quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

CULTO À LA DISNEY



CULTO À LA DISNEY

Quem há 30 anos teria imaginado um culto Disneylandiano, irreverente, trivializado, banal, degradado? Lamentavelmente, nos nossos dias, a cultura da igreja se tornou conformada com a cultura de um mundo carnal. A sensação triunfa sobre a reflexão. A cognição cedeu lugar aos sentidos. O que interessa não é o que se expressa verbalmente, mas o que se sente. A razão tem sido posta de lado em detrimento da sensação. O Deus que se revelou para ter sua mensagem compreendida pelos homens se tornou o Deus das sensações. Avalia-se o culto por quanto as pessoas se rebolaram, se sacolejaram, se mexeram, e não por quanto aprenderam sobre Deus. Nesse contexto, tome rock, rap, hip-hop, samba, jazz, blues, forró, fumaça de gelo seco, luzes piscantes, lasers estroboscópicos, ... Não há distinção entre a igreja e uma boate. A densidade teológica do culto foi substituída pela teatralidade gestual-sensual. A igreja copiou a cultura do mundo. Tudo à moda Disney!

Alguns pastores adotaram em suas igrejas o culto à la Disney porque acham que a igreja deve acompanhar a evolução tecnológica da sociedade. É por essa razão que a fé deixou de ser compreensão e passou a ser sensação e, o entendimento cedeu espaço ao sentido. As pessoas não crêem mais, apenas sentem. Por conseqüência, o rebanho ficou aleijado, a santidade atrofiada e o amor a Cristo deu lugar ao entretenimento e a auto-indulgência. O pastor à la Disney fala sobre santidade, fé e morte substitutiva de Cristo, mas o pecador ao observar a cultura carnal da igreja, ou seja, a maneira sensual de se vestir da membresia e os estilos de músicas desenvolvidas por pessoas ímpias para proclamar imoralidade, concluem: “Posso continuar a desfrutar dos aspectos pecaminosos do mundo e ainda assim Cristo me levará para o céu”

O culto à la Disney tem como foco atrair os incrédulos usando como isca o mundanismo. Só que é impossível expor a doutrina da salvação comprometida com o mundanismo. A acomodação do mundanismo com o Evangelho é biblicamente condenada e não advogada. O Senhor Jesus nunca ensinou que o Evangelho poderia ser recomendado através de mundanismo patente, muito menos por insinuações imorais e vulgares. Ao contrário, “Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai, que está nos céus” (Mt 5:16). Quando se usa o mundanismo como isca gera-se “crentes-moscas”; ora pousam no mel, ora pousam nas fezes. A redenção disneylandiana é uma falácia, pois não leva a sério a necessidade do caráter cristão. Os “crentes-moscas” gerados pelo culto à la Disney têm sentimentos frívolos que os fazem ignorar a gravidade da prática do pecado.

Os pastores disneylandianos dizem: “Precisamos culturalizar nossos cultos”. Na realidade esses pastores querem mundanizar o culto a Deus, amalgamando-o à cultura secular. Sinceramente, só quem quer ser cego que não enxerga a desgraça dessa frase disneylandiana. Eu não consigo imaginar um culto ao Deus Altíssimo com música balançante, instrumentos musicais erotizantes e coreografias sensuais chamando à atenção do público para os pulsantes quadris das animadoras. Na verdade, a expressão “culturalizar nossos cultos” deveria ser substituída por: “fornicação para a glória de Deus”. Culturalizar, mundanizar, o culto a Deus é estabelecer o “bacanal do bezerro de ouro”, é mesclar as designações cristãs com cerimônias pagãs, a fim de agradar as imaginações carnais dos homens. A Bíblia é taxativa: “A amizade do mundo é inimizade contra Deus. Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus” (Tg 4:4).

