segunda-feira, 30 de julho de 2012

PROFANAÇÃO DO SANTO EVANGELHO


                              PROFANAÇÃO DO SANTO EVANGELHO

Existe atualmente um evangelho que tem desenvolvido uma série de ensinos que suavizam as arestas e os ângulos mais profundos do verdadeiro Evangelho de Cristo. Tais ensinos são tão cômodos, fáceis, lhanos e populares que se adéquam perfeitamente àqueles que têm aversão ao mandamento de negar-se a si mesmo, e especialmente aos que adoram os prazeres carnais desta vida. O Senhor Jesus nos advertiu contra tais ensinos, posto que o Evangelho verdadeiro, haveria de ser, segundo Ele nos ensina, um caminho árduo e, sem dúvida, muito oposto à aceitação popular – “Porque estreita é a porta e apertado o caminho que leva à vida” (Mat 7:14).

Uma das mais suspeitosas qualidades deste evangelho profano de hoje é sua inconsistência bíblica. Ele ensina que os crentes serão salvos indiferentemente de como vivam. É uma salvação sem custos, ou seja, não faça nada e ganhe tudo. É o “evangelho bonachão”, é o “evangelho da boa vida”, é o “evangelho de bônus e brindes” é o evangelho largo, espaçoso, porém biblicamente condenatório, pois conduz à perdição de acordo com Mateus 7:13. O Evangelho de Cristo é o da cruz, do arrependimento, do nascer de novo, da renúncia. A Bíblia ensina, e também nos ensinaram Martinho Lutero e a Reforma, que somos salvos por Deus somente pela fé em Cristo. Porém, a fé bíblica demanda e produz uma mudança custosa e radical na vida do crente. Sua essência é uma entrega total a Cristo: “Quem não toma a sua cruz, e não segue após mim, não é digno de mim” (Mat 10:38). O gêmeo siamês desta verdade é o arrependimento: “Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento” (Mat 3:8).

O desenvolvimento do evangelho profano é o chamado evangelho das riquezas. Este evangelho ensina que, devido Deus amar a seus filhos, não é de Sua vontade que eles sejam pobres. Neste contexto, todos os crentes poderiam ser ricos, se tão somente pudessem crer que é assim que Deus quer, devendo, portanto, reivindicar suas promessas e decretar “vou enriquecer”. Na verdade, isto é confissão positiva oriunda das religiões pagãs. São os ocultistas que praticam o decretar, que é a repetição de confissões positivas para “criar” aquilo que é falado. Portanto, quem fica decretando está em pé de igualdade com os ocultistas. É também prática do evangelho profano promover shows, espetáculos e campanhas para escravizar as pessoas induzindo-as a fazerem “ofertas de sacrifícios” senão Deus não abençoa. A casa de Deus é transformada em casa de negócio onde se faz comercial de CDs e bugigangas judaizantes ceifando sem dó os bolsos da membresia.

É comum os profanadores do Santo Evangelho, levar o povo para os montes. Lá prometem ao povo “maravilhas” ocultistas, dão ordens ao Senhor, declaram, decretam, determinam, sopram nas pessoas, fazem lavagem cerebral e praticam atos de feitiçaria: oram por água, oram por fotografias, ungem objetos com “óleo consagrado”. Num ato de magia, os profanadores ungem as pessoas com óleo como se o óleo tivesse poder curador. De acordo com Tiago 5:14 e 15 o poder curador está na oração e não no óleo. O óleo não é mágico, óleo é óleo e não cura. Não há poder espiritual no óleo. Não podemos ver o óleo como sagrado; por si só, o óleo não opera milagres. O Senhor é quem cura em resposta à oração. Os profanadores são “cultuadores de óleo”. O profanador, antes de iniciar a sua pregação, unge a si próprio com óleo a fim de passar para o povo a idéia de que está se santificando. Ora, de acordo com a Bíblia quem nos santifica é somente o nosso Senhor e salvador Jesus Cristo. Portanto, quem usa óleo com a finalidade de santificar-se, estar negando o sacrifício de Jesus.

