IGREJA OU ONG?
A evangelização e a obra social são partes integrantes, inseparáveis e indispensáveis na missão da igreja do Senhor Jesus. Quando estudamos o Antigo Testamento constatamos os cuidados de Deus com os pobres, os órfãos, as viúvas e os estrangeiros (Lv 23:32, Dt 24: 20-21). Em Provérbio 21:13 diz: “O que tapa o seu ouvido ao clamor do pobre também clamará e não será ouvido”. Isso indica que a própria ação de Deus para conosco, no alívio de nossas necessidades, será um reflexo de nossa ação para com os necessitados que Ele colocar em nossos caminhos. Ou seja, devemos atentar para as necessidades do próximo e supri-las com amor, se quisermos ser ouvidos por Deus quando o clamarmos. Quando discorremos pelo Novo Testamento verificamos que a prática da religião verdadeira é identificada com o coração que se preocupa e age no alívio da necessidade do órfão e da viúva. Em Efésios 2:10 Paulo admoesta dizendo que “Não somos salvos pelas obras, mas fomos criados para as boas obras as quais Deus preparou para que andássemos nelas”. Em Tito 3:14, Paulo nos ensina que devemos mostrar distinção nas boas obras, a favor dos necessitados, para que não venhamos a nos tornar infrutíferos. Em Efésios 4:28 Paulo ressalta a obra de assistência aos outros, mostrando que um dos propósitos do nosso trabalho é obter condição que nos possibilite ajudar o necessitado: “Aquele que furtava não furte mais; antes trabalhe, fazendo o que é bom, para que tenha com que acudir ao necessitado”. Por outro lado, é notório em todo o Novo Testamento que a alta prioridade na vida de Jesus e de seus discípulos era a divulgação das Boas Novas. O Senhor ordenou que as igrejas fossem ativas na esfera espiritual pregando a Palavra aos perdidos e edificando os santos (I Ts 1:8, I Tm 3:15, I Co 11:33-34). O doutrinamento que Paulo deu aos coríntios mostra que um propósito significativo de seus cultos era convencer os incrédulos e edificar os santos (I Co 14: 24-26). No plano de Deus a igreja é um corpo espiritual com uma missão espiritual. Jesus não estabeleceu um clube social ou esportivo, e não deu aos homens o direito de corromper essa missão espiritual de que incumbiu sua igreja. Infelizmente, o interesse neste mundo tornou-se tão forte que algumas igrejas comportam-se mais como organizações sociais do que como Noiva do Cordeiro. Transformaram-se em ONG. Desconcentraram-se do céu e passaram a pensar que podem acabar todos os males sociais de um mundo dominado pelo pecado.
As igrejas do Novo Testamento não eram instituições sociais que tentavam sustentar todo mundo, nem era seu trabalho ganhar poder político. As igrejas do Novo Testamento se dedicavam de corpo e alma a uma missão bem mais sublime: a salvação das almas. Uma vez os judeus perguntaram a Jesus como fariam para executar as obras de Deus (Jo 6:28). A pergunta veio no plural: “obras”. Jesus respondeu com o singular: “A obra de Deus é esta: que creiais naquele que ele enviou (Jo 6:29). A maior obra que alguém pode fazer é crer em Jesus. É o que de mais importante há na vida, porque desta decisão depende toda a eternidade da pessoa.
A Igreja-ONG está ficando cada vez mais forte. Sua bandeira é: “Deus está engajado na luta em favor dos pobres, a Bíblia deve ser lida dessa perspectiva, o evangelho é um protesto contra o escândalo da pobreza e um chamado a erradicá-la da vida humana” (Leonardo Boff). Mergulhada nessa visão muitos pastores transformaram suas igrejas em um centro de assistência social destinado aos carentes. Pregam mais sobre questões sociais do que a Cristo porque pensam que o Evangelho só tem o poder de ser o alívio dos materialmente pobres. Esses líderes trocaram a autêntica mensagem do Evangelho e o fulgor da fé por uma ideologia de transformação meramente social. A regeneração pessoal da alma e o novo nascimento foram substituídos por mensagens sobre reforma da sociedade. Quando tentamos olhar a Bíblia na visão da Igreja - ONG encontramos um oximoro, pois Jesus não fez uma opção pelos pobres. Ele manifestou-se como a graça de Deus que traz salvação a todos os homens: ricos e pobres. Quando estudamos os evangelhos constatamos que Jesus nunca desprezou a ninguém e a ninguém rejeitou. Ele proferiu palavras de fé, esperança e de amor a todos que cruzou o seu caminho, entre os quais havia desde os mais humildes, os mais pobres, como os samaritanos e os leprosos, até os mais elevados, como Nicodemos, Jairo e o comandante romano de Cafarnaum.
