CAFETÕES DAS MEGA-IGREJAS
O frenesi para o mundo dos negócios é: “cresça ou morra, sua empresa precisa ser a maior, portanto, cresça de qualquer jeito”. Essa mentalidade se infiltrou no meio evangélico resultando na construção de mega-igrejas. Essas mega-igrejas estão sendo vistas como um retrato da expansão do Reino de Deus aqui na terra, e tem sido confundido com avivamento. A igreja foi instituída para crescer. Jesus estabeleceu essa missão para a igreja, quando disse: “Ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra (Atos 1:8). À medida que o Evangelho é pregado cumpre-se a promessa de que a igreja se multiplicará. Em apocalipse 7:9 está registrado que o número dos remidos será imenso, mais do que a areia da praia. A grande questão é como ocorre esse crescimento. Não são poucos os livros que estão à venda sobre “Como fazer a igreja crescer”. Nesses livros a tese é atrair as pessoas oferecendo-lhes quatro coisas que elas precisam: sucesso, felicidade, amor e reconhecimento. Daí os temas: “novas metodologias”, “novas estratégias”, “novas técnicas” para encher a igreja. A conseqüência nefasta é que os líderes que aderiram a esse movimento de construção de mega-igrejas perderam a noção do que a igreja é e de como alguém se torna um de seus membros. Frases de cunho empresarial têm sido alardeadas por esses líderes tais como: “Temos o melhor produto do mundo para vendermos – a salvação”; “O que leva a igreja crescer é estar no lugar certo no tempo certo”; “Se você colocar o Evangelho na embalagem correta, as pessoas serão salvas”. Ou seja, a igreja não tem crentes, tem clientes. Clientes que pagam os salários dos pastores e pastores que movem céus e terra para ver sua igreja-empresa cheia.
Em Atos 4:31 nos informa que toda a igreja orava e “Tendo eles orado todos foram cheios do Espírito Santo”, no verso 33 Lucas nos diz que “Em todos havia abundante graça”. Em Atos 9:31 diz que a igreja se edificava no temor do Senhor e na consolação do Espírito Santo, e por isso se multiplicava. Em Atos 11: 24 Lucas vincula a eficácia do ministério de Barnabé, em Antioquia, ao fato de que ele era “cheio do Espírito Santo e de fé”. Portanto, o crescimento numérico nunca foi abordado, no Novo Testamento, como o interesse primordial da igreja. O crescimento vinha como conseqüência dos crentes serem cheios do Espírito Santo, andar no temor do Senhor e na consolação do Espírito Santo. A igreja participava da vida de Cristo, e por isso crescia, não inchava. Não foi a aplicação específica de qualquer técnica ou metodologia que fez a igreja crescer, não foi o mapeamento da receptividade ao Evangelho, nem o estabelecimento de alvos numéricos e nem cada um definindo para si mesmos os dons espirituais que levou o crescimento da igreja, mas foi o envolvimento com a Palavra, com a Doutrina Santa que trouxe o crescimento. Foi a vida de homens e mulheres que se despojaram de sua segurança terrena que trouxe o avivamento. Há pessoas que buscam ter um corpo musculoso e para isso fazem qualquer coisa, inclusive, tomam anabolizantes que dá excelentes resultados quanto ao crescimento da massa corporal. O problema é que os anabolizantes acabam por matar o corpo, através de cânceres, ataques cardíacos e outras seqüelas. Assim tem sido o crescimento de muitas igrejas: anabolizante, doentio, pulvéreo, que no final termina em morte espiritual. Constata-se claramente que o movimento de crescimento de igrejas não tem nada a ver com avivamento, pois a conversão é um mero exercício de persuasão humana e não um milagre da parte de Deus. As mensagens dos cafetões das mega-igrejas são anabolizantes, pois visam atender as necessidades sentidas tais como: reduzir o stress do seu dia a dia, evitar a fadiga da sua psique, construir uma personalidade forte, elevar sua auto-estima. São mensagens confortadoras e não confrontadoras. As mensagens dos cafetões das mega-igrejas têm arruinado a pureza da igreja e está levando as pessoas dizerem que estão salvas antes mesmo de ter a consciência de estarem perdidas. Em suas mensagens, as boas novas de Cristo dão lugar às más novas de uma fé fácil e traiçoeira que não faz qualquer exigência moral para a vida dos pecadores. Jesus é oferecido para suprir as carências psicológicas das pessoas e não para levá-las a reconhecer a sua condição de pecadora. A marca registrada do apelo dos cafetões das mega-igrejas aos incrédulos é: “Experimente Jesus”, ou seja, Jesus é um mero produto de consumo.
