SANGUESSUGA:
A SÍNDROME DA IGREJA MODERNA
A sanguessuga é o modelo da
ganância. A característica da sanguessuga é explorar as pessoas para benefício
próprio. Quanto mais ela explora mais deseja explorar. Nunca se farta, por isso
inventa modos e mais modos de surrupiar mais e mais. Estamos vivendo a época de
igrejas sanguessuga. Líderes que à semelhança da sanguessuga tem sugadouros que
se ligam às “ovelhas” a fim de sugar-lhes o que elas têm.
A busca do mamon como
sentido último da vida penetrou sorrateiramente na igreja moderna.
Lamentavelmente o alvo de vida de muitos “crentes” tem sido riquezas materiais
e não Jesus, o homem que não tinha duas mudas de roupa. Há igrejas que pregam
sobre o céu e a eternidade, mas vivem como aqueles que perderam a visão da transitoriedade
da vida. A visão de muitas igrejas é tão acentuadamente materialista que o seu
progresso é aferido não pela sua capacidade de influenciar o mundo e
transformar vidas, mas pelo seu mega-patrimônio e o volume de entradas
financeiras.
Os pastores sanguessugas
oferecem Jesus como panacéia para o problema material e tratam a salvação como
se fosse uma vacina contra a gripe. Esses falsários estão preocupados com estatísticas,
apresentações coreográficas pré-fabricadas, fé de botequim, manipulação
emocional e apelos dramáticos travestidos de intimidação. Os líderes
sanguessugas não destacam o senhorio de Cristo e, suas mensagens não passam de
um mero alívio psicológico. Esses réprobos dizem amar a Cristo, mas amam e servem
mesmo a mamon. Eles estão dominados pela filosofia Tiopatinhense. Ou seja, estão
sempre inquietos e aflitos pelo dinheiro, pelas coisas efêmeras deste mundo.
Julgam que a realidade mais preciosa da vida é o dinheiro.
Por não terem comunhão com
Deus, os pastores sanguessugas vivem sempre atrás de fama e de créditos diante
dos homens. Durante o culto criam uma atmosfera cordial, descontraída onde
todos se sentem bem consigo mesmos. São fabricadores de emoções passageiras,
produtores de falso fogo e falso entusiasmo. Muitos deles fizeram seminário,
conhecem o grego e o hebraico, mas são “fenopalhudos”, isto é, alimentam o povo
com feno e palha.
Para criar credibilidade
entre as “ovelhas” e explorá-las, os pastores sanguessugas inventam as
famigeradas “orações nos montes”. Nessas orações nos
montes há muita batida de pé e piruetas semelhantes aos terreiros de macumba. Os
corinhos nessas reuniões nos montes são entoados como mantras falando de falsas
promessas de saúde, bênçãos materiais e que devemos saquear as riquezas dos
ímpios. Nunca falam do instrumento de tortura e morte que o crente tem de tomar
– a cruz.
O crente não
precisa de monte para o Senhor operar. É preciso entender que Deus opera
independentemente do lugar e da posição que se ora. A oração pode ser feita no
quarto, na igreja, dentro do carro, numa parada de ônibus, numa avenida, no
vale ou no monte. Pode-se orar de joelhos, em pé, sentado, andando, dirigindo,
com as mãos erguidas ou abaixadas. Nenhum lugar ou posição santifica a oração.
Não há registro nos Evangelhos
Jesus mandando os seus discípulos subirem em montes para orar e buscar
experiências esotéricas. Muito menos encontramos no Novo Testamento mandamento
para os pastores subirem os montes com pedidos de oração e peças de roupas.
Isso nada mais é do que incorporação do judaísmo ao cristianismo. É verdade que
Jesus subiu o monte para orar, mas não subiu para praticar misticismo. Jesus
manda que entremos em nosso quarto secreto fechemos a porta e oremos, e o nosso
Pai que nos vê em secreto nos ouvirá.
Gritarias, pulos, rodopios, piruetas,
sapateados, palmas, danças hula-hula, batidas de pé no chão, gargalhadas,
assobios não movem o coração de Deus. A oração que move o braço de Deus é a
daquele que tem o coração contrito e vive em obediência à Palavra de Deus. O véu
partiu-se de alto a baixo e, por isso temos livre acesso a Deus por meio de
Cristo. Não precisamos da catarse dos montes, mas, sim, dos “Jaboques” diários
com Deus. Portanto, as orações nos montes são sacrifícios de tolo inventado
pelos líderes sanguessugas para dissecar as suas “ovelhas”.
Ir. Marcos Pinheiro
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