CAFETÕES DA PROSPERIDADE
Durante séculos a igreja pregou a renúncia e denunciou a cobiça como pecado. A pregação evangélica enfatizava que os crentes não deveriam se apegar às coisas materiais. Hoje, ter um encontro com Jesus constitui quase que ganhar na loteria. A pregação escatológica sobre a vinda de Jesus, a pregação sobre renúncia, negação de si mesmo, tomar a cruz, caminho estreito, submissão ao Espírito Santo e obediência perderam terreno. A maldita teologia da prosperidade apregoa que Jesus veio ao mundo pregar o Evangelho aos pobres justamente para que eles deixassem de ser pobres. Os cafetões da prosperidade têm ensinado que todos os crentes devem ser ricos financeiramente, ter o melhor salário, a melhor casa e o melhor carro. Se o crente não vive assim, é porque não tem fé, ou está em pecado, ou debaixo de alguma maldição. A ênfase é adquirir riquezas a qualquer custo. A ênfase é no sucesso, é chegar ao topo, é ser diamante aqui na terra. O grande mal dessa teologia da prosperidade é que Deus é visto como uma espécie de investimento, ou seja, o crente doa recursos financeiros na certeza de que Deus está obrigado a lhe dar uma resposta através de muito dinheiro. Existe nessa teologia uma nítida relação de troca. Aliás, para os cafetões da prosperidade toda e qualquer passagem bíblica serve como pretexto para estabelecer a relação de troca com Deus. A idéia de que Deus prometeu deixar ricos todos os crentes é uma falácia, é um engano. Aliás, Deus advertiu contra isto: “Os que querem ser ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína” (I Tm 6:9). Os cafetões da prosperidade postulam: “Se Deus é rei, então, seus filhos devem ter o que de melhor existe no mundo”. O resultado desse postulado maligno leva as pessoas a terem uma lista de ordens para Deus, chegando a decretar, determinar e exigir que o Senhor faça uma série de coisas. Aqui cabe uma pergunta: Quem somos nós para decretar, determinar, exigir alguma coisa de Deus? Imagine um servo que, ao invés de fazer o serviço, está dando ordens para o dono da casa. Isso seria um atrevimento. Podemos e devemos apresentar nossos pedidos diante do Senhor, mas nunca ordens, determinações. Nossa posição perante o Senhor é de servo submisso que não apresenta exigências, mas que busca viver conforme a Sua vontade. Servos não exigem, submetem-se. Os cafetões da prosperidade transformam Deus em nosso fantoche, um Deus que age de acordo com os nossos comandos e vontades. É preciso entender que Deus é Soberano e não podemos rebaixá-lo ao nível humano. A verdadeira prosperidade não consiste em conseguirmos tudo o que queremos, mas consiste em estarmos onde Deus quer que estejamos. Se o Evangelho for garantia de riqueza como apregoam os cafetões da prosperidade, então, Jesus não conheceu esse Evangelho, pois em Mateus 8:20 diz que Ele não tinha onde reclinar a cabeça. Quando José e Maria foram ao templo apresentar Jesus no oitavo dia, levaram consigo a oferta do pobre “E para darem a oferta segundo o disposto na lei do Senhor: um par de rolas ou dois pombinhos” (Lc 2:24). Em Levítico 12: 8 diz “Mas, se as suas posses não lhe permitirem trazer um cordeiro, tomarás então duas rolas ou dois pombinhos”. Para os cafetões da prosperidade a situação financeira de José e Maria indica que o casal estava sob algum tipo de maldição, pois não tinham condições de ofertar um cordeiro. Paulo, também não conheceu esse Evangelho dos cafetões, pois viveu sem riquezas, “Até a presente hora sofremos fome e sede, e estamos nus, e recebemos bofetadas e não temos pousada certa” (I Co 4:11), “Como pobre mas enriquecendo a muitos” ( 2 Co 6:10). Para os cafetões da prosperidade, Paulo