É preciso entender que o poder restaurador do Evangelho atinge todas as esferas da vida, inclusive a social. Em todas as partes do mundo, onde o Evangelho foi proclamado e os resultados ceifados, existiram transformações sociais profundas, inclusive, menores índices de pobreza. A Inglaterra experimentou grandes transformações sociais nos avivamentos do século 18. A herança da pregação e a prática dos puritanos, no século 17, nos Estados Unidos da América, geraram menores índices de pobreza e mais justiça social. A Escócia experimentou grandes benefícios sociais quando foi sacudida pelas pregações com lágrimas de John Knox. Os bares fecharam suas portas, os prostíbulos deixaram de existir, os magistrados presenteavam uns aos outros com luvas brancas porque não havia crimes para serem julgados; foram os benefícios experimentados pelo País de Gales em 1904 através da poderosa pregação de Evans Robert. Portanto, não devemos nos esquecer de nossas responsabilidades individuais para com os necessitados, mas a proclamação do Evangelho gera avivamento e o avivamento traz benefícios sociais. A igreja nunca deve esquecer-se de estender sua mão ao materialmente pobre, mas sua paixão deve ser a proclamação do Evangelho. Os benefícios sociais virão quando ocorrer uma transformação espiritual no coração do homem e, isso ocorre com a proclamação do Evangelho. O pastor fundamentalista D.M.Lloyd-Jones disse: “A proclamação do Evangelho tem contribuído mais para a solução dos problemas sociais do que todas as idéias humanísticas”.
As Igrejas - ONGS criam associações para fazerem parcerias com os governos a fim de obterem verbas para construções de creches, casa de recuperação para dependentes químicos, e asilos para velhos. Alguns crentes dizem: “Os católicos e os espíritas se beneficiam das verbas governamentais e nós não podemos ficar de fora”. Ora, o nosso modelo são as Escrituras e não os católicos e espíritas.
Esdras capítulo 3 nos informa que a cidade de Jerusalém estava devastada. Zorobabel foi incumbido por Deus para levantar a cidade. Quando os alicerces do templo foram assentados, um grupo de samaritanos dirigiu-se a Zorobabel oferecendo-se para ajudar na construção do templo “Deixe-nos edificar o templo convosco” (Esdras 4:2). Os samaritanos tinham seus próprios deuses e praticavam um culto pervertido. Zorobabel era um homem de Deus que tinha discernimento e imediatamente retrucou: “Nada tendes conosco na edificação da casa a nosso Deus, nós mesmos, sozinhos, a edificaremos” (Esdras 4:3). Em outras palavras, Zorobabel manteve o nível de separação na edificação da casa do Senhor ao recusar o benefício oferecido pelos ímpios. Precisamos aprender com o avivalista George Müller que conheceu como ninguém, o que é viver vendo o invisível, tocando o intangível e crendo no impossível. Müller construiu em Bristol, na Inglaterra, grandes edifícios para abrigar menores carentes, sem ter que fazer nenhuma parceria com o governo britânico. Todos os recursos ele os obteve através da oração. Na hora certa as janelas do céu abriam-se e todas as necessidades daquelas 3000 crianças eram milagrosamente supridas. Os pastores precisam dizer o que Abraão disse para o rei de Sodoma: “Nada quero de ti, nem um fio, nem uma correia de sandália quero de ti” (Gn 14:23). Os pastores precisam dizer em alto tom: “Estou envolvido numa grande obra de modo que não posso descer” (Ne 6:3)
Ir. Marcos Pinheiro
