MINISTROS LUCIFERIANOS
Muitos ministros são
vendilhões de sucesso para as pessoas. Sinceramente, não agüento mais esses
mutretólogos da “confissão positiva”, da “quebra da maldição na família”, da
“oração forte”, da “unção da multiplicação”, dos “sonhos de Deus”, do “tempo de
restauração”. Lamentavelmente, esses ministros luciferianos, ministros da
injustiça, induzem os analfabetos bíblicos a seguirem as apostasias mais
fantasiosas da face da terra.
Os louvores nas igrejas dos
ministros da injustiça é uma barulheira só. As vozes da comunidade são abafadas
pelos estridentes instrumentos. As letras das músicas são mancas, do tipo:
“restitui, Senhor, eu quero de volta o que é meu”, “faz chover, Senhor, manda
chuva pra cá, manda chuva pra lá”. Além disso, há o enfadonho controle do
auto-nomeado “levita” ordenando as pessoas a foliar, bater palmas para Jesus,
dizer isso e aquilo para o irmão do lado. Quanta folia e circo!
Os ministros luciferianos
pregam liberdade para se viver como quer. Eles não advogam a liberdade através
do sangue de Cristo a qual exige renúncia, negação de si mesmo e obediência. Na
verdade, esses ministros usam a liberdade cristã como ocasião para dar evasão a
carne. Nas Escrituras encontramos ênfase sobre arrependimento e mortificação
radical da carne. Paulo enfatizou “morro todos os dias” (I Co 15:31).
Os ministros da injustiça,
não pregam sobre a cruz, o inferno, a volta de Jesus. Nos seus sermões eles não
usam a pregação teológica do Antigo Testamento, mas usam o Antigo Testamento
para dizer o que querem em termos de vitória e sucesso. Penso que esses homens
nunca leram Paulo, Pedro e Tiago. Se leram, ignoram. Em suas cartas, os santos
servos de Deus, nos convocam à santidade e a separação desse mundo maligno. Os
ministros luciferianos terão que chamar, por exemplo, o apóstolo Paulo de
legalista, pois só na carta aos gálatas, o apóstolo pontuou: “Os que são de
Cristo crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências” (Gl 5:24), “Andai
em Espírito e não cumprireis a concupiscência da carne” (Gl 5: 16), “O mundo
está crucificado para mim e eu para o mundo” (Gl 6:14). Em nenhum momento Paulo
promove entretenimento ou enfatiza sucesso material.
É urgente nos acautelarmos
com quem oferece sucessos e riquezas. O diabo oferece riquezas: “Tudo isto te
darei, se, prostrado, me adorares” (Mt 4:9). O inimigo nunca oferecerá a cruz,
porque ele a odeia e a teme. Os ministros da injustiça oferecem um Cristo
sintético, de plástico, não o que derramou o seu sangue pelos nossos pecados.
Eles ensinam uma busca de melhora de vida através dos bens materiais, e não uma
busca de identificação com o cordeiro de Deus que derramou seu sangue que
purifica o homem de todo pecado. Para os ministros luciferianos, sucesso,
vitória e triunfo são marcas da fé. Mas, em Atos 5:41 o ser achado digno de
sofrer por Cristo é mostrado como honra. A Bíblia não diz “Bem aventurado os
que sempre triunfam”, mas diz: “Bem aventurado os que são perseguidos por causa
da justiça” (Mt 5:10).
Uma característica dos
ministros da injustiça é que eles estão no mesmo nível de carnalidade dos
ímpios. Eles combatem a carnalidade dos ímpios com carnalidade. Paulo diz que
“as armas da nossa milícia não são carnais, mas poderosas em Deus, para
destruição das fortalezas” (2 Co 10:4). Portanto, não se combate impropérios
com impropérios, mas com a Verdade de Deus.
Os ministros luciferianos
combatem os abutres do neopentecostalismo estando eles mesmos atolados no neopentecostalismo.
Os cultos de suas igrejas são neopentecostais, a oração que eles fazem é neopentecostal,
a evangelização é neopentecostal. Enfim, os ministros da injustiça usam os
jargões místicos e antibíblicos do neopentecostalismo: “Senhor cobre-me com teu
sangue”, “Tá amarrado”, “espírito de prostituição, sai agora”, “tuberculose,
vai embora”, “Use a fé e prospere”, “Deus realizará os teus sonhos”, “sonhe os
sonhos de Deus”, “eu profetizo... ”, “tome posse da bênção”, “Você nasceu para
vencer”. Quanta baboseira!
Outra característica dos
ministros da injustiça é que eles dimensionam o Evangelho em termos de
sensações e experiências. O sentir e o experimentar valem mais do que as
Escrituras dizem. Para impor seus conceitos que lhe trazem lucro, os
luciferianos bradam: “Eu senti no meu coração”. E, ai daquele que contestar!
Aqui cabe uma pergunta: Desde quando o coração é padrão de certo ou errado?
Desde quando o coração é confiável? Diz-nos Jeremias 17:9: “Enganoso é o
coração, mais do que todas as coisas”. A Bíblia deve ser o padrão normativo
para nós e não as nossas sensações e experiências. A fonte de autoridade, para
nós, são as Escrituras. Cristianismo não são sensações, como querem os líderes lucifeianos.
Ir. Marcos Pinheiro
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