era um homem sem fé ou estava em pecado ou sob alguma maldição. Durante o período de perseguição o apóstolo João foi banido para a ilha de Patmos. A única população que existia naquela ilha era alguns prisioneiros exilados e condenados a viver lá até o fim de seus dias. João foi mandado para morrer na ilha de Patmos como os prisioneiros que estavam lá. Quantas noites de frio, João teve que enfrentar sem nenhum cobertor? Quantas vezes, João acordava, tremendo de frio, nas madrugadas geladas, devido às tempestades do mediterrâneo? Que tipo de comida João teve para se alimentar? Banido naquela ilha, isolado, longe da civilização, João não tinha dinheiro, nem conforto, nem igreja, nem pousada digna. Na visão dos cafetões da prosperidade, João era um derrotado e estava sob alguma maldição. Mas foi naquela situação aparentemente de fracasso que João foi arrebatado em espírito e recebeu as maravilhosas revelações do tempo do fim. A verdade é que os cafetões são criadores de expectativas ilusórias para o povo. Eles têm transferido o céu para a terra, dando ao céu um sentido materialista, visível, hedonista e egocêntrico. Manipulam as pessoas para que acreditem que para serem “valentes de Deus da última hora” têm de forçosamente mexer nas carteiras. Os cafetões da prosperidade seguem o exemplo e o legado de Geazi. Após Naamã ter recebido a cura de sua lepra queria ofertar o profeta Eliseu. O profeta, porém, achou injusto tirar proveito daquilo que Deus fez através dele e, recusou a oferta de Naamã. Geazi, servo de Eliseu, tinha um coração cobiçoso e, por isso, intentou desvirtuar o ato gracioso de Deus visando proveito próprio. Ao ver Eliseu recusar os presentes e o dinheiro de Naamã, Geazi foi atrás da caravana de Naamã para tomar para si aquilo que alimentaria seu espírito mercenário. Geazi deu início àquilo que ainda nos dias de hoje encontra ressonância: o assalto aos bolsos alheios através dos púlpitos. Há diferenças gritantes entre o verdadeiro pastor e o cafetão da prosperidade: o verdadeiro pastor busca o bem das ovelhas, o cafetão busca os bens das ovelhas, o verdadeiro pastor dirige igreja, o cafetão dirige igreja-empresa, o verdadeiro pastor vive à sombra da cruz, o cafetão vive à sombra dos holofotes. Os cafetões da prosperidade têm transformado a casa do Senhor em covil de iniqüidade, têm corrompido a igreja com doutrinas abomináveis, mas os seus dias estão contados. Nesta última hora, Deus vai purificar a sua igreja, vai queimar a palha sem valor em sua casa. O Senhor sairá como valente, despertará o seu zelo como homem de guerra e mostrará sua força contra seus inimigos. Nesse tempo do fim, o Senhor vai levar à falência todo mau trabalhador que tem usurpado os púlpitos. O Senhor vai acabar com todo ministério que for da carne, da autopromoção e da cobiça. Os dias de fingimento estão chegando ao fim, Deus vai destronar os cobiçosos, os cafetões da prosperidade. O Senhor vai acabar com o “Evangelho” das guloseimas. Todos conhecem a parábola das dez virgens. Cinco delas foram barradas da festa matrimonial porque tinham saído para comprar óleo quando o noivo chegou. O noivo não lhes perguntou aonde elas tinham estado; não as repreendeu por terem deixado faltar o azeite; não lhes disse que tinham chegado tarde demais. O noivo simplesmente disse-lhes: “Não vos conheço”. Este é o âmago da parábola. Em outras palavras Jesus, o noivo, estava dizendo-lhes: “Vocês nunca me levaram a sério; Vocês banalizaram a minha salvação; Vocês incentivaram o meu povo a avareza; Vocês conduziram a igreja a fazer barganha comigo”. Essas serão as palavras que os cafetões da prosperidade ouvirão do Grande Eu Sou!