A evangelização e a obra social são partes integrantes, inseparáveis e indispensáveis na missão da igreja do Senhor Jesus. Quando estudamos o Antigo Testamento constatamos os cuidados de Deus com os pobres, os órfãos, as viúvas e os estrangeiros (Lv 23:32, Dt 24: 20-21). Em Provérbio 21:13 diz: “O que tapa o seu ouvido ao clamor do pobre também clamará e não será ouvido”. Isso indica que a própria ação de Deus para conosco, no alívio de nossas necessidades, será um reflexo de nossa ação para com os necessitados que Ele colocar em nossos caminhos. Ou seja, devemos atentar para as necessidades do próximo e supri-las com amor, se quisermos ser ouvidos por Deus quando o clamarmos. Quando discorremos pelo Novo Testamento verificamos que a prática da religião verdadeira é identificada com o coração que se preocupa e age no alívio da necessidade do órfão e da viúva. Em Efésios 2:10 Paulo admoesta dizendo que “Não somos salvos pelas obras, mas fomos criados para as boas obras as quais Deus preparou para que andássemos nelas”. Em Tito 3:14, Paulo nos ensina que devemos mostrar distinção nas boas obras, a favor dos necessitados, para que não venhamos a nos tornar infrutíferos. Em Efésios 4:28 Paulo ressalta a obra de assistência aos outros, mostrando que um dos propósitos do nosso trabalho é obter condição que nos possibilite ajudar o necessitado: “Aquele que furtava não furte mais; antes trabalhe, fazendo o que é bom, para que tenha com que acudir ao necessitado”. Por outro lado, é notório em todo o Novo Testamento que a alta prioridade na vida de Jesus e de seus discípulos era a divulgação das Boas Novas. O Senhor ordenou que as igrejas fossem ativas na esfera espiritual pregando a Palavra aos perdidos e edificando os santos (I Ts 1:8, I Tm 3:15, I Co 11:33-34). O doutrinamento que Paulo deu aos coríntios mostra que um propósito significativo de seus cultos era convencer os incrédulos e edificar os santos (I Co 14: 24-26). No plano de Deus a igreja é um corpo espiritual com uma missão espiritual. Jesus não estabeleceu um clube social ou esportivo, e não deu aos homens o direito de corromper essa missão espiritual de que incumbiu sua igreja. Infelizmente, o interesse neste mundo tornou-se tão forte que algumas igrejas comportam-se mais como organizações sociais do que como Noiva do Cordeiro. Transformaram-se em ONG. Desconcentraram-se do céu e passaram a pensar que podem acabar todos os males sociais de um mundo dominado pelo pecado.
As igrejas do Novo Testamento não eram instituições sociais que tentavam sustentar todo mundo, nem era seu trabalho ganhar poder político. As igrejas do Novo Testamento se dedicavam de corpo e alma a uma missão bem mais sublime: a salvação das almas. Uma vez os judeus perguntaram a Jesus como fariam para executar as obras de Deus (Jo 6:28). A pergunta veio no plural: “obras”. Jesus respondeu com o singular: “A obra de Deus é esta: que creiais naquele que ele enviou (Jo 6:29). A maior obra que alguém pode fazer é crer em Jesus. É o que de mais importante há na vida, porque desta decisão depende toda a eternidade da pessoa.
A Igreja-ONG está ficando cada vez mais forte. Sua bandeira é: “Deus está engajado na luta em favor dos pobres, a Bíblia deve ser lida dessa perspectiva, o evangelho é um protesto contra o escândalo da pobreza e um chamado a erradicá-la da vida humana” (Leonardo Boff). Mergulhada nessa visão muitos pastores transformaram suas igrejas em um centro de assistência social destinado aos carentes. Pregam mais sobre questões sociais do que a Cristo porque pensam que o Evangelho só tem o poder de ser o alívio dos materialmente pobres. Esses líderes trocaram a autêntica mensagem do Evangelho e o fulgor da fé por uma ideologia de transformação meramente social. A regeneração pessoal da alma e o novo nascimento foram substituídos por mensagens sobre reforma da sociedade. Quando tentamos olhar a Bíblia na visão da Igreja - ONG encontramos um oximoro, pois Jesus não fez uma opção pelos pobres. Ele manifestou-se como a graça de Deus que traz salvação a todos os homens: ricos e pobres. Quando estudamos os evangelhos constatamos que Jesus nunca desprezou a ninguém e a ninguém rejeitou. Ele proferiu palavras de fé, esperança e de amor a todos que cruzou o seu caminho, entre os quais havia desde os mais humildes, os mais pobres, como os samaritanos e os leprosos, até os mais elevados, como Nicodemos, Jairo e o comandante romano de Cafarnaum.
