EXECUTIVOS DO PÚLPITO
O colapso da igreja evangélica pode ser atribuído a uma série de fatores. Porém, ultimamente a igreja tem sido veementemente bombardeada pelo secularismo. Muitos pastores estão convertendo o sistema estrutural da igreja em uma entidade baseada mais nos princípios do mundo empresarial do que nas instruções da Palavra de Deus. Como conseqüência, a igreja passa a operar como empresa e o pastor emula a personalidade de um executivo. A estratégia é adotar o sistema gerencial da modernidade, ou seja, definir metas e objetivos, fazendo-os compreensíveis para cada membro da igreja. O pastor passa, então, a ser julgado como um homem de negócios, um executivo, e não pela sua capacidade de pregar, ensinar e aconselhar. O importante é a sua capacidade de fazer a igreja funcionar eficientemente em termos de arrecadação. Um executivo do púlpito disse: “Pense na igreja como uma agência de serviço, uma entidade que existe para satisfazer as necessidades das pessoas”. Vender Jesus é uma arte do executivo-pastor. Na igreja do executivo-pastor o evangelismo nem de longe é focado em Deus, mas antes, nos consumidores. Em suas mensagens, o executivo pastor, usa ditados populares, gírias e emprega incorretamente as ferramentas da exegese e da hermenêutica. Eles são numéricos e quantitativos, por isso o estilo humorístico prevalece para prender a platéia. Portanto, não há diferença entre suas igrejas e qualquer negócio em que se usa telemarketing. Os executivos-pastores são marqueteiros ardilosos cuja estratégia principal é tentar persuadir as ovelhas que têm os mesmos interesses que eles. São ostentadores de títulos e com altivez se adentram na igreja com sua pasta de executivo exibindo seus anéis nos dedos. E a Bíblia? Está dentro da pasta. Geralmente têm uma poupança gorda, carro do último tipo, jatinhos, além de residirem em mansões. Uma característica dos executivos do púlpito é que à semelhança de Arão, eles subjetivam a Palavra de Deus e dizem: “Amanhã, será a festa ao Senhor”, porém os elementos da festa são padronizados pelos livros seculares de marketing. Em muitos seminários os seminaristas estão sendo treinados muito mais em habilidades publicitárias, negócios e marketing do que em teologia e aulas de aconselhamento pastoral. Todos esses futuros pastores serão gerentes de um negócio “espiritual” e transformarão suas igrejas em empresas com tintura religiosa. Em suma: esses seminários são verdadeiras fábricas de lobinhos. No mundo empresarial constatamos que muitas lanchonetes inicialmente vendiam somente sanduíches, depois passaram a oferecer café da manhã, e depois almoço. A implicação disso consiste na visão de que é imbuído o executivo do púlpito, ou seja, a exemplo das lanchonetes, a igreja deve descobrir o que as pessoas querem e oferecer-lhe isso sem considerar os aspectos doutrinários.
O princípio norteador dos executivos do púlpito é extremamente humanista, pois procuram mensurar o intangível e o sobrenatural. Usam uma escala de receptividade onde os incrédulos são classificados como altamente resistentes ao evangelho, indiferentes ao evangelho e altamente receptivos ao evangelho. Segundo os executivos-pastores, a construção e a quantificação dessa escala servem como base para a evangelização e possibilita melhor utilizar os obreiros e maximizar a distribuição de recursos da igreja. A construção de escala bem como a sua quantificação é usada por empresas no lançamento de novos produtos. Materializar a obra do Espírito Santo é ultrajar a soberania de Deus. Subordinar as ações soberanas do Espírito Santo às equações e escalas da engenharia da qualidade total é fazer da igreja uma empresa, é colocar Deus na periferia. Não é o mapeamento da receptividade ao evangelho, nem a aplicação específica de qualquer técnica ou metodologia empresarial, nem o estabelecimento de alvos numéricos que fazem a igreja ser igreja. O que faz a igreja ser igreja é ela viver na presença dEle, depender da graça dEle e obedecer a Sua Palavra. Dentro da vontade prescritiva de Deus, isto é, seus mandamentos, seus ensinamentos, suas diretrizes, seus aconselhamentos e suas admoestações, a igreja tem a responsabilidade e o deve de planejar suas ações, mas não de arbitrar as metas e resultados numéricos que só a Deus pertence. A igreja não é empresa para aferir a validade de suas ações. O profeta Isaías foi mandado a pregar, já com a certeza da rejeição e da ausência de resultados (Is 6:9-11).