Em Números 25 é registrado uma triste situação em relação aos israelitas: as filhas dos moabitas conseguiram separar os israelitas do Senhor seduzindo-os ao culto sensual dos falsos deuses dos moabitas. A Bíblia diz categoricamente que Israel juntou-se a Baal-Peor. Iludidos pela batucada e danças, os israelitas romperam sua fidelidade a Deus. Semelhantemente, os pastores à la Disney conseguiram ludibriar, hipnotizar, enfeitiçar muitos crentes incautos levando-os a uma falsa concepção de Deus e a falsos conceitos sobre salvação e adoração. Dizem os líderes à la Disney: “Nosso culto é moderno, ativo, atual, encantador, global, bacana, inovador, fashion, show, lindo, chique”. Esquecem de acrescentar: blasfemo, banal, irreverente, trivializado, degradado, pobre, alienante, que diminui Jesus, esmaece a cruz e agrada a carne.

Que o Senhor nos ajude a resgatar o culto com conteúdo, com ensino, com Bíblia exposta, com cânticos com nexo, com Cristo e sua luz brilhando! Que Deus nos ajude a não ceder à força da pobreza litúrgica que nos avassala!

Tenho dito!

Ir. Marcos Pinheiro

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

A IGREJA DO MIMO



A IGREJA DO MIMO

“Nossa igreja mima a membresia”, disse um pastor.
A igreja do mimo é Inclusivista. Por mimar a membresia, nela pode tudo e cabem todos de qualquer jeito: roupa social, bermuda, boné, mini-saia, mini-blusa, camiseta cavada, chinelo de dedos, costa-nua, vestido transparente, piercings, tatuagens. À “imagem e semelhança” do príncipe deste mundo: cada um no seu estilo próprio, com o seu “charme evangélico”. “Nossa membresia é chique” pontua o pastor da igreja do mimo.

A igreja do mimo para mimar os seus adeptos pratica a “carnavalização gospel cultual”. O culto é agradável ao povão e moderno: desordenado, psicodélico, lúdico, diversificado e liberal. Pode tudo e cabem todos de modo que o templo é literalmente um clubão com direito a tudo que tem de mais escuso e anti-bíblico: rifas, bingos, gincanas, sorteios. Pasmem! Já tem até a loteca “evangélica”. Ora, o uso da sorte diz que você deve entregar a direção de sua vida ao acaso. Quando uma igreja recorre ao uso da sorte para resolver seu problema financeiro, ou para fazer alguma construção ou reforma é um sinal de que essa igreja perdeu a confiança no Deus supridor Jeová-Jiré. Deus cuida de Sua obra e quem deve prover os recursos são os crentes através de seus dízimos e ofertas. Não precisamos de bingos, rifas ou sorteios. A igreja do mimo ao se utilizar desses embaraços para arrecadar fundos está cultuando o “macaco sagrado”.

O grandioso prédio da igreja do mimo tem central de ar condicionado, som ideal, estacionamento muito bem sinalizado, berçário funcionando com babás especializadas, elevador panorâmico, recepcionistas em todas as portas dando informações e facilitando lugares. A platéia manipulada pelos “ministros de música” dança e recebe a “bênção” num ambiente altamente confortável e libertário. O ambiente, o programa, a pregação açucarada, o ofertório e o apelo propositadamente carregado de emocionalismo plástico são montados para produzir efeitos psicológicos previamente arquitetados. Tudo é feito para gerar um contentamento pessoal. O louvor é transformado em um programa e o desejo de se obter felicidade é maior do que o de obter santidade. A adoração é julgada como “agradável e maravilhosa” com base no grau de satisfação pessoal alcançada.

Os pastores da igreja que mima a sua membresia removeram de suas mensagens as partes vitais do Evangelho: o sangue de Jesus, a cruz, a necessidade de arrependimento, a necessidade de santidade, a culpa dos pecadores, os terrores do inferno e juízo final. A frase mimada dos líderes é: “Deus te ama e tem um plano maravilhoso para a sua vida”. Mas, a verdade bíblica que o pecador precisa ouvir é: “Você se tornou um inimigo de Deus, e no seu estado atual não há qualquer esperança de salvação, a não ser que se arrependa de seus pecados”. Por mais que isto soe impopular e não atraente, é a única realidade acerca de qualquer um que vive na prática do pecado. A igreja do mimo é a igreja do jeitinho, pois seus pastores se valem da dialética da malandragem. Tudo é relativizado: pode o legal e pode o ilegal.

