terça-feira, 24 de dezembro de 2013

A CARTA ABERTA AOS CANTORES LAODICEIANOS


                   CARTA ABERTA AOS CANTORES LAODICEIANOS

De: Marcos Pinheiro

Aos: cantores laodiceianos de todo o mundo, e especificamente aos do Brasil: Aline Barros, Ana Paula Valadão, André Valadão, Cassiane, Thalles Roberto, Fernanda Brum, Ludmila Ferber, Damares, Regis Danese, Kleber Lucas, Eyshila, Fernandinho Jerônimo, Bruna Karla, Rachel Malafaia, Jotta A, Kainón, Cristina Mel, Davi Sacer, Jonas Vilar, David Quinhan.

Infames cantores laodiceianos, vocês cantam: “Santo, santo, santo é o Senhor dos Exércitos” e não percebem que entraram pelo caminho de Caim, e foram levados pelo engano do prêmio de Balaão. Vocês “adoram” ao Senhor aos seus próprios modos como Caim, e estão interessados em dinheiro à semelhança de Balaão. Isso é notório a todos, pois vocês só se apresentam sob cachês gordos. Vocês se esqueceram que se o fim de todas as coisas for o dinheiro, isso se chama avareza. Por outro lado, percebe-se o quanto vocês vivem mergulhados em sonhos de grandeza pessoal, e infectados por este vírus maldito, têm apostatado na fé. Ademais, vocês adoram dar autógrafos e ser chamados impropriamente de “levitas”.

A mente de vocês tem se tornado tão amalgamada com o mundo, que vocês perderam o discernimento para distinguir entre música que é santa e música que é profana, que alimenta a carne. No inicio da igreja católica romana, os católicos tomaram as coisas pagãs e as cristianizaram. Hoje, vocês estão fazendo o mesmo. Ou seja, vocês estão querendo santificar o profano e cristianizar o mundano. Por isso, vocês têm trazido uma redução de todos os padrões de moralidade e doutrina. Os estilos de suas canções vieram das boates, das casas de prostituições, dos botequins, das orgias dos carnavais e dos covis de jogatinas. Os ritmos de suas músicas estimulam a sexualidade e a volúpia da carne. Vocês esqueceram que nunca podemos falar do que é sagrado, com música profana. Nunca podemos falar da mensagem da cruz, do inferno e da salvação, com música irreverente. Nunca podemos falar do sacrifício vicário de Cristo, com música centrada no eu.

Vocês criaram o conceito anti-bíblico de que uma música para ser louvor basta possuir a Palavra de Deus, o nome Jesus ou alguma palavra religiosa. Examinando as Escrituras Sagradas vemos claramente que misturando o sagrado com o profano, ocorre o que a Bíblia chama de profanação. Em Efésios 5:19 a Bíblia diz: “Falando entre vós em salmos, e hinos, e cânticos espirituais”. A palavra “espiritual” é uma palavra grega e significa algo que é diferente do mundo, algo que é colocado à parte para Deus, algo que é santo, agradável ao Deus santo e separado deste mundo. Em suas composições musicais vocês misturam versículos bíblicos com introspecção hinduístas, mantras com suas frases repetitivas e regressão espiritual. A doutrina passa longe em suas canções. Vocês vão desde o rock até a batucada da macumba. Portanto, suas canções conhecidas como “gospel” são profanações, pois estão fortemente identificadas com o diabo, a carne e o paganismo.

Em suas canções, a visão do que seja a fé salvadora tem se tornado rasa e a graça tem sido barateada dando lugar ao emocionalismo e sensacionalismo. Há muito palavreado irrefletido em suas canções, letra tipo “comida estragada”. Vocês têm casado a mensagem da cruz com veículos mundanos. Isso é o mesmo que tentar beber água pura depositada num imundo vaso sanitário. Lembro-me das palavras de Thomas Watson, pregador puritano: “Adorar um falso Deus é proibido, adorar o verdadeiro Deus de uma maneira falsa é também proibido”

A triste verdade é que os estilos de suas melodias estão fora dos padrões bíblicos, portanto, são concebidas no inferno. Não é à toa que as igrejas que adotam suas canções como primazia nos louvores é uma casa de exibição de nudismo, pois quando o padrão de música em uma igreja se rebaixa, o padrão de vestimenta também se rebaixa. Vocês se esqueceram, cantores laodiceianos, que não se pode manter a verdade diminuindo compromisso com a santidade. A melodia tem que ser sem os enfeites do presente século e sem nenhum apelo à carnalidade.

Infames cantores laodiceianos, eu estou convencido de que as músicas de vocês é veneno mortífero para a igreja do Senhor Jesus. Vocês estão arrastando gerações de cristãos professos a aceitarem suas músicas sensuais e profanas. Vocês estão empurrando goela abaixo, o envelope da aceitabilidade de canções carnais, desonrante a Deus e focalizada no homem.

