sábado, 30 de dezembro de 2017

“EI! PSIU, OLHE PARA MIM”, “EI! DEUS ESTÁ MANDANDO TE DIZER”.

“EI! PSIU, OLHE PARA MIM”, “EI! DEUS ESTÁ MANDANDO TE DIZER”.

Vem se tornando comum nos púlpitos e nas redes sociais pastores e pregadores dizerem o jargão: “Ei! psiu, olhe para mim”, “Ei! Deus está mandando te dizer”. São os “ególogos”. Adoram o próprio ego e têm a pretensão de serem profetas do século 21.

Nem todos que falam de Deus é servo. Nem todos que fazem discurso sobre Deus é profeta. Assim como ninguém é um filósofo porque fez um curso de Filosofia, ninguém se torna servo de Deus por ter feito um curso de bacharel em Teologia. Emitir opiniões sobre a igreja, sobre o Evangelho e sobre a Bíblia não torna alguém servo de Deus. Servo não é título que qualquer um pode reclamar para si. Pode-se aplicar a poucos e não é o reclamante que se dirá servo, mas alguém dirá isso dele.

Servos são aqueles que marcam uma vida positivamente com os valores do Evangelho. Servos são aqueles que falam a Palavra relevante de um Deus relevante. Servos são escravos da Palavra. Falam o que a Palavra fala e calam-se onde a Palavra cala. Ególogos não são servos. Os ególogos ensinam dicas e truques, como segredos para levantar boas ofertas e, chamam a isso de Evangelho. Os ególogos são cheios de gabolice. O púlpito é o instrumento para a proclamação da Palavra e não lugar para exibição, autoglorificação e gabolice.

Quando o pregador aparece mais do que a Palavra é ególogo. E se algum de nós aparece muito, no púlpito, mais que a verdade que pregamos, confessemos o pecado de querer tomar o lugar do que é Divino. I Coríntios 1.23 diz: "Mas nós pregamos a Cristo crucificado". Que lembrança! Que saudades do tempo em que nossa marca maior era a teologia da cruz. Hoje, prevalece o feno e a palha com os jargões intercalados “Ei! psiu, olhe para mim”, “Ei! Deus está mandando te dizer”.

É lamentável vermos tantos seminários, tanta literatura produzida, tantos pregadores nas redes sociais e igrejas passando por problemas doutrinários tão sérios.

Num tempo que se mostra com tantas novidades é necessário termos pastores profundamente convencidos do lugar da Bíblia e da centralidade da pessoa de Jesus Cristo. Como disse Lloyd-Jones, precisamos de pessoas “intoxicadas de Cristo”. Isto não é ser piegas. É questão fundamental, de sobrevivência da igreja como igreja.

Precisamos de pastores e pregadores com equilíbrio moral, espiritual e emocional. Precisamos de pastores que sejam pastores. Pastores que amem o púlpito e dele se desincumbam com zelo. Precisamos de músicos que amem seu trabalho, vendo-o como paixão, não como ganha-pão. Não precisamos de destemperados, narcisistas, gabolas e ególogos.

Ir. Marcos Pinheiro

sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

DO JEITO QUE O DIABO GOSTA



                                    DO JEITO QUE O DIABO GOSTA

Muitos pastores têm redefinido inescrupulosamente o Evangelho. Mas, o Evangelho continua sendo a nossa bússola. Continua sendo a forma objetiva e explicita de relacionar nossos deveres para com Deus e para com o próximo.

Hoje, há muitas pregações que insinuam a desobrigação para com a Lei moral de Deus. É verdade que não estamos debaixo da lei cerimonial. A lei cerimonial apontava para o Messias e foi cumprida em Cristo. Não estamos presos a nenhuma ordenança da lei cerimonial uma vez que pela graça de Cristo temos acesso direto a Deus pele Espírito Santo sem intermediação dos sacerdotes. Agora, na Nova Aliança, estamos presos à Lei moral de Deus.

A Lei moral de Deus permeia toda a Bíblia. Através dela conhecemos nossos limites e nossas obrigações. Compreendemos a extensão de nossa pecaminosidade. Muitos acham que por ter sido alcançado pela graça de Cristo estão desobrigados da Lei moral de Deus. Ora, Excluir a Lei moral de Deus na vida espiritual é descer ladeira abaixo. É bailar com o diabo. É fazer do jeito que o diabo gosta.

Bailar como o diabo é achar que o Evangelho não contém nenhum tipo de exigência. É excluir do Evangelho toda sorte de solicitações imperativas. Não tem como os recursos de Cristo nos ser suficientes se não sentimos qualquer necessidade de regular nossa vida pela Lei moral de Deus.

O grande negócio do diabo é a libertinagem. Sua meta é levar a igreja a excluir a Lei moral de Deus. Sua estratégia é cochichar nos ouvidos da igreja lhe incentivando a abraçar tudo que há na cultura moderna. Seu propósito é leva a igreja a ficar encantada com a cultura decaída e libertina. O Evangelho que a sociedade quer é o “Evangelho libertino”. Sem regras. Sem limites. Sem a Lei moral de Deus.

Ouvi um pastor dizer: “Precisamos encontrar pontos de convergência com a cultura atual para tornar o Evangelho relevante”. Que cegueira! Não existe e nunca existirão pontos comuns entre o Evangelho verdadeiro e a cultura libertina. Querer encontrar pontos de interesse mútuo entre o Evangelho e a cultura é um oximoro. É impossível uma convivência pacífica do Evangelho e a cultura devassa.

Há pastores que estão tentando cristianizar a libertinagem. Estão querendo santificar, como se isso fosse possível, a concupiscência da cultura atual. Esses pastores estão bailando como o diabo. Suas igrejas estão do jeito que o diabo gosta. Suas igrejas viraram uma Bomboniere. As pessoas compram todo tipo de “benefícios” que seus corações desejam.

