sem luz. Os pastores manipuladores afagam o ego das pessoas, bajulam seus ouvintes com frases do tipo: “Nós somos um povo especial”, “Essa igreja mora no coração de Deus”. O objetivo é levar o ouvinte a aceitar a tudo o que eles pregam. Seus sermões sempre têm um tom humorístico para despertar os sentimentos e as emoções do povo. Bombardeiam seus ouvintes com frases pré-fabricadas, com chavões e slogans para dar a impressão que suas palavras são inquestionáveis. Esses pregadores manipuladores pregam para angariar fama e se comprazem em contestar a singeleza do Evangelho fazendo de seu púlpito destilarias de ficções e fantasias. Eles modificam a verdade para o lado que lhes interessa, torcem o sentido dos textos bíblicos para o sentido que lhes convém. Para os manipuladores o padrão para se avaliar a benção na igreja é o número de freqüentadores, não importa se são salvos ou não, o negócio é ter a “casa cheia”. Todos esses traficantes do mal, travestidos de cristãos, mas falsos profetas são inimigos da cruz de Cristo e amantes de si mesmos. Por onde passam deixam atrás de si rastos melancólicos de trapos humanos, uns desiludidos, outros, impossibilitados até mesmo de vir um dia a levar a sério o verdadeiro Evangelho para a salvação de suas almas.
Em Ezequiel 34:2 lemos: “Ai dos pastores de Israel que se apascentam a si mesmos!”. O profeta dirige-se aos líderes que tinham a responsabilidade de cuidar do povo de Deus. Mas, eles tratavam o rebanho de qualquer maneira e de forma abusiva. O versículo 3 diz: “Comeis a gordura, vesti-vos da lã e degolais o cevado, mas não apascentais as ovelhas”. Para Ezequiel, o interesse daquelas pastores estava nos benefícios materiais que poderiam receber das ovelhas – carne, gordura e lã e não nos benefícios espirituais que poderiam e deveriam repartir no cuidado do rebanho. O interesse daqueles pastores não estava centrado no chamado de Deus e no pastoreio e sim no poder e na manipulação que exerciam sobre as ovelhas. O profeta ainda descreve um quadro melancólico “A fraca não fortalecestes, a doente não curastes, a quebrada não ligastes, a desgarrada não tornastes a trazer e a perdida não buscastes” (V4). Muitos hoje estão no ministério por interesses financeiros, as ovelhas só lhes interessa pelo que podem conseguir delas, o resto é irrisório. Como ser pastor virou uma profissão, o pastor-manipulador fará de tudo que estiver ao seu alcance para não perder a “boquinha”, ou seja, a sua aposentadoria gorda. Os manipuladores, geralmente, declaram-se “pastor-doutor” com o objetivo de impressionar seus ouvintes e criar uma imunidade parlamentar espiritual dando a entender que tudo que falam se torna verdade absoluta, com a maldição eterna sobre a vida daquele que ousa questioná-los. É necessário nos precavermos em relação aos “doutores do nada”. Os inimigos da fé, tão perigosos e mortíferos como a cobra de Malta.
Lamentavelmente, no mundo atual, o desejo de ser pastor tem significado desejo por status. Pessoas vêem o chamado pastoral como possibilidade de construírem seu próprio império através de mensagens manipuladoras psicologizadas. Mas, ser pastor de verdade é abrir mão de seus planos pessoais para estar na casa de desconhecidos, muitas vezes de difícil acesso em áreas paupérrimas, falando do amor de Deus. Ser pastor de verdade é entender e acolher pessoas magoadas, angustiadas, deprimidas, é estar disposto a abrir mão do seu conforto e ir atrás de uma única ovelha perdida. Ser pastor de verdade é ser desprezível, para que suas ovelhas alcancem nobreza. Ser pastor de verdade é afadigar por amor às ovelhas, sem saber se haverá recompensa. Ser pastor de verdade é ser louco por causa da doutrina, para que outros sejam sábios em Cristo. Ser pastor de verdade é acolher um ministério de lágrimas. Quando Jesus veio a este mundo não assumiu uma posição de realeza, mas assumiu a posição de servo. É urgente pedirmos a Deus que suscite uma nova geração de pastores que possuam genuínos corações de servos. Corações que estejam realmente no servir o povo de Deus e não em serem servidos. Não precisamos de líderes que usam o ministério para impor suas vontades e visão de mundo, mas precisamos de líderes-servos a serviço do povo de Deus. A manipulação é tão perigosa que tem levado muitos a terem a mesma idéia do catolicismo romano: Pastores são mediadores entre Deus e os homens. O papa que se cuide!

