sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

IGREJAS COM ESTÔMAGOS SALIENTES E QUADRIS DE RINOCERONTE

IGREJAS COM ESTÔMAGOS SALIENTES E QUADRIS DE RINOCERONTES

Alguns têm afirmado que a igreja evangélica brasileira vai muito bem, pois está crescendo. Ela está flutuando sobre o mar do prestígio e do sucesso, dizem alguns pastores. Novas catedrais estão bombando por toda parte deste Brasil. Megas-igrejas são construídas em poucos meses. Líderes estão pulando de alegria e dizendo “estamos no melhor dos tempos”. Entretanto, um exame mais acurado das igrejas evangélicas brasileiras nos leva a pontos assustadores. A igreja evangélica brasileira está empobrecida, subnutrida, estropiada embora tenha estômago saliente e quadris de rinoceronte. As funções essenciais da igreja: o evangelismo bíblico, a instrução na Palavra, a adoração, a comunhão, a oração e o jejum foram à bancarrota. Grande parte da igreja evangélica brasileira encontra-se estropiada, porque está alicerçada nas sucatas que o mundo aprecia: cura interior das memórias negativas, poder do pensamento positivo, terapia de regressão ao passado, terapia gestalt, terapia primal, auto-perdão, auto-aceitação, auto-consideração, auto-estima, sessões de catarse, oração contemplativa, técnica de visualização e incubação, quebra de maldições hereditárias, psicoterapia, inteligência espiritual multifocal, neurolinguística, coreografias, teatros e por aí vai.

Igrejas fortes, consistentes, poderosas no poder que emana do Espírito Santo, são aquelas que oram e jejuam, e a autoridade que vem dos seus púlpitos advém da Bíblia. Somente da Bíblia. A igreja genuinamente bíblica é aquela que está despida dos trapos compostos da vazia filosofia humana e modismos do momento. A igreja verdadeiramente do Senhor Jesus Cristo é aquela que não destrói a cerca entre a verdade e a falsidade, trata Deus de modo relevante e é capaz de inspirar temor santo.

As igrejas com estômagos salientes e quadris de rinocerontes lutam para que gays, lésbicas, travestis, prostitutos e prostitutas possam se sentir confortáveis e tranqüilos com seu pecado e ao mesmo tempo professar uma fé evangélica. Os líderes dessas igrejas não sabem a distinção entra graça e licenciosidade. Para os líderes dessas igrejas tudo é gospel: fornicação gospel, adultério gospel, nudez gospel, balé gospel, propina gospel, cachaça gospel e por aí vai. Eles querem ser relevantes. Querem alcançar os de fora. Querem incluir os marginalizados, mas são tolerantes com o pecado, e a tolerância com o pecado é infidelidade a Deus. Jesus amava e gastava tempo com as prostitutas e homens promíscuos, porém sempre os convocava ao arrependimento não aprovando a sua maneira de viver.

Os ministros das igrejas com estômagos salientes e quadris de rinoceronte hesitam falar de punição eterna. Falar sobre condenação eterna é ser descortês para com os de fora, dizem eles. No entanto, não foi essa a abordagem de Jesus quando ele disse: “Não temais os que matam o corpo, mas não podem matar a alma, antes, temei aquele que pode fazer perecer no inferno tanto a alma como o corpo” (Mt 10:28). Precisamos da doutrina da punição eterna. Por repetidas vezes no Novo Testamento descobrimos que entender a justiça divina é essencial para nossa santificação. Crer no julgamento de Deus de fato nos ajuda a ser mais semelhantes a Jesus. Chamar as pessoas a viverem a vida de Jesus ao mesmo tempo em que se minimiza a morte dele como sacrifício substitutivo que desviou a ira do Pai sobre o homem é uma aberração. Em síntese, precisamos da doutrina da ira de Deus.

Os líderes da igreja estropiada ensinam que “Deus veio à terra, para morrer e para nos ajudar a perceber o grande potencial que existe dentro de nós”. O profeta Isaías fazendo referência aos absorventes menstruais das senhoras de sua época diz “Todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças como trapo de imundícia” (Is 64:6). Portanto, o nosso grande potencial é trapo de imundícia. Na realidade, os pastores das igrejas estropiadas perderam a noção correta de quem seja o homem. O homem é pecador, caído, perdido. Para os líderes estropiados o evangelho tem a finalidade de libertar as pessoas da baixa auto-estima e é um modo de realização pessoal, ou seja, um modo de receber os desejos do nosso coração. Isso é grave, pois é tentar fazer de Deus um escravo de nossos caprichos. De acordo com as Escrituras o evangelho é simplesmente as boas novas da morte e ressurreição de Jesus Cristo para realizar a redenção do homem. O evangelho lida com o problema do pecado e a necessidade de justificação. Na verdade, as igrejas com estômagos salientes e quadris de rinocerontes têm conduzido muitos a um pseudo-cristianismo, com aparência de espiritualidade, mas sem qualquer substância.