Os profanadores do Santo Evangelho dão boas vindas às músicas profanas na igreja do Senhor manchando-lhe as vestes. Os sambas, os axés, os funks, os raps, os blues, os jazz, os ritmos caipiras penetraram sorrateiramente no corpo de Cristo sufocando-lhe sua espiritualidade e soterrando uma a uma as glorificações que se faziam ouvir. Estes ritmos são esgotos de Satanás, são como papa azeda que ficou fora da geladeira, servindo apenas para ser jogada no lixo. É preciso uma tomada de posição em favor da despoluição das igrejas no terreno musical. O lugar das músicas profanas é nos palcos, nos auditórios seculares, nas boates e salões de bailes, mas nunca, nunca e nunca nos templos onde se devem ouvir límpidos cânticos espirituais e harmonias solenes e inspiradoras ao louvor de Deus, na beleza de Sua santidade. Não adianta dizer que não existe música profana. Só quem está com sua mente cauterizada não consegue distinguir o santo do profano.

Nossa oração é que haja pronunciamento, claro e firme, da parte de todos os crentes zelosos, frontalmente contrários a essas distorções maléficas e malignas. Estejamos engajados no padrão do Santo Evangelho, no modelo que o Espírito Santo ditou, e não no modelo dos profanadores.

Ir. Marcos Pinheiro

sexta-feira, 20 de julho de 2012

CUIDADO: PROFETAS PEÇONHENTOS


CUIDADO: PROFETAS PEÇONHENTOS

A igreja emergente tem fechado os olhos para o pecado. A nova geração de “filhos de Deus” tornou-se mais relaxada do que os ímpios. O Evangelho na boca de muitos líderes ficou tão devasso que eles já não têm coragem de condenar o divórcio, o aborto, o casamento gay, a fornicação, o ficar, as vestimentas indecorosas. O que fazem é encher as mentes dos incautos com todo tipo de embaraço travestido de pregação bíblica.

Profetas peçonhentos estão crescendo assustadoramente. O Espírito Santo está sendo blasfemado na história da igreja como jamais visto. Os peçonhentos profetas fazem da igreja um jardim zoológico onde o louvor a Deus é feito com berros, grunhidos, rugidos, latidos e transe hipnótico. Tudo regido ao som da música rock, funk, samba, forró e axé. No culto, Satanás é a figura central. A manipulação prevalece: “Repita comigo: satanás você é um derrotado”, “Repita comigo: demônios, Jesus é maior”. É de se admirar declarações deste naipe no culto. É obra do diabo colocar Jesus em outro lugar que não seja o primeiro. No intuito de anestesiar os ouvintes, os peçonhentos fazem “revelações bombásticas”, jogam o paletó sobre as pessoas, unge-as com “óleo consagrado” e sopram sobre elas provocando um frenesi coletivo. Na verdade, trata-se de outro Evangelho, de outro poder que não é o do alto é o poder de baixo.

O Evangelho pregado pelos profetas malévolos é triunfalista. Pregam curas, sinais e maravilha$. Ludibriam os ouvintes prometendo riquezas e sucesso. Basta os crentes sonhar os sonhos de Deus que andarão nas nuvens, sem aflições e sem dor. Seus sermões sempre são baseados em textos do Antigo Testamento porque no Novo Testamento não encontram apoio para as suas enganações e quinquilharias. Quase nunca esses enganadores falam de julgamento final, inferno, condenação eterna. Chamam o pecado de erro o qual é cometido por causa de algum problema psicológico. Esses peçonhentos se esqueceram que o Evangelho não é um chamado à felicidade nem à prosperidade. É um chamado para andar com Deus, tomando a cruz e renunciando o pecado.

Os peçonhentos profetas se aprazem em ver a igreja lotada de analfabetos bíblicos que não analisam e nem questionam o que eles pregam. A fim de não perder o salário gordo que recebem e manter suas mansões e jatinhos, esses falsários agradam a platéia com mensagens adocicadas. Ora, sermões que agradam os pecadores jamais os salvam e os santificam.

