A IGREJA
MERCADO-TEATRO
Nesse tempo do fim, Satanás
está lançando mão de suas últimas armas. Líderes estão dando ao povo um
evangelho macio, adaptado aos padrões do mundo. Roupas na igreja? Qualquer uma
serve: mini-saia, short, vestido transparente, tomara que caia. Música? “Rock
cristão”, “samba evangélico”, “forró gospel”. A igreja atual é um
templo-mercado-teatro. Mercado porque tem lucro de milhões em rendimentos com
ações e aplicações financeiras. Teatro porque Deus tem sido tratado como um
palhaço numa gaiatice de circo. Enfim, a igreja tem se transformado num grande
parque temático. Nesse contexto, a fiel pregação da Palavra é substituída por
anedotas motivacionais.
Os líderes da igreja
Mercado-Teatro consideram a sucessão pastoral como se fosse uma empresa
familiar, algo hereditário. Consagram seus filhos, sobrinhos e genros a
pastores. Esses homens nunca perdem o senso de negócio. Por isso, fazem do
ministério um cabide de emprego a fim de controlar e manipular os
crentes-clientes. A igreja Mercado-Teatro é “rica”, “esplendorosa”, laodiceiana.
Mas, o Senhor sente náusea e a vomitará!
O grande problema das
igrejas Mercado-Teatro é que seus adeptos não estão envolvidos em koinonia
cristã. As pessoas não se conhecem. Dirigem-se aos cultos-shows em busca de uma
resposta mágica para seus problemas, inclusive, para o sucesso de seus
negócios. O lema dos pastores dessas igrejas é: “Venham para minha igreja,
temos tudo o que vocês necessitam: campanhas proféticas, orações proféticas,
massagens de ego e culto dos empresários.
Os pastores das igrejas
Mercado-Teatro estão travestidos de um “cristianismo judaizante”. Para
impressionar seus fregueses, usam a terminologia incorreta para o templo sede
chamando-o de santuário e suas congregações de catedrais. Aos seus cantores os
chamam impropriamente de levitas.
Todo
o Antigo Testamento aponta para Jesus e tem Nele o seu cumprimento. Ele cumpriu
toda a lei (Mt 5:17). Ele é maior do que todo o cerimonial e o templo.
Ademais, o ministério sacerdotal que inclui os levitas, se encerrou no Antigo
Testamento. Todo ministério sacerdotal foi substituído integralmente por Jesus.
A Bíblia diz que Jesus é o nosso sacerdote no céu (Hb 10:21) e sacerdote para
sempre (Hb 5:6). No Novo
Testamento não existe mais a figura do “sacerdote” se referindo a homens, a não
ser em 04 ocasiões onde ela aparece no plural (1 Pe 2:9; Ap 1:6; 5:10; 20:6),
nestes casos se referindo à toda igreja, ao conjunto do povo de Deus, como
sacerdotes do Senhor. É o que Martinho Lutero chamou de: O Sacerdócio Universal
de Todos os Crentes. Na relação dos dons citados nas Escrituras (Ef 4:11; 1 Pe
4:9-10; 1 Co 12:8-10; 28; Rm 12:6-8) não aparece o dom de “levita” e nem faz qualquer menção a ministérios sacerdotais.
Lamentavelmente, muitas
igrejas históricas caíram no laço “macedoísta”. Criaram o chamado “culto dos
empresários” onde se ensina a “fé do retorno financeiro”, ou seja, a “fé
dolarizada”, “a fé eurolizada”. Você planta Real e recebe a recompensa de Deus
em Dólar e em Euro. Que mentalidade pecaminosa!
Os líderes das igrejas Mercado-Teatro não enxergam um palmo além do
próprio umbigo. O mamon ocupa suas megalomaníacas fantasias o que os fazem
distanciar anos-luz da igreja primitiva em generosidade, amor, compaixão e
comunhão com Deus.
Esses líderes se inspiram nos executivos de empresas
de marketing de rede, como McDonald’s e Burger-King. Alardeiam a expansão de
seu império e exibem suas aquisições materiais como sendo “bênçãos”. Justificam
seu “sucesso” pelo jargão: “A glória da segunda casa será maior do que a da
primeira”. A ascendência desses líderes é notória por todos. Começam com um
Fusca, depois um Pálio, depois um Eco-Sport, depois um Corola, depois uma BMW a
prova de bala. Como chegaram ao topo do transporte terrestre, adquirem um
Jatinho. Mais tarde, troca de esposa e vai morar numa cobertura na beira mar.
Tudo é contado do púlpito como testemunho.
Esses líderes perderam a
visão de que o Evangelho é sobre nossa intimidade com Deus e não sobre nossa
comunhão com a ostentação. Cristo não é mais exaltado por ser o provedor de
riquezas. Ele é mais exaltado por satisfazer a alma daqueles que se sacrificam
pelo Evangelho. Paulo, Pedro, Estevão e tão grande nuvem de testemunhas
deram-se ao martírio em nome da eternidade e não em nome da ostentação. Esses
réprobos mercadores esqueceram que nosso compromisso é com a Jerusalém
celestial e não com as coisas efêmeras desta vida. Simplicidade não é
escândalo, nem maldição como quer a nefasta teologia da prosperidade. É urgente
resgatar a credibilidade da igreja trocando a jactância pelo verdadeiro
testemunho.
O verdadeiro Evangelho não
tem nenhuma associação com o mundo de negócios, nem com sucesso de bilheteria.
Ir. Marcos Pinheiro
Muito forte...infelizmente muitos tem esquecido o valor do verdadeiro evangélio o precisamos é exatamente o nome deste blog, voltar as raízes! Que o Senhor abra nossos olhos espirituais!
ResponderExcluirQue Deus abençoe!