quarta-feira, 17 de março de 2010

A BÍBLIA HORRIPILANTE



A BÍBLIA HORRIPILANTE

Durante séculos Satanás tentou aniquilar a Bíblia. O seu ataque contra a Palavra de Deus remonta o jardim do Éden. O primeiro pecado de Eva foi o de aceitar a suposta Palavra de Deus “modernizada” da boca do diabo. Séculos mais tarde, Satanás instigou a queima de Bíblias e, centenas de fogueiras não foram suficientes para exterminá-las. Como o diabo não mudou de idéia, ele fez nascer a versão mais pop, mais ao estilo das bancas de jornal: Bíblia na Linguagem de Hoje. Esta versão é infame, pois é a maior blasfêmia que já se verificou no meio do protestantismo. A Bíblia na Linguagem de Hoje representa o mais vil desvio da fé que se tem notícia na história dos evangélicos. Por isso, preferimos chamá-la de Bíblia na Linguagem Horripilante. É horripilante porque anula a doutrina da divindade de nosso Senhor Jesus Cristo, nega a morte vicária de Jesus, a perfeição de Deus, a realidade do inferno, a infalibilidade e inspiração verbal da Bíblia. É horripilante porque enxerta interpretações duvidosas, supre vocábulos teológicos como “arrependimento”, ”propiciação”, “redenção”, “reconciliação”, “sangue”. A Bíblia na Linguagem de Hoje, ou melhor, na Linguagem Horripilante, está repleta de expressões da Nova Era, doutrinas falsas, ocultismo e heresias. Os textos distorcidos dessa Bíblia, os cortes propositais e seus acréscimos fazem dela uma versão adulterada, perversa e de inspiração satânica. O Novo Testamento possui 5624 palavras diferentes sem contar as diferentes declinações, tempos verbais, modos e partículas. A Bíblia horripilante possui 4300 palavras. Portanto, é uma Bíblia desfigurada que se transformou numa colcha de retalhos de apostasia. O texto hebraico no qual essa Bíblia se fundamenta é profano. O Antigo Testamento é baseado na Bíblia hebraica de Rudolf Kittel. Este homem era um racionalista alemão, que não cria na inerrância das Escrituras. O texto grego no qual a Bíblia na Linguagem de Hoje se baseia foi preparado por Westcott e Hort que viveram no século 19. Esses homens criam na teoria da evolução de Charles Darwin. Eles prepararam seus textos em cima dos escritos provenientes da herética Alexandria no Egito, de onde surgiram as mais horripilantes doutrinas. Portanto, os textos dos nicolaítas Westcott e Hort são recheados de heresias e erros doutrinários. Vejamos algumas passagens horripilantes da Bíblia na Linguagem de Hoje. Em Mateus 1:25 a palavra “primogênito” foi omitida para reforçar a falsa doutrina católica de que Maria morreu virgem. Em Mateus 16:18 a palavra “igreja” está com “I” maiúsculo, uma clara referência à igreja papal, “igreja mãe”. Em João 1:14 a palavra “unigênito” foi substituída por “único” com o objetivo de enfraquecer a divindade de Jesus. A palavra “unigênito” elimina qualquer possibilidade de que Jesus tenha sido criado. A expressão “unigênito do pai” refere-se ao relacionamento exclusivo de Jesus com o pai desde a eternidade. Substituir “unigênito” por “único” é esvaziar a singularidade de Jesus. A expressão “filho único do pai” da Bíblia na Linguagem de Hoje é profana, pois Jesus não é o único filho de Deus visto que em João 1:12 diz que todos os que crêem em seu nome são filhos de Deus. O diabo odeia o sangue de Jesus porque o sangue tem valor expiatório e remidor. Tirar a palavra “sangue” significa remover a fonte da redenção de Deus. A Bíblia na Linguagem de Hoje removeu a palavra “sangue” em Romanos 3:25, Romanos 5:9, Efésios 1:7, Efésios 2:13, Colossenses 1:20, Hebreus 10:19, Hebreus 13:20, Apocalipse 1:5 e Apocalipse 5:9. A Bíblia na Linguagem de Hoje endossa a teoria da evolução. Em Gênesis 1:11 a expressão “segundo a sua espécie, cuja semente esteja nela sobre a terra” é omitida. O objetivo é enfraquecer a criação dos vegetais plenamente desenvolvidos, fato que aniquila com a teoria da evolução. Em Gênesis 1:7 a palavra “expansão” que aparece três vezes no versículo foi removida. O propósito é debilitar a direta ação de Deus ao criar a atmosfera, o espaço sideral. A palavra “expansão” refere-se ao firmamento, à atmosfera, portanto, removê-la é fortalecer a teoria de que o firmamento surgiu de uma explosão casual. Em Gênesis 1:2 a conjunção aditiva “e” no início do versículo foi retirada. A finalidade é enfraquecer a ação seqüencial dos atos de Deus apoiando assim, a herética teoria do intervalo entre o versículo 1 e o versículo 2. A teoria do intervalo diz que após a criação feita no versículo 1, ocorreram as eras geológicas de milhões de anos surgindo uma raça pré-adâmica onde reinou a morte por causa da queda de Satanás, terminando todo esse delírio com um dilúvio, o chamado dilúvio de Lúcifer. Isso é fábula. Afirmar que a morte veio antes de Adão é ficção, é apostasia. Em Romanos 5:12 diz que por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte. A conjunção “e” foi retirada para passar a idéia de que Deus criou os céus e a terra e passou milhões de anos para criar a luz e as demais coisas. Os evolucionistas se aproveitam dessa teoria do intervalo para dizer que a terra tem milhões de anos. Na contagem bíblica a terra tem 6000 anos. Em Levítico 10:9 encontramos uma aberração horripilante, a palavra “bebida forte” foi substituída por “cerveja”. Nunca imaginei que cerveja fosse tão antiga. A Bíblia na Linguagem de Hoje incentiva a chamada “bebida social”. Nela está escrito “Quem bebe demais fica barulhento e caçoa dos outros; o escravo da bebida nunca será sábio” (Provérbios 20:1). Aqui cabe uma pergunta: E quem bebe de menos como fica? Na realidade um pré-adolescente lendo esse versículo concluirá que a pessoa pode beber, mas não demais, ou seja, beber socialmente não é pecado. A morte dos santos de Deus é preciosa à sua vista. Mas, na Bíblia na Linguagem de Hoje, o Deus eterno fica triste, sente pesar quando morre alguém do seu povo. Eis a aberração “O Senhor Deus sente pesar quando vê morrerem os que são fiéis a ele” (Salmos 116:15). A fim de fortalecer a heresia de que o dilúvio foi local em Mateus 24:38 a palavra “arca” (Kibotos, no grego) foi trocada por “barca”. Em Jó 19:25 em lugar da palavra “redentor” colocaram a palavra “defensor”. A palavra hebraica é “go’ali” que quer dizer “meu redentor” e nunca “meu defensor”. Por que mudaram? Só o Senhor sabe! Em Gálatas 3:1 a Bíblia na Linguagem de Hoje diz: “Ó gálatas sem juízo! Quem foi que enfeitiçou vocês?” A de se concluir que o apóstolo Paulo acreditava em feitiços. A palavra “propiciação” que aparece em I João 2:2 e em I João 4:10 foi malignamente retirada. Em Tiago 4:4 trocaram a expressão “adúlteros e adúlteras” por “gente infiel”, ou seja, foi tirado a especificidade do pecado. A expressão “homens santos” foi trocada pela expressão “as pessoas” em 2 Pedro 1:21. Em I Timóteo 3:16 a expressão “o mistério da piedade” foi trocado por “ verdade revelada da nossa religião”. Que religião está por detrás da Bíblia na Linguagem de Hoje? Em Romanos 1:29 com o objetivo de não ofender as pessoas omitiram a palavra “prostituição” sustentando desse modo a linguagem macia. Em Mateus 9:13 furtaram a palavra fundamental para a conversão a Cristo “arrependimento”. Em Marcos 8:24 omitiram a expressão “tome a sua cruz”. Amaciar a consciência do pecador é uma blasfêmia contra Deus. O preocupante é que muitas denominações determinaram que a Bíblia na Linguagem de Hoje deve ser usada para ensinar nossas crianças e pré-adolescentes. A verdade é que essa Bíblia trai a inspiração divina em termo de conteúdo celeste. É uma Bíblia corrupta, perversa e repleta de malignidade. Vale salientar que o lançamento dessa Bíblia no Brasil foi uma parceria da Sociedade Bíblica Brasileira e a CNBB. A primeira tiragem dessa Bíblia com 80.000 exemplares foi “abençoada” com “água benta” na presença de padres e “pastores” ecumênicos.