As igrejas bomboniere excluíram a Lei moral de Deus. Por isso, veem Jesus como um doce de pessoa. Tão bacana. Tão amável. Tão gentil. Que levará todos ao céu não importando o estilo de vida que levam. As igrejas bomboniere caracterizam-se pelos títulos: “Igreja Assembleia de Deus do Poder de Deus”, “Igreja Presbiteriana Renovada das Causas Impossíveis”, “Igreja Assembleia de Deus – Uma Promessa de Deus”. Eu estou ainda à procura da “Igreja dos Pecadores Miseráveis Salvos pela Graça” ou “Igrejas dos indignos”. Precisamos buscar o Evangelho que mata o “eu” para não bailar com o diabo.

Ir. Marcos Pinheiro

sábado, 16 de dezembro de 2017

“EVANGELHO DE BOTEQUIM”

                                                 “EVANGELHO DE BOTEQUIM”


É moda após meia noite se ter uma enxurrada de pessoas se autodenominando de pastores, apóstolos, bispos nas redes sociais descaracterizando o verdadeiro Evangelho. É um tal de “decretar”, “exigir seus direitos”, “reivindicar” o que demonstra uma total ignorância da doutrina da graça. Consequentemente, do que seja o Evangelho.

O lema é “Sinto, logo existo”. Esses pseudos-evangélicos levam as pessoas a não pensarem, mas a sentir. Para esses falsários, as emoções valem mais que a razão. Para eles as emoções das pessoas lhe são as norteadoras de sua conduta. Eles conseguem tornar as pessoas animais que devem ter seus instintos saciados. Por isso, não param de dizer: “O Senhor está me falando", "O Senhor está me revelando", "Estou tendo agora uma visão”. São expressões para legitimar as coisas mais esdrúxulas.

O “evangelho de botequim” derrubou a parede entre a feitiçaria e o verdadeiro Evangelho. Tem copo com água “orada” que se bebida desaparece todas as mazelas. Tem toalha “ungida” que chupa as doenças. Tem oração sobre carteira de dinheiro e sobre cartão de crédito para trazer a “bênção” da prosperidade. Tem repreensão de "maldição" sobre carros e eletrodomésticos para que não apresente mais defeitos. “Unção” sobre as paredes dos apartamentos para expulsar os demônios que lá estão alojados. Correntes de oração onde se leva uma foto da pessoa para ungi-la e ela deixar o vício.

Lamentavelmente, as redes sociais tem sido palco de gente ligada ao deus mamon. Surpreende-me o ibope dado a esses réprobos que vivem de fazer pirotecnia nas redes sociais em nome do deus das riquezas. Choca-me ao vê-los ovacionados pelos seus vômitos heréticos. Fico impressionado ao ver as carinhas de satisfação do povo pelas apostasias desses líderes. Revolta-me ao ver suas declarações calcadas na subjetividade e não em verdades bíblicas. “A Bíblia diz” cedeu lugar ao “Deus me revelou”. A fé virou catarse. Tudo pelo o “sentir” e o “revelar”. Nada pela razão. Nada pelo cognitivo.

Minhas palavras expressam o que vejo: desinteresse com as Escrituras. Os evangélicos brasileiros não querem santidade de vida, querem oba-oba. Querem reza evangélica. Querem oração supersticiosa.

Cuidado com o “evangelho de botequim”. Ele é evento. É show. É business. Tem postura manipuladora. Tem linguagem de botequim. Xexelenta. É sensacional e fantasioso. Mas, não tem conteúdo teológico. A cognoscibilidade nos fará bem. Os sentidos não são mais elevados que a razão.

A proliferação e o carisma desses líderes devem nos levar a reflexões. Se acatarmos e vivermos na sensação perderemos o discernimento.

Tenho dito,
Ir. Marcos Pinheiro

sábado, 9 de dezembro de 2017

CANTATA: UMA CONTRADIÇÃO

                                     CANTATA: UMA CONTRADIÇÃO

Lamentavelmente, o “louvor” estético tem invadido as igrejas evangélicas. As bases do louvor são sentimentais. A meta é sacolejar os sentimentos. É comum na época do Natal as igrejas apresentarem Cantatas. Pastores não percebem que acoplado à Cantata está o arrependimento light, a profissão de fé superficial e enganosa.

Em nenhuma parte do Antigo Testamento nos deparamos com situações onde os levitas cantavam e faziam apresentações para o povo. O povo louvava ao Senhor juntamente com os levitas. O louvor era responsabilidade de toda a assembleia dos santos e não de uma pessoa ou um grupo.

Também não há registro no Novo Testamento nem na história da igreja de um clero ou uma classe dirigindo o louvor. Não há um levitismo. A participação era geral e não de grupos. O texto de Efésios 5.18-19 deve ser entendido num contexto de adoração. O texto deixa claro que havia mutualidade no louvor, com participação de todos os crentes. As alusões permitem entender um compartilhamento, não um domínio. Um repartir, não o sobressair. Não encontramos estrelismo. Não encontramos exibicionismo humano.

As cantatas esvaziam a mensagem real do Evangelho. Funcionam como alimento emocional, despertando no espectador, experiências estéticas. Nas cantatas prevalece a arte. A ênfase nas Cantatas é o estilo, a pompa e o caráter ornamental, o que repassa uma mensagem vaporável. Elas apenas incitam sentimentos de simpatia pelo evangelho.