Precisamos passar por momentos de grande emoção e comunhão com Deus. Devemos chorar e nos maravilhar diante de Cristo sem perder a visão de que Ele é pleno, completo e soberano, e que Nele temos uma graça que nunca pode ser interrompida, uma paz que nunca pode ser destruída, um amor que nunca pode ser abatido, uma segurança que nunca pode ser malograda, um consolo que nunca pode ser reduzido, uma revelação que nunca pode ser aniquilada, uma esperança que nunca pode ser desapontada, e uma glória que nunca pode se empalidecida!

Que possamos ser marcados pela graça e pela verdade, por uma teologia forte, por um contentamento sem complacência, por uma disciplina espiritual. Nunca por uma excitação esbaforida. Minha oração é que o Senhor tenha misericórdia e cure os estômagos salientes e os quadris de rinocerontes das igrejas evangélicas brasileiras!

Ir. Marcos Pinheiro

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

MANTEIGUEIROS EVANGÉLICOS

MANTEIGUEIROS EVANGÉLICOS

O apóstolo Paulo ordenou de modo incansável que Timóteo ensinasse e pregasse, repreendesse e incentivasse, que se guardasse contra doutrinas falsas e que treinasse outros homens para que fizessem a mesma coisa (2 Tm 2:1-2, 4:1-2). Jesus veio para pregar (Lc 4:43), Paulo pregou (I Co 2:4), a igreja foi edificada sobre o fundamento da pregação apostólica (Ef 2:20) e Timóteo deveria pregar também. Infelizmente, estamos vivendo a época de muita tagarelice e desvios doutrinários. Líderes que ao invés de pregarem a sã doutrina misturam 10% de Bíblia com 90% de misticismo, vã filosofia e psicologia. Enfim, suas igrejas estão crescendo no tumulto da diversidade.

Os sermões de alguns líderes são manteigosos, ou seja, macios como a manteiga. A realidade do inferno, as exigências da obediência, a chamada ao arrependimento e a singularidade de Jesus Cristo não são abordados. Não fazem menção aos espinhos da fé, a santidade de Deus, o julgamento divino, a depravação do homem e a necessidade de um novo nascimento. Os manteigueiros “evangélicos” usam métodos reducionistas para “tornar-se crente”, ou seja, levantar a mão, ir à frente da plataforma da igreja, preencher uma ficha e repetir à semelhança de um papagaio a oração do pecador. Esses manteigueiros “evangélicos” são donos de megaigrejas e mostram-se excessivamente preocupados com os não crentes, porém não conseguem disfarçar a sua superficialidade voltada ao entretenimento nem seus interesses pelo “vil metal”. O assunto inferno para eles é considerado uma afronta para o ímpio. A ira divina é caracterizada como algo adequado a um sociopata. Os manteigueiros esquecem que Jesus não evitou falar sobre choro e ranger de dentes. O Messias adverte sobre o fogo eterno (Mat 25:41) e fala de um homem que morreu e foi para o Hades, onde estava sendo atormentado e sofrendo muito neste fogo (Lc 16: 23-24)

Os líderes amanteigados dizem: “A única coisa de que precisamos é Jesus e não de doutrina”. Essa afirmação é uma falácia, pois podemos falar de Jesus às pessoas todos os dias até que ele volte, mas, sem nenhum conteúdo doutrinário que preencha o que pensamos sobre Jesus, estaremos apenas pronunciando slogans, não proclamando um tipo de evangelho inteligível e salvador. Não há como não perceber a existência de um centro doutrinário na mensagem de Paulo. Paulo disse a Timóteo: “Guarda o bom depósito pelo Espírito Santo que habita em nós” (2 Tm 1: 14). A doutrina era o coração da mensagem salvadora pregada por Paulo. Vale salientar que o modo de vida dos primeiros cristãos não era baseado em um mero sentimento ou em um mero programa de trabalho, o modo de vida era alicerçado em uma mensagem doutrinária. Se Jesus morreu e ressuscitou por nossos pecados de acordo com as Escrituras, isso é doutrina. Portanto, não há evangelho sem ela.

