domingo, 24 de abril de 2016

MARCHA PARA JESUS: IMPEACHMENT JÁ



                       MARCHA PARA JESUS: IMPEACHMENT JÁ

Vivemos um tempo onde não há temor à Majestade de Deus. No que chamam adoração a Deus hoje em dia; pula-se, requebra-se, sacoleja-se, sapateia-se, cambalhota-se, brinca-se, dança-se à vontade, conversa-se à boca pequena, conta-se piada, veste-se de qualquer jeito, em uma profunda irreverência a Deus. Nessa evolução asselvajada, a onda é contextualizar. Essa é a característica da famigerada Marcha para Jesus. Por isso, um pastor que leva a sério a seriedade do Evangelho não participa nem incentiva tamanha patifaria. Meu repúdio à Ordem dos Ministros Evangélicos do Ceará - ORMECE que encabeça essa marcha que nada mais é do que “maçãs de ouro” servidas em penicos mal lavados. Portanto, meu pedido de “Impeachment já” da Marcha para Jesus!

Nessa Marcha para Jesus, Deus parece mais como colega da escola, o vizinho da esquina, o amigão pau-para-toda-obra do que o Rei do Universo. Essa marcha passa por cima da reverência como um rolo compressor. Não se tem mais noção do Deus do qual diante estamos. Adoração passa a ser uma programação de entretenimento, um show, nada mais. O Senhor não se agrada disso! Todo adorador deve saber que está diante de um Deus Santo, Justo, Exaltado, Soberano, Onisciente, Onipresente, Onipotente, Perfeito em tudo. Este conhecimento deve mostrar o lugar, a posição que o adorador deve assumir diante de Deus. A geração da Marcha para Jesus desonra a Deus por que não o conhece.

O ambiente da Marcha para Jesus é de euforia. Os cantores, com comportamentos enfurecidos são aplaudidos pela plateia eufórica e histérica que perdeu sua capacidade de avaliar de forma objetiva o comportamento narcisista dos cantores. No Império Romano os imperadores deram pão e circos para o povo para continuar no poder. Assim, são os pastores que endossam a Marcha para Jesus. São promotores de pão e circos. Para eles não interessa as minissaias das moças. Não lhes importam as tatuagens gospel, os piercings gospel nem os brinquinhos gospel da rapaziada, exibidos sem nenhum pudor. Se a marcha está agradando a moçada, é de Deus! Rock, samba, forró, Axé, rap, fumaça, jogo de luzes e tudo mais que a imaginação humana possa inventar é válido. Perdeu-se a linha divisória entre o santo e o profano.

A falta de conhecimento bíblico no meio evangélico brasileiro tem sido notório. Há muita teologia falsa sendo oferecida e considerada como verdadeira. Há muitos bodes no meio dos cordeiros. Há muito humanismo em lugar do verdadeiro procedimento cristão. Nesse contexto, Deus fica num plano ultra esquecido e inferior, prevalecendo o que está na moda. Precisamos estar atentos, caminhando firmes nos passos do Senhor Jesus, não olhando para aqui ou ali, mas, exclusivamente para a Sua Palavra. No tempo de Malaquias os judeus davam a Deus o pior dos seus pães, o pior das suas ovelhas. Eles ofereciam a Deus as ovelhas cegas e doentes. Os judeus pensavam que qualquer coisa que eles fizessem era boa diante de Deus. Mas, o Senhor não aceitou as más ofertas. A Marcha para Jesus é uma oferenda abominável ao Deus trino. É o “balido de Amaleque” estranho aos ouvidos de Deus. “Na Marcha se fala de Jesus”, dizem alguns. Mas, não é suficiente só falar de Jesus, é necessário servi-lo santamente e reverentemente.

Adoração não é festival de atrações, nem é baderna. Daí o débil resultado do testemunho da igreja evangélica em nosso país. Quando se erra no quesito adoração, invariavelmente errar-se-á nos demais. A adoração é a própria vida do crente. Ela nos define. Na Marcha para Jesus as pessoas deixam de ser a noiva que se encanta apenas com o noivo e passam a dar atenção ao que não deviam dar, pois o espírito e o sentimento de reverência se foram diante de tanta balbúrdia.

Os defensores da Marcha para Jesus têm argumentos bonitos e de certa aparência de piedade, porém não bíblicos. Os promotores desse evento trocaram a verdadeira adoração por lama. Perderam o bom senso e a coerência cristã. E, ainda sem a menor vergonha diante de tão grandes aberrações, dizem: “A nossa proposta é a modernidade”.

Como somos desafiados a “batalhar pela fé”, não temos que ficar inertes engolindo toda sorte de patifaria eclesiástica como é a Marcha para Jesus. No momento atual precisamos dos Luteros, dos Kalleys, dos Wesleys, dos Spurgeons para denunciar os movimentos modernos de Amaleque.

Abaixo a profana e irreverente Marcha para Jesus! “Impeachment já”!

Tenho dito,
Ir. Marcos Pinheiro