IGREJA-CIRCO: A QUERIDINHA DO MOMENTO
No século XIX, Charles
Haddon Spurgeon alertou que o fermento diabólico da diversão acabaria levedando
a igreja do Senhor Jesus em curto espaço de tempo. Hoje, a igreja evangélica
deixou de ser a casa de Deus e tornou-se a casa de circo. Nela não se busca a
voz de Deus, mas a diversão, o agito, a sensação, o espetacular. A igreja-circo
vive em função de conjuntos, corais, coreografias, jograis, peças teatrais e
shows. Ela pensa que seu chamado é para as artes. Nesse contexto, a
igreja-circo enche-se de atividades vazias e atraentes ao mundo que não têm
poder para converter pecadores. Na verdade, a igreja do Senhor Jesus foi
chamada para serviços que não lhe coloca debaixo dos holofotes. Se diversão
fosse uma excelente alternativa, não teria a igreja primitiva, usado a diversão
para atrair as multidões? No entanto, ela simplesmente pregava a mensagem da
cruz porque sabia que somente nela há poder para redimir almas.
Os pastores da igreja-circo
vêem os pecadores como coitadinhos e ao invés de chamá-los ao arrependimento,
ministram terapia freudiana: “Como se sentir bem em suas iniqüidades”. Esse
tipo de ministração gera a igreja-clube onde se promove gincanas, quadrilhas
juninas, noite dançante no dia dos namorados, jantarzinhos, joguinho de
futebol, luta livre, jogos de azar e até um vinhozinho para inflamar a torcida
na hora do “louvorzeiro”. Na igreja do evangelho-circo tudo é forte. Lá tem:
oração forte, louvor forte, vigília forte, jejum forte, dança forte, unção
forte, decreto forte e por aí vai. A Palavra de Deus é inútil. Coisa sem valor.
Descartável. Que não faz falta.
É prática dos líderes da
igreja-circo levar o rebanhão para os montes onde acontece um ostensivo
ocultismo através das Campanhas-Mamon do tipo: “Campanha das doze pedras de
vitória do Jordão”, “Campanha dos sete mergulhos proféticos de Naamã”, “Campanha
dos doze cestos cheios”, “Campanha trazendo a pessoa amada” e por aí vai. No monte tem de tudo: fogueira “santa”, água
“consagrada”, lenço “ungido”, toalha “poderosa”, entrevista com demônios,
rajadinha de Jesus e reteté do Espírito Santo. Na hora do louvor nunca falta o “lelek,
lek, lek, girando, girando, girando prum lado, girando, girando, girando pro
outro”. Na oração por cura, os líderes ordenam ao fígado, aos rins e a outros
órgãos que funcionem normalmente, como se os órgãos ouvissem e atendessem a
ordem que lhes foi dada. O rebanhão gosta de vendedores de ilusões,
embusteiros, homens que lhe hipnotize através de atos profanos.
A igreja-circo é a
queridinha do momento, pois não desagrada ninguém em nome do politicamente
correto. Os pastores da queridinha do momento nunca pregam sobre renúncia,
santidade e arrependimento. Isso desagrada os ouvintes. Seus temas são:
vitória, sucesso, conquista, prosperidade, milagre, cura, liberação de unção
específica e única, quebra de maldições na família, cabeça e não por cauda,
pisando Satanás, cancelamento das dívidas. A queridinha do momento não tem
ovelhas. É geradora de bodes que copiam modelos mundanos, usam gestos carnais
durante o louvor, se vestem sensualmente e gostam de uma “boa” diversão. O objetivo
maior da queridinha do momento é dar conforto aos seus bodes. Algumas delas já
adotaram o sistema do Drive Thru para seus cultos que já virou programa de
auditório. Os bodes assistem cultos dentro de seu carro tomando refrigerante,
comendo sanduíche, mascando chicletes ou quem sabe bebendo uma cervejinha.
Outras adotaram o “bar teológico”, um mix de debate bíblico movido a vinho. Há
ainda aquelas em que os bodes assistem o culto malhando na “Academia de Jesus”
agregada em sua dependência. Que barato! Dizem os bodes.
Na igreja queridinha do
momento, o Senhor Jesus não consegue entrar, porque seus pastores, discípulos
de Simão, o mágico, colocaram mil coisas profanas em seu lugar. Portanto, quão
distante está a queridinha do momento da igreja primitiva que tanto batalhou
pela fé entregue aos santos (Judas 3).
A realidade é que os líderes
da igreja-circo estão promovendo outros deuses usando o nome do Deus verdadeiro
através de seus ministérios “espetaculares”. Oremos pela queridinha do momento
para que ela se liberte e passe a ser firmeza e coluna da verdade!
Ir. Marcos Pinheiro
É, até parece que Charles Spurgeon vive no nosso tempo, 120 anos depois, o que verificamos é que ele estava certo. É uma tragédia, mas a verdade é que seu comentário tem tudo a ver com o que ocorre hoje nas igrejas, ou melhor, circus.
ResponderExcluirÉ de se refletir. É olhar para dentro de nossas igrejas e ideais e pensar: Faço parte desta igreja?
ResponderExcluir... e disse Jesus: "examine-se a si mesmo o homem."
Abençoado,
já venho a refletir sobre isso a algum tempo, e isso me preocupa.
Graça e Paz querido!
ResponderExcluirMinha oração a Deus é para que Ele conserve e levante mais profeta para servir de instrumento para cura da igreja de Cristo.
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