É preciso entender que a igreja constitui-se de pessoas que provaram a graça de Deus na pessoa de Jesus Cristo identificando-se com Ele na Sua morte e ressurreição. A igreja não depende do modelo empresarial para sobreviver, pois ela vive e sobrevive por ser o corpo de Cristo na terra. A igreja é sobrenatural, nasceu no coração de Deus (Ef 1:4) e está edificada sobre o Senhor Jesus. A igreja que não é empresa fica com a Bíblia, toda a Bíblia e nada mais do que a Bíblia!
A verdade é que o executivo-pastor trouxe o modelo empresarial para dentro da igreja e minimizou a função do Espírito Santo. Precisamos de novos Luteros, novos Calvinos e novos Zuínglios que toquem a trombeta e coloquem abaixo as igrejas travestidas de empresas. Precisamos não de ajuntamento social, mas de comunhão orgânica dos santos. Precisamos de uma fé bíblica e não de uma fé comercial. Precisamos ruminar a Bíblia Sagrada e não os livros de “Relacionamentos e Vendas”. Precisamos de homens que dobrem os joelhos não diante do cogumelo empresarial, mas diante da videira verdadeira. Precisamos de pastores que sejam provedores espirituais do rebanho e não de pastores materialmente bem providos pelos fiéis. Precisamos não de executivo-pastor, mas de pastor-pastor.
Ir. Marcos Pinheiro
O colapso da igreja evangélica pode ser atribuído a uma série de fatores. Porém, ultimamente a igreja tem sido veementemente bombardeada pelo secularismo. Muitos pastores estão convertendo o sistema estrutural da igreja em uma entidade baseada mais nos princípios do mundo empresarial do que nas instruções da Palavra de Deus. Como conseqüência, a igreja passa a operar como empresa e o pastor emula a personalidade de um executivo. A estratégia é adotar o sistema gerencial da modernidade, ou seja, definir metas e objetivos, fazendo-os compreensíveis para cada membro da igreja. O pastor passa, então, a ser julgado como um homem de negócios, um executivo, e não pela sua capacidade de pregar, ensinar e aconselhar. O importante é a sua capacidade de fazer a igreja funcionar eficientemente em termos de arrecadação. Um executivo do púlpito disse: “Pense na igreja como uma agência de serviço, uma entidade que existe para satisfazer as necessidades das pessoas”. Vender Jesus é uma arte do executivo-pastor. Na igreja do executivo-pastor o evangelismo nem de longe é focado em Deus, mas antes, nos consumidores. Em suas mensagens, o executivo pastor, usa ditados populares, gírias e emprega incorretamente as ferramentas da exegese e da hermenêutica. Eles são numéricos e quantitativos, por isso o estilo humorístico prevalece para prender a platéia. Portanto, não há diferença entre suas igrejas e qualquer negócio em que se usa telemarketing. Os executivos-pastores são marqueteiros ardilosos cuja estratégia principal é tentar persuadir as ovelhas que têm os mesmos interesses que eles. São ostentadores de títulos e com altivez se adentram na igreja com sua pasta de executivo exibindo seus anéis nos dedos. E a Bíblia? Está dentro da pasta. Geralmente têm uma poupança gorda, carro do último tipo, jatinhos, além de residirem em mansões. Uma característica dos executivos do púlpito é que à semelhança de Arão, eles subjetivam a Palavra de Deus e dizem: “Amanhã, será a festa ao Senhor”, porém os elementos da festa são padronizados pelos livros seculares de marketing. Em muitos seminários os seminaristas estão sendo treinados muito mais em habilidades publicitárias, negócios e marketing do que em teologia e aulas de aconselhamento pastoral. Todos esses futuros pastores serão gerentes de um negócio “espiritual” e transformarão suas igrejas em empresas com tintura religiosa. Em suma: esses seminários são verdadeiras fábricas de lobinhos. No mundo empresarial constatamos que muitas lanchonetes inicialmente vendiam somente sanduíches, depois passaram a oferecer café da manhã, e depois almoço. A implicação disso consiste na visão de que é imbuído o executivo do púlpito, ou seja, a exemplo das lanchonetes, a igreja deve descobrir o que as pessoas querem e oferecer-lhe isso sem considerar os aspectos doutrinários.
