sábado, 7 de dezembro de 2013

SANGUESSUGA: A SÍNDROME DA IGREJA MODERNA


          SANGUESSUGA: A SÍNDROME DA IGREJA MODERNA

A sanguessuga é o modelo da ganância. A característica da sanguessuga é explorar as pessoas para benefício próprio. Quanto mais ela explora mais deseja explorar. Nunca se farta, por isso inventa modos e mais modos de surrupiar mais e mais. Estamos vivendo a época de igrejas sanguessuga. Líderes que à semelhança da sanguessuga tem sugadouros que se ligam às “ovelhas” a fim de sugar-lhes o que elas têm.

A busca do mamon como sentido último da vida penetrou sorrateiramente na igreja moderna. Lamentavelmente o alvo de vida de muitos “crentes” tem sido riquezas materiais e não Jesus, o homem que não tinha duas mudas de roupa. Há igrejas que pregam sobre o céu e a eternidade, mas vivem como aqueles que perderam a visão da transitoriedade da vida. A visão de muitas igrejas é tão acentuadamente materialista que o seu progresso é aferido não pela sua capacidade de influenciar o mundo e transformar vidas, mas pelo seu mega-patrimônio e o volume de entradas financeiras.

Os pastores sanguessugas oferecem Jesus como panacéia para o problema material e tratam a salvação como se fosse uma vacina contra a gripe. Esses falsários estão preocupados com estatísticas, apresentações coreográficas pré-fabricadas, fé de botequim, manipulação emocional e apelos dramáticos travestidos de intimidação. Os líderes sanguessugas não destacam o senhorio de Cristo e, suas mensagens não passam de um mero alívio psicológico. Esses réprobos dizem amar a Cristo, mas amam e servem mesmo a mamon. Eles estão dominados pela filosofia Tiopatinhense. Ou seja, estão sempre inquietos e aflitos pelo dinheiro, pelas coisas efêmeras deste mundo. Julgam que a realidade mais preciosa da vida é o dinheiro.

Por não terem comunhão com Deus, os pastores sanguessugas vivem sempre atrás de fama e de créditos diante dos homens. Durante o culto criam uma atmosfera cordial, descontraída onde todos se sentem bem consigo mesmos. São fabricadores de emoções passageiras, produtores de falso fogo e falso entusiasmo. Muitos deles fizeram seminário, conhecem o grego e o hebraico, mas são “fenopalhudos”, isto é, alimentam o povo com feno e palha.

Para criar credibilidade entre as “ovelhas” e explorá-las, os pastores sanguessugas inventam as famigeradas “orações nos montes”. Nessas orações nos montes há muita batida de pé e piruetas semelhantes aos terreiros de macumba. Os corinhos nessas reuniões nos montes são entoados como mantras falando de falsas promessas de saúde, bênçãos materiais e que devemos saquear as riquezas dos ímpios. Nunca falam do instrumento de tortura e morte que o crente tem de tomar – a cruz.

O crente não precisa de monte para o Senhor operar. É preciso entender que Deus opera independentemente do lugar e da posição que se ora. A oração pode ser feita no quarto, na igreja, dentro do carro, numa parada de ônibus, numa avenida, no vale ou no monte. Pode-se orar de joelhos, em pé, sentado, andando, dirigindo, com as mãos erguidas ou abaixadas. Nenhum lugar ou posição santifica a oração.

Não há registro nos Evangelhos Jesus mandando os seus discípulos subirem em montes para orar e buscar experiências esotéricas. Muito menos encontramos no Novo Testamento mandamento para os pastores subirem os montes com pedidos de oração e peças de roupas. Isso nada mais é do que incorporação do judaísmo ao cristianismo. É verdade que Jesus subiu o monte para orar, mas não subiu para praticar misticismo. Jesus manda que entremos em nosso quarto secreto fechemos a porta e oremos, e o nosso Pai que nos vê em secreto nos ouvirá.

Gritarias, pulos, rodopios, piruetas, sapateados, palmas, danças hula-hula, batidas de pé no chão, gargalhadas, assobios não movem o coração de Deus. A oração que move o braço de Deus é a daquele que tem o coração contrito e vive em obediência à Palavra de Deus. O véu partiu-se de alto a baixo e, por isso temos livre acesso a Deus por meio de Cristo. Não precisamos da catarse dos montes, mas, sim, dos “Jaboques” diários com Deus. Portanto, as orações nos montes são sacrifícios de tolo inventado pelos líderes sanguessugas para dissecar as suas “ovelhas”.

Ir. Marcos Pinheiro

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