Alguns dizem: “A cantata é válida porque é intercalada por palavras bíblicas, fala-se do nascimento de Cristo, da manjedoura, dos pastores de Belém”. Sim, mas há impacto dramático que conduz a atenção do espectador acima do entendimento espiritual. Algumas pessoas ao assisti-las choram e são impressionados visualmente por 40 minutos, mas é a nível emocional. Por isso, não tem efeito salvífico.

A mensagem passada pelas Cantatas é adornada. É teatral. Não é declarativa, nem salvadora, pois é carregada de recheios purpúreos. A adoração deve ser entendida como expressão de um relacionamento com o Divino, e não como recitação de fórmulas estereotipadas. As cantatas supervalorizam os sentimentos por isso dá-se espaço para jogos de luzes, fumaça, gestual e encenação.

Nota-se, por parte das pessoas que participam de cantata, uma preocupação com a performance estética: “Ensaiamos a Cantata 3 meses antes do Natal, pois Deus merece o melhor”. Que paradoxo! Os reformadores removeram as habilidades artísticas como expressão de louvor. Jogaram fora todo o teatrismo existente no louvor. Enganam-se aqueles que pensam que os instrumentos e o tipo de voz enriquecem a adoração. Enganam-se aqueles que veem a adoração como um espetáculo.

A oferta de Caim foi rejeitada porque representava a sua própria técnica e habilidade. Quando demonstramos nossas habilidades diante de Deus, como ato de louvor, estamos no mesmo nível de Caim.

É o que tenho a dizer,
Ir. Marcos Pinheiro

sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

MEGA-TEMPLO: UM PARADOXO

                                          MEGA-TEMPLO: UM PARADOXO


A moda é investir milhões na construção de luxuosos e grandes templos. Granitos, porcelanatos, vitrais, mármores e madeiras importadas, tapetes Persa, cortinas e poltronas caríssimas. Impressiona-me o descaramento de pastores lançando as “campanhas” de arrecadação de dinheiro para a famigerada construção. A lavagem cerebral e a pressão sobre o rebanho é tremenda. O crente que não se envolver na contribuição das ofertas ficará fora da “bênção de Deus”. E, se criticar corre o risco de ser punido por Deus.

Os pastores construtores de mega-templos incentivam a membresia a fazer votos a Deus. Ou seja, a relação com Deus passa a ser uma relação comercial. Uma relação ganha-ganha. Deus ganha pela construção faraônica do templo e o crente ganha pela "bênção recebida" devido ao voto feito. Tudo que merecemos é sem merecimento. É graça. É dádiva. Por isso, o voto não é aplicável na vida cristã. A prática do voto é a judaização do Evangelho e a catolização do protestantismo.

Templos para cinco mil pessoas nem pensar. O negócio é de dez mil para cima. “O templo da minha igreja é 5 estrelas, há lugar Vip para pregadores e cantores convidados”, disse certo pastor. Quanta vaidade! Qual foi o lugar Vip de Jesus? Uma manjedoura. O filho do Homem não tinha onde reclinar a cabeça.

Hoje, o conceito de igreja está vinculado à construção de templos monumentais. Para justificar tal construção pastores citam o templo que Salomão construiu. É preciso entender que no Antigo Testamento Deus glorificava a si mesmo abençoando a nação de Israel para que as nações vissem sua grandeza e viessem a ela. Por isso que Salomão construiu o templo do Senhor esplendoroso. Quando a rainha de Sabá representando as nações gentias visitou o templo reconheceu que o Senhor estava com Israel e amava Israel.

A palavra templo no Novo Testamento nunca foi usada referindo-se a uma construção. “Templo”, também, não é santuário. O lugar onde a igreja se reúne para cultuar a Deus não é santuário. Chamá-lo de santuário é judaizar o cristianismo. “Santuário” é gente. São pessoas remidas. Local de cultos é o lugar onde o verdadeiro santuário de Deus, os servos, se reúne. Nós é que somos a casa de Deus (Hb 3.6). Deus não habita em construções (At 17.24), mas em homens e mulheres. Igreja é gente que conheceu a graça de Deus, creu Nele, comprometeu-se com Ele e espera Nele. Igreja transcende épocas, lugares, culturas e templos.

Nesses mega-templos o espaço físico tem a aparência de um “night club”. O culto é um programa de auditório. Aplausos para aqui, aplausos para acolá entrelaçados com os gritos moleque do pastor. Entre um louvor e outro vêm o marketing da igreja. Antes da coleta dos dízimos e ofertas vem o “sermãozinho persuasivo” e o humorismo do pastor.

Os corinhos são de música pobre e de teologia capenga. Os hinos da Harpa são entoados no ritmo de rock, funk, samba e forró. A imaginação é fértil, mas antibíblica. O mais esdrúxulo é que o auditório “louva” com cara de quem sente dor de dente, apertam os olhos com ar sofrido, e se requebram.

Ir. Marcos Pinheiro

sexta-feira, 24 de novembro de 2017

CABELO EM LUGAR DO VÉU

                                               CABELO EM LUGAR DO VÉU

“Mas ter a mulher cabelo crescido lhe é honroso, porque o cabelo lhe foi dado em lugar do véu” (I Co 11:15)

Paulo, no capítulo 11 de I Coríntios trata de dois assuntos importantes em doutrinamento à igreja de Corinto: o uso do véu e o cabelo crescido. O véu era usado pelas mulheres orientais e gregas como sinal de pudor e submissão aos seus maridos. A mulher se apresentava nos templos e andava nas ruas veladas como sinal de pudor e submissão ao esposo.

Quando a mulher prevaricava levando uma vida libertina ela tirava o véu numa indicação pública de que era mulher livre, sem compromisso marital. Portanto, as mulheres devassas não usavam o véu. Com o passar do tempo, a moda foi pegando e contagiando a sociedade da época. Diante disso, o repúdio à prática do uso do véu, era uma evidente atitude de insubmissão e tornou-se peculiar às prostitutas.