A igreja dos venenosos profetas é constituída como capitanias hereditárias. A igreja é da família, é uma herança financeira para os filhos. Sem bases neotestamentárias o malevolente profeta se declara apóstolo e à sua esposa ele impõe o título de bispa. Na verdade, esses réprobos estão intoxicados de vontades pessoais e só vêem a si mesmos. Para eles o ministério só quer dizer comida na mesa. Querem segurança somente para si e para os seus e estão mais interessados no que entra na mesa do que entra no coração das pessoas. São condescendentes com o indecoro, pois permitem a moçada desfilarem na igreja com suas mini-saias, costas nuas, blusas de mangas cavadas, shorts, calças expondo o “umbiguinho evangélico” e pinturas jezabelescas. Na doutrina que expõem não há repreensão nem correção, pois estão consumidos pelas coisas que lhes trazem conforto. São cheios de si e Cristo ocupa a periferia de suas vidas, se é que ocupa.

Estamos vivendo a proximidade dos tempos finais. Movimentos heréticos surgem diariamente. Portanto, é urgente que as palavras e os ensinos de Jesus estejam ativos em nossos corações. Ao servo Timóteo, a quem admoesta a defender a pureza do Evangelho, Paulo diz “Mas, o espírito expressamente diz que, nos últimos tempos, apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios (I Tm 4:1). E acrescenta: “Destes afasta-te” (II Tm 3:5). Fujamos das novidades e “grifes evangélica” de cada dia, fujamos das obras dos peçonhentos que “redescobrem” diariamente o Evangelho que nunca se viu em dois mil anos de cristianismo. Fiquemos, pois, na posição da Palavra de Deus contra todas as idéias dos que jazem em trevas! Meditemos no que Spurgeon disse de Bunyan: “Fure-o em qualquer parte; e você verá que seu sangue é bíblico, a própria essência da Bíblia flui dele, pois sua alma está cheia da Palavra de Deus”