Ir. Marcos Pinheiro

terça-feira, 6 de abril de 2010

CAFETÕES DA PROSPERIDADE

CAFETÕES DA PROSPERIDADE

Durante séculos a igreja pregou a renúncia e denunciou a cobiça como pecado. A pregação evangélica enfatizava que os crentes não deveriam se apegar às coisas materiais. Hoje, ter um encontro com Jesus constitui quase que ganhar na loteria. A pregação escatológica sobre a vinda de Jesus, a pregação sobre renúncia, negação de si mesmo, tomar a cruz, caminho estreito, submissão ao Espírito Santo e obediência perderam terreno. A maldita teologia da prosperidade apregoa que Jesus veio ao mundo pregar o Evangelho aos pobres justamente para que eles deixassem de ser pobres. Os cafetões da prosperidade têm ensinado que todos os crentes devem ser ricos financeiramente, ter o melhor salário, a melhor casa e o melhor carro. Se o crente não vive assim, é porque não tem fé, ou está em pecado, ou debaixo de alguma maldição. A ênfase é adquirir riquezas a qualquer custo. A ênfase é no sucesso, é chegar ao topo, é ser diamante aqui na terra. O grande mal dessa teologia da prosperidade é que Deus é visto como uma espécie de investimento, ou seja, o crente doa recursos financeiros na certeza de que Deus está obrigado a lhe dar uma resposta através de muito dinheiro. Existe nessa teologia uma nítida relação de troca. Aliás, para os cafetões da prosperidade toda e qualquer passagem bíblica serve como pretexto para estabelecer a relação de troca com Deus. A idéia de que Deus prometeu deixar ricos todos os crentes é uma falácia, é um engano. Aliás, Deus advertiu contra isto: “Os que querem ser ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína” (I Tm 6:9). Os cafetões da prosperidade postulam: “Se Deus é rei, então, seus filhos devem ter o que de melhor existe no mundo”. O resultado desse postulado maligno leva as pessoas a terem uma lista de ordens para Deus, chegando a decretar, determinar e exigir que o Senhor faça uma série de coisas. Aqui cabe uma pergunta: Quem somos nós para decretar, determinar, exigir alguma coisa de Deus? Imagine um servo que, ao invés de fazer o serviço, está dando ordens para o dono da casa. Isso seria um atrevimento. Podemos e devemos apresentar nossos pedidos diante do Senhor, mas nunca ordens, determinações. Nossa posição perante o Senhor é de servo submisso que não apresenta exigências, mas que busca viver conforme a Sua vontade. Servos não exigem, submetem-se. Os cafetões da prosperidade transformam Deus em nosso fantoche, um Deus que age de acordo com os nossos comandos e vontades. É preciso entender que Deus é Soberano e não podemos rebaixá-lo ao nível humano. A verdadeira prosperidade não consiste em conseguirmos tudo o que queremos, mas consiste em estarmos onde Deus quer que estejamos. Se o Evangelho for garantia de riqueza como apregoam os cafetões da prosperidade, então, Jesus não conheceu esse Evangelho, pois em Mateus 8:20 diz que Ele não tinha onde reclinar a cabeça. Quando José e Maria foram ao templo apresentar Jesus no oitavo dia, levaram consigo a oferta do pobre “E para darem a oferta segundo o disposto na lei do Senhor: um par de rolas ou dois pombinhos” (Lc 2:24). Em Levítico 12: 8 diz “Mas, se as suas posses não lhe permitirem trazer um cordeiro, tomarás então duas rolas ou dois pombinhos”. Para os cafetões da prosperidade a situação financeira de José e Maria indica que o casal estava sob algum tipo de maldição, pois não tinham condições de ofertar um cordeiro. Paulo, também não conheceu esse Evangelho dos cafetões, pois viveu sem riquezas, “Até a presente hora sofremos fome e sede, e estamos nus, e recebemos bofetadas e não temos pousada certa” (I Co 4:11), “Como pobre mas enriquecendo a muitos” ( 2 