Quero dizer-lhes que quando o padrão da verdade de Deus é mudado, gera-se anarquia espiritual. É isso que vocês promovem em seus shows – anarquia. Como o interesse de vocês é $$$ suas melodias sempre apelam para o requebro sensual e expressões de carnalidade com ares de piedade. Vocês bebem do “cálice do Senhor e do cálice dos demônios” quando participam do “Festival Promessas” e se exibem em programas de Raul Gil, Fátima Bernardes, Luciano Huck, Eliana e Xuxa. Saibam vocês que Deus não é dançarino de samba, forró, jazz, lambada, rock, funk, reggae. Deus é um Deus Santo e deve ser adorado em santidade, ou seja, separado das imundícias deste mundo vil e abominável.

É prudente analisarmos qual Jesus ou qual evangelho a música está apresentando. As Escrituras contêm muitas advertências sobre a apostasia do fim dos tempos. Portanto, é correto que apliquemos aquelas advertências à música. E a todos vocês, infames cantores laodiceianos, será aplicado o que está escrito em apocalipse 3:16: “Vomitar-te-ei da minha boca”. Espero que eu não esteja sozinho contra o culto-show anárquico que vocês promovem. Faço minha as palavras do pastor puritano D. M. Lloyd-Jones: “A glória do Evangelho é que, quando a igreja é absolutamente diferente do mundo, ela o atrai; caso contrário, se formos iguais, indistinguíveis dos não cristãos, seremos inúteis”.

Ir. Marcos Pinheiro

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

A IGREJA ANALGÉSICA


                                     A IGREJA ANALGÉSICA

Todo aquele que segue a Cristo enfrentará sofrimentos. O sofrimento faz parte da vida cristã. Portanto, é condizente com as Escrituras. O salmista diz: “Muitas são as aflições do justo” (Sl 34:19). O autor de Hebreus enfatiza que “os santos suportaram grande combate de aflições” (Hb 10:32). Paulo diz a Timóteo: “Tu, porém, Timóteo, sê sóbrio, suporta os sofrimentos (2 Tm 4:5). Em I Tessalonicenses 3:3 Paulo contundentemente afirma: “Para que ninguém se inquiete com estas aflições porque vós mesmos sabeis que estamos designados para isto”. Em 2 Timóteo 2:3 o apóstolo Paulo reitera a Timóteo: “Sofre, pois, comigo as aflições como bom soldado de Jesus Cristo”. No instante de sua conversão, Paulo foi avisado dos sofrimentos que enfrentaria: “Mas, o Senhor lhe disse: eu mostrarei quanto lhe importa sofrer pelo meu nome” (Atos 9:15).

Cristianismo sem dores, aflições e sofrimentos é antagônico ao conteúdo do Novo e Antigo Testamento. Os mártires dos três primeiros séculos da igreja passaram por todo tipo de dor. A história nos atesta que ao longo dos séculos, crentes fiéis passaram por piores sofrimentos. Jesus mesmo suportou angústias e sofrimentos. Foi rejeitado, zombado, redicularizado, insultado, vilipendiado, humilhado, açoitado, chamado de enganador, falso profeta e mentiroso. Foi traído, esmurrado, cuspido, chicoteado e pregado numa cruz.

Não existe um seguidor fiel a Jesus que não tenha passado por sofrimentos. O cristianismo não é popular, conveniente, simpático e, nunca será. Por isso, quem o abraça passará por aflições e dores. O verdadeiro cristianismo é tomar o instrumento de dor e morte - a cruz! Disse Jesus: “Quem quiser me seguir, negue-se a si mesmo tome a sua cruz e siga-me”. A cruz que era usada no Império Romano na época da morte de Jesus pesava cerca de 90 kg. Isso mostra o aspecto doloroso de nossa fé e não uma vida de mar de rosas, indolor como pregam os líderes hedonistas da igreja analgésica, da igreja sem dor.

A igreja moderna está cada vez mais despreparada para o sofrimento devido às pregações hedonistas dos “pastorões” da igreja analgésica. Esses falsários do Evangelho ensinam que a vida cristã é “ausência de dores e sofrimentos”. Numa visão anti-bíblica afirmam: “Se há sofrimentos, há ausência de fé”. “Pare de sofrer” é o slogan enganoso desses réprobos.

Os “pastorões” das igrejas analgésicas promovem a indústria do lazer gospel. Essa indústria usa o nome de Deus para promover entretenimento. Deus é um grande palhaço-bonachão cuja função é produzir diversão para o povo. Deus passou a ser o promotor de realizações de lazer: gincanas, teatros, filmes, shows, festival promessas. Enfim, Deus é promotor de pão e circo. Isso tem levado muitos crentes a perderem a visão bíblica de que sofremos para a glória de Deus e que o Senhor tem propósitos nos nossos sofrimentos.

Na verdade, os líderes das igrejas analgésicas não vivem nesta vida a partir da perspectiva da eternidade. São hedonistas, pois buscam o prazer como sentido último da vida. Amam as coisas efêmeras e são acentuadamente materialistas. A plataforma de suas igrejas com som estarrecedor, jogos de luzes, fumaça e dançarinas demonstram o grau hedonista dos cultos.  Para eles, falar de aflições e sofrimentos nos dias atuais está fora de moda e espanta freguês.

