sexta-feira, 5 de julho de 2013

IGREJA-CIRCO: A QUERIDINHA DO MOMENTO


                         IGREJA-CIRCO: A QUERIDINHA DO MOMENTO

 

No século XIX, Charles Haddon Spurgeon alertou que o fermento diabólico da diversão acabaria levedando a igreja do Senhor Jesus em curto espaço de tempo. Hoje, a igreja evangélica deixou de ser a casa de Deus e tornou-se a casa de circo. Nela não se busca a voz de Deus, mas a diversão, o agito, a sensação, o espetacular. A igreja-circo vive em função de conjuntos, corais, coreografias, jograis, peças teatrais e shows. Ela pensa que seu chamado é para as artes. Nesse contexto, a igreja-circo enche-se de atividades vazias e atraentes ao mundo que não têm poder para converter pecadores. Na verdade, a igreja do Senhor Jesus foi chamada para serviços que não lhe coloca debaixo dos holofotes. Se diversão fosse uma excelente alternativa, não teria a igreja primitiva, usado a diversão para atrair as multidões? No entanto, ela simplesmente pregava a mensagem da cruz porque sabia que somente nela há poder para redimir almas.

Os pastores da igreja-circo vêem os pecadores como coitadinhos e ao invés de chamá-los ao arrependimento, ministram terapia freudiana: “Como se sentir bem em suas iniqüidades”. Esse tipo de ministração gera a igreja-clube onde se promove gincanas, quadrilhas juninas, noite dançante no dia dos namorados, jantarzinhos, joguinho de futebol, luta livre, jogos de azar e até um vinhozinho para inflamar a torcida na hora do “louvorzeiro”. Na igreja do evangelho-circo tudo é forte. Lá tem: oração forte, louvor forte, vigília forte, jejum forte, dança forte, unção forte, decreto forte e por aí vai. A Palavra de Deus é inútil. Coisa sem valor. Descartável. Que não faz falta.

É prática dos líderes da igreja-circo levar o rebanhão para os montes onde acontece um ostensivo ocultismo através das Campanhas-Mamon do tipo: “Campanha das doze pedras de vitória do Jordão”, “Campanha dos sete mergulhos proféticos de Naamã”, “Campanha dos doze cestos cheios”, “Campanha trazendo a pessoa amada” e por aí vai.  No monte tem de tudo: fogueira “santa”, água “consagrada”, lenço “ungido”, toalha “poderosa”, entrevista com demônios, rajadinha de Jesus e reteté do Espírito Santo. Na hora do louvor nunca falta o “lelek, lek, lek, girando, girando, girando prum lado, girando, girando, girando pro outro”. Na oração por cura, os líderes ordenam ao fígado, aos rins e a outros órgãos que funcionem normalmente, como se os órgãos ouvissem e atendessem a ordem que lhes foi dada. O rebanhão gosta de vendedores de ilusões, embusteiros, homens que lhe hipnotize através de atos profanos.

A igreja-circo é a queridinha do momento, pois não desagrada ninguém em nome do politicamente correto. Os pastores da queridinha do momento nunca pregam sobre renúncia, santidade e arrependimento. Isso desagrada os ouvintes. Seus temas são: vitória, sucesso, conquista, prosperidade, milagre, cura, liberação de unção específica e única, quebra de maldições na família, cabeça e não por cauda, pisando Satanás, cancelamento das dívidas. A queridinha do momento não tem ovelhas. É geradora de bodes que copiam modelos mundanos, usam gestos carnais durante o louvor, se vestem sensualmente e gostam de uma “boa” diversão. O objetivo maior da queridinha do momento é dar conforto aos seus bodes. Algumas delas já adotaram o sistema do Drive Thru para seus cultos que já virou programa de auditório. Os bodes assistem cultos dentro de seu carro tomando refrigerante, comendo sanduíche, mascando chicletes ou quem sabe bebendo uma cervejinha. Outras adotaram o “bar teológico”, um mix de debate bíblico movido a vinho. Há ainda aquelas em que os bodes assistem o culto malhando na “Academia de Jesus” agregada em sua dependência. Que barato! Dizem os bodes.

Na igreja queridinha do momento, o Senhor Jesus não consegue entrar, porque seus pastores, discípulos de Simão, o mágico, colocaram mil coisas profanas em seu lugar. Portanto, quão distante está a queridinha do momento da igreja primitiva que tanto batalhou pela fé entregue aos santos (Judas 3).

A realidade é que os líderes da igreja-circo estão promovendo outros deuses usando o nome do Deus verdadeiro através de seus ministérios “espetaculares”. Oremos pela queridinha do momento para que ela se liberte e passe a ser firmeza e coluna da verdade!

Ir. Marcos Pinheiro

3 comentários:

  1. É, até parece que Charles Spurgeon vive no nosso tempo, 120 anos depois, o que verificamos é que ele estava certo. É uma tragédia, mas a verdade é que seu comentário tem tudo a ver com o que ocorre hoje nas igrejas, ou melhor, circus.

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  2. É de se refletir. É olhar para dentro de nossas igrejas e ideais e pensar: Faço parte desta igreja?
    ... e disse Jesus: "examine-se a si mesmo o homem."
    Abençoado,
    já venho a refletir sobre isso a algum tempo, e isso me preocupa.

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  3. Graça e Paz querido!
    Minha oração a Deus é para que Ele conserve e levante mais profeta para servir de instrumento para cura da igreja de Cristo.
    Deixo o endereço do blog: http://metodista-ituverava.blogspot.com.br/ e também outro endereço: http://cantinho-disciplina.blogspot.com.br/

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