Co 6:10). Para os cafetões da prosperidade, Paulo era um homem sem fé ou estava em pecado ou sob alguma maldição. Durante o período de perseguição o apóstolo João foi banido para a ilha de Patmos. A única população que existia naquela ilha era alguns prisioneiros exilados e condenados a viver lá até o fim de seus dias. João foi mandado para morrer na ilha de Patmos como os prisioneiros que estavam lá. Quantas noites de frio, João teve que enfrentar sem nenhum cobertor? Quantas vezes, João acordava, tremendo de frio, nas madrugadas geladas, devido às tempestades do mediterrâneo? Que tipo de comida João teve para se alimentar? Banido naquela ilha, isolado, longe da civilização, João não tinha dinheiro, nem conforto, nem igreja, nem pousada digna. Na visão dos cafetões da prosperidade, João era um derrotado e estava sob alguma maldição. Mas foi naquela situação aparentemente de fracasso que João foi arrebatado em espírito e recebeu as maravilhosas revelações do tempo do fim. A verdade é que os cafetões são criadores de expectativas ilusórias para o povo. Eles têm transferido o céu para a terra, dando ao céu um sentido materialista, visível, hedonista e egocêntrico. Manipulam as pessoas para que acreditem que para serem “valentes de Deus da última hora” têm de forçosamente mexer nas carteiras. Os cafetões da prosperidade seguem o exemplo e o legado de Geazi. Após Naamã ter recebido a cura de sua lepra queria ofertar o profeta Eliseu. O profeta, porém, achou injusto tirar proveito daquilo que Deus fez através dele e, recusou a oferta de Naamã. Geazi, servo de Eliseu, tinha um coração cobiçoso e, por isso, intentou desvirtuar o ato gracioso de Deus visando proveito próprio. Ao ver Eliseu recusar os presentes e o dinheiro de Naamã, Geazi foi atrás da caravana de Naamã para tomar para si aquilo que alimentaria seu espírito mercenário. Geazi deu início àquilo que ainda nos dias de hoje encontra ressonância: o assalto aos bolsos alheios através dos púlpitos. Há diferenças gritantes entre o verdadeiro pastor e o cafetão da prosperidade: o verdadeiro pastor busca o bem das ovelhas, o cafetão busca os bens das ovelhas, o verdadeiro pastor dirige igreja, o cafetão dirige igreja-empresa, o verdadeiro pastor vive à sombra da cruz, o cafetão vive à sombra dos holofotes. Os cafetões da prosperidade têm transformado a casa do Senhor em covil de iniqüidade, têm corrompido a igreja com doutrinas abomináveis, mas os seus dias estão contados. Nesta última hora, Deus vai purificar a sua igreja, vai queimar a palha sem valor em sua casa. O Senhor sairá como valente, despertará o seu zelo como homem de guerra e mostrará sua força contra seus inimigos. Nesse tempo do fim, o Senhor vai levar à falência todo mau trabalhador que tem usurpado os púlpitos. O Senhor vai acabar com todo ministério que for da carne, da autopromoção e da cobiça. Os dias de fingimento estão chegando ao fim, Deus vai destronar os cobiçosos, os cafetões da prosperidade. O Senhor vai acabar com o “Evangelho” das guloseimas. Todos conhecem a parábola das dez virgens. Cinco delas foram barradas da festa matrimonial porque tinham saído para comprar óleo quando o noivo chegou. O noivo não lhes perguntou aonde elas tinham estado; não as repreendeu por terem deixado faltar o azeite; não lhes disse que tinham chegado tarde demais. O noivo simplesmente disse-lhes: “Não vos conheço”. Este é o âmago da parábola. Em outras palavras Jesus, o noivo, estava dizendo-lhes: “Vocês nunca me levaram a sério; Vocês banalizaram a minha salvação; Vocês incentivaram o meu povo a avareza; Vocês conduziram a igreja a fazer barganha comigo”. Essas serão as palavras que os cafetões da prosperidade ouvirão do Grande Eu Sou!

