domingo, 8 de março de 2015

COVIL DE BODES



                                        COVIL DE BODES


A quantidade de incrédulos que estão sendo batizados nas igrejas evangélicas é assustador. A maioria das igrejas evangélicas no Brasil se tornou um covil de bodes. Nesse contexto, ser crente e, assistir filmes pornôs e pousar nua na revista playboy, não tem nada de mais. Ser crente e sonegar impostos, ter seu nome no serviço de proteção ao crédito e passar cheque sem fundo, não tem nada de mais. Ser crente e subornar o guarda de trânsito, vender bebidas alcoólicas, ser dono de uma rede de motéis e proprietário de casas lotéricas, não tem nada de mais. Ser crente e furar a fila do banco e dirigir com a carteira de motorista vencida, não tem nada demais. Se Jesus estivesse fisicamente em nosso meio, ele diria aos líderes dessas igrejas que o seu Reino se tornou covil de bodes.

A preocupação dos pastores dos covis de bodes é: como atrair as pessoas? Que tipo de programa e de pregação deve-se ter para que as pessoas sejam clientes? Esses réprobos têm patrocinado noitadas de culto carnavalesco para atrair os jovens. O culto virou show, a fumaça já não é mais da nuvem gloriosa da presença de Deus, mas do gelo seco e, a palavra é só para ensinar como ter sucesso. Lair Ribeiro perde longe! Esses falsários estão dando o que as pessoas querem. Mas, a função da igreja é dar o que as pessoas necessitam: o Evangelho puro e simples. Jesus atraía as pessoas com seu poder, seu amor, sua personalidade, seu caráter e seu conteúdo. Bingos, rifas, campeonato de música sacra, gincanas, cantata, bailes no dia internacional da mulher, filmes, teatros, sem dúvida, atraem pessoas. Mas, o que converte é a pregação do Evangelho, e não programações adaptadas ao gosto das pessoas. A conseqüência dessas programações é a igreja cheia de bodes e não de ovelhas. Os valores dos bodes são falsos e superficialmente cristãos, pois eles foram atraídos por programas mundanos, e não pela mensagem da cruz.

O pastor do covil de bodes é o pastor “tiozão”. É o pastor bacana que com o seu sorriso Colgate e com a bajulação “Amo vocês rebanho maravilhoso” consegue agradar o povão com heresias e apostasias. Os bodes se sentem confortáveis e importantes, pois na visão deles doutrina não interessa. Doutrina afasta as pessoas. O bom pastorado é aquele em que a igreja está cheia de figurões vivendo como querem: jogadores de futebol famosos, surfistas internacionais, bailarinas, humoristas, artistas, políticos, juízes,...a receita cresce, e todos estão felizes.

Os bodes querem festas, gostam de festas e, muitas festas. Há muito louvorzão animado. Muita catarse. Reunião social é que não falta. Os chazinhos das senhoras em hotel cinco estrela, o futebol da mocidade, as passeatas e o baile dançante no dia dos namorados, com a cobertura do departamento de marketing da igreja, digo melhor, departamento de marketing do “clube espiritual”, fazem bem a alma e dão a idéia de ser uma igreja ativa. A intimidade com Deus se tornou atividade social e a igreja que deveria ser o sal da terra tornou-se o mel do mundo, porque nada mais faz do que adoçar a boca dos pecadores. A igreja não existe para ser agradável aos pecadores. Ela não é uma ONG de bem-estar social, mas o corpo de Cristo neste mundo e vivificada pelo poder do Espírito Santo.

Os covis de bodes são como rodoviária em alta estação: sempre cheia e movimentada. Paz do Senhor pra aqui, paz do Senhor pra acolá. Ninguém se conhece. Perdeu-se a koinonia. O artificialismo é notório. E, o pastor dos bodes para encobrir a apatia manipula-os no momento do culto dizendo: “Olhe para seu irmão ao lado e diga-lhe Jesus te ama e eu também”. Durante o sermão não faltam os chavões pré-fabricados e bestializados para os bodes-fregueses repetirem: “Repita comigo, diz o pastor “bodista”, Deus me constituiu por cima e não por calda”. Se um bar se chama “Oba oba”, as pessoas entendem que vão lá para se divertir e ficar relaxadas. Se disserem “No Brasil os políticos vivem no “Oba, oba”, quer dizer que eles não são honestos, roubam a população e só fazem o que lhes interessa. Se disserem “Não contrate os serviços daquela empresa, porque lá é o maior “Oba, oba”, significa que a empresa não deve ser levada a sério. Assim são os covis de bodes comandados por seus pastores, muito oba, oba, nada de seriedade e santidade de vida.

Os pastores dos covis de bodes pregam verdades e não a verdade. A sã doutrina passa longe dos covis. Nada é absoluto, vale tudo para conseguir gente. Por isso, nos covis, têm amancebados e homossexuais ocupando cargos eclesiásticos. Mas, os dias desses enganadores estão contados. Eles se encaixam perfeitamente nas palavras do profeta Jeremias: “A sua careira é má, e sua força não é reta porque tanto o profeta como o sacerdote são profanos; até na minha casa achei a sua maldade, diz o Senhor. Portanto, o seu caminho lhes será como veredas escorregadias na escuridão; serão empurrados e cairão nele; porque trarei sobre eles mal, o ano mesmo da sua punição, diz o Senhor” (Jr 23:10-12).

Ir. Marcos Pinheiro

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