segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

OS BODES-GUIAS E SEUS TSUNAMIS DOUTRINÁRIOS


                    OS BODES-GUIAS E SEUS TSUNAMIS DOUTRINÁRIOS

Tsunamis são ondas gigantes com grande concentração de energia, que atingem as costas dos oceanos provocando catástrofes. Os tsunamis têm um enorme poder destrutivo. O tsunami que invadiu a costa nipônica em 11 de março se 2011 assustou o mundo com o seu rastro de destruição e pavor. Quando digo Tsunamis doutrinários refiro-me as doutrinas destruidoras ensinadas pelos bodes-guias da atualidade. Muitos estão sendo destruídos espiritualmente pelos tsunamis doutrinários dos bodes-guias. Os bodes-guias conseguem tornar a fé uma filosofia, o louvor uma ginástica aeróbica e a igreja uma prestadora de serviços onde as pessoas são consumidoras de bênçãos. Esses líderes chegam às raias do ridículo quando afirmam que os crentes possuem um “talão de cheque espiritual” assinado por Jesus. Portanto, dizem eles, é só pedir o que quer e Deus dará. Neste contexto, cada crente é “O Cara”. Com o intuito de arrebanhar multidões e capturar adeptos, os bodes-guias realizam megashows com imagens projetadas e arte performática. E, como se não bastasse, chamam suas igrejas de “Hospitais de milagres”.

Os bodes-guias estão sempre repintando a teologia para acompanhar o ritmo de uma cultura em constante decadência moral. Estão esperando o céu na terra antes do Senhor Jesus voltar à terra para trazer novo céu e nova terra. Pensam como o eis roqueiro John Lennon: Imaginam um mundo sem pobreza, guerras e injustiças, ou seja, eles esperam algo que Deus não prometeu. Jesus prometeu o oposto: pobres sempre estariam conosco (Jo 12:8); guerras e rumores de guerras continuarão até a chegada do fim (Mat 24:6). O Novo Testamento nos mostra que um quadro de injustiça cada vez mais acentuado ocorrerá até o fim. Esquece esses bodes-guias que o evangelho não é uma convocação para viver uma vida que melhora o mundo. O evangelho é uma mensagem sobre a vida, a morte e a ressurreição de Jesus. O evangelho não é um diagrama esquemático para melhorar o mundo. É o caminho da santidade para aqueles que se arrependeram de seus pecados, que foram regenerados e que colocaram sua fé em Cristo Jesus. Os bodes-guias são tão astutos que atingem as pessoas no alto da cabeça com um martelo de esponja, de modo que as pessoas ficam sem saber, quão apóstatas eles de fato são.

Os bodes-guias pregam e vivem como se Deus não julgasse as pessoas, apenas as abençoa. Portanto, o estado espiritual desses bodes-guias é bem apresentado na sentença de Sofonias 1:12 “Homens que se embrutecem com a borra do vinho”. “Borra do vinho” é o resíduo embriagador que o vinho deixa no fundo do reservatório quando cessa a sua fermentação. Na verdade, Deus está dizendo que o estado dos bodes-guias é de embriaguez, de entorpecimento, de torpor. São homens embrutecidos, fora do juízo. Por essa razão eles se entregam ao mal, à esfoliação de seus seguidores e ao amor ao dinheiro. É preciso enfatizar que o Deus da Bíblia é um Deus moral, que não somente ama e abençoa, mas também pune.

Na igreja do bode-guia o dízimo e as ofertas são subornos a Deus. A súplica é: “Eu te dou, Senhor, para que tu me dês em dobro”. Deus é um magnata movido a mamon. Quando recebe uma grana resolve todos os problemas: cura enfermidades, manda um marido bacana, concede casa própria e carro novo, faz o filho passar no vestibular e a empresa crescer. Repugnante mensagem! Não se encontra nenhuma passagem no Novo Testamento que Deus tenha feito uma aliança de “benefícios materiais” para a igreja do Senhor Jesus Cristo. A fé bíblica não opera em função de receber coisas, mas de amar e servir o Senhor Jesus.

Ao ensinarem sobre Maldição Hereditária, os bodes-guias cometem o erro de transferir as culpas que são do indivíduo para outra pessoa, alguém de sua família que já morreu. “Basta quebrar a maldição e você será liberto”, dizem eles. Ora, não pecamos devido a transgressão anteriormente cometida por alguém de nossa família. O profeta Ezequiel é muito claro quanto a isso: “A alma que pecar, essa morrerá: o filho não levará a iniqüidade do pai, nem o pai a iniqüidade do filho; a justiça do justo ficará sobre ele, e a perversidade do perverso cairá sobre ele” (Ez 18: 20). Muito do que os bodes-guias dizem ser uma maldição que precisa ser quebrada, na realidade é uma obra da carne que precisa ser vencida. O alcoolismo, por exemplo, eles dizem que é uma maldição que chega ao indivíduo através de um ente querido já falecido por isso “A maldição do álcool precisa ser quebrada”. Essa não é a verdade, pois de acordo com Gálatas 5:21 esse vício é uma obra da carne que será vencida com a ajuda do Espírito Santo. A cruz do Senhor Jesus acabou com a maldição: “Havendo riscado a cédula que era contra nós nas suas ordenanças, a qual nos era contrária, removeu-a do meio de nós, cravando-a na cruz” (Cl 2:14)

Na visão dos bodes-guias o culto deve ser eufórico, com batucada, assobios, fumaça e cheio de “decretos”. A liturgia é tão execrável que durante o culto o bode-guia leva o povo a decretar algo para Satanás dessa maneira: “Levante suas mãos para o alto e diga: Satanás você é um derrotado”. Quanta abominação! Vai-se ao culto porque Satanás está lá e devemos decretar algo para ele? Precisamos entender que o culto é para Deus. O culto é o encontro de Deus com seu povo e deve proporcionar respostas espirituais às necessidades espirituais das pessoas. Não devemos cultuar a Deus conversando com Satanás, invocando demônios e nem decretando nada para demônios.