Ir. Marcos Pinheiro

sexta-feira, 6 de julho de 2012

A IGREJA DOS TUXAUAS


                                   A IGREJA DOS TUXAUAS
O conceito de igreja tem sido descaracterizado e está muito confuso nos dias atuais. Muito do que temos como igreja não é igreja. É uma arapuca para extorquir dinheiro dos ingênuos. As pessoas são chamadas para campanhas de “bênçãos”: campanha da espada de Josué, campanha do cajado de Moisés, campanha do manto de Elias, campanha das muralhas de Jericó, campanha do sal grosso vindo do mar morto, campanha da água do rio Jordão, campanha do óleo trazido do Monte das Oliveiras e muitas outras quinquilharias judaizantes. De vez em quando vemos líderes lançando “A Conferência Profética” onde se recebe a “palavra profética”, “a unção profética”, “a bênção profética”, “o ministério profético”. O mais bizarro é que nessa “Conferência” é vendido um kit judaizante e assiste-se a “dança profética”, “o rodopiar profético gideõsito da última hora”, “o rastejar profético valadãoito” e o “sapateado profético felicianoito”. Esquecem os promotores dessa “Conferência” que o concílio que define a separação entre cristianismo e judaísmo se deu cerca do ano 48 depois de Cristo. É triste se ver hoje líderes de igrejas evangélicas resgatando práticas judaicas.
O que é notório na igreja descaracterizada é a prepotência do seu líder. Consideram-se “apóstolos ungidos” e detentor de uma comunhão especial com Deus que os outros não têm. Esses “apóstolos” têm uma capacidade incrível de manipular as pessoas. Trabalham com a pasteurização de seus seguidores, ou seja, levam todos a se adequar em seu modelo. Se alguém não se adéqua é taxado de carnal. Os obreiros passam a ser uma xerox deles. Imitam a voz, os trejeitos e reproduzem os mesmos chavões: “Está amarrado”, “Quem pode dizer amém”, “Olhe para seu irmão ao lado e diga o gigante está derrotado”, e por aí vai. Se o “apóstolo” usa barba, todos querem usar. Há aqueles que por constituição genética não têm pelos no rosto, mas chegam às raias do infantilismo orando pelo “milagre do pelo no rosto”. Se o “apóstolo”, digo melhor, o chefão, usa palitó branco no dia de ceia, seus obreiros também usam. Há uma verdadeira despersonalização das pessoas. Elas querem ser a imagem e semelhança do tuxaua.
No intuito de construir seu império o cacique da igreja descaracterizada declara-se “apóstolo”, “pai de uma multidão”, “pai das nações”. Biblicamente, o termo “apóstolo” tem o sentido de “enviado”, “missionário” (Atos 13:3, 4; 14:4). O termo tem sido usado pelos caciques no sentido de autoridade, mandachuva, chefão, tuxaua. Portanto, desconectado do significado bíblico. Esses líderes persistem em se auto-declarar “apóstolo”, pois se acham revestidos de uma “nova unção” e, na arbitrariedade própria de cacique, levam o rebanhão lhe obedecer às cegas.
A fim de obterem Ibope os tuxauas usando a linguagem verotestamentária nomeiam seus templos de “santuário do Espírito Santo” para dar a impressão de que Deus mora ali. Ora, o Grande Eu Sou não reside em prédios feitos por mãos de homens (Atos 17:24), nem em altares, nem em tribunas, nem em plataforma de igrejas. Essas coisas não são santas. Santas são as pessoas nascidas de novo. O santuário do Espírito são as pessoas convertidas (I Co 3:16) e não cimento, ferro, pedra, madeira, vidro e areia. Ainda na intenção de obter melhor audiência os tuxauas chamam suas igrejas de “hospital de milagres” e irracionalmente dizem: “Aqui o milagre é coisa natural”, “Pare de sofrer”. Ora, se o milagre é coisa natural, já não é milagre, além disso, o sofrer por causa da fé nos identifica com Cristo (I Pe 4:14).
A fome pelo sucesso financeiro é percebível entre esses morubixabas. Baseado erroneamente em 2 Coríntios 11:24, sem nenhum pejo, extrapolam dizendo: “Quem quiser ser abundantemente abençoado oferte 40% menos 1% de sua renda. Outros, de modo empresarial, decidiram que dízimos não serão mais recolhidos durante os cultos, mas devem ser depositados na conta bancária da igreja. Já existe entre os caciques aqueles que cultuam anjos, oram a Miguel, a Gabriel, a serafins e querubins.
Os caciques são autores da “teologia da popularização”, pois transformaram a igreja do Senhor Jesus em um parque de diversões com fast food “espiritual”: gincanas, teatros, shows de humor, balada de Jesus para os pré-adolescentes, baile romântico para os namorados, arraia de Jesus e quejando! A espiritualidade ficou fora de moda. A adoração não é mais um momento de encontro com Deus, confissão, consagração e revisão de valores. Tornou-se vulgar, pois passou a ser entretenimento. O arrependimento, o abandono de pecado a santificação não fazem parte da ordem do dia dos crentes. A verdade é que quando a igreja torna-se populista confunde-se com o mundo e perde a sua identidade.
Na igreja do “apóstolo” o culto é “desinibido”. Orientado pelo “apóstolo”, o chefão dos louvores induz as pessoas erguerem as mãos, fazerem gestos, dançarem e cantar “Chuta, chuta,chuta que é laço”, “Preste a atenção, se liga irmão, sacode, sacode code”, “Posso correr, posso pular porque com Jesus não posso parar, oi, oi, oi”, “Foi, foi, foi bloqueada, foi, foi, foi deletada, ihh Jesus te bloqueou hein!”. Tudo movido ao ion, ion, íon estridente das guitarras. Tudo é ambíguo e vago. A espiritualidade dos cânticos é tão medíocre que a igreja não passa de um grupo de pessoas travestida de cristã. O padrão de um cântico excelente é a apresentação de doutrinas. Um cântico excelente é aquele que tem a capacidade de esclarecer a verdade bíblica.
Enfim, um prédio lotado de pessoas que louvam, ofertam, dizimam e escutam sermões, pode estar abrigando pessoas bem distantes do conceito bíblico de igreja. A igreja não nasceu de um fenômeno antropológico. Não nasceu de uma filosofia comportamentalista. Ela é de origem divina, foi fundada e é edificada pelo Senhor Jesus Cristo! Que Deus tenha misericórdia dos tuxauas!
Ir. Marcos Pinheiro
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