Ir. Marcos Pinheiro
Durante séculos a igreja pregou a renúncia e denunciou a cobiça como pecado. A pregação evangélica enfatizava que os crentes não deveriam se apegar às coisas materiais. Hoje, ter um encontro com Jesus constitui quase que ganhar na loteria. A pregação escatológica sobre a vinda de Jesus, a pregação sobre renúncia, negação de si mesmo, tomar a cruz, caminho estreito, submissão ao Espírito Santo e obediência perderam terreno. A maldita teologia da prosperidade apregoa que Jesus veio ao mundo pregar o Evangelho aos pobres justamente para que eles deixassem de ser pobres. Os cafetões da prosperidade têm ensinado que todos os crentes devem ser ricos financeiramente, ter o melhor salário, a melhor casa e o melhor carro. Se o crente não vive assim, é porque não tem fé, ou está em pecado, ou debaixo de alguma maldição. A ênfase é adquirir riquezas a qualquer custo. A ênfase é no sucesso, é chegar ao topo, é ser diamante aqui na terra. O grande mal dessa teologia da prosperidade é que Deus é visto como uma espécie de investimento, ou seja, o crente doa recursos financeiros na certeza de que Deus está obrigado a lhe dar uma resposta através de muito dinheiro. Existe nessa teologia uma nítida relação de troca. Aliás, para os cafetões da prosperidade toda e qualquer passagem bíblica serve como pretexto para estabelecer a relação de troca com Deus. A idéia de que Deus prometeu deixar ricos todos os crentes é uma falácia, é um engano. Aliás, Deus advertiu contra isto: “Os que querem ser ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína” (I Tm 6:9). Os cafetões da prosperidade postulam: “Se Deus é rei, então, seus filhos devem ter o que de melhor existe no mundo”. O resultado desse postulado maligno leva as pessoas a terem uma lista de ordens para Deus, chegando a decretar, determinar e exigir que o Senhor faça uma série de coisas. Aqui cabe uma pergunta: Quem somos nós para decretar, determinar, exigir alguma coisa de Deus? Imagine um servo que, ao invés de fazer o serviço, está dando ordens para o dono da casa. Isso seria um atrevimento. Podemos e devemos apresentar nossos pedidos diante do Senhor, mas nunca ordens, determinações. Nossa posição perante o Senhor é de servo submisso que não apresenta exigências, mas que busca viver conforme a Sua vontade. Servos não exigem, submetem-se. Os cafetões da prosperidade transformam Deus em nosso fantoche, um Deus que age de acordo com os nossos comandos e vontades. É preciso entender que Deus é Soberano e não podemos rebaixá-lo ao nível humano. A verdadeira prosperidade não consiste em conseguirmos tudo o que queremos, mas consiste em estarmos onde Deus quer que estejamos. Se o Evangelho for garantia de riqueza como apregoam os cafetões da prosperidade, então, Jesus não conheceu esse Evangelho, pois em Mateus 8:20 diz que Ele não tinha onde reclinar a cabeça. Quando José e Maria foram ao templo apresentar Jesus no oitavo dia, levaram consigo a oferta do pobre “E para darem a oferta segundo o disposto na lei do Senhor: um par de rolas ou dois pombinhos” (Lc 2:24). Em Levítico 12: 8 diz “Mas, se as suas posses não lhe permitirem trazer um cordeiro, tomarás então duas rolas ou dois pombinhos”. Para os cafetões da prosperidade a situação financeira de José e Maria indica que o casal estava sob algum tipo de maldição, pois não tinham condições de ofertar um cordeiro. Paulo, também não conheceu esse Evangelho dos cafetões, pois viveu sem riquezas, “Até a presente hora sofremos fome e sede, e estamos nus, e recebemos bofetadas e não temos pousada certa” (I Co 4:11), “Como pobre mas enriquecendo a muitos” ( 2 Co 6:10). Para os cafetões da prosperidade, Paulo era um homem sem fé ou estava em pecado ou sob alguma maldição. Durante o período de perseguição o apóstolo João foi banido para a ilha de Patmos. A única população que existia naquela ilha era alguns prisioneiros exilados e condenados a viver lá até