PASTORES LEPROSOS: A OBRA DE DEUS NO
ESTILO EGÍPCIO
É prática comum ouvirmos de
alguns pastores e “ministros de música” as seguintes expressões anti-bíblicas:
“Deus ama você e deseja que você seja tudo aquilo que você quer ser”; “Deus
deseja cumprir seus sonhos”; “Seja um associado de Jesus”; “Acrescente Jesus à
sua vida”. Ao invés de ensinarem que devemos nos submeter totalmente a Cristo,
obedecê-lo sem questionar e segui-lo sem reclamar, estão ensinando que Jesus
veio ao mundo para ajudar as pessoas em suas necessidades de auto-satisfação
pessoal.
O verdadeiro cristianismo
não é você se tornar um associado de Jesus. O verdadeiro Evangelho não se trata
de acrescentar Jesus à sua vida, nem se trata de realizações de sonhos. O
verdadeiro Evangelho consiste nos devotarmos inteiramente a Jesus e submetermos
completamente à sua vontade. Ou seja, o verdadeiro Evangelho demanda morrer
para si. Na verdade, esses pastores estão realizando uma obra, que não é a de
Deus, no estilo do Egito. Portanto, são pastores leprosos porque a obra feita
no estilo egípcio é carnal, impura, contaminada com o pecado. É sempre leprosa.
Quando se tenta realizar a
obra de Deus através de meios carnais, ministra-se morte e não vida. Muitos
líderes estão fazendo a obra de Deus no estilo do Egito porque querem derrubar
celeiros e construir outros maiores: catedrais, catedrais e mais catedrais. Somente
assim, eles se sentirão satisfeitos em reter o status quo. Os pastores leprosos
sabem que se sacudir o banco da igreja com a sã doutrina significa perda de
prestígio, poder e até uma aposentadoria gorda. O negócio é fazer a obra de
Deus no estilo egípcio: adocicado, meloso festeiro, gaiato, carnavalesco,
coreográfico, humorístico e teatral.
A preocupação daqueles que
realizam a obra de Deus no estilo do Egito é tão somente com estatísticas. Quantos
freqüentam os cultos aos domingos, quantos cantores compõem o coral da igreja,
quantos instrumentos acompanham o louvor, quantos grupos de louvor a igreja
possui, qual a extensão da obra social da igreja. Os pastores leprosos não dão
a mínima importância quantos estão sendo formados à semelhança de Cristo,
quantos estão buscando ter um coração segundo o coração de Deus.
O culto na igreja dos
pastores leprosos é uma barulhada insuportável com uma hora de
bumbumpraticumbumprugurundum. Sem falar da sessão de rock e das coreografias de
mocinhas com mini-saia e costa nua trombando umas com as outras mostrando um
desconhecimento total do que seja o culto, do que seja adoração, de qual seja o
propósito da proclamação do Evangelho. A igreja dos líderes leprosos adota “o
culto das torcidas”. Pasmem! Há um culto para cada time de futebol. O culto é
somente para os torcedores daquele clube, e as “ovelhas” vêm com o uniforme do
seu time. Esses leprosos estão transformando o culto divino em circo de
horrores, ao invés de adoração ao Deus trino.
Os pastores leprosos não
discernem que o estilo do Egito não pode ser transformado. Ninguém pode
cristianizar o estilo egípcio. Ninguém pode santificar o profano. Santo é santo
e impuro é impuro. Se houvesse algum valor no estilo do Egito, Jesus certamente
teria partilhado dele. Em João 17:11 Jesus foi contundente: “Eles não são do mundo
como eu do mundo não sou”. Paulo foi enfático em Romanos 9:33: “Eis que ponho
em Sião uma pedra de tropeço e uma rocha de escândalo”. Isso implica dizer que
a obra de Deus é confrontadora e ofensiva ao homem natural. Portanto, não tem
como suavizar a mensagem da cruz, não tem como adequá-la ao estilo egípcio.
Aqueles que fazem a obra em
nome de Deus no estilo do Egito ganham ampla reputação e reconhecimento, porém
Cristo é diminuído. Os líderes leprosos têm o “eu” enaltecido. São cheios de
gabolice. Hoje os anéis nos dedos dos pastores leprosos são exibidos
esplendorosamente. E, como há doutores Murdock’s e doutores Cerullo’s hoje!