Ir. Marcos Pinheiro

quarta-feira, 17 de março de 2010

A BÍBLIA HORRIPILANTE



A BÍBLIA HORRIPILANTE

Durante séculos Satanás tentou aniquilar a Bíblia. O seu ataque contra a Palavra de Deus remonta o jardim do Éden. O primeiro pecado de Eva foi o de aceitar a suposta Palavra de Deus “modernizada” da boca do diabo. Séculos mais tarde, Satanás instigou a queima de Bíblias e, centenas de fogueiras não foram suficientes para exterminá-las. Como o diabo não mudou de idéia, ele fez nascer a versão mais pop, mais ao estilo das bancas de jornal: Bíblia na Linguagem de Hoje. Esta versão é infame, pois é a maior blasfêmia que já se verificou no meio do protestantismo. A Bíblia na Linguagem de Hoje representa o mais vil desvio da fé que se tem notícia na história dos evangélicos. Por isso, preferimos chamá-la de Bíblia na Linguagem Horripilante. É horripilante porque anula a doutrina da divindade de nosso Senhor Jesus Cristo, nega a morte vicária de Jesus, a perfeição de Deus, a realidade do inferno, a infalibilidade e inspiração verbal da Bíblia. É horripilante porque enxerta interpretações duvidosas, supre vocábulos teológicos como “arrependimento”, ”propiciação”, “redenção”, “reconciliação”, “sangue”. A Bíblia na Linguagem de Hoje, ou melhor, na Linguagem Horripilante, está repleta de expressões da Nova Era, doutrinas falsas, ocultismo e heresias. Os textos distorcidos dessa Bíblia, os cortes propositais e seus acréscimos fazem dela uma versão adulterada, perversa e de inspiração satânica. O Novo Testamento possui 5624 palavras diferentes sem contar as diferentes declinações, tempos verbais, modos e partículas. A Bíblia horripilante possui 4300 palavras. Portanto, é uma Bíblia desfigurada que se transformou numa colcha de retalhos de apostasia. O texto hebraico no qual essa Bíblia se fundamenta é profano. O Antigo Testamento é baseado na Bíblia hebraica de Rudolf Kittel. Este homem era um racionalista alemão, que não cria na inerrância das Escrituras. O texto grego no qual a Bíblia na Linguagem de Hoje se baseia foi preparado por Westcott e Hort que viveram no século 19. Esses homens criam na teoria da evolução de Charles Darwin. Eles prepararam seus textos em cima dos escritos provenientes da herética Alexandria no Egito, de onde surgiram as mais horripilantes doutrinas. Portanto, os textos dos nicolaítas Westcott e Hort são recheados de heresias e erros doutrinários. Vejamos algumas passagens horripilantes da Bíblia na Linguagem de Hoje. Em Mateus 1:25 a palavra “primogênito” foi omitida para reforçar a falsa doutrina católica de que Maria morreu virgem. Em Mateus 16:18 a palavra “igreja” está com “I” maiúsculo, uma clara referência à igreja papal, “igreja mãe”. Em João 1:14 a palavra “unigênito” foi substituída por “único” com o objetivo de enfraquecer a divindade de Jesus. A palavra “unigênito” elimina qualquer possibilidade de que Jesus tenha sido criado. A expressão “unigênito do pai” refere-se ao relacionamento exclusivo de Jesus com o pai desde a eternidade. Substituir “unigênito” por “único” é esvaziar a singularidade de Jesus. A expressão “filho único do pai” da Bíblia na Linguagem de Hoje é profana, pois Jesus não é o único filho de Deus visto que em João 1:12 diz que todos os que crêem em seu nome são filhos de Deus. O diabo odeia o sangue de Jesus porque o sangue tem valor expiatório e remidor. Tirar a palavra “sangue” significa remover a fonte da redenção de Deus. A Bíblia na Linguagem de Hoje removeu a palavra “sangue” em Romanos 3:25, Romanos 5:9, Efésios 1:7, Efésios 2:13, Colossenses 1:20, Hebreus 10:19, Hebreus 13:20, Apocalipse 1:5 e Apocalipse 5:9. A Bíblia na Linguagem de Hoje endossa a teoria da evolução. Em Gênesis 1:11 a expressão “segundo a sua espécie, cuja semente esteja nela sobre a terra” é omitida. O objetivo é enfraquecer a criação dos vegetais plenamente desenvolvidos, fato que aniquila com a teoria da evolução. Em Gênesis 1:7 