o fim de seus dias. João foi mandado para morrer na ilha de Patmos como os prisioneiros que estavam lá. Quantas noites de frio, João teve que enfrentar sem nenhum cobertor? Quantas vezes, João acordava, tremendo de frio, nas madrugadas geladas, devido às tempestades do mediterrâneo? Que tipo de comida João teve para se alimentar? Banido naquela ilha, isolado, longe da civilização, João não tinha dinheiro, nem conforto, nem igreja, nem pousada digna. Na visão dos cafetões da prosperidade, João era um derrotado e estava sob alguma maldição. Mas foi naquela situação aparentemente de fracasso que João foi arrebatado em espírito e recebeu as maravilhosas revelações do tempo do fim. A verdade é que os cafetões são criadores de expectativas ilusórias para o povo. Eles têm transferido o céu para a terra, dando ao céu um sentido materialista, visível, hedonista e egocêntrico. Manipulam as pessoas para que acreditem que para serem “valentes de Deus da última hora” têm de forçosamente mexer nas carteiras. Os cafetões da prosperidade seguem o exemplo e o legado de Geazi. Após Naamã ter recebido a cura de sua lepra queria ofertar o profeta Eliseu. O profeta, porém, achou injusto tirar proveito daquilo que Deus fez através dele e, recusou a oferta de Naamã. Geazi, servo de Eliseu, tinha um coração cobiçoso e, por isso, intentou desvirtuar o ato gracioso de Deus visando proveito próprio. Ao ver Eliseu recusar os presentes e o dinheiro de Naamã, Geazi foi atrás da caravana de Naamã para tomar para si aquilo que alimentaria seu espírito mercenário. Geazi deu início àquilo que ainda nos dias de hoje encontra ressonância: o assalto aos bolsos alheios através dos púlpitos. Há diferenças gritantes entre o verdadeiro pastor e o cafetão da prosperidade: o verdadeiro pastor busca o bem das ovelhas, o cafetão busca os bens das ovelhas, o verdadeiro pastor dirige igreja, o cafetão dirige igreja-empresa, o verdadeiro pastor vive à sombra da cruz, o cafetão vive à sombra dos holofotes. Os cafetões da prosperidade têm transformado a casa do Senhor em covil de iniqüidade, têm corrompido a igreja com doutrinas abomináveis, mas os seus dias estão contados. Nesta última hora, Deus vai purificar a sua igreja, vai queimar a palha sem valor em sua casa. O Senhor sairá como valente, despertará o seu zelo como homem de guerra e mostrará sua força contra seus inimigos. Nesse tempo do fim, o Senhor vai levar à falência todo mau trabalhador que tem usurpado os púlpitos. O Senhor vai acabar com todo ministério que for da carne, da autopromoção e da cobiça. Os dias de fingimento estão chegando ao fim, Deus vai destronar os cobiçosos, os cafetões da prosperidade. O Senhor vai acabar com o “Evangelho” das guloseimas. Todos conhecem a parábola das dez virgens. Cinco delas foram barradas da festa matrimonial porque tinham saído para comprar óleo quando o noivo chegou. O noivo não lhes perguntou aonde elas tinham estado; não as repreendeu por terem deixado faltar o azeite; não lhes disse que tinham chegado tarde demais. O noivo simplesmente disse-lhes: “Não vos conheço”. Este é o âmago da parábola. Em outras palavras Jesus, o noivo, estava dizendo-lhes: “Vocês nunca me levaram a sério; Vocês banalizaram a minha salvação; Vocês incentivaram o meu povo a avareza; Vocês conduziram a igreja a fazer barganha comigo”. Essas serão as palavras que os cafetões da prosperidade ouvirão do Grande Eu Sou!
Ir. Marcos Pinheiro
Excelente.
ResponderExcluirNão resisti - me perdoe - e ri com a maldição que José e Maria deveriam estar sobre eles.
muito bom.
Apostasia, graças a Deus.
Em Cristo.
que bom que viu o video
ResponderExcluirhttp://www.youtube.com/watch?v=J34BKJet43Q
a proposito conhece o blog www.voltemosaoevangelho.blogspot.com ?
www.caminhoplano.blogspot.com
ResponderExcluirO final dos cafetões da prosperidade está se aproximando, todos serão dizimados.
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