Ir. Marcos Pinheiro

sábado, 6 de março de 2010

TEATRO NA IGREJA? ESSA NÃO! (PARTE II)




TEATRO NA IGREJA? ESSA NÃO! (PARTE II)

Desde os tempos bíblicos, e até hoje, a pregação expositiva da Palavra de Deus tem sido o meio eficiente de comunicar a salvação através de Jesus Cristo. O apóstolo Paulo se refere a esse método como a “loucura da pregação” (Co 1:21). Paulo nunca adaptou a igreja ao gosto da sociedade secular. Cada igreja que ele fundou tinha sua própria personalidade e seus próprios problemas, mas os ensinamentos de Paulo, sua estratégia e, acima de tudo, sua mensagem permaneceram os mesmos por todo o seu ministério. Seu instrumento de ministério sempre foi a pregação expositiva e direta da verdade bíblica. A igreja de hoje está inundada com o “sucesso” e precipitou-se impetuosamente no secularismo. Para muitos líderes o único modo de impressionar e impactar o mundo nos dias atuais é incorporar filosofias seculares e modismos na vida da igreja. A bandeira levantada por esses líderes é “o mundo tem que ver que a igreja é legal”. Neste contexto, a igreja está mais preocupada em entreter o povo. Não está disposta a ser desprezada pelo mundo por causa da cruz.
Hoje, estamos nos divorciando da pregação expositiva para as artimanhas, ora ridículas ora bizarras, das encenações e dramatizações. É loucura pensar que a verdade dada por revelação divina precisa da roupagem das dramatizações para salvar o ímpio. Jesus deu prova de seu amor ao mundo sem usar teatralidade. Ele fez uma oferta viva, capaz de sofrer humilhações, açoites, abandono, desconsideração, vergonha, acusação. A igreja precisa se manter afastada de tudo aquilo que seja teatral e espetacular, à semelhança de Jesus em seu ministério. Jesus não usou artimanhas de entretenimento para pregar o Sermão do Monte. Paulo não persuadiu os seus ouvintes no Areópago usando dramatizações. Pedro, no dia de pentecoste, não montou uma tenda e pediu a seus irmãos em Cristo que fizessem uma encenação para anunciar a ressurreição de Jesus e a sua ascensão ao céu. Estamos enganados se acreditamos que fantasias, ilusionismos, jograis, filmes e dramatizações são capazes de representar a santidade infinita, o amor incomensurável e a grande misericórdia de Deus a uma geração perdida. O evangelho não deve ser apresentado em parceria com os padrões do mundo. Jesus afirmou taxativamente que as obras deste mundo são más (Jo 7:7). Os apóstolos também enfatizaram que a amizade com o mundo é inimizade contra Deus (Tg 4:4). Dramatização é dramatização e raramente é vista pelo público como algo sério ou um veículo de proclamação de mensagens que merecem apreço. Portanto, quando se insere elementos de entretenimento como jograis, filmes, ilusionismos, palhaços, coreografias, danças e teatro na mensagem da cruz, é uma prova que algo se faz necessário além das Escrituras e que a exposição sozinha da Palavra de Deus é inadequada. É o evangelho “flex”, ou seja, flexível para com o povo, o importante é agradar o povo. Imagine um médico atender um paciente fantasiado, vestido de palhaço. Que credibilidade esse médico repassa para o paciente? Se o médico não faz uso dessa frivolidade podemos afirmar que é uma insensatez anunciar a mensagem redentora da cruz através de entretenimentos. Portanto, aqueles que defendem a teatralidade na igreja estão servindo a um deus diferente dAquele adorado pela igreja primitiva. A teatralidade na igreja transforma a “loucura da pregação” em uma pregação da loucura. As dramatizações fazem do Evangelho um camaleão que toma qualquer aparência que seja necessária. Spurgeon advertiu em seus dias: “quando o entusiasmo pelo evangelho se extingue, não é surpreendente que as pessoas busquem qualquer coisa em que se deleitar; faltando pão, eles alimentam-se de cinzas, rejeitando o caminho do Senhor, eles correm avidamente à vereda da tolice” O mundo está repleto de fábulas, e as novidades em forma de dramas sensacionais nas igrejas estão surgindo cada vez mais para escravizar as mentes e dificultar o crescimento espiritual. Satanás não tem interesse que as pessoas tenham conhecimento de Deus, por isso seu trabalho é confundir os sentimentos através de encenações e dramatizações. Muitos têm a idéia de que a igreja para ser frutífera precisa ter programações que vá ao encontro das necessidades da nossa geração. Deve-se usar qualquer coisa que seja agradável às pessoas a fim de ganhá-las para Cristo. O texto base para justificar essa idéia é a afirmação de Paulo “Fiz-me como fraco para os fracos, para ganhar os fracos, fiz-me tudo para todos, para, por todos os meios, chegar a salvar alguns” (I Co 9:22). Paulo não está dizendo que estava disposto a moldar sua mensagem ao mundo a fim de ganhar o ímpio. Ele está descrevendo uma atitude de sacrifício pessoal, não de comprometimento com o mundo, não de contemporização com o mundo. O contexto nos revela que Paulo estava falando de pregação (v16) não do uso de método mundano para proclamar o Evangelho. Paulo não está sugerindo uma nova maneira de apresentar o evangelho, ele afirma que em sua pregação sempre adaptava a mensagem ao nível de compreensão dos ouvintes, ou seja, ele sempre falou de forma apropriada. Ele convencia os diferentes ouvintes sobre a Palavra de Deus usando a pregação expositiva como método.
A história do pecado neste mundo começou no jardim do Éden com uma encenação de Satanás (Gn 3:1-7). Nos últimos dias, os falsos profetas e os mercadejadores da Palavra de Deus farão encenações mirabolantes para tentar enganar até os escolhidos (Mt 24:24). O Anticristo fará uma grande encenação mundial antes da volta de Jesus Cristo (Ts 3:4-12). Não ousemos minimizar a fome do povo oferecendo-lhes substitutos que não os satisfarão verdadeiramente. As estações vão e vêm, as tendências chegam e passam, as modas populares se instalam e se renovam, mas a tarefa da igreja do Senhor Jesus Cristo é a mesma: proclamar a Palavra de Deus sem artifícios, fantasias, malabarismos e entretenimentos, mas proclamá-la de forma expositiva, direta e cristocêntrica!