Algumas mulheres de Corinto aderiram ao movimento da época e passaram a frequentar a igreja sem usar o véu. Essa postura de não usar véu iria comprometer a decência do Evangelho e causar transtornos na igreja e nos lares, pois o desuso do véu era peculiar às prostitutas. Paulo, então, ordena que as mulheres usem o véu no recinto da igreja: “Mas toda a mulher que ora ou profetiza com a cabeça descoberta desonra a sua própria cabeça, porque é como se estivesse rapada” (I Co 11:5).

De acordo com as normas estabelecidas pelo apóstolo Paulo, as mulheres de Corinto não podiam abdicar do véu nos atos de culto. Hoje, a recomendação apostólica não faz sentido em nossas igrejas, visto que a sociedade não exige que a mulher ocidental ande velada em sinal de pudor e submissão ao marido. A ausência de uma exigência anula a razão de ser da outra. Mesmo porque, no final da sua exortação Paulo afirma que o cabelo foi dado à mulher em lugar do véu (I Co 11: 15).

O véu foi criado pelo homem, e o cabelo da mulher, em forma de véu, é criação divina. A invenção do homem foi abolida pelo próprio homem. Mas, a criação de Deus ainda permanece, em forma de véu, que é o cabelo crescido. Portanto, a mulher não precisa estar velada nos atos de culto em sua igreja. Porém, passará a usar o véu permanente, ou seja, o cabelo que Deus lhe deu porque este lhe foi dado em lugar do véu. Quando Deus criou a mulher dotou-a de um véu natural, o seu cabelo.

Em I Cor 11:5, Paulo declara que é desonra para mulher ter a cabeça tosquiada. Mas, ter a mulher cabelo crescido lhe é uma glória (v15). Portanto, Paulo não deixa dúvidas quanto a doutrinação a favor da conservação do cabelo crescido. O véu artificial forjado pelo homem e introduzido na igreja de Corinto numa circunstância especial desapareceu. Contudo, o véu criado por Deus lá no Éden, permanece como adorno natural.

Ir. Marcos Pinheiro

sábado, 18 de novembro de 2017

MULHERES VESTINDO-SE COMO HOMEM E HOMEM VESTINDO-SE COMO MULHERES




MULHERES VESTINDO-SE COMO HOMEM E HOMEM VESTINDO-SE COMO MULHERES


Há uma tendência maligna de alterar as leis criadas por Deus. Satanás sempre mistura as coisas que Deus separou. Deus proíbe o uso indiscriminado de vestes masculinas e femininas. Além de ser transgressão de Sua Palavra, é prática abominável diante de seus olhos, conforme Ele o diz: “A mulher não usará roupa de homem, nem o homem, veste peculiar à mulher; porque qualquer que faz tais coisas é abominável ao Senhor” (Dt 22:5). De acordo com a Bíblia, homem é homem e mulher é mulher. Nunca foi intenção de Deus tornar os sexos confundíveis.
     
A palavra “peculiar” quer dizer “atributo particular de uma pessoa”, ou seja, “própria de uma pessoa”. Portanto, o homem deve usar roupa de maneira a distingui-lo por sua masculinidade. E, a mulher deve usar roupa de modo a distingui-la pela sua feminilidade.  A desobediência à ordem expressa em Deuteronômio é classificada como “abominação”. A palavra “abominação” significa “totalmente repugnante”. Aquele ou aquela que não zela pela distinção dos sexos através da vestimenta não somente pratica abominação, mas a própria pessoa é abominável perante Deus, pois está degradando a identidade dada por Deus.

Os defensores do uso indiferente de vestimentas para homem e mulher alegam que o versículo 5 de Deuteronômio 22 trata-se de outra dispensação, pois é uma lei cerimonial e, portanto, não pode ser aplicado ao uso de vestimenta distinta entre homem e mulher.

Deuteronômio 22:5 tem natureza moral por causa da palavra “abominação”. Atos como bestialidade, incesto, homossexualidade, idolatria são chamados na Bíblia como “abominação”. Portanto, os homens e as mulheres que se vestem com roupa que pertence ao sexo oposto estão agredindo a ordem da criação:  “Macho e fêmea os criou”. Desse modo, a indistinção de vestes é abominação ao Senhor.

Os versículos de 1 a 4 de Deuteronômio 22 tratam da caridade para com o próximo e da ajuda mútua, trazendo-nos lições contra o egoísmo e a preguiça. Nos versículos 6 e 7 Deus estabeleceu um princípio: respeitar a idéia de família entre os animais. Qual a finalidade? Encorajar o prolongamento dos dias na terra e nos estimular a fortalecer o sentimento e os laços familiares. O versículo 8 mostra o esmero que se deve ter nas construções de uma casa a fim de evitar acidentes. NO versículo 9 Deus dá instruções ao homem do campo a fim de que a terra não perca suas qualidades. O versículo 10 traz um preceito em relação ao prejuízo que acontece quando o agricultor utiliza-se de jugo desigual para lavrar a terra. Nos versos 11 e 12 Deus orienta as costureiras sobre a durabilidade de suas costuras a fim de que não se rompam facilmente. Os versículos de 1 a 4 e de 6 a 12 são leis cerimoniais. São mandamentos utilitários relativos à primeira dispensação. O v5, porém, não foi estabelecido com um fim utilitário como os demais. Sua natureza e conotação é moral.