É preciso entender que o poder restaurador do Evangelho atinge todas as esferas da vida, inclusive a social. Em todas as partes do mundo, onde o Evangelho foi proclamado e os resultados ceifados, existiram transformações sociais profundas, inclusive, menores índices de pobreza. A Inglaterra experimentou grandes transformações sociais nos avivamentos do século 18. A herança da pregação e a prática dos puritanos, no século 17, nos Estados Unidos da América, geraram menores índices de pobreza e mais justiça social. A Escócia experimentou grandes benefícios sociais quando foi sacudida pelas pregações com lágrimas de John Knox. Os bares fecharam suas portas, os prostíbulos deixaram de existir, os magistrados presenteavam uns aos outros com luvas brancas porque não havia crimes para serem julgados; foram os benefícios experimentados pelo País de Gales em 1904 através da poderosa pregação de Evans Robert. Portanto, não devemos nos esquecer de nossas responsabilidades individuais para com os necessitados, mas a proclamação do Evangelho gera avivamento e o avivamento traz benefícios sociais. A igreja nunca deve esquecer-se de estender sua mão ao materialmente pobre, mas sua paixão deve ser a proclamação do Evangelho. Os benefícios sociais virão quando ocorrer uma transformação espiritual no coração do homem e, isso ocorre com a proclamação do Evangelho. O pastor fundamentalista D.M.Lloyd-Jones disse: “A proclamação do Evangelho tem contribuído mais para a solução dos problemas sociais do que todas as idéias humanísticas”.
As Igrejas - ONGS criam associações para fazerem parcerias com os governos a fim de obterem verbas para construções de creches, casa de recuperação para dependentes químicos, e asilos para velhos. Alguns crentes dizem: “Os católicos e os espíritas se beneficiam das verbas governamentais e nós não podemos ficar de fora”. Ora, o nosso modelo são as Escrituras e não os católicos e espíritas.
Esdras capítulo 3 nos informa que a cidade de Jerusalém estava devastada. Zorobabel foi incumbido por Deus para levantar a cidade. Quando os alicerces do templo foram assentados, um grupo de samaritanos dirigiu-se a Zorobabel oferecendo-se para ajudar na construção do templo “Deixe-nos edificar o templo convosco” (Esdras 4:2). Os samaritanos tinham seus próprios deuses e praticavam um culto pervertido. Zorobabel era um homem de Deus que tinha discernimento e imediatamente retrucou: “Nada tendes conosco na edificação da casa a nosso Deus, nós mesmos, sozinhos, a edificaremos” (Esdras 4:3). Em outras palavras, Zorobabel manteve o nível de separação na edificação da casa do Senhor ao recusar o benefício oferecido pelos ímpios. Precisamos aprender com o avivalista George Müller que conheceu como ninguém, o que é viver vendo o invisível, tocando o intangível e crendo no impossível. Müller construiu em Bristol, na Inglaterra, grandes edifícios para abrigar menores carentes, sem ter que fazer nenhuma parceria com o governo britânico. Todos os recursos ele os obteve através da oração. Na hora certa as janelas do céu abriam-se e todas as necessidades daquelas 3000 crianças eram milagrosamente supridas. Os pastores precisam dizer o que Abraão disse para o rei de Sodoma: “Nada quero de ti, nem um fio, nem uma correia de sandália quero de ti” (Gn 14:23). Os pastores precisam dizer em alto tom: “Estou envolvido numa grande obra de modo que não posso descer” (Ne 6:3)
Ir. Marcos Pinheiro
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