Ir. Marcos Pinheiro

quarta-feira, 3 de março de 2010

TEATRO NA IGREJA? ESSA NÃO! (PARTE I)




TEATRO NA IGREJA? ESSA NÃO! (Parte I)

Igrejas em crescimento constante são as que estão criando um ambiente de entretenimento. Ter uma boa diversão passou a ser critério para uma igreja excelente. Muitos líderes têm uma concepção errônea de que para ganhar o mundo para Cristo devemos primeiro ganhar o favor do mundo. O fruto antibíblico dessa concepção é a de que devemos proclamar a solene e sagrada mensagem da cruz em estilo teatral. Nos esforços de querer encher a igreja muitos pastores seguem os modos mundanos esquecendo que Satanás faz de tudo para rebaixar a verdade do Evangelho através das esquisitices teatrais. Usam as dramatizações para despertar o interesse do ímpio. Eles querem que a Bíblia se rebaixe aos padrões degenerados e nefastos deste mundo perdido, e não querem que o mundo se eleve ao Santo padrão de Deus. Falam a linguagem do mundo, absorvem os hábitos do mundo, pois amam o mundo e o que no mundo há. Esses líderes se esquecem de que em parte alguma das Escrituras nos é dito que precisamos fazer exibição especial, fantástica, para atrair os ímpios ao Evangelho. A igreja não segue o que o mundo faz, segue “Aquele que fez o mundo”.
Aqueles que defendem a teatralização na igreja dizem: “O povo gosta, o povo chora, o povo aplaude, então, é tudo santo, a voz do povo é a voz de Deus”. Nesse contexto, impera a ostentação e a profanação. Vale salientar que nem tudo aquilo que tem a aprovação do povo tem a aprovação de Deus.
Não é por meio de dramatização, exibição sensacionalista que o pecador se converte genuinamente, mas é a proclamação da verdade nua e crua, sem máscara, que convence o pecador do pecado, da justiça e do juízo. A obra de Deus deve ser feita através da pregação expositiva com santa reverência. Portanto, não devemos agregar fogo estranho ao fogo sagrado.
Alguns para defender o indefensável afirmam: “Os ritos do Antigo Testamento, os sonhos e as visões dadas aos profetas, as parábolas, as comparações e as metáforas contidas nas Escrituras constituem dramatizações instituídas e executadas por Deus”. Não há dificuldades para refutarmos essa tese, pois no Antigo Testamento os ritos cerimoniais eram tipológicos, ou seja, eram “sombras de coisas futuras”. Os ritos tipificavam o sacrifício vicário de Cristo na cruz. Assim sendo, a prática desses ritos já não se faz necessário hoje uma vez que os fatos para os quais os ritos apontavam se concretizaram. Ademais, não há na Bíblia nenhuma ordem expressa de Deus para que os substituamos por outros. Outros na ânsia de justificarem a dramatização durante os cultos chegam às raias da blasfêmia quando dizem: “As ordenanças instituídas como a Ceia e o Batismo bem como a crucificação de Jesus e o seu ministério sacerdotal constituem dramatizações”. Antes de refutarmos essa blasfêmia, precisamos saber o que é “dramatização”. A dramatização é um ato de tornar ou procurar tornar dramático, interessante ou comovente um tema através de uma encenação, com o objetivo de impressionar ou iludir a outrem. Aqui cabe uma pergunta aos blasfemadores: A Santa Ceia e o Batismo foram instituídos com o objetivo de impressionar? Nunca uma ordenança divina pode ser entendida como uma encenação ou dramatização. A Santa Ceia e o Batismo não são máscaras. Se alguém participa da Ceia do Senhor ou desce às águas batismais com a idéia de que tudo é uma encenação está participando indignamente. Do mesmo modo, afirmar que a crucificação foi uma superprodução teatral divina para sensibilizar e comover o endurecido coração humano é blasfemar terrivelmente. A insinuação de que o ministério sacerdotal de Jesus constitui uma encenação é uma estultice. Alguns dizem: “Quem assiste uma dramatização nunca esquece, se aprende muito quando as informações são dadas através da visão, por isso é perfeitamente válido o teatro na igreja”. Nesse contexto, como a visão é extremamente eficaz no processo da comunicação, deve-se substituir a pregação expositiva da Palavra de Deus por dramatização. Nesse caso, as programações da igreja do Senhor seriam parecidas com a TV e o cinema, ou seja, o entretenimento substitui o doutrinamento e a liturgia vira show. De acordo com a Bíblia a visão não é um canal confiável para a recepção da mensagem da salvação. O homem independe da visão para viver pela fé “A fé é a prova das coisas que se não vêem” (Hb 11:1). Em Romanos 10:17 Paulo pontificou: “A fé vem pelo ouvir”. Em João 20:29 Jesus censurou Tomé nos seguintes termos “Porque me viste, Tomé, creste; bem-aventurados os que não viram e creram”. Era como se Jesus dissesse: “Bem-aventurados aqueles que não dependem de encenações, dramatizações, para absorver a mensagem da salvação, mas se satisfazem com a pregação expositiva da Palavra de Deus”. O desejo de Deus é que a fé independa de estímulos visuais, por isso Ele proibiu imagens de escultura “Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma coisa semelhante do que há em cima dos céus, nem em baixo da terra, nem nas águas debaixo da terra” (Ex 20:4). A teatralização não fortalece a Palavra de Deus, pelo contrário, distrai a atenção para o instrumento humano. O pastor e renomado teólogo D.M.Lloyd-Jones disse: “Em número crescente, as pessoas estão depreciando o lugar e o valor da pregação expositiva. Estão se voltando para representações dramáticas e recitais das Escrituras e algumas até para a dança e outras formas de manifestações externas do ato de culto. A reforma protestante varreu todas essas coisas. Acabou com as peças de ministérios, como lhes chamavam, e com as representações dramáticas na igreja. A reforma livrou-se de tudo isso, e é muito triste observar que pessoas estejam tentando levar-nos de volta àquilo que os reformadores viram claramente que estivera ocultando do povo o Evangelho e a verdade”. Não há dúvida: se você fizer uma pantomima das Escrituras ou exibir delas uma representação dramática, estará desviando a atenção do povo para longe da verdade comunicada pelas Escrituras. Portanto, Deus não precisa de atores! Precisa, sim, de servos e servas consagrados e cheios do Espírito Santo para expor a Palavra de Deus. Lembre-se: a pregação expositiva da Palavra de Deus não um acessório.

Ir Marcos Pinheiro