A filosofia dos pastores da igreja do mimo é tornar o ambiente de culto atrativo para os incrédulos. Dizem eles: “Devemos descobrir o que as pessoas não-convertidas gostam e oferecer-lhes em nossos cultos”. Nesse contexto, vale tudo: forró, rap, funk, rock, jazz. O culto passa a ser uma ocasião de diversão, a congregação se torna um auditório e os dirigentes se tornam atores em um palco. É a filosofia da “geração do corpo sarado”, onde a idéia de vida saudável reside na agitação e em exercícios físicos. O culto só é bom quando a música preenche as necessidades físicas de rebolado. É a glorificação das coisas que ocorrem da cintura para baixo. É a “teologia da cintura para baixo”. Pasmem! Na igreja do mimo já se fala do “samba do teólogo doido” e do “arraiá gospel” com fogueira, tapioca, batata doce, baião de dois, bolo de milho, fogos e campeonato de quadrilha à semelhança das quermesses católicas.

Os pastores da igreja do mimo são contadores de estórias engraçadas, gaiatos e astros do púlpito que fazem dos ouvintes um fã clube que os defendem apesar de seus erros doutrinários. A mensagem dos pastores da igreja do mimo é festeira, teatral e manipuladora. Eles Não se prendem à sã doutrina porque querem derrubar celeiros para construir outros maiores. Eles sabem que se sacudir a igreja com a doutrina santa significa perder o prestígio e uma aposentadoria abastarda. Os líderes da igreja do mimo fizeram do Evangelho um negócio. Como disse o capelão do senado americano Richardson Halverson: “No início, a igreja era um grupo de homens e mulheres centrados no Cristo vivo. Então, a igreja chegou à Grécia e tornou-se uma filosofia. Depois, chegou até Roma e tornou-se uma instituição. Em seguida, à Europa, e tornou-se uma cultura. E finalmente, chegou à América, e tornou-se um negócio.

Que o Senhor nos livre do pluralismo pós-moderno e do evangelho tipo farinha de rosca mofada pregado pela igreja do mimo. Mesmo que nos rotulem de intolerante, fundamentalista, bitolado ou quadrado fiquemos firmes na defesa da sã doutrina!
Ir. Marcos Pinheiro

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

CARTA ABERTA AO PASTOR-BELSAZAR



                        CARTA ABERTA AO PASTOR-BELSAZAR

Pastor-Belsazar, você está sendo pesado na balança divina!
À Semelhança do festim profano de Belsazar você tem profanado as coisas do céu. Você vive alardeando que o culto de sua igreja é espetacular, fantástico, esplêndido, tremendo, lindo, chique, maravilhoso, inigualável. Num marketing sem precedente, você diz: “Na minha igreja tem berçário, estacionamento vertical, telões de LED, granito, vitrais, púlpito de vidro, castiçais de ouro, tapete Persa na passarela, poltronas massageadoras, sistema de som do último tipo. Como se não bastasse tanta gabolice, ainda diz: “Nosso santuário é o mais lindo do Nordeste e a nossa igreja ganha dos shoppings Rio-Mar, Iguatemi e Via Sul. Aliás, você comparou bem a sua igreja, ela não passa de um shopping.

A igreja, pastor-Belsazar, não pode perder seu caráter de origem divina. A igreja não é uma ONG religiosa para prestar os serviços que o povo deseja. A igreja não existe para abençoar o povo em seus pecados. Ela é o corpo de Cristo, incumbida de chamar os homens a aceitarem suas vidas com Deus. A igreja deve pregar o que João Batista pregou, o que Jesus pregou, o que a igreja primitiva pregou: Arrependam-se, reconciliem-se com Deus, mudem de vida ou perecerão no inferno! Lamentavelmente, para você a igreja não passa de uma agência que almeja vencer um concurso de popularidade.