a palavra “expansão” que aparece três vezes no versículo foi removida. O propósito é debilitar a direta ação de Deus ao criar a atmosfera, o espaço sideral. A palavra “expansão” refere-se ao firmamento, à atmosfera, portanto, removê-la é fortalecer a teoria de que o firmamento surgiu de uma explosão casual. Em Gênesis 1:2 a conjunção aditiva “e” no início do versículo foi retirada. A finalidade é enfraquecer a ação seqüencial dos atos de Deus apoiando assim, a herética teoria do intervalo entre o versículo 1 e o versículo 2. A teoria do intervalo diz que após a criação feita no versículo 1, ocorreram as eras geológicas de milhões de anos surgindo uma raça pré-adâmica onde reinou a morte por causa da queda de Satanás, terminando todo esse delírio com um dilúvio, o chamado dilúvio de Lúcifer. Isso é fábula. Afirmar que a morte veio antes de Adão é ficção, é apostasia. Em Romanos 5:12 diz que por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte. A conjunção “e” foi retirada para passar a idéia de que Deus criou os céus e a terra e passou milhões de anos para criar a luz e as demais coisas. Os evolucionistas se aproveitam dessa teoria do intervalo para dizer que a terra tem milhões de anos. Na contagem bíblica a terra tem 6000 anos. Em Levítico 10:9 encontramos uma aberração horripilante, a palavra “bebida forte” foi substituída por “cerveja”. Nunca imaginei que cerveja fosse tão antiga. A Bíblia na Linguagem de Hoje incentiva a chamada “bebida social”. Nela está escrito “Quem bebe demais fica barulhento e caçoa dos outros; o escravo da bebida nunca será sábio” (Provérbios 20:1). Aqui cabe uma pergunta: E quem bebe de menos como fica? Na realidade um pré-adolescente lendo esse versículo concluirá que a pessoa pode beber, mas não demais, ou seja, beber socialmente não é pecado. A morte dos santos de Deus é preciosa à sua vista. Mas, na Bíblia na Linguagem de Hoje, o Deus eterno fica triste, sente pesar quando morre alguém do seu povo. Eis a aberração “O Senhor Deus sente pesar quando vê morrerem os que são fiéis a ele” (Salmos 116:15). A fim de fortalecer a heresia de que o dilúvio foi local em Mateus 24:38 a palavra “arca” (Kibotos, no grego) foi trocada por “barca”. Em Jó 19:25 em lugar da palavra “redentor” colocaram a palavra “defensor”. A palavra hebraica é “go’ali” que quer dizer “meu redentor” e nunca “meu defensor”. Por que mudaram? Só o Senhor sabe! Em Gálatas 3:1 a Bíblia na Linguagem de Hoje diz: “Ó gálatas sem juízo! Quem foi que enfeitiçou vocês?” A de se concluir que o apóstolo Paulo acreditava em feitiços. A palavra “propiciação” que aparece em I João 2:2 e em I João 4:10 foi malignamente retirada. Em Tiago 4:4 trocaram a expressão “adúlteros e adúlteras” por “gente infiel”, ou seja, foi tirado a especificidade do pecado. A expressão “homens santos” foi trocada pela expressão “as pessoas” em 2 Pedro 1:21. Em I Timóteo 3:16 a expressão “o mistério da piedade” foi trocado por “ verdade revelada da nossa religião”. Que religião está por detrás da Bíblia na Linguagem de Hoje? Em Romanos 1:29 com o objetivo de não ofender as pessoas omitiram a palavra “prostituição” sustentando desse modo a linguagem macia. Em Mateus 9:13 furtaram a palavra fundamental para a conversão a Cristo “arrependimento”. Em Marcos 8:24 omitiram a expressão “tome a sua cruz”. Amaciar a consciência do pecador é uma blasfêmia contra Deus. O preocupante é que muitas denominações determinaram que a Bíblia na Linguagem de Hoje deve ser usada para ensinar nossas crianças e pré-adolescentes. A verdade é que essa Bíblia trai a inspiração divina em termo de conteúdo celeste. É uma Bíblia corrupta, perversa e repleta de malignidade. Vale salientar que o lançamento dessa Bíblia no Brasil foi uma parceria da Sociedade Bíblica Brasileira e a CNBB. A primeira tiragem dessa Bíblia com 80.000 exemplares foi “abençoada” com “água benta” na presença de padres e “pastores” ecumênicos.