O princípio norteador dos executivos do púlpito é extremamente humanista, pois procuram mensurar o intangível e o sobrenatural. Usam uma escala de receptividade onde os incrédulos são classificados como altamente resistentes ao evangelho, indiferentes ao evangelho e altamente receptivos ao evangelho. Segundo os executivos-pastores, a construção e a quantificação dessa escala servem como base para a evangelização e possibilita melhor utilizar os obreiros e maximizar a distribuição de recursos da igreja. A construção de escala bem como a sua quantificação é usada por empresas no lançamento de novos produtos. Materializar a obra do Espírito Santo é ultrajar a soberania de Deus. Subordinar as ações soberanas do Espírito Santo às equações e escalas da engenharia da qualidade total é fazer da igreja uma empresa, é colocar Deus na periferia. Não é o mapeamento da receptividade ao evangelho, nem a aplicação específica de qualquer técnica ou metodologia empresarial, nem o estabelecimento de alvos numéricos que fazem a igreja ser igreja. O que faz a igreja ser igreja é ela viver na presença dEle, depender da graça dEle e obedecer a Sua Palavra. Dentro da vontade prescritiva de Deus, isto é, seus mandamentos, seus ensinamentos, suas diretrizes, seus aconselhamentos e suas admoestações, a igreja tem a responsabilidade e o deve de planejar suas ações, mas não de arbitrar as metas e resultados numéricos que só a Deus pertence. A igreja não é empresa para aferir a validade de suas ações. O profeta Isaías foi mandado a pregar, já com a certeza da rejeição e da ausência de resultados (Is 6:9-11).
É preciso entender que a igreja constitui-se de pessoas que provaram a graça de Deus na pessoa de Jesus Cristo identificando-se com Ele na Sua morte e ressurreição. A igreja não depende do modelo empresarial para sobreviver, pois ela vive e sobrevive por ser o corpo de Cristo na terra. A igreja é sobrenatural, nasceu no coração de Deus (Ef 1:4) e está edificada sobre o Senhor Jesus. A igreja que não é empresa fica com a Bíblia, toda a Bíblia e nada mais do que a Bíblia!
A verdade é que o executivo-pastor trouxe o modelo empresarial para dentro da igreja e minimizou a função do Espírito Santo. Precisamos de novos Luteros, novos Calvinos e novos Zuínglios que toquem a trombeta e coloquem abaixo as igrejas travestidas de empresas. Precisamos não de ajuntamento social, mas de comunhão orgânica dos santos. Precisamos de uma fé bíblica e não de uma fé comercial. Precisamos ruminar a Bíblia Sagrada e não os livros de “Relacionamentos e Vendas”. Precisamos de homens que dobrem os joelhos não diante do cogumelo empresarial, mas diante da videira verdadeira. Precisamos de pastores que sejam provedores espirituais do rebanho e não de pastores materialmente bem providos pelos fiéis. Precisamos não de executivo-pastor, mas de pastor-pastor.
Ir. Marcos Pinheiro
Infelismente, irmã Juliana essa hierarquia: diácono, presbítero, evangelista , pastor tem causado politicagem e nepotismo em muitas igrejas. Aqueles que bajulam mais e fecham os seus olhos para as heresias em suas igrejas são os que "sobem" nessa hierarquia.
ResponderExcluirBelo texto irmão.
ResponderExcluirEssa parte foi conclusiva e verdadeira.
Precisamos de homens que dobrem os joelhos não diante do cogumelo empresarial, mas diante da videira verdadeira. Precisamos de pastores que sejam provedores espirituais do rebanho e não de pastores materialmente bem providos pelos fiéis. Precisamos não de executivo-pastor, mas de pastor-pastor.
Oremos, irmã Patricia, para que a igreja volte às raizes identificando-se com Cristo.
ResponderExcluir