CARTA ABERTA AO PASTOR-BELSAZAR
Pastor-Belsazar, você está
sendo pesado na balança divina!
À Semelhança do festim
profano de Belsazar você tem profanado as coisas do céu. Você vive alardeando
que o culto de sua igreja é espetacular, fantástico, esplêndido, tremendo,
lindo, chique, maravilhoso, inigualável. Num marketing sem precedente, você
diz: “Na minha igreja tem berçário, estacionamento vertical, telões de LED,
granito, vitrais, púlpito de vidro, castiçais de ouro, tapete Persa na
passarela, poltronas massageadoras, sistema de som do último tipo. Como se não
bastasse tanta gabolice, ainda diz: “Nosso santuário é o mais lindo do Nordeste
e a nossa igreja ganha dos shoppings Rio-Mar, Iguatemi e Via Sul. Aliás, você
comparou bem a sua igreja, ela não passa de um shopping.
A igreja, pastor-Belsazar,
não pode perder seu caráter de origem divina. A igreja não é uma ONG religiosa
para prestar os serviços que o povo deseja. A igreja não existe para abençoar o
povo em seus pecados. Ela é o corpo de Cristo, incumbida de chamar os homens a
aceitarem suas vidas com Deus. A igreja deve pregar o que João Batista pregou,
o que Jesus pregou, o que a igreja primitiva pregou: Arrependam-se,
reconciliem-se com Deus, mudem de vida ou perecerão no inferno! Lamentavelmente,
para você a igreja não passa de uma agência que almeja vencer um concurso de
popularidade.
O que mais me impressiona
pastor-Belsazar é que com o seu carisma carnal você consegue puxar aplausos de
seus bodes nanicos para as suas profanações. Com o seu poder midiático e suas
arrecadações gordas, você encanta os incautos. Suas pregações sempre têm um
pouco de show, um pouco de palhaçada e um pouco de auto-ajuda. O estilo Hollywoodiano
de seus sermões atrai, porém empurra para a periferia os princípios bíblicos,
inclusive o arrependimento. Por isso, o seu rebanhão está morrendo de inanição.
O culto de sua igreja é
voltado para o estrelismo. Para manter o público, você sempre anuncia um cantor
“figurão” que estará presente. Desse modo, o homem passa a ser o parâmetro do
culto. O alvo do culto que deveria ser Deus é perdido. Nesse contexto, cria-se
um sentimento de êxtase e não uma espiritualidade sadia. Quando Deus deixa de
ser o centro, o culto torna-se um festim de Belsazar.
Pastor-Belsazar, você quer
demonstrar para os seus ouvintes que é um defensor da sã doutrina. Mas, é
preciso sair da lama para combater a lama. Você está enlameado até o pescoço.
Você, pastor-Belsazar, está embriagado com os alaridos de Amaleque. Chegou às
raias do ridículo afirmando publicamente que tem pedigree. Na verdade,
pastor-Belsazar, você está revestido com as mesmas roupas da escuridão que o
mundo veste.
Lamentavelmente,
pastor-Belsazar, a sua identificação com o lixo musical do mundo que é próprio
dos ímpios, dos cultuadores de demônios, é óbvia. Você abre o seu programa na
rádio FM com um samba-gospel, usa gírias e até diz impropérios. Tudo é adaptado
com o propósito de satisfazer as inclinações carnais dos ouvintes. Além disso,
para impressionar os ouvintes há um marketing de sua oração no início do
programa, uma gravação com voz reverberada diz: “Você vai ouvir agora, uma
oração, uma oração com o pastor...”
Pastor-Belsazar você perdeu
a consciência do sagrado. Você perdeu a paixão pela cruz. Você amalgamou a
mensagem da cruz ao mundo a fim de tirar uma colheita abundante de adeptos. Eu
disse “adeptos”, não disse “convertidos”, pois sua mensagem é tão rasa que não
leva as pessoas à convicção de pecados. Não leva as pessoas a se compreenderem
de que estão perdidas e necessitam de salvação. Pastor-Belsazar, você está tão
comprometido com o secular que citou no seu programa de rádio o ímpio Sigmund
Freud como um grande homem. Não entendo a sua afirmação, pois Freud era um ateu
convicto, empedernido e se opunha veementemente ao sobrenatural, especialmente
o sobrenatural ligado à Bíblia. Freud ensinou que as doutrinas cristãs são
todas ilusões e o cristianismo é a neurose universal da humanidade. Foi esse um
grande homem?
Pastor-Belsazar, você está
inserido numa cultura de “babação”. Não querendo ser politicamente incorreto,
você elogiou os hábitos franciscanos do novo papa. Você não percebeu que o papa
ao dizer: “Não tenho ouro nem prata, mas o que tenho isto de dou”, ele não
completou a frase: “Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno!” Ou seja, Jesus foi o
grande ausente, e o seu Evangelho foi o grande ignorado. O papa não é
referência para a igreja evangélica, até porque ele não falou em momento algum
que não há salvação fora de Cristo e que o Evangelho é o poder de Deus para
salvação de todo aquele que crê. Ademais, na revista “Veja” ele aparece
beijando uma estatueta de Aparecida. Não o vi segurando a Bíblia. Não o vi reverenciando
a Palavra de Deus. Ele falou de Maria, mas não falou de Jesus. Citou-o, mas não
falou dele. Portanto, nem o papa Francisco nem o Francisco de Assis são modelos
para a igreja evangélica.
Pastor-Belsazar, você está
sendo pesado na balança divina e está em falta!
Tenho dito,
Ir. Marcos Pinheiro
Nenhum comentário:
Postar um comentário