Os pastores manteiguentos propagam um modernismo não doutrinário. Para eles tudo pode ser gospel: uísque gospel, motel gospel, novela gospel, bailada gospel, forró gospel e por aí vai. Eles crêem que em todo lugar onde você encontra paixão, amor, alegria e gargalhada, ali você encontra Deus. Neste contexto, o evangelho perdeu sua singularidade e não tem uma mensagem para dar ao mundo perdido. Eles falam de propagar o cristianismo sem defendê-lo, desse modo, o que estão propagando não é de modo algum o cristianismo. A razão deles não exigirem nenhuma defesa do cristianismo é simplesmente o fato de estarem completamente de acordo com a corrente dessa era. Ninguém se opõe a um cristianismo não doutrinário porque não há nada a que se opor. Na verdade, os pastores manteiguentos é uma patota que tem como objetivo minar a genuína fé na Palavra de Deus.

Os líderes manteigosos são responsáveis pela morte espiritual de muitas almas. São charlatões, pois ensinam que Deus é uma força que pode ser manipulada em benefício dos crentes. Nos púlpitos sempre usam os chavões antibíblicos: “Exija seus direitos”, “Você nasceu para vencer”, “Deus vai quebrar a costela da pobreza em sua vida”, “Deus vai te dar uma unção de nobreza”, “Oferte mil reais que Deus te dará de volta o triplo: mil reais em nome do Pai, mil em nome de Jesus e mil em nome do Espírito Santo”. Através dessas fraudulentas declarações, a conta bancária desses larápios é aumentada com a venda de seus livros e Bíblias heréticas. Os manteigueiros “evangélicos” adoram títulos eclesiásticos e fazem questão de serem chamados de doutores. Montados na sua arrogância e vaidade desfilam sua “autoridade eclesiástica” em paletós luxuosos, carrões e jatinhos.

Esses chamados “homens de Deus” optaram por um Deus terapêutico que aumenta a auto-estima. O Espírito Santo é um massageador de egos. Por isso, na visão deles, o esforço missionário não deve ser visto como uma empreitada para salvar as pessoas do inferno, mas apenas como um esforço para levá-las a amarem a si mesmas. Na verdade, a ênfase humanista que esses líderes dão ao amor-próprio e a auto-estima despreza o mandamento bíblico de “negar a si mesmo” que Jesus ordenou em Mateus 16:24. O conceito da autonegação é um tema que se estende através da Bíblia toda. Em nenhum lugar das Escrituras somos encorajados a ter auto-estima, autoconfiança ou fé em nós mesmos, mas somente, estima, confiança e fé em Deus.

É comum ouvirmos dos manteigueiros brasileiros a declaração: “Nunca a igreja evangélica brasileira esteve tão espiritual”. Só que espiritualidade com evangelho falso e pensamento amanteigado sendo ensinado como pensamento divino não existe. Espiritualidade com ensinamento morriscerulloguento, murdockguento, bennyhinnguento, malafaiaguento, jabesguento, gidaltiguento, valdomiroguento, macedoguento, soaresguento, valadãoguento, felicianoguento renêguento, estevamguento, rodovalhoguento, não existe. O evangelho é um chamado a uma vida de renúncia e de santidade!

Ir. Marcos Pinheiro

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

IGREJAS-CASAS-DE-CÂMBIO


                                        IGREJAS-CASAS-DE-CÂMBIO

Existe uma multidão de pessoas que foram seduzidas pelo evangelho falso pregado pelas igrejas-casas-de-câmbio. Essas igrejas têm conduzido o povo a negociar com Deus, ou seja, as pessoas propõem a Deus que lhes concedam uma bênção em troca de dinheiro. Em Colossenses 1: 16, 17 diz: “Nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, e ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele”. Portanto, Deus é o absoluto criador e mantenedor de todas as coisas. Deus não é comerciante nem vendedor de serviços. Ele não faz troca com ninguém.

Para os líderes das igrejas-casas-de-câmbio a fé é uma moeda de troca, Deus é mercenário e a igreja uma casa de câmbio. Isso significa controlar a bênção divina. É um insulto a Deus. É violar a doutrina da soberania divina. A mídia que enaltece o homossexualismo, a fornicação, o adultério e o ocultismo, é tão prejudicial ao corpo de Cristo quanto o evangelho pregado pelas igrejas-casas-de-câmbio.