Ir. Marcos Pinheiro

sábado, 6 de março de 2010

TEATRO NA IGREJA? ESSA NÃO! (PARTE II)




TEATRO NA IGREJA? ESSA NÃO! (PARTE II)

Desde os tempos bíblicos, e até hoje, a pregação expositiva da Palavra de Deus tem sido o meio eficiente de comunicar a salvação através de Jesus Cristo. O apóstolo Paulo se refere a esse método como a “loucura da pregação” (Co 1:21). Paulo nunca adaptou a igreja ao gosto da sociedade secular. Cada igreja que ele fundou tinha sua própria personalidade e seus próprios problemas, mas os ensinamentos de Paulo, sua estratégia e, acima de tudo, sua mensagem permaneceram os mesmos por todo o seu ministério. Seu instrumento de ministério sempre foi a pregação expositiva e direta da verdade bíblica. A igreja de hoje está inundada com o “sucesso” e precipitou-se impetuosamente no secularismo. Para muitos líderes o único modo de impressionar e impactar o mundo nos dias atuais é incorporar filosofias seculares e modismos na vida da igreja. A bandeira levantada por esses líderes é “o mundo tem que ver que a igreja é legal”. Neste contexto, a igreja está mais preocupada em entreter o povo. Não está disposta a ser desprezada pelo mundo por causa da cruz.
Hoje, estamos nos divorciando da pregação expositiva para as artimanhas, ora ridículas ora bizarras, das encenações e dramatizações. É loucura pensar que a verdade dada por revelação divina precisa da roupagem das dramatizações para salvar o ímpio. Jesus deu prova de seu amor ao mundo sem usar teatralidade. Ele fez uma oferta viva, capaz de sofrer humilhações, açoites, abandono, desconsideração, vergonha, acusação. A igreja precisa se manter afastada de tudo aquilo que seja teatral e espetacular, à semelhança de Jesus em seu ministério. Jesus não usou artimanhas de entretenimento para pregar o Sermão do Monte. Paulo não persuadiu os seus ouvintes no Areópago usando dramatizações. Pedro, no dia de pentecoste, não montou uma tenda e pediu a seus irmãos em Cristo que fizessem uma encenação para anunciar a ressurreição de Jesus e a sua ascensão ao céu. Estamos enganados se acreditamos que fantasias, ilusionismos, jograis, filmes e dramatizações são capazes de representar a santidade infinita, o amor incomensurável e a grande misericórdia de Deus a uma geração perdida. O evangelho não deve ser apresentado em parceria com os padrões do mundo. Jesus afirmou taxativamente que as obras deste mundo são más (Jo 7:7). Os apóstolos também enfatizaram que a amizade com o mundo é inimizade contra Deus (Tg 4:4). Dramatização é dramatização e raramente é vista pelo público como algo sério ou um veículo de proclamação de mensagens que merecem apreço. Portanto, quando se insere elementos de entretenimento como jograis, filmes, ilusionismos, palhaços, coreografias, danças e teatro na mensagem da cruz, é uma prova que algo se faz necessário além das Escrituras e que a exposição sozinha da Palavra de Deus é inadequada. É o evangelho “flex”, ou seja, flexível para com o povo, o importante é agradar o povo. Imagine um médico atender um paciente fantasiado, vestido de palhaço. Que credibilidade esse médico repassa para o paciente? Se o médico não faz uso dessa frivolidade podemos afirmar que é uma insensatez anunciar a mensagem redentora da cruz através de entretenimentos. Portanto, aqueles que defendem a teatralidade na igreja estão servindo a um deus diferente dAquele adorado pela igreja primitiva. A teatralidade na igreja transforma a “loucura da pregação” em uma pregação da loucura. As dramatizações fazem do Evangelho um camaleão que toma qualquer aparência que seja necessária. Spurgeon advertiu em seus dias: “quando o entusiasmo pelo evangelho se extingue, não é surpreendente que as pessoas busquem qualquer coisa em que se deleitar; faltando pão, eles alimentam-se de cinzas, rejeitando o caminho do Senhor, eles correm avidamente à vereda da tolice” O mundo está repleto de fábulas, e as novidades em forma de dramas sensacionais nas igrejas estão surgindo cada vez mais para escravizar as mentes e dificultar o crescimento espiritual. Satanás não tem interesse que as pessoas tenham conhecimento de Deus, por isso seu trabalho é confundir os sentimentos através de encenações e dramatizações. Muitos têm a idéia de que a igreja para ser frutífera precisa ter programações que vá ao encontro das necessidades da nossa geração. Deve-se usar qualquer coisa que seja agradável às pessoas a fim de ganhá-las para Cristo. O texto base para justificar essa idéia é a afirmação de Paulo “Fiz-me como fraco para os fracos, para ganhar os fracos, fiz-me tudo para todos, para, por todos os meios, chegar a salvar alguns” (I Co 9:22). Paulo não está dizendo que estava disposto a moldar sua mensagem ao mundo a fim de ganhar o ímpio. Ele está descrevendo uma atitude de sacrifício pessoal, não de comprometimento com o mundo, não de contemporização com o mundo. O contexto nos revela que Paulo estava falando de pregação (v16) não do uso de método mundano para proclamar o Evangelho. Paulo não está sugerindo uma nova maneira de apresentar o evangelho, ele afirma que em sua pregação sempre adaptava a mensagem ao nível de compreensão dos ouvintes, ou seja, ele sempre falou de forma apropriada. Ele convencia os diferentes ouvintes sobre a Palavra de Deus usando a pregação expositiva como método.
A história do pecado neste mundo começou no jardim do Éden com uma encenação de Satanás (Gn 3:1-7). Nos últimos dias, os falsos profetas e os mercadejadores da Palavra de Deus farão encenações mirabolantes para tentar enganar até os escolhidos (Mt 24:24). O Anticristo fará uma grande encenação mundial antes da volta de Jesus Cristo (Ts 3:4-12). Não ousemos minimizar a fome do povo oferecendo-lhes substitutos que não os satisfarão verdadeiramente. As estações vão e vêm, as tendências chegam e passam, as modas populares se instalam e se renovam, mas a tarefa da igreja do Senhor Jesus Cristo é a mesma: proclamar a Palavra de Deus sem artifícios, fantasias, malabarismos e entretenimentos, mas proclamá-la de forma expositiva, direta e cristocêntrica!