O verdadeiro Evangelho é o da cruz e a boa notícia é que na hora das aflições Jesus se faz presente. Fez-se presente no momento de dor na vida de Paulo, Estevão, Jó, Daniel, Sedraque, Mesaque e Abdenego e tantos santos que foram fiéis a Deus.

Ir. Marcos Pinheiro

sábado, 7 de dezembro de 2013

SANGUESSUGA: A SÍNDROME DA IGREJA MODERNA


          SANGUESSUGA: A SÍNDROME DA IGREJA MODERNA

A sanguessuga é o modelo da ganância. A característica da sanguessuga é explorar as pessoas para benefício próprio. Quanto mais ela explora mais deseja explorar. Nunca se farta, por isso inventa modos e mais modos de surrupiar mais e mais. Estamos vivendo a época de igrejas sanguessuga. Líderes que à semelhança da sanguessuga tem sugadouros que se ligam às “ovelhas” a fim de sugar-lhes o que elas têm.

A busca do mamon como sentido último da vida penetrou sorrateiramente na igreja moderna. Lamentavelmente o alvo de vida de muitos “crentes” tem sido riquezas materiais e não Jesus, o homem que não tinha duas mudas de roupa. Há igrejas que pregam sobre o céu e a eternidade, mas vivem como aqueles que perderam a visão da transitoriedade da vida. A visão de muitas igrejas é tão acentuadamente materialista que o seu progresso é aferido não pela sua capacidade de influenciar o mundo e transformar vidas, mas pelo seu mega-patrimônio e o volume de entradas financeiras.

Os pastores sanguessugas oferecem Jesus como panacéia para o problema material e tratam a salvação como se fosse uma vacina contra a gripe. Esses falsários estão preocupados com estatísticas, apresentações coreográficas pré-fabricadas, fé de botequim, manipulação emocional e apelos dramáticos travestidos de intimidação. Os líderes sanguessugas não destacam o senhorio de Cristo e, suas mensagens não passam de um mero alívio psicológico. Esses réprobos dizem amar a Cristo, mas amam e servem mesmo a mamon. Eles estão dominados pela filosofia Tiopatinhense. Ou seja, estão sempre inquietos e aflitos pelo dinheiro, pelas coisas efêmeras deste mundo. Julgam que a realidade mais preciosa da vida é o dinheiro.

Por não terem comunhão com Deus, os pastores sanguessugas vivem sempre atrás de fama e de créditos diante dos homens. Durante o culto criam uma atmosfera cordial, descontraída onde todos se sentem bem consigo mesmos. São fabricadores de emoções passageiras, produtores de falso fogo e falso entusiasmo. Muitos deles fizeram seminário, conhecem o grego e o hebraico, mas são “fenopalhudos”, isto é, alimentam o povo com feno e palha.

Para criar credibilidade entre as “ovelhas” e explorá-las, os pastores sanguessugas inventam as famigeradas “orações nos montes”. Nessas orações nos montes há muita batida de pé e piruetas semelhantes aos terreiros de macumba. Os corinhos nessas reuniões nos montes são entoados como mantras falando de falsas promessas de saúde, bênçãos materiais e que devemos saquear as riquezas dos ímpios. Nunca falam do instrumento de tortura e morte que o crente tem de tomar – a cruz.

O crente não precisa de monte para o Senhor operar. É preciso entender que Deus opera independentemente do lugar e da posição que se ora. A oração pode ser feita no quarto, na igreja, dentro do carro, numa parada de ônibus, numa avenida, no vale ou no monte. Pode-se orar de joelhos, em pé, sentado, andando, dirigindo, com as mãos erguidas ou abaixadas. Nenhum lugar ou posição santifica a oração.

Não há registro nos Evangelhos Jesus mandando os seus discípulos subirem em montes para orar e buscar experiências esotéricas. Muito menos encontramos no Novo Testamento mandamento para os pastores subirem os montes com pedidos de oração e peças de roupas. Isso nada mais é do que incorporação do judaísmo ao cristianismo. É verdade que Jesus subiu o monte para orar, mas não subiu para praticar misticismo. Jesus manda que entremos em nosso quarto secreto fechemos a porta e oremos, e o nosso Pai que nos vê em secreto nos ouvirá.

Gritarias, pulos, rodopios, piruetas, sapateados, palmas, danças hula-hula, batidas de pé no chão, gargalhadas, assobios não movem o coração de Deus. A oração que move o braço de Deus é a daquele que tem o coração contrito e vive em obediência à Palavra de Deus. O véu partiu-se de alto a baixo e, por isso temos livre acesso a Deus por meio de Cristo. Não precisamos da catarse dos montes, mas, sim, dos “Jaboques” diários com Deus. Portanto, as orações nos montes são sacrifícios de tolo inventado pelos líderes sanguessugas para dissecar as suas “ovelhas”.

Ir. Marcos Pinheiro