CASA CHEIA: A PÍLULA AUTOMÁTICA DA IGREJA
MODERNA
Estamos
vivendo a época dos pregadores da “casa cheia”. “Olhe para o seu irmão ao lado
e diga...”, “Repita comigo...”, “Ei ! psiu! olhem pra mim”, “Quem pode dizer um
amém”, “Quem quer receber uma bênção de Deus hoje, levante a mão”. “Ergam as
mãos e digam: Satanás você está derrotado”. São os chavões da manipulação, da
mediocridade, da superficialidade que impera na igreja moderna. Na verdade,
esses chavões é o rosário da igreja evangélica. O âmago da igreja atual não é a
comunhão nem a adoração, mas a festividade vazia. Isso lota igreja. No intuito
de aumentar o número de espectadores em suas igrejas, os pregadores da pílula
automática – casa cheia são manipuladores. Fazem de tudo. Usam técnicas mentais
do paganismo e campanhas cabalísticas do tipo: “40 dias de atos proféticos”,
“40 dias de danças proféticas”, “7 semanas da restituição”, “7 dias de
incubação de bênçãos”, “40 dias de jejuns com propósitos”, e por aí vai. Na
verdade, os pregadores da pílula automática – casa cheia tentam transformar o
cristianismo numa religião pagã. Nesse contexto, a teologia fundamentalista foi
à bancarrota e o Evangelho orientado para resultados imediatos está em alta.
A
fim de manter a “casa cheia” os pastores manipuladores apresentam a excelência
do Evangelho de uma forma que não é nada excelente. Negam que a obediência a
Cristo traz desconforto. Sabem que há um tesouro no céu, mas esquecem que ele
pertence àquele que toma a sua cruz na terra. Encarnando o modelo ministerial
profissional, os pastores manipuladores da casa cheia, usam a Bíblia como
acessório, opõem-se à doutrina apostólica e excluem aqueles que não concordam com o seu ego pretensioso.
Os pastores da pílula automática – casa cheia, de vez em quando, entram em
crise de grosseria e estupidez à semelhança de Nebal, marido de Abigail. E,
quase sempre se comportam como os filhos de Zebedeu que queriam fogo do céu
para matar os oponentes.
Os
manipuladores da “casa cheia” apropriam-se indevidamente das promessas de Deus
escritas exclusivamente para os judeus. Usam II Crônicas 7:14 para dizer que a
promessa de “sarar a terra” diz respeito à restituição de bens materiais que o
Senhor fará para a sua igreja no tempo do fim. A promessa de restauração
material é exclusivamente para a nação de Israel. Usam Joel 2:25 para ensinar a
heresia de que “tudo o que nos foi roubado pelo diabo, estará sendo restituído
por Deus”. O próprio versículo explica que o exército de gafanhotos não foi
enviado pelo diabo, mas por Deus com o intuito de disciplinar o seu povo.
Ademais, o profeta conclama o povo ao arrependimento e não a um pedido de
restituição.
Os
pregadores da pílula automática – casa cheia para manter a “casa cheia” e,
obter êxitos nos seus sonhos pessoais, fazem associações com políticos, governo
Federal, governo Estadual, governo Municipal e até com babalorixá. Na intenção
de iludir cada vez mais seus seguidores cegos, promovem o mito quando afirmam
que Deus tira as riquezas dos ímpios e dá aos crentes. Ora, Deus seria
extremamente injusto se tirasse as riquezas de um ímpio, que trabalhou com
honestidade, para dar ao crente. Por outro lado, se as riquezas do ímpio foram
adquiridas através da desonestidade e Deus as desse ao crente, Ele seria
conivente com o pecado da desonestidade.
O
culto da “casa cheia” é influenciado por uma cultura pop onde prevalece a
diversão, a auto-satisfação individual e o apaziguamento dos corações
pecaminosos. A coreografia virou moda na “casa cheia”. Muita movimentação
corporal, dança do ventre com a exuberância de umbigos perfurados com piercings.
A dimensão do culto na “casa cheia” é horizontal, por isso os ouvintes são
mimados com bombons na forma de filmes religiosos e peças teatrais. Todos
assistem a enganação aplaudindo e louvando com assobios a exibição dos artistas
“espirituais”. Enfim, o culto da “casa cheia” é uma enrolação só, pois o foco
não é Deus nem a sua Palavra, mas a satisfação do ego humano. As pessoas
sentem-se bem, fazem uma catarse, mas não são transformadas. A “casa cheia”
gera convencidos e não convertidos. Aliena e produz uma vida vazia e
artificial. O verdadeiro culto produz consagração e serviço: “Então, disse eu:
eis-me aqui, envia-me a mim” (Is 6: 8).
Que
Deus nos ajude a termos a glorificação de Cristo como alvo e a Palavra de Deus
como suporte para vivermos santamente e longe da enganação da pílula automática
da igreja moderna.
Ir.
Marcos Pinheiro
Marcos
ResponderExcluirA Bíblia nos basta para sermos abençoados em todos os sentidos, a profecia que não falha.
Deus te abençoe.
É VERDADE, MARLI. QUE O SENHOR ESTEJA CONTIGO !!!
ResponderExcluirJohn Piper diz odiar o evangelho da prosperidade, em uma de suas entrevistas ele diz categoricamente que esse não é o evangelho de Deus.
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