SALVAÇÃO A PRESTAÇÃO? ESSA NÃO!
Há duas condições para o
homem nascer de novo, ser regenerado, ser salvo: arrependimento e fé. A fé é a
confiança em Cristo Jesus como Senhor e Salvador. É a total entrega da
personalidade a Deus por parte do pecador. O arrependimento implica mudança
radical do homem interior.
Desde o início do Evangelho
que o arrependimento é mostrado como necessário à conversão. A palavra grega para
arrependimento é metanóia, que traz a ideia de virar
a mente pelo avesso. É uma mudança radical.
Precisamos voltar a este
ponto crucial: a conversão implica em mudança radical de estilo de vida. Um
convertido muda de comportamento porque muda sua visão. A pessoa convertida
rompe com a prática do pecado. Passa a ter nojo da prática do pecado.
Regenerar significa “gerar
outra vez”. É o novo nascimento, que Jesus expôs a Nicodemos. A pessoa muda
tanto que se torna outra criatura. A conversão transforma a pessoa. O pecador
regenerado amava o pecado, mas agora ama a Deus e quer agradá-lo. Não é mais
escravo do pecado.
Nesse contexto, dizer que há
pessoas que se convertem repentinamente e outras se convertem a prestação não
tem respaldo bíblico. “Convertido” que vai deixando as coisas do mundo
devagarinho não existe nas Escrituras – “Se o filho de Deus vos libertar
verdadeiramente sereis livres” (Jo 8:36). O convertido não sai do mundo aos
poucos.
É devido à “Doutrina da
Salvação a Prestação” que muitos que estão nas igrejas não acham nada demais
ser crente e pousar seminua nas redes sociais. Não acham nada demais ser crente
e, assistir filmes pornográficos, ter relações sexuais antes do casamento,
sonegar impostos, subornar o guarda de trânsito, ser dono de uma rede de
motéis, dançar em um bloco carnavalesco, continuar fumando.
A
“Doutrina da Salvação a Prestação” levou a igreja contemporânea a ser mundana.
Muitos ministérios e serviços são mundanos, porque copiam a mentalidade do
mundo. O espírito do mundo permeou a vida eclesiástica. O Reino de Deus é visto
por uma perspectiva umbilical, ou seja, do ponto de vista do seu umbigo. A
visão é de ser uma mega-igreja. O que é isto a não ser mundanismo, espírito de
grandeza? É preciso
evitar personalismos e sufocar a necessidade de brilhar e obter reconhecimento.
A maior
necessidade das lideranças hoje é ter “a mente de Cristo” (1Co 2.16). Pastor, você pensa como Cristo ou como o
mundo? Para pensar como Cristo se faz necessário viver à sombra da cruz. A cruz
é a única fonte de saúde espiritual válida para nós. Ela é libertadora da
“síndrome do umbigo”. A volta à ortodoxia bíblica é o excelente antídoto à
“Doutrina da Salvação a Prestação”.
Ir.
Marcos Pinheiro
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