MINISTÉRIO
DE DANÇAS? ESSA NÃO!
A
igreja e o mundo representavam padrões opostos. A adoração nunca devia ser
contaminada pelos desonrosos entretenimentos populares. Empregar na adoração
algo proveniente de uma cultura devassa é pecaminoso. Se consultarmos o Antigo
ou o Novo Testamento, veremos que pureza e separação são requeridas na
adoração. Deve existir uma clara distinção entre o santo e o secular, entre o
limpo e imundo.
A adoção de danças e coreografias como
componentes da adoração divina é uma atitude de grande insensibilidade e
crueldade pastoral. Essa atitude tem destruído nos jovens todo o senso de
separação do mundo, entregando-os como paralíticos espirituais, ao poder da
cultura secular. O movimento de danças e coreografias como adoração ao Senhor é
o instrumento do diabo usado para derrubar as muralhas doutrinárias de Sião.
Muitos para justificar as dança e as
coreografias como componentes de adoração a Deus citam a dança de Davi em I Crônicas15:29, 2 Samuel 6:16. O episódio da dança de Davi
foi um ato de santa excitação pela glória de Deus presente na arca. A dança foi a excitação santa de um homem
santo que sabia a função da arca dentro do templo. Não devemos esquecer que a
dança de Davi foi uma atitude pontual e única. Esta manifestação da dança não
se repetiria mais, mesmo nos mais exaltados momentos de júbilo. Portanto, não
podemos tomar um ato pontual e único e formar uma doutrina ou mesmo dizer “Na
minha igreja tem o ministério da dança”.
Dança e a coreografia como componentes de
adoração coletiva, não encontra respaldo nas Escrituras. Basta observarmos as
atitudes posteriores de Davi. Em toda a preparação dos dispositivos para o
culto no futuro templo (capítulos 16
a 29 de I Crônicas), Davi em nenhum momento encontra
lugar para a dança.
Aconselho os defensores da dança e da
coreografia lerem os livros de I Crônicas, II Crônicas, I Samuel, II Samuel, I
Reis e II Reis e tentem encontrar outras danças de Davi. Davi nunca deu
instruções aos levitas com respeito a quando e como dançariam no templo. Se
Davi cresse que a dança e a coreografia deveriam ser componentes na adoração
divina teria dado instruções aos músicos. Davi foi o fundador da de música no
templo. Ele deu claras instruções aos musicistas com respeito a quando e o que
instrumentos usarem. Não encontramos nenhuma instrução quanto a danças.
No Novo Testamento há duas palavras gregas
para dança: “orcheomai” e “choros”. “Orcheomai” aparece quatro vezes. Duas
relativas à dança sensual da filha de Herodias (Mt 14:6, Mc 6:22). As outras
duas vezes aparece em Mateus 11:17 e em Lucas 7:32 fazendo referência às danças
dos meninos. Nesses textos Jesus censura a geração de sua época comparando-a
aos meninos que se assentam nas praças tocando e dançando. Jesus diz que a
geração de sua época é uma geração imatura tal como as crianças que tocam e
dançam nas praças. A palavra “choros” aparece uma vez em Lucas 15:25 que é
traduzida por dança, referindo-se à volta do filho pródigo. Ninguém pode usar a
passagem de Lucas 15:25 para justificar a dança na igreja. Trata-se de uma
parábola, e não devemos formar doutrina de parábolas. A dança, no contexto, não
se refere à dança religiosa, trata-se de uma festa familiar. Não se trata de
culto a Deus.
O cenário das danças e coreografias é o nosso
inimigo, e não o nosso aliado. É bastante perceptível, que em todo lugar onde a
dança e a coreografia tem sido adotado como expressão de adoração a Deus, se
introduz uma perda de reverência, unida ao mundanismo e à superficialidade.
É o que eu tenho a dizer,
Ir.
Marcos Pinheiro
Nenhum comentário:
Postar um comentário