O que mais me impressiona pastor-Belsazar é que com o seu carisma carnal você consegue puxar aplausos de seus bodes nanicos para as suas profanações. Com o seu poder midiático e suas arrecadações gordas, você encanta os incautos. Suas pregações sempre têm um pouco de show, um pouco de palhaçada e um pouco de auto-ajuda. O estilo Hollywoodiano de seus sermões atrai, porém empurra para a periferia os princípios bíblicos, inclusive o arrependimento. Por isso, o seu rebanhão está morrendo de inanição.

O culto de sua igreja é voltado para o estrelismo. Para manter o público, você sempre anuncia um cantor “figurão” que estará presente. Desse modo, o homem passa a ser o parâmetro do culto. O alvo do culto que deveria ser Deus é perdido. Nesse contexto, cria-se um sentimento de êxtase e não uma espiritualidade sadia. Quando Deus deixa de ser o centro, o culto torna-se um festim de Belsazar.

Pastor-Belsazar, você quer demonstrar para os seus ouvintes que é um defensor da sã doutrina. Mas, é preciso sair da lama para combater a lama. Você está enlameado até o pescoço. Você, pastor-Belsazar, está embriagado com os alaridos de Amaleque. Chegou às raias do ridículo afirmando publicamente que tem pedigree. Na verdade, pastor-Belsazar, você está revestido com as mesmas roupas da escuridão que o mundo veste.

Lamentavelmente, pastor-Belsazar, a sua identificação com o lixo musical do mundo que é próprio dos ímpios, dos cultuadores de demônios, é óbvia. Você abre o seu programa na rádio FM com um samba-gospel, usa gírias e até diz impropérios. Tudo é adaptado com o propósito de satisfazer as inclinações carnais dos ouvintes. Além disso, para impressionar os ouvintes há um marketing de sua oração no início do programa, uma gravação com voz reverberada diz: “Você vai ouvir agora, uma oração, uma oração com o pastor...”

Pastor-Belsazar você perdeu a consciência do sagrado. Você perdeu a paixão pela cruz. Você amalgamou a mensagem da cruz ao mundo a fim de tirar uma colheita abundante de adeptos. Eu disse “adeptos”, não disse “convertidos”, pois sua mensagem é tão rasa que não leva as pessoas à convicção de pecados. Não leva as pessoas a se compreenderem de que estão perdidas e necessitam de salvação. Pastor-Belsazar, você está tão comprometido com o secular que citou no seu programa de rádio o ímpio Sigmund Freud como um grande homem. Não entendo a sua afirmação, pois Freud era um ateu convicto, empedernido e se opunha veementemente ao sobrenatural, especialmente o sobrenatural ligado à Bíblia. Freud ensinou que as doutrinas cristãs são todas ilusões e o cristianismo é a neurose universal da humanidade. Foi esse um grande homem?

Pastor-Belsazar, você está inserido numa cultura de “babação”. Não querendo ser politicamente incorreto, você elogiou os hábitos franciscanos do novo papa. Você não percebeu que o papa ao dizer: “Não tenho ouro nem prata, mas o que tenho isto de dou”, ele não completou a frase: “Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno!” Ou seja, Jesus foi o grande ausente, e o seu Evangelho foi o grande ignorado. O papa não é referência para a igreja evangélica, até porque ele não falou em momento algum que não há salvação fora de Cristo e que o Evangelho é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê. Ademais, na revista “Veja” ele aparece beijando uma estatueta de Aparecida. Não o vi segurando a Bíblia. Não o vi reverenciando a Palavra de Deus. Ele falou de Maria, mas não falou de Jesus. Citou-o, mas não falou dele. Portanto, nem o papa Francisco nem o Francisco de Assis são modelos para a igreja evangélica.

Pastor-Belsazar, você está sendo pesado na balança divina e está em falta!

Tenho dito,

Ir. Marcos Pinheiro