Alguns dizem: “A Bíblia considerava abominação comer certos animais, o que não vale mais no Novo Testamento, portanto, a palavra “abominação” não é prova que uma coisa é má em si mesma”. Ora, A Bíblia não diz que o animal imundo é abominação para Deus, pois foi Deus quem o criou. Mas, que deveria ser considerado abominação para o judeu (Lv 11:11, 12, 23). Portanto, o v5 não se trata de legalismo e nem de não poder aplicá-lo para hoje. Trata-se de um mandamento moral e, um mandamento moral vale para todas as épocas. Se um mandamento moral só vale para determinada época estamos relativizando o pecado.

Calvino disse: “Se a piedade tem de ser provada pelas obras, a verbalização de ser crente também precisa ser visível em vestes apropriadas”.
      
Ir. Marcos Pinheiro

sexta-feira, 10 de novembro de 2017

NARCISISMO E TRIUNFALISMO NOS CÂNTICOS

                                  NARCISISMO E TRIUNFALISMO NOS CÂNTICOS

Há uma abundância de cantores evangélicos que estão fomentando o narcisismo nas pessoas através de suas canções. A estima do "eu" está profundamente arraigada nas letras. Há uma música que repete 9 vezes o próprio “eu” – “Remove a MINHA pedra, ME chama pelo nome, ...MINHA estória, ... MEUS sonhos, ... MINHA vida, ...ME faz..., ME toca..., ME chama..., ressuscita-ME. Tudo é centrado no “eu”, no “me”.

Outra música é uma verdadeira mantra hinduísta – “Me ama, Ele me ama, Ele me ama, Ele me ama, me ama, Ele me ama, Ele me ama, Ele me ama”. Proclama ainda uma aberração antibíbica – “Então, de repente não vejo mais minhas aflições eu vejo a glória”. A glória de Deus só veremos no céu. Moisés quis ver a glória de Deus e Deus lhe disse: “Não me poderás ver a face, porquanto homem nenhum verá a minha face e viverá”. Como se não bastasse há erotismo na música – “O céu se une à terra como um beijo apaixonado”.

Outra música tem sabor triunfalista – “Se diante de mim, não se abrir o mar, Deus vai me fazer andar por sobre as águas”. Quando estivermos diante de uma barreira humanamente intransponível, o Senhor nem sempre livrará nosso corpo de perecer. Os primeiros cristãos eram atirados aos leões e Deus não livrou seus corpos. Mesmo assim, enquanto seus corpos eram devorados pelos leões, eles cantavam hinos de louvores a Deus.

Muitas vezes o perecimento do corpo serve como testemunho de conversão genuína. Deus não livrou Estevam de pedradas em seu corpo. Mas, o seu testemunho encantou o mundo da época, e ainda encanta hoje. Paulo, Pedro e os apóstolos tiveram seus corpos trucidados. Mas, isso serviu para demonstrar a real fé que tinham. Então, se diante de nós, aparecer o “mar vermelho”, não implica necessariamente que andaremos sobre as águas. Podemos perecer cantando hinos de louvores a Deus que servirá de testemunho de uma fé real.

Outra catástrofe teológica - “Rompendo em fé com ousadia vou mover no sobrenatural”. Humanismo triunfalista! Não encontramos na Bíblia uma passagem sequer que mostre alguém movendo o sobrenatural e muito menos com ousadia. Todos os exemplos sobrenaturais ocorridos nas Escrituras houve sempre a orientação direta de Deus. Aqueles que pensam poder por si mesmo mover o sobrenatural com suas “determinações” e “decretos” diminuem Deus e o faz um fantoche.

Outra bobagem diz – “Não morrerei enquanto a promessa não se cumprir, quem tem promessa de Deus não morre não”. Claro que morre! Essa música coloca o crente como um “Super-homem”. Mais uma vez temos o homem no centro e Deus na periferia. Essa frase fere Hebreus 11:13 e 39 que diz referindo-se aos heróis da fé: “Todos estes, tendo tido testemunho de fé, não alcançaram a promessa, morreram na fé sem terem recebido as promessas”.

Essa é uma verdadeira apologia ao narcisismo - “Tudo o que eu consigo é imaginar a riqueza que há dentro de você”. Isso contraria Mateus 15:19 que afirma que dentro do homem só tem perversidade. “Você é precioso, mais raro que o ouro de Ofir”. Paulo grita: “Somos nós mais excelentes? De maneira nenhuma” (Rm 3:9). A graça que nos alcançou não nos tornou raro. Somos servos inúteis (Lucas 17:10).

Calvino disse: “Cante as Escrituras”. Lutero disse: “A música é serva da teologia”.

Ir. Marcos Pinheiro

sexta-feira, 3 de novembro de 2017

HEREGES NÃO TÊM AUTORIDADE PARA COMBATER A IDEOLOGIA DE GÊNERO, PEDOFILIA, CASAMENTO GAY, ABORTO, LEGALIZAÇÃO DAS DROGAS.

HEREGES NÃO TÊM AUTORIDADE PARA COMBATER A IDEOLOGIA DE GÊNERO, PEDOFILIA, CASAMENTO GAY, ABORTO, LEGALIZAÇÃO DAS DROGAS.

Impressiona-me no momento a quantidade de hereges se levantando contra a ideologia de gênero. Abílio Santana, Marco Feliciano, Magno Malta, Silas Malafaia saem gritando nas redes sociais contra a ideologia de gênero. Encabeçam marcha contra o aborto, a pedofilia e a legalização das drogas. Mobilizam a “massa evangélica” contra a Rede Globo, Santander, Itaú, Boticário, Sabão Omo, pasta Close-up. Esses homens não se dão conta dos estragos que eles têm causado ao Evangelho da Graça. Esses líderes têm levado mais pessoas para o inferno do que todas as seitas juntas.