Esses bodes-guias se encaixam muito bem em Jó 13:4 “Vós sois inventores de mentiras e vós todos sois médicos que não valem nada”. Em Zacarias 10:3 encontramos a sentença para os bodes-guias: “Contra os pastores se acendeu a minha ira, e castigarei os bodes-guias”.

Ir. Marcos Pinheiro 

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

SOCORRO! O VERDADEIRO LOUVOR ESTÁ SE ACABANDO


SOCORRO! O VERDADEIRO LOUVOR ESTÁ SE ACABANDO

Muitos louvores hoje não podem ser chamados de cristãos, mas de louvores babelizados, pois o interesse maior não é expressar a grandeza e a glória de Deus. “Façamos para nós um nome” foi a pretensão orgulhosa dos líderes da geração dos filhos de Noé. Eles queriam fixar e exaltar sobre a terra não o nome do Senhor, mas o seu próprio nome. Eles queriam que as gerações futuras se lembrassem deles. Sua preocupação não foi providenciar para que elas conhecessem os feitos de Deus, sua lei, seus desígnios. Queriam manter-se unidos, não em torno do temor a Deus, mas em torno do orgulho do grupo, consubstanciado em seus próprios feitos. Esse é o sentimento que permeia a área do louvor: engrandecimento do homem, não de Deus. Ora, a adoração verdadeira sempre tem a Deus como centro, o que condiciona seus adoradores a um genuíno temor diante da Sua santidade e a um estilo de vida santificado.

Infelizmente, o louvor em muitas igrejas transformou-se em um Milk-shake religioso sem nenhuma ligação com o Senhor. O uso da música como meio para se chegar a um estado de êxtase e transe religioso tornou-se regra geral na maioria das igrejas evangélicas. O louvor em nada difere da prática do louvor umbandista, pois a música tem por função ambientar a erupção de sentimentos. Os sentimentos são manipulados pelo ritmo, repetições e movimentos corporais. O programa elaborado pelo “ministro de louvor” tem como objetivo provocar o sensacional, o extravagante, o bizarro entre os fiéis. Nesse contexto, a verdade é trocada pela “purificação” da alma através de uma descarga emocional provocada pelo drama e a santidade é invertida pela euforia irreverente.

Satanás conseguiu desenvolver uma liturgia que tem ofuscado a mente de muitos crentes levando-os ao louvor catarse, irrefletido e sensacional. A extravagância litúrgica promovida por Satanás tem rompido a barreira entre o sagrado e profano. A fim de se manterem no sucesso, algumas igrejas utilizam rock, samba, rap, axé, funk, forró. Muitas igrejas chegam ao ápice do ridículo promovendo shows com o tema “sambando para Jesus”, “forrozando para Jesus”. Tais “louvores” são irracionais e abomináveis ao Senhor, pois não ilumina a mente com a verdade bíblica nem com a consciência da santidade de Deus. O louvor aceitável para Deus é o louvor da mente (Rom 12:1). Deus nos criou com uma distinção primordial: a racionalidade. Portanto, o louvor deve ser consciente e racional. O apóstolo Paulo ecoa isto ao insistir que os crentes cantem com entendimento (I Co 14:15). Em I Coríntios 14: 26 Paulo afirma a função primordial do louvor “Tudo seja feito para edificação”. A palavra “edificação” refere-se, literalmente, à construção de um edifício, mas o apóstolo sempre usa este termo para expressar a edificação do entendimento. Portanto, cada elemento do louvor deve ser compreendido, para que seja válido. Somos movidos espiritualmente, não por meio de espetáculos sensacionais, e sim pelo que entendemos.

A grande declaração da Confissão de Westminster se opõe a tudo que acontece hoje nas igrejas evangélicas: “A maneira de adorar o verdadeiro Deus é instituída por Ele mesmo e limitado por sua própria vontade revelada, de tal modo que Ele não seja adorado de acordo com a imaginação e invenções dos homens”. O louvor do Novo Testamento era acima de tudo centrado em um fato: a cruz de Jesus e sua ressurreição. Hoje, o louvor é centrado no adorador e em alguns momentos não dá para saber se estamos na casa do Senhor ou em um terreiro de candomblé.

A liturgia extravagante de Satanás é contrária ao ensino da Bíblia e da Reforma, pois é claramente extasiante e amplamente mística, em vez de racional e dependente da fé. É voltada para o ego, para o estrelismo, para a exaltação do ritmo e dos instrumentos. Como há muitas pessoas que gostam de ser manipuladas, a liturgia de Satanás tem encontrado bastante espaço no meio evangélico. Seria prudente beber, ainda que um pequeno gole, desta liturgia? Claro que não! Urge que tenhamos um avivamento de luta contra as influências más da geração “Janes e Jambres” que promovem o louvor baderneiro. Que sejamos no dizer de Stott “um homem intoxicado de Cristo”.

O dia do Senhor se aproxima. Será dia de Juízo. Ainda há oportunidade de abandonar o falso louvor da “Galera de Cristo” que insiste em incluir o lixo extravagante de Satanás dentro das igrejas tirando o Filho de Deus de cena.

Ir. Marcos Pinheiro