Jesus previu os pregadores que iriam se envergonhar de Suas palavras, entregando, nas igrejas, um evangelho açucarado e mercantilista a fim de não espantar os ouvintes, visando arrebanhar mais almas para o seu rebanho de ovelhas estonteadas. O objetivo maior desses pregadores é ver a igreja-casa-de-câmbio cheia e os jovens se deleitando com as músicas bombadas de decibéis e letras heréticas que parecem mais convites de alcouce: “Quero te beijar, quero te abraçar, quero te tocar, estou apaixonado por ti Senhor”. Os hinos bíblicos foram substituídos pela música que provoca rebolados sensuais que não elevam as pessoas às alturas celestiais, mas as distancia do ardente desejo da volta do Senhor Jesus.

Os líderes das igrejas-casas-de-câmbio são contrários as regras, dizem eles: “O cristianismo não se caracteriza por lista do que se deve fazer ou não, ele gira em torno de relacionamentos”. Por causa dessa visão antibíblica, esses líderes são tolerantes com o erro, não mantêm limites morais definidos e Jesus não passa de um terapeuta ou um poeta sonhador. É necessário ressaltar que os relacionamentos são guardados e preservados por regras e disciplina espiritual, somente assim, passamos conhecer Jesus como o Filho do homem glorificado e Deus, o pai, como santo, justo, amoroso, sabedor de todas as coisas, todo-poderoso, eterno, independente, soberano e misericordioso.

As igrejas-casas-de-câmbio em vez de pregar o Evangelho puro e simples estão mais preocupadas com a ostentação, com a grandeza de seus templos faraônicos e com um bom lucro para o líder fazer “missões” com seu jatinho milionário. Na igreja-casa-de-câmbio, a doutrina é retalhada ao bel prazer de modo que não existe verdade absoluta, cada verdade tem vários significados. A separação do mundanismo é coisa do passado. O negócio é ser “moderno”, ou seja, tudo vale e vale tudo. O mais grave é que os líderes aprovam o “tudo vale” e o “vale tudo” para conservar o seu emprego, pois têm uma família para sustentar. Perderam o olhar aguçado da retidão moral. A santificação do rebanho é secundária, pois seguem o ensinamento dos nicolaítas. A presença Espírito Santo foi substituída pela cobiça e a santidade é tratada com repulsa. Mas, o Senhor Jesus esclarece: “Aquele que diz: eu conheço-o, e não guarda os seus mandamentos, é mentiroso, e nele não está a verdade” (I João 2:4).

Na verdade, as igrejas desses cambiadores do evangelho assemelham-se a uma cafeteria, onde se come o pãozinho fofo que se deseja, pois o cristianismo bíblico fundamentalista é antiquado para o presente século. A pregação sobre vida de renúncia, negação de si mesmo e caminho estreito é ignorada. Neste contexto, o novo nascimento é substituído por um relativismo emocional.  Esses falsários seguem a “doutrina da serpente”, pois é comum em suas igrejas o uso de roupas imodestas, tatuagens, piercings e coreografias que despertam a libido. O evangelho se tornou mórbido, raso e efeminado. Amam o que Jesus ama, mas não odeiam o que Jesus odeia. É o evangelho da fanfarra, Jezabeliano, hollywoodiano, Malafaiano, Valdomiroano, Macedoano, Terra-novano, Soaresano, Valadãoano, onde tudo é “blue”.

Os cambiadores das igrejas-casas-de-câmbio esquecem que o nosso Deus não é um Deus com quem se negocia. Deus é soberano, Senhor absoluto e livre, e dá graciosamente àqueles que confiam nEle. O mais grave é que esses cambiadores fazem um ritual mágico de barganha: chamam os desempregados à frente da plataforma da igreja, “ungem” as mãos de cada um e “profetizam” abundância sem medida. Para impressionar, arrogantemente proclamam: “Deus é tremendo” e decretam: “Deus te dará uma unção de nobreza”. Quanta enganação!

Os cambiadores das igrejas-casas-de-câmbio vão enfrentar o fogo da ira divina, pois suas mãos estão sujas do sangue das pessoas que ludibriam. Em breve, o Supremo Juiz despedaçará o status da igreja-casa-de-câmbio!

Ir. Marcos Pinheiro