PASTORES FORMIDÁVEIS
As pessoas hoje estão ouvindo um
evangelho modificado, enfraquecido. Líderes estão fazendo a fusão de Cristo e o
mundo, é o evangelho flex: Deus e o mundanismo, coligados. Portanto, o rebanho
é conduzido a um estilo de vida medíocre. Para muitas “ovelhas” esses líderes
são “pastores formidáveis”, pois promovem teatros, showbusiness, coreografias,
jograis e divertimento como uma alternativa para o desafio direto da
proclamação da Palavra de Deus. Na visão dos “pastores formidáveis”, o público
do século 21 quer grupo de rock, conveniência e informalidade. Portanto, é
preciso condescender com os desejos da carne dos profanos para dar-lhes
exatamente aquilo que eles gostam: hip-hop “cristão” e letras rap unidos à
doutrina da graça.
Os “pastores formidáveis” não
hesitam em passar por cima da consciência cristã, aconselhando seus seguidores
a tornarem-se amigos do mundo. A mocidade é incentivada a sentir, sobre o corpo,
o mesmo impacto da música rítmica que experimentaria num show mundano de música
pop, inclusive, com o mesmo jogo de iluminação e atmosfera libidinosa. Nesse
contexto, Deus está cheio de sorrisos e sempre pronto para dar a vitória e
abençoar, independente de como se vive. “Arrependimento” não se fala mais, é
algo descartado. Esquecem esses “formidáveis pastores” que o Evangelho ensina
consagração, reverência, obediência e separação do mundo.
Os métodos de evangelização
usados pelos “pastores formidáveis” para atrair multidões tais como teatros e
filmes são madeira, feno e palha. Teatros, dramas e filmes proporcionam um
arrependimento “diet”, uma profissão de fé rasa e ilusória. Na realidade, o
teatro, o drama e os filmes são formas sutis de manipulação emocional através
das múltiplas personagens e não um apelo verdadeiro à mente (Rm 12:1). O teatro
distorce a verdade do Evangelho obscurecendo a mensagem central, pois conduz
desde o princípio as pessoas ao terreno da irrealidade. O teatro usado como
evangelização é a metodologia diet do tipo “pega leve”, “evite a ofensa da
cruz”, “agrade a todos”. Toda a evangelização do Novo Testamento foi através da
pregação da Palavra. O mundo da época era repleto de arte dramática, folclore e
simbolismo cultural, mas os mensageiros da cruz foram indiferentes a tudo isso.
A igreja primitiva através da proclamação da Palavra por meio de palavras virou
o mundo de cabeça para baixo. Em Romanos 10:14 não está escrito: “Como ouvirão
se não há um ator? uma coreografia? um jogral? A comunicação do evangelho deve
ser com palavras dirigidas à mente, nunca através de comédias, dramas ou cenas
teatrais.
No drama, a solidariedade fica
acima do entendimento espiritual. Somente a pregação direta sem truques
teatrais persuade a mente livre do pecador. O drama, o filme, o teatro leva o
espectador a um transe emocional por algo que se move a nível carnal resultando
numa adesão, e não numa conversão.
Em época de eleição, os “pastores
formidáveis” cedem o seu “formidável púlpito” aos candidatos em troca de
benesses. Esses líderes estão fazendo a igreja perder a visão para a qual foi
chamada. A igreja foi chamada para proclamar o arrependimento, a santidade e o
escândalo da cruz, nunca para fazer propaganda de candidatos à política. Aliás,
os crentes da igreja primitiva sem nenhum vínculo com a política da época,
contagiaram os de fora somente exalando o perfume de Cristo, e anunciando todo
o Conselho do Senhor. Precisamos imitá-los!
Muitos desses “pastores
formidáveis” para engordar ainda mais sua conta bancária candidatam-se a cargos
políticos alegando que a igreja precisa de representantes evangélicos no poder
público. A igreja nunca precisou e nunca vai precisar de representantes no
Congresso para realizar sua função. Querer atribuir a função da igreja a um
parlamentar crente é desconhecer a missão da igreja de Cristo. A igreja tem que
influenciar a sociedade, e isto não se fará através de leis, mas através da
genuína pregação do Evangelho. Querer fazer leis com princípios cristãos
objetivando melhorar as condições moral e ética do País é reconhecer a
ineficácia do poder do Evangelho. Ademais, a função de transformar homens
ímpios e perdidos em homens tementes a Deus não é de parlamentar ou governante
algum, mas, sim, da igreja. Não precisamos de um vereador evangélico, nem de um
deputado, nem de um senador, nem de um presidente. Estado é Estado, igreja é
igreja. O problema do homem não é político, é pecado. Não será um político que
trará a Bem-Aventurança, mas o colocar-se sob o Senhorio de Deus e anunciar
Cristo crucificado e ressuscitado. A Bíblia não diz: “Feliz a nação cujo
governante é crente”, mas diz: “Feliz a nação cujo Deus é o Senhor”
Não devemos nos preocupar em
sermos taxados de radical, legalista ou quadrado. A defesa da sã doutrina deve
permanecer nos nossos corações. Os “pastores formidáveis” querem transformar o
Evangelho que é o Pão da Vida numa espécie de farinha de rosca mofada que não
serva para nada.
Ir. Marcos Pinheiro
Eu em particular vejo este evangelio apenas como uma forma confortável de manter o dizimista na igreja. Confortável dizer o que o irmão quer ouvir do que o que ele precisa ouvir. Mas não culpo só os pastores, mas a imaturidade do cristão; se ele se sentir magoado sai da igreja e espalha para todo mundo que o pastor foi rude.
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