Paulo quando apareceu no cenário de sua época não se gabou dizendo que era
formado na Universidade de Gamaliel, ou falava muitos idiomas, ou que era amigo
de muitos reis, governos e homens famosos. Mas, ele disse: “Se eu vier a
gloriar-me, não serei néscio, porque direi a verdade, mas abstenho-me para que
ninguém se preocupe comigo mais do que em mim vê ou de mim ouve” ( 2 Cor 12:6).
Em outras palavras: “Não quero falar sobre mim mesmo; não quero glória”. Se
pregarmos no estilo do céu, nossa reputação irá decrescer e Cristo crescerá.
Esses “doutores” deveriam
aprender com os nossos irmãos puritanos. Os puritanos só tinham um interesse: A
glorificação de Deus. Eles rejeitavam entrevistas nos jornais da época. Os
puritanos assinavam as suas mensagens só com as iniciais, pois temiam que
alguém pudesse honrá-los e roubar de Cristo toda a glória. Eles não queriam que
a capa de seus livros fosse a cores nem tivesse suas fotos para evitar que as
pessoas se distraíssem em relação à mensagem. Todos eles morreram na fé,
rejeitados pela religião organizada, e quase desconhecidos. Porém, hoje, falam
mais alto do que nunca.
Jesus se apresenta nos
evangelhos como desprezado, censurado, perseguido, sem ter onde reclinar a
cabeça, bem diferente dos “doutores Murdock’s” e dos “doutores Cerullo’s” de
hoje. Esses “doutores” estão induzindo os crentes a preferirem as bênçãos
físicas da velha aliança do que as bênçãos espirituais prometidas por Cristo.
Em seus desesperos para arrecadar mamon chegam às raias do ridículo com
mensagem do tipo “Quatro atitudes para você nunca perder o emprego”. Enfim, o
povo é levado a valorizar o estilo leproso de Egito.
Quando Jesus andou por esta
terra, Ele estava cercado pela riqueza e opulência dos poderes romanos. Mas,
Jesus rejeitou tudo isso. Jesus exaltou a excelência e a superioridade dos
valores espirituais sobre os valores físicos.
Os lideres afeiçoados com o
estilo do Egito enganam as pessoas curando superficialmente suas feridas
através da técnica de manipulação. No entanto, suas palavras são como penas,
sem peso, desprovidas de autoridade celestial.
Para impressionar a platéia
os pastores leprosos abrem o culto com o que eu chamo de “chavão terapêutico”:
“Nesta noite vamos com ousadia romper o sobrenatural”. Ora, somente Deus rompe
o sobrenatural. Ele é quem comanda, decreta, ordena, declara, libera e
determina.
Os pastores leprosos tentem
dar uma nova embalagem ao Evangelho. Tentam antropologizar, sociologizar e
psicologizar a Palavra de Deus. Nesse contexto, colocam adendo e suplemento à
Bíblia. Já ouvi um pastor leproso dizer o seguinte veneno: “Jesus foi um
contador de estórias, em sua fala quase nada existe de doutrina” Que blasfêmia!
Essa nova embalagem que os pastores leprosos têm dado ao Evangelho tornou o
Evangelho sensacionalista, corporativista, de glamour, de diversão.
Se colocarmos algum enxerto
no Evangelho por mais belo que esse enxerto pareça ser, faremos da cruz de
Cristo uma coisa vã, e a sua glória se esvairá. Os filósofos gregos, quando
ouviram a mensagem de Paulo disseram que ele era um louco, um tagarela. Isso
porque o que Paulo pregava era incompatível com as teorias e conceitos
filosóficos dos gregos. Paulo nunca colocou enxerto na mensagem da cruz.
Façamos a obra do Senhor no estilo do céu!
Ir. Marcos Pinheiro
As pessoas perderam o temor, perderam o sentido do evangelho, lamentável, porém é satisfatório saber que Deus tem levantado profetas homens e mulheres para estabelecer a verdade. Deus o abençoe!
ResponderExcluire verdade!!!!!
ResponderExcluir