Esses réprobos são inimigos da cruz porque têm promovido a desescriturização dos fundamentos da igreja. Percebe-se nas orações desses homens a arrogância. Transformam Deus num fantoche que age de acordo com os seus comandos. A identificação com Cristo é trocada pela busca de sucesso e prosperidade material. A cruz é trocada pelo conforto pessoal. Esquecem esses falsários do Evangelho que a posição daqueles que nasceram de novo é de servo-submisso que não decreta para Deus, mas busca viver conforme a Sua Soberana Vontade.

Esses líderes estão bailando com o diabo do mesmo modo como estão os defensores da promiscuidade. O Evangelho só se tornará relevante quando deixar de ser uma farsa. Quando deixar de ser um meio para satisfazer os caprichos do homem. O instrumento mais útil a Satanás são os hereges. Aliás, são mais úteis que os propagadores da promiscuidade porque esses repudiam a Bíblia claramente e aqueles a adulteram para satisfazer seus desejos gananciosos.

“Assembleia de Deus vitória em Cristo” e “Catedral do Avivamento” são títulos de orgulho. Usam títulos que os enaltecem e para impressionar os incautos. O objetivo é por o foco neles. Queria vê esses homens colocarem como título de sua igreja: “Igreja dos pecadores salvos pela graça” ou “igreja dos indignos”. Queria vê-los pregarem sob o título “Como se tornar um nada”. Impossível!

O maior desejo do ímpio é a ganância. A ganância é o grande negócio da nossa sociedade. Os hereges são movidos à ganância. Usam o ofício de pastor em benefício do bolso. Acham-se os “preferidos” de Deus. Ensinam ao povo evangélico a exigirem seus direitos. Não merecemos nada. Tudo é bondade, fruto da graça de Deus. Deus é movido pela Sua graça. Não por nossos méritos.

Os que promovem o aborto, a promiscuidade, o casamento gay, a ideologia de gênero têm causado estragos à sociedade brasileira tal qual o evangelho adulterado pregado por esses homens à comunidade evangélica. A boca desses líderes é como sepulcro aberto (Rm 3:13). Suas palavras corroem como gangrena. São os Himeneus e os Filetos da atualidade. Portanto, zíper na boca.

É o que tenho a dizer
Ir. Marco Pinheiro

sábado, 28 de outubro de 2017

UNIR-SE AO INFERNO PARA COMBATER O INFERNO

    UNIR-SE AO INFERNO PARA COMBATER O INFERNO

O cenário evangélico moveu-se de seus fundamentos tradicionais. Durante séculos os servos de Deus prestaram um evidente testemunho: negaram-se aliar-se com aqueles que ensinavam "outro evangelho". A tradição evangélica é uma ousada história de lealdade à Verdade.

A Bíblia não ordena darmos as mãos com aqueles que ensinam falsas doutrinas. Pelo contrário, devemos nos desviar deles “Rogo-vos, irmãos, que noteis os que promovem escândalos contra a doutrina que aprendestes; desviai-vos deles” (Rm 16:17). Unidade fora da sã doutrina deve ser evitada mesmo para combater uma causa em prol da família.

Orando ao pai Jesus disse: “Santifica-os na verdade, a tua palavra é a verdade” (João 17:17). A unidade cristã de dá pela Palavra Santa e Imutável de Deus. A unidade não deve ser meramente espiritual, mas também bíblico-doutrinária. O tema “unidade na diversidade” para combater a corrupção, o aborto, a ideologia de gênero é estultice. A Bíblia enfatiza que ao invés de nos unirmos com os de outra fé devemos exorta-los com temor, longanimidade e doutrina (2 Tm 4:2).

O cristianismo verdadeiro não tolera a conjugação entre o certo e o errado, a verdade e a mentira, a luz e a escuridão. Não precisamos nos unir ao inferno para fazer uma frente única contra o Santander, Boticário, sabão Omo e a rede Globo. Deus não quer todo mundo de qualquer jeito. Deus quer o seu povo que foi comprado com o seu próprio sangue separado e santo. É lamentável vermos hoje pastores dispostos a apagar a linha distintiva entre os salvos e os não salvos, entre a verdade e o erro. Como podemos cooperar em uma frente única com aqueles que rejeitam a suficiência do Calvário?

Lamentavelmente, muitos pastores estão tão afastados da liderança do Espírito Santo que perderam o discernimento do que é luz e do que é escuridão. Estão seguindo a agenda luciferiana unindo-se com os gafanhotos que têm arruinado a Santa doutrina. Força tarefa com aqueles que têm Maria como Corredentora, com aqueles que promovem a justificação pelas obras e com aqueles que creem na reencarnação é querer juntar o céu com o inferno.

Afirmar que Jesus nunca se separou dos falsos doutrinadores de seus dias não é verdade. Ele o fez verbalmente, em quase todos os dias de seu ministério terreno. Jesus condenou, publicamente, muitos mestres de Israel, considerando-os cegos, hipócritas repletos de justiça própria e, ainda, chamando-os de raça de víboras. Não seja enganado pelo pluralismo! Não se una ao inferno!

Ir. Marcos Pinheiro

sexta-feira, 20 de outubro de 2017

EVANGÉLICOS E CATÓLICOS JUNTOS? JAMAIS!

                      EVANGÉLICOS E CATÓLICOS JUNTOS? JAMAIS!

O bispo Celso Antônio Marchior, pediu aos católicos que se unam aos evangélicos para derrotarem “o espírito diabólico” que está sendo espalhado pela Rede Globo contra a família e contra os cristãos. Lamentavelmente, a declaração desse bispo tem tido apoio do pastor Daniel Sales Acioli da Assembleia de Deus em Apucarana (PR) e do pastor Jecer Goes em Fortaleza (CE).