Ir. Marcos Pinheiro

quarta-feira, 3 de março de 2010

TEATRO NA IGREJA? ESSA NÃO! (PARTE I)




TEATRO NA IGREJA? ESSA NÃO! (Parte I)

Igrejas em crescimento constante são as que estão criando um ambiente de entretenimento. Ter uma boa diversão passou a ser critério para uma igreja excelente. Muitos líderes têm uma concepção errônea de que para ganhar o mundo para Cristo devemos primeiro ganhar o favor do mundo. O fruto antibíblico dessa concepção é a de que devemos proclamar a solene e sagrada mensagem da cruz em estilo teatral. Nos esforços de querer encher a igreja muitos pastores seguem os modos mundanos esquecendo que Satanás faz de tudo para rebaixar a verdade do Evangelho através das esquisitices teatrais. Usam as dramatizações para despertar o interesse do ímpio. Eles querem que a Bíblia se rebaixe aos padrões degenerados e nefastos deste mundo perdido, e não querem que o mundo se eleve ao Santo padrão de Deus. Falam a linguagem do mundo, absorvem os hábitos do mundo, pois amam o mundo e o que no mundo há. Esses líderes se esquecem de que em parte alguma das Escrituras nos é dito que precisamos fazer exibição especial, fantástica, para atrair os ímpios ao Evangelho. A igreja não segue o que o mundo faz, segue “Aquele que fez o mundo”.
Aqueles que defendem a teatralização na igreja dizem: “O povo gosta, o povo chora, o povo aplaude, então, é tudo santo, a voz do povo é a voz de Deus”. Nesse contexto, impera a ostentação e a profanação. Vale salientar que nem tudo aquilo que tem a aprovação do povo tem a aprovação de Deus.
Não é por meio de dramatização, exibição sensacionalista que o pecador se converte genuinamente, mas é a proclamação da verdade nua e crua, sem máscara, que convence o pecador do pecado, da justiça e do juízo. A obra de Deus deve ser feita através da pregação expositiva com santa reverência. Portanto, não devemos agregar fogo estranho ao fogo sagrado.
Alguns para defender o indefensável afirmam: “Os ritos do Antigo Testamento, os sonhos e as visões dadas aos profetas, as parábolas, as comparações e as metáforas contidas nas Escrituras constituem dramatizações instituídas e executadas por Deus”. Não há dificuldades para refutarmos essa tese, pois no Antigo Testamento os ritos cerimoniais eram tipológicos, ou seja, eram “sombras de coisas futuras”. Os ritos tipificavam o sacrifício vicário de Cristo na cruz. Assim sendo, a prática desses ritos já não se faz necessário hoje uma vez que os fatos para os quais os ritos apontavam se concretizaram. Ademais, não há na Bíblia nenhuma ordem expressa de Deus para que os substituamos por outros. Outros na ânsia de justificarem a dramatização durante os cultos chegam às raias da blasfêmia quando dizem: “As ordenanças instituídas como a Ceia e o Batismo bem como a crucificação de Jesus e o seu ministério sacerdotal constituem dramatizações”. Antes de refutarmos essa blasfêmia, precisamos saber o que é “dramatização”. A dramatização é um ato de tornar ou procurar tornar dramático, interessante ou comovente um tema através de uma encenação, com o objetivo de impressionar ou iludir a outrem. Aqui cabe uma pergunta aos blasfemadores: A Santa Ceia e o Batismo foram instituídos com o objetivo de impressionar? Nunca uma ordenança divina pode ser entendida como uma encenação ou dramatização. A Santa Ceia e o Batismo não são máscaras. Se alguém participa da Ceia do Senhor ou desce às águas batismais com a idéia de que tudo é uma encenação está participando indignamente. Do mesmo modo, afirmar que a crucificação foi uma superprodução teatral divina para sensibilizar e comover o endurecido coração humano é blasfemar terrivelmente. A insinuação de que o ministério sacerdotal de Jesus constitui uma encenação é uma estultice. Alguns dizem: “Quem assiste uma dramatização nunca esquece, se aprende muito quando as informações são dadas através da visão, por isso é perfeitamente válido o teatro na igreja”. Nesse contexto, como a visão é extremamente eficaz no processo da comunicação, deve-se substituir a pregação expositiva da Palavra de Deus por dramatização. Nesse caso, as programações da igreja do Senhor seriam parecidas com a TV e o cinema, ou seja, o entretenimento substitui o doutrinamento e a liturgia vira show. De acordo com a Bíblia a visão não é um canal confiável para a recepção da mensagem da salvação. O homem independe da visão para viver pela fé “A fé é a prova das coisas que se não vêem” (Hb 11:1). Em Romanos 10:17 Paulo pontificou: “A fé vem pelo ouvir”. Em João 20:29 Jesus censurou Tomé nos seguintes termos “Porque me viste, Tomé, creste; bem-aventurados os que não viram e creram”. Era como se Jesus dissesse: “Bem-aventurados aqueles que não dependem de encenações, dramatizações, para absorver a mensagem da salvação, mas se satisfazem com a pregação expositiva da Palavra de Deus”. O desejo de Deus é que a fé independa de estímulos visuais, por isso Ele proibiu imagens de escultura “Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma coisa semelhante do que há em cima dos céus, nem em baixo da terra, nem nas águas debaixo da terra” (Ex 20:4). A teatralização não fortalece a Palavra de Deus, pelo contrário, distrai a atenção para o instrumento humano. O pastor e renomado teólogo D.M.Lloyd-Jones disse: “Em número crescente, as pessoas estão depreciando o lugar e o valor da pregação expositiva. Estão se voltando para representações dramáticas e recitais das Escrituras e algumas até para a dança e outras formas de manifestações externas do ato de culto. A reforma protestante varreu todas essas coisas. Acabou com as peças de ministérios, como lhes chamavam, e com as representações dramáticas na igreja. A reforma livrou-se de tudo isso, e é muito triste observar que pessoas estejam tentando levar-nos de volta àquilo que os reformadores viram claramente que estivera ocultando do povo o Evangelho e a verdade”. Não há dúvida: se você fizer uma pantomima das Escrituras ou exibir delas uma representação dramática, estará desviando a atenção do povo para longe da verdade comunicada pelas Escrituras. Portanto, Deus não precisa de atores! Precisa, sim, de servos e servas consagrados e cheios do Espírito Santo para expor a Palavra de Deus. Lembre-se: a pregação expositiva da Palavra de Deus não um acessório.

Ir Marcos Pinheiro