Desde o início de seu ministério Jesus evitou adesões fáceis e superficiais. Jesus se recusou a proclamar palavras que dessem aos seus ouvintes uma falsa esperança. Suas palavras nunca deixaram de alertar as pessoas quanto a um compromisso superficial. Jesus nunca apresentou o cristianismo como os cafetões apresentam hoje, uma opção suave, sem calcular o custo de seguir a Cristo. A pregação dos cafetões rebaixa o alto preço da redenção, pois eles anulam o escândalo da cruz, não fazem menção da ira de Deus, não mencionam que Deus odeia o pecado, não chamam as pessoas ao arrependimento e nem alertam que haverá um juízo final. O tema de suas mensagens sempre é: “Deus lhe ama e deseja tornar você próspero, rico e feliz”. Como os cafetões sempre querem derribar celeiros para construir outros maiores, sempre pregam uma mensagem aprazível, adocicada, festeira, gaita, humorística e teatral. Isso lota igreja. Alguns apregoam: “Estamos no avivamento, catedrais e mais catedrais, estão sendo construídas, os seminários estão cheios, os cultos realizados nos hotéis e nos templos estão superlotados”. É preciso entender que o que Deus chama de filhos espirituais, e o que a igreja hoje vem chamando de filhos são duas coisas bem diferentes. Paulo disse aos crentes da Galácia: “Meus filhos, por quem sofro de novo as dores de parto, até Cristo seja formado em vós”. Era como se Paulo dissesse: “Não me digam quantos freqüentam a igreja, não me digam quantos cantores formam o coral, não me digam a quantidade e a qualidade dos instrumentos que acompanham o louvor da igreja, não me falem das obras sociais que vocês realizam. Mas, digam-me quantos estão formados à semelhança de Cristo, quantos estão caminhando na trilha da renúncia e da santidade”.
O Senhor vai encerrar as eras destronando os ministérios dos cafetões das mega-igrejas que adocicam a doutrina de Cristo transformando-a numa doutrina centrada no sucesso e no pensamento positivo. Nesse tempo do fim, Deus levantará servos e servas que lançarão o machado à raiz produzindo cura através do arrependimento e abandono de pecado. Esses servos e servas não foram treinados por métodos humanos, mas foram treinados pelo Espírito Santo porque aprenderam o que é trancar-se com Deus no lugar secreto de oração.
Ir. Marcos Pinheiro
O frenesi para o mundo dos negócios é: “cresça ou morra, sua empresa precisa ser a maior, portanto, cresça de qualquer jeito”. Essa mentalidade se infiltrou no meio evangélico resultando na construção de mega-igrejas. Essas mega-igrejas estão sendo vistas como um retrato da expansão do Reino de Deus aqui na terra, e tem sido confundido com avivamento. A igreja foi instituída para crescer. Jesus estabeleceu essa missão para a igreja, quando disse: “Ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra (Atos 1:8). À medida que o Evangelho é pregado cumpre-se a promessa de que a igreja se multiplicará. Em apocalipse 7:9 está registrado que o número dos remidos será imenso, mais do que a areia da praia. A grande questão é como ocorre esse crescimento. Não são poucos os livros que estão à venda sobre “Como fazer a igreja crescer”. Nesses livros a tese é atrair as pessoas oferecendo-lhes quatro coisas que elas precisam: sucesso, felicidade, amor e reconhecimento. Daí os temas: “novas metodologias”, “novas estratégias”, “novas técnicas” para encher a igreja. A conseqüência nefasta é que os líderes que aderiram a esse movimento de construção de mega-igrejas perderam a noção do que a igreja é e de como alguém se torna um de seus membros. Frases de cunho empresarial têm sido alardeadas por esses líderes tais como: “Temos o melhor produto do mundo para vendermos – a salvação”; “O que leva a igreja crescer é estar no lugar certo no tempo certo”; “Se você colocar o Evangelho na embalagem correta, as pessoas serão salvas”. Ou seja, a igreja não tem crentes, tem clientes. Clientes que pagam os salários dos pastores e pastores que movem céus e terra para ver sua igreja-empresa cheia.