Durante a maior parte da história da igreja, os verdadeiros servos de Deus têm se mostrado zelosos em preservar as verdades fundamentais do Evangelho. A Palavra de Deus ensina que os crentes devem manter-se separados de qualquer forma de religião que contradiz as verdades fundamentais da fé cristã.

O diabo odeia o ensino bíblico de nos separarmos da falsa doutrina, porque ele é o pai da mentira. A ordem para sermos um povo separado encontra-se em 2 Coríntios 6.14-17: "Não vos ponhais em jugo desigual com os incrédulos; porquanto que sociedade pode haver entre a justiça e a iniquidade? Ou que comunhão, da luz com as trevas? Que harmonia, entre Cristo e o Maligno? Ou que união, do crente com o incrédulo?

O apóstolo nos ordenar a não estarmos, em ocasião alguma, em comunhão com ensinadores religiosos que negam a Palavra de Deus e asseveram falsa doutrina. Jamais devemos nos colocar em jugo desigual. Nunca devemos trabalhar unidos a falsos ensinadores em qualquer tipo de empreendimento. Quer seja contra o aborto. Quer seja contra a ideologia de gênero. Somos proibidos de nos assentarmos em comitês, compartilhar o mesmo púlpito ou servir em equipes pastorais juntamente com estes falsos ensinadores.

Em Romanos 16.17 Paulo refere-se a todos os falsos mestres, que levam as pessoas a não encontrarem a Verdade. Isto se aplica à Igreja Católica Romana, que apostatou da Verdade cristã há muitos séculos e adquiriu grandes proporções, ensinando exatamente o oposto das doutrinas da salvação apresentadas na Bíblia. A doutrina católica contradiz, de maneira explícita, a suficiência dos méritos de Cristo e a justificação somente pela fé.

Em I Coríntios 5.9-13, Paulo faz duas menções à idolatria, que era o principal compromisso religioso daquela época. O apóstolo ressalta que não existe qualquer comunhão entre nós e aquele que professa ser cristão, mas continua na prática da idolatria. Nem mesmo devemos tomar refeições com tal pessoa quando isto expressa aceitação e comunhão. O bispo no seu sermão termina com a seguinte oração: “Peçamos a nossa Senhora Aparecida que venha em nosso socorro, interceda por nós e nos ajude”. Como se unir?!

Aqueles que não se separam ajudam o diabo a realizar um de seus principais objetivos — levar o mundo a não mais ver uma distinta comunidade cristã que se mantém separada dos erros do catolicismo. Os evangélicos que não se separam transmitem ao mundo a ideia de que todas as igrejas chamadas "cristãs" são iguais. Aqueles que não se separam, encorajam os falsos ensinadores em sua infidelidade e pecado e, portanto, os fortalecem em sua obra. Aquele que não se separa torna-se cúmplice do prejuízo causado pelos falsos ensinadores. Sem dúvida, existe a culpa por associação.

A Bíblia nos fornece orientações tanto a respeito de com quem devemos ter comunhão quanto a respeito de com quem cooperar na obra de Deus. Deus não pretende que ajuntemos multidões com a ajuda de seus inimigos. Ele chama o seu povo santo a trabalhar independentemente de todos os falsos mestres e na dependência de seu infinito poder.

Em seu famoso sermão "Nenhum Comprometimento", Charles Spurgeon disse: "Para que não ridicularizasse meu testemunho, apartei-me daqueles que se desviaram da fé e mesmo daqueles que se associam com estes".

Tenho dito,
Ir. Marcos Pinheiro

sexta-feira, 13 de outubro de 2017

NUDEZ SANTIFICADA: PASTORES SAIAM DA LAMA PARA PODER COMBATER A LAMA

NUDEZ SANTIFICADA: PASTORES SAIAM DA LAMA PARA PODER COMBATER A LAMA


A Timóteo, sobre “os tempos difíceis”, Paulo fala de uma geração “indecente e irreverente”. Como não poderia deixar de acontecer, tal indecência adentrou no meio evangélico. A igreja moderna está encharcada de indecência. Um crente do primeiro século se envergonharia se entrasse nas igrejas evangélicas atuais. O estilo da Moda Moderna traria vergonha a qualquer servo do primeiro século.

Há pastores que protestam nas mídias contra a nudez e a falta de pudor. Protestam contra o desrespeito às crianças. Porém, quando estão no púlpito se calam diante da moda desvergonhada que impera em suas igrejas. Estão combatendo a lama, atolados nela.

Esses pastores gritam contra o indecoro. Reclamam das agressões imorais contra as crianças. No entanto, em suas igrejas vemos a mesma indecência. Eles se calam diante dos deuses da moda devassa. Levantam um clamor por santidade, mas em suas igrejas as vestimentas libidinosas não têm somente sobrevivido, mas florescem e estão sendo dignificadas como liberdade. Admitem a “nudez santificada” através de coreografias no culto a Deus. Aceitam o “strip-tease santificado” das coreografias.

Nas igrejas desses lamacentos, proliferam as roupas sensuais com pinturas “jezabelescas”, blusas decotadas e calças que defraudam expondo as barrigas “evangélicas” tatuadas e piercingadas. Indiferença total aos preceitos bíblicos que condenam o abominável mundanismo. Esses líderes permitem que os jovens conduzam o louvor levando a plateia a um gingado carnal promovido pelo rock. Criam na igreja uma atmosfera semelhante às casas noturnas. Cinicamente, levantam a bandeira contra a nudez! Que incoerência! Ao mesmo tempo em que protestam contra o indecoro anunciam um evangelho de caminho “asfaltado”.

