sábado, 26 de novembro de 2016

CULTO IRRELEVANTE! A ENGANAÇÃO ROLA SOLTA



CULTO IRRELEVANTE! A ENGANAÇÃO ROLA SOLTA

Vivemos numa época em que o homem passou a ser o referencial e o fio de prumo de tudo. A época é antropocêntrica.  Como resultado as pessoas querem um deus minúsculo amoldado a elas. Diante disso, o culto a Deus tornou-se irrelevante. O drama do calvário foi esquecido. O culto não traz à memória o que nos traz vida e esperança. A banalização no culto é geral. No momento do culto, anunciar-se vendas de casas e terrenos. Fazem-se propaganda de profissionais liberais. Anunciam-se empregos. Na oração pede-se a Deus para abençoar o cajueiro do sítio do irmão. Em breve venderão bananas e laranjas.

O culto deve visar Deus. Exaltar o Seu nome. Agradecer pelo Seu amor e proteção. Proclamar Seus feitos. Anunciar Suas grandezas. O culto a Deus não pode ser um blábláblá humano, mas sim a proclamação dos atos de Deus e o anúncio das Escrituras. Lamentavelmente, a tagarelice humana, os insights humanos, as pseudas revelações e a algazarra sonora têm sido o arcabouço do culto moderno. A realidade é que muito culto é apenas “enrolação” espiritual.

Pessoas sem desejo de compromisso com Deus sentem-se muito bem em um culto que apazigue seus corações. Se uma pessoa está longe de Deus e o que ela ouve e vê no culto confirma seu estilo de vida, esse culto pode ter sido significativo para ela. Porém, não foi um culto relevante. O culto contemporâneo excluiu Jesus. Tire Buda do budismo e o budismo continua. Tire Confúcio do confucionismo e o confucionismo continua. Tire Kardec do espiritismo e o espiritismo continua.  Tire Jesus do culto e este se acaba, pois cultuar é nutrir a mente com Cristo!

Nossa cultura é de entretenimento. Tudo é visto como diversão. A cultura de entretenimento impregnou os cultos das igrejas. Até sorteios são anunciados durante o culto. Alguns para justificar o uso de sorteios na igreja dizem que Pedro se utilizou da sorte para escolher o substituto de Judas, o traidor.

Jesus havia ordenado que os discípulos não fizessem nada até a vinda do Consolador, o Espírito Santo, o qual os direcionaria em tudo (Lucas 24:49). A Igreja deveria esperar a vinda do Espírito Santo, sem agir antes. Pedro, porém, precipitou-se e resolveu escolher um novo apóstolo para substituir Judas. Pedro agiu antes de o Espírito Santo chegar. Utilizou-se da sorte baseando-se no Antigo Testamento em que Deus permitia em alguns casos o uso da sorte, fazendo expressar Sua vontade.

Pedro era cheio de coisas judaicas, ele quis misturar a lei e a graça. Em Gálatas 2:14 Paulo repreendeu Pedro pelo fato dele ter obrigado aos gentios viverem como judeus. Isso deixa claro que Pedro era cheio de coisas judaicas, que o levou à precipitação, escolhendo o homem errado para apóstolo, Matias. Todos os apóstolos foram escolhidos diretamente por Jesus Cristo (Atos 1: 2). Paulo foi o legítimo substituto de Judas escolhido diretamente por Cristo G(l 1:1). Portanto, o uso de sorteio na igreja é judaização do Evangelho.

Culto não é brincadeira. É entrar na presença de Deus e conduzir o povo de Deus num relacionamento com Ele.

Ir. Marcos Pinheiro

segunda-feira, 14 de novembro de 2016

A IGREJA-CLUBE-COMERCIAL

A IGREJA-CLUBE-COMERCIAL

Muitos pastores têm uma visão deturpada do que venha ser igreja. Eles têm a igreja como um clube-comercial. As características recreacionais e comerciais são proeminentes. O prédio da igreja é feito para as pessoas sentir que estão num lugar para passar um tempo agradável.

Lamentavelmente a igreja está secularizada. À semelhança das quermesses da igreja católica tem-se levado para frente da igreja todo tipo de coisas para vender: comidas, CD’s, camisetas, adesivos, ingressos, broches com propaganda da igreja. Panfletos de propaganda das lojas de irmãos empresários são distribuídos. Jornalzinho com marketing das obras sociais da igreja é o que não falta. A igreja clube-comercial segue exatamente o exemplo dos judeus que Jesus expulsou da porta do templo. Se fosse possível o Senhor Jesus entrar em uma dessas igrejas viraria as mesas de comércio.

Na igreja clube-comercial propaganda de almoços, jantares e lanches são feitas no momento do culto. Que profanação! “Compre o seu ticket-almoço que você estará ofertando para a obra do Senhor”. Que visão mesquinha de contribuição para a causa de Deus! Come-se para ofertar? oferta-se comendo? Só faltava essa! Oferta não pode ser estipulada por nenhum líder. É de acordo com o propósito do coração. Oferta ligada a um almoço, jantar ou lanche não é oferta bíblica. Basta ler 2 Coríntios 9:7. Paulo não fala de quantidade ofertada, mas que cada um oferte segundo propôs no seu coração.

Os pastores da igreja clube-comercial têm a mesma visão das instituições não religiosas e ONGS. Eles advogam que a missão da igreja não está no depois, mas no agora. Eles insistem que a igreja se engaje em todo tipo de projetos humanitários, inclusive aqueles que recebem benefícios do Governo local. Para eles, a função primordial da igreja não é a preparação das almas para se encontrar com o noivo Jesus, mas a transformação da sociedade como um todo até que esse mundo se torne um paraíso. O Evangelho passou a ser um evento a ser dito e não uma doutrina a ser preservada. O escândalo da cruz, a singularidade de Jesus, as exigências da obediência e a realidade do inferno foram varridos para debaixo do tapete.

Vale salientar que as condições sociais melhoram e as reformas morais acontecem como subprodutos da proclamação de todo o Conselho do Senhor pela igreja. A melhoria física dos homens vem como resultado da influência da igreja através da pregação da mensagem da cruz. Por isso, a missão prioritária da igreja não é lutar para a melhoria das condições sociais. A igreja não precisa levantar a bandeira em prol da melhoria do sistema carcerário, do sistema de saneamento ou de uma escola pública mais eficiente. A missão prioritária da igreja não é fazer projetos humanitários, mas salvar almas pela pregação do Evangelho.

A função principal da igreja é fazer discípulos (Mat 28:19,29). Nada menos, nada mais que isso. No momento que uma igreja prioriza cursos profissionalizantes, construções de orfanatos, creches, hospitais e colégios, está indo em caminho oposto à Grande Comissão. Discípulos são feitos pela proclamação do Evangelho. Obra social deve ser feita, mas não é a missão prioritária de igreja.

Ir. Marcos Pinheiro