Em Atos 4:31 nos informa que toda a igreja orava e “Tendo eles orado todos foram cheios do Espírito Santo”, no verso 33 Lucas nos diz que “Em todos havia abundante graça”. Em Atos 9:31 diz que a igreja se edificava no temor do Senhor e na consolação do Espírito Santo, e por isso se multiplicava. Em Atos 11: 24 Lucas vincula a eficácia do ministério de Barnabé, em Antioquia, ao fato de que ele era “cheio do Espírito Santo e de fé”. Portanto, o crescimento numérico nunca foi abordado, no Novo Testamento, como o interesse primordial da igreja. O crescimento vinha como conseqüência dos crentes serem cheios do Espírito Santo, andar no temor do Senhor e na consolação do Espírito Santo. A igreja participava da vida de Cristo, e por isso crescia, não inchava. Não foi a aplicação específica de qualquer técnica ou metodologia que fez a igreja crescer, não foi o mapeamento da receptividade ao Evangelho, nem o estabelecimento de alvos numéricos e nem cada um definindo para si mesmos os dons espirituais que levou o crescimento da igreja, mas foi o envolvimento com a Palavra, com a Doutrina Santa que trouxe o crescimento. Foi a vida de homens e mulheres que se despojaram de sua segurança terrena que trouxe o avivamento. Há pessoas que buscam ter um corpo musculoso e para isso fazem qualquer coisa, inclusive, tomam anabolizantes que dá excelentes resultados quanto ao crescimento da massa corporal. O problema é que os anabolizantes acabam por matar o corpo, através de cânceres, ataques cardíacos e outras seqüelas. Assim tem sido o crescimento de muitas igrejas: anabolizante, doentio, pulvéreo, que no final termina em morte espiritual. Constata-se claramente que o movimento de crescimento de igrejas não tem nada a ver com avivamento, pois a conversão é um mero exercício de persuasão humana e não um milagre da parte de Deus. As mensagens dos cafetões das mega-igrejas são anabolizantes, pois visam atender as necessidades sentidas tais como: reduzir o stress do seu dia a dia, evitar a fadiga da sua psique, construir uma personalidade forte, elevar sua auto-estima. São mensagens confortadoras e não confrontadoras. As mensagens dos cafetões das mega-igrejas têm arruinado a pureza da igreja e está levando as pessoas dizerem que estão salvas antes mesmo de ter a consciência de estarem perdidas. Em suas mensagens, as boas novas de Cristo dão lugar às más novas de uma fé fácil e traiçoeira que não faz qualquer exigência moral para a vida dos pecadores. Jesus é oferecido para suprir as carências psicológicas das pessoas e não para levá-las a reconhecer a sua condição de pecadora. A marca registrada do apelo dos cafetões das mega-igrejas aos incrédulos é: “Experimente Jesus”, ou seja, Jesus é um mero produto de consumo.
Desde o início de seu ministério Jesus evitou adesões fáceis e superficiais. Jesus se recusou a proclamar palavras que dessem aos seus ouvintes uma falsa esperança. Suas palavras nunca deixaram de alertar as pessoas quanto a um compromisso superficial. Jesus nunca apresentou o cristianismo como os cafetões apresentam hoje, uma opção suave, sem calcular o custo de seguir a Cristo. A pregação dos cafetões rebaixa o alto preço da redenção, pois eles anulam o escândalo da cruz, não fazem menção da ira de Deus, não mencionam que Deus odeia o pecado, não chamam as pessoas ao arrependimento e nem alertam que haverá um juízo final. O tema de suas mensagens sempre é: “Deus lhe ama e deseja tornar você próspero, rico e feliz”. Como os cafetões sempre querem derribar celeiros para construir outros maiores, sempre pregam uma mensagem aprazível, adocicada, festeira, gaita, humorística e teatral. Isso lota igreja. Alguns apregoam: “Estamos no avivamento, catedrais e mais catedrais, estão sendo construídas, os seminários estão cheios, os cultos realizados nos hotéis e nos templos estão superlotados”. É preciso entender que o que Deus chama de filhos espirituais, e o que a igreja hoje vem chamando de filhos são duas coisas bem diferentes. Paulo disse aos crentes da Galácia: “Meus filhos, por quem sofro de novo as dores de parto, até Cristo seja formado em vós”. Era como se Paulo dissesse: “Não me digam quantos freqüentam a igreja, não me digam quantos cantores formam o coral, não me digam a quantidade e a qualidade dos instrumentos que acompanham o louvor da igreja, não me falem das obras sociais que vocês realizam. Mas, digam-me quantos estão formados à semelhança de Cristo, quantos estão caminhando na trilha da renúncia e da santidade”.
O Senhor vai encerrar as eras destronando os ministérios dos cafetões das mega-igrejas que adocicam a doutrina de Cristo transformando-a numa doutrina centrada no sucesso e no pensamento positivo. Nesse tempo do fim, Deus levantará servos e servas que lançarão o machado à raiz produzindo cura através do arrependimento e abandono de pecado. Esses servos e servas não foram treinados por métodos humanos, mas foram treinados pelo Espírito Santo porque aprenderam o que é trancar-se com Deus no lugar secreto de oração.
Ir. Marcos Pinheiro