Mergulhados no cinismo os pastores lamacentos não veem nada de errado na indecência de suas igrejas. Adão não viu nada de errado em comer a fruta. Caim não viu nada de errado ao oferecer cereais na adoração. Arão não viu nada errado com as pessoas dançando em torno de um bezerro de ouro. Nadabe e Abiú não viu nada demais trazer fogo estranho perante o Senhor. Uzá não achou nada de errado tocar na Arca de Deus. No entanto, cada uma delas foi uma ofensa grave para o Senhor e trouxe forte condenação sobre si mesmo.

Os pastores lamacentos contemplam o interminável desfile de sensualidade em suas igrejas e ficam calados. São cães que não latem. Talvez pensem que vestes idealizadas para erotizar várias partes do corpo não é tão ruim. Esquecem esses réprobos que a modéstia cristã não se revela na nudez pública. Esquecem que as ações falam mais alto do que palavras. Roupas coladas, minissaias, vestidos decotados na pele falam muito mais alto do que desejos no coração. As calças apertadas foram criadas por Calvin Klein, um estilista bissexual. Calças de malhas finas, coladas e justas foram desenhadas por Gianni Versace, um estilista homossexual.

O triste resultado é um rebanhão sem identificação com o Supremo Pastor. O rebanhão da cruz de isopor. Os pastores piedosos que mantêm suas afeições e atenções voltadas para as coisas que são do alto, não só protestam contra o indecoro, mas se recusam a se conformar com as modas sujas e rebeldes dentro de suas igrejas.

Tenho dito,
Ir. Marcos Pinheiro

sábado, 7 de outubro de 2017

SORTEIO NA IGREJA? ESSA NÃO!



                                SORTEIO NA IGREJA? ESSA NÃO!

Alguns pastores dizem que realizar sorteio na igreja não tem nada demais, pois Pedro usou sorteio para escolher o substituto de Judas Iscariotes.

Jesus ordenou que os discípulos não fizessem nada até a vinda do Espírito Santo. O Espírito Santo os direcionaria em tudo (Lucas 24:49). A Igreja não deveria agir antes da chagada do Espírito Santo. Pedro, porém, precipitou-se e resolveu escolher um novo apóstolo para substituir Judas Iscariotes. Pedro agiu antes de o Espírito Santo chegar. Ele usou a sorte baseando-se no Antigo Testamento em que Deus permitia em alguns casos o uso da sorte, fazendo expressar Sua vontade soberana.

Pedro era cheio de coisas judaicas, ele quis misturar a Lei, o uso da sorte no Antigo Testamento, e a Graça. Em Gálatas 2:14 Paulo repreende Pedro pelo fato dele ter obrigado aos gentios viverem como judeus. Isso deixa claro que Pedro era cheio de coisas judaicas, que o levou à precipitação, escolhendo o homem errado para apóstolo, Matias.

Todos os apóstolos foram escolhidos diretamente por Jesus Cristo: “Depois, subiu ao monte e chamou os que Ele mesmo quis e vieram para junto dele” (Mateus 3:13). Em Atos 1:2 diz que Jesus escolheu os apóstolos. Paulo foi o legítimo substituto de Judas, pois foi escolhido diretamente por Cristo (Gl 1:1).

Efésios 2:20 diz que os apóstolos são fundamentos da igreja. Se Matias foi o substituto de Judas e, portanto, fundamento da igreja, onde estão registrados os sinais de seu apostolado? Onde estão as epístolas de Matias? No entanto, temos quatorze epístolas paulinas no Novo Testamento. Em Efésios 3:3, Paulo se inclui como apóstolo que recebeu a revelação de Deus. Nota-se que após a eleição de Matias, não vemos mais o seu nome na Bíblia. O nome de Paulo marca o livro de Atos dos Apóstolos, bem como todo o Novo Testamento.

Atos 1:21 e 22 registra que Matias estava entre as testemunhas da ressurreição Jesus. Se Matias foi o substituto de Judas por que Jesus ao vê-lo, não o escolheu naquela ocasião? Verifica-se que, logo que Matias foi escolhido por sorte ele foi contado com os onze apóstolos, mas não diz que ele tenha se tornado um apóstolo: “E por voto comum, foi contado com os onze apóstolos” (Atos 1:26). Isto vem revelar o ato precipitado de Pedro usando a sorte para escolher o substituto de Judas. Em João 15:16 Jesus diz aos onze discípulos que os havia escolhido. Do mesmo modo, Jesus diz com relação a Paulo “este é para mim um vaso escolhido para levar o meu nome diante dos gentios” (At 9:15).

Aqueles que defendem Matias como o substituto de Judas alegam que uma oração foi realizada antes da sua escolha. Ora, a Bíblia ensina que o Senhor só atende as orações que são feitas de acordo com a sua vontade (I João 5:14). As Escrituras registram tanto os acertos como os erros dos seus servos. Portanto, a oração feita naquele momento estava desconforme com a vontade de Deus, pois o uso da sorte não é prática Neo-Testamentária.

Pedro misturou os princípios da Lei com os princípios da Graça na escolha de Matias quando utilizou a sorte. Fica evidente que o Senhor não direcionou aquela sorte usada por Pedro. Pedro seguindo sua impulsividade se precipitou. Com a vinda de Jesus ao mundo o que pertencia à Lei tornou-se antiquado (Hebreus 8:13). O autor de Hebreus se refere à Antiga Aliança dizendo que aquilo que pertencia a Lei, no caso, a sorte, já foi abolido pela Nova Aliança, pois o ministério de Jesus é mais excelente (Hebreus 8:6).

O uso de sorteio quer dentro da igreja ou fora dela é judaização do cristianismo. É abominação! Cuidado com os pastores judaizados!

Ir. Marcos Pinheiro