COVIL
DE BODES
A quantidade de incrédulos
que estão sendo batizados nas igrejas evangélicas é assustador. A maioria das
igrejas evangélicas no Brasil se tornou um covil de bodes. Nesse contexto, ser
crente e, assistir filmes pornôs e pousar nua na revista playboy, não tem nada
de mais. Ser crente e sonegar impostos, ter seu nome no serviço de proteção ao
crédito e passar cheque sem fundo, não tem nada de mais. Ser crente e subornar
o guarda de trânsito, vender bebidas alcoólicas, ser dono de uma rede de motéis
e proprietário de casas lotéricas, não tem nada de mais. Ser crente e furar a
fila do banco e dirigir com a carteira de motorista vencida, não tem nada
demais. Se Jesus estivesse fisicamente em nosso meio, ele diria aos líderes
dessas igrejas que o seu Reino se tornou covil de bodes.
A preocupação dos pastores
dos covis de bodes é: como atrair as pessoas? Que tipo de programa e de
pregação deve-se ter para que as pessoas sejam clientes? Esses réprobos têm
patrocinado noitadas de culto carnavalesco para atrair os jovens. O culto virou
show, a fumaça já não é mais da nuvem gloriosa da presença de Deus, mas do gelo
seco e, a palavra é só para ensinar como ter sucesso. Lair Ribeiro perde longe!
Esses falsários estão dando o que as pessoas querem. Mas, a função da igreja é
dar o que as pessoas necessitam: o Evangelho puro e simples. Jesus atraía as
pessoas com seu poder, seu amor, sua personalidade, seu caráter e seu conteúdo.
Bingos, rifas, campeonato de música sacra, gincanas, cantata, bailes no dia
internacional da mulher, filmes, teatros, sem dúvida, atraem pessoas. Mas, o
que converte é a pregação do Evangelho, e não programações adaptadas ao gosto
das pessoas. A conseqüência dessas programações é a igreja cheia de bodes e não
de ovelhas. Os valores dos bodes são falsos e superficialmente cristãos, pois
eles foram atraídos por programas mundanos, e não pela mensagem da cruz.
O pastor do covil de bodes é
o pastor “tiozão”. É o pastor bacana que com o seu sorriso Colgate e com a
bajulação “Amo vocês rebanho maravilhoso” consegue agradar o povão com heresias
e apostasias. Os bodes se sentem confortáveis e importantes, pois na visão
deles doutrina não interessa. Doutrina afasta as pessoas. O bom pastorado é
aquele em que a igreja está cheia de figurões vivendo como querem: jogadores de
futebol famosos, surfistas internacionais, bailarinas, humoristas, artistas,
políticos, juízes,...a receita cresce, e todos estão felizes.
Os bodes querem festas,
gostam de festas e, muitas festas. Há muito louvorzão animado. Muita catarse.
Reunião social é que não falta. Os chazinhos das senhoras em hotel cinco
estrela, o futebol da mocidade, as passeatas e o baile dançante no dia dos
namorados, com a cobertura do departamento de marketing da igreja, digo melhor,
departamento de marketing do “clube espiritual”, fazem bem a alma e dão a idéia
de ser uma igreja ativa. A intimidade com Deus se tornou atividade social e a
igreja que deveria ser o sal da terra tornou-se o mel do mundo, porque nada
mais faz do que adoçar a boca dos pecadores. A igreja não existe para ser
agradável aos pecadores. Ela não é uma ONG de bem-estar social, mas o corpo de
Cristo neste mundo e vivificada pelo poder do Espírito Santo.
Os covis de bodes são como
rodoviária em alta estação: sempre cheia e movimentada. Paz do Senhor pra aqui,
paz do Senhor pra acolá. Ninguém se conhece. Perdeu-se a koinonia. O
artificialismo é notório. E, o pastor dos bodes para encobrir a apatia
manipula-os no momento do culto dizendo: “Olhe para seu irmão ao lado e
diga-lhe Jesus te ama e eu também”. Durante o sermão não faltam os chavões
pré-fabricados e bestializados para os bodes-fregueses repetirem: “Repita comigo,
diz o pastor “bodista”, Deus me constituiu por cima e não por calda”. Se um bar
se chama “Oba oba”, as pessoas entendem que vão lá para se divertir e ficar
relaxadas. Se disserem “No Brasil os políticos vivem no “Oba, oba”, quer dizer
que eles não são honestos, roubam a população e só fazem o que lhes interessa.
Se disserem “Não contrate os serviços daquela empresa, porque lá é o maior
“Oba, oba”, significa que a empresa não deve ser levada a sério. Assim são os
covis de bodes comandados por seus pastores, muito oba, oba, nada de seriedade
e santidade de vida.
Os pastores dos covis de
bodes pregam verdades e não a verdade. A sã doutrina passa longe dos covis.
Nada é absoluto, vale tudo para conseguir gente. Por isso, nos covis, têm
amancebados e homossexuais ocupando cargos eclesiásticos. Mas, os dias desses
enganadores estão contados. Eles se encaixam perfeitamente nas palavras do
profeta Jeremias: “A sua careira é má, e sua força não é reta porque tanto o
profeta como o sacerdote são profanos; até na minha casa achei a sua maldade,
diz o Senhor. Portanto, o seu caminho lhes será como veredas escorregadias na
escuridão; serão empurrados e cairão nele; porque trarei sobre eles mal, o ano
mesmo da sua punição, diz o Senhor” (Jr 23:10-12).
Ir. Marcos Pinheiro
Nenhum comentário:
Postar um comentário