A MICROCEFALIA EVANGÉLICA:
PRAGMATISMO
A microcefalia é uma doença
em que a cabeça e o cérebro das crianças são significativamente menores que o
normal para a sua idade, influenciando o seu desenvolvimento mental. A igreja
moderna tem cérebro atrofiado, por ter sido contaminada pela praga do
pragmatismo. O evangelho infectado pelo pragmatismo tornou-se ineficaz para
salvar o perdido e ineficiente para o crescimento na graça e no conhecimento em
Jesus Cristo. A infiltração do engano tem sido a sutil estratagema de Satanás
para desviar a igreja do seu propósito central que é a glorificação do Senhor
Jesus Cristo através da obediência à sua Palavra. Nesses últimos tempos é bem
percebível o engano que Satanás tem semeado no meio evangélico na construção do
outro evangelho e de uma programação evangelística travestida da filosofia do
pragmatismo. O pragmatismo atulhou a igreja de novidades pop, de psicologia, de
autoestima, de exaltação do ego, de vanglória, de adesão ao erro, de conformação
ao mundo, de heresias, de marketing, de contos da carochinha, de ficção. O
tempo é de confusão doutrinária, de vacilação teológica, de blandícia, de
incerteza cúltica, de cérebro pequeno.
A bandeira levantada pelos
pastores infectados pelo pragmatismo é: “Devemos modernizar a igreja de modo
que ela seja atraente”. Os líderes pragmáticos buscam impressionar as pessoas
através de muita versatilidade tais como: teatros, filmes, danças, evangelismo
na base de diversão, conjuntos musicais, cantata, sermões psicologizados. A
meta é deixar o pecador numa situação hiper-confortável. O negócio é promover
mudanças e quebra de paradigmas, onde a doutrina deixa de ser o sustentáculo da
igreja. Garantir a “paz”, através de um ambiente prazeroso no qual não há
preocupações com os princípios de certo e errado é o lema que descreve bem o
estado pragmático dos líderes atuais.
O pragmatismo aprova um
método usado para alcançar um determinado objetivo através da constatação dos
resultados atingidos. Ou seja, se der certo, é bom. Por isso, os discípulos do
pragmatismo promovem o uso de estilos mundanos na música e no vestuário, com a
finalidade de lotar suas igrejas. Essa filosofia está enfraquecendo as igrejas,
atrofiando a sua mentalidade, tornando-as mongolóides e mudando a sua missão
que é anunciar todo o Conselho de Deus. Charles Spurgeon em seu sermão pregado
em 11 de setembro de 1859 no púlpito da Rua do Novo Parque, em Londres,
pontuou: “Quantos danos têm sido causado às almas dos homens por pregadores que
só tem pregado uma parte e não todo Conselho de Deus”.
Como um abismo chama outro
abismo, num tempo não muito longo, veremos as igrejas pragmáticas oferecerem
aulas de fabricação de cachaça, pois a cachaça faz parte do folclore
nordestino. Ofertarão aulas de balé, xaxado, timbalada, frevo, forró e
sapateado alagando que essas coisas enriquecerão culturalmente seus membros.
Oferecerão aulas de Karatê e Muay Thai, afinal a membresia precisa se defender
das “astutas ciladas dos homens”. Em um futuro breve, a igreja pragmática
montará “um bar de champanhe” em seu Réveillon movido a baile dançante à
meia-luz. As “ovelhas” aderirão à profanidade saboreando o espumante champanhe,
afinal, crente também é gente! No carnaval a igreja pragmática terá os “Foliões
de Cristo” onde seus membros participarão dos desfiles com blocos carnavalescos
exibindo o tema: “Cristo bota pra quebrar”.
O culto das igrejas
pragmáticas é uma cópia falida da terapia de grupo mundana onde as pessoas
manipuladas são conduzidas a imaginar que devem sempre está se sentindo
vencedora e animada. O líder pragmático manipula do púlpito uma massa
microcefálica sem discernimento: “Olhe no olho do seu irmão e diga, você é
vitorioso”. Ao som das batucadas das baterias, junto com o requebro dos quadris
e as coreografias erotizantes e frenéticas, o rebanhão se solta do corpo e da
mente num emocionalismo visceral. O culto das igrejas pragmáticas é
relativizado, pois depende do contexto sócio-cultural-humanístico. Isso deforma
e descaracteriza o verdadeiro culto bíblico. O culto em vez de ser relevante,
torna-se enganoso, ridículo, microcefálico.
As metodologias antropológicas e humanísticas são camufladas no meio do
palavrório frívolo do falsário pastor pragmático. Na realidade, o culto
pragmático é uma mistura entre as coisas de Deus e as coisas de Baal. As
práticas do culto pragmático é blasfêmia contra o Espírito Santo.
Na filosofia pragmática, a
verdade do Evangelho é escondida numa fumaça de invenções humanas. Nesse
contexto, aumentam-se as filas dos ludibriados com o evangelho pervertido.
Muitos que tomaram uma decisão em igrejas pragmáticas e que receberam o
“decreto” de que seus pecados foram perdoados, se surpreenderão naquele Dia
quando ouvirão a voz do grande Rei: “Nunca vos conheci, apartai-vos de mim”. Os
pastores pragmáticos com seu evangelho recortado, diluído, travestido,
contextualizado ao pensamento do dia são verdadeiros vendedores de indulgências
que iludem e enganam os indoutos confirmando a sua ida para o inferno. No
primeiro momento, o evangelho pragmático parece relevante, mas não passa de uma
mistura diabólica ilusória a manter pessoas prisioneiras do erro. As pessoas
pensam ilusoriamente que estão salvas, porque o ministro babilônico lhes
garantiu uma justificação onde não há arrependimento autêntico.
Mesmo sabedores do contexto
onde ensinavam Jesus e Paulo não se preocuparam em pragmatizar suas mensagens.
Antes ensinavam de modo puro e simples, com a certeza de que o Evangelho era em
si mesmo o poder de Deus para a salvação, de qualquer homem, em qualquer
contexto sócio-cultural-político, em qualquer tempo. Jesus e Paulo sabiam que
não se pode santificar a carne nem justificar o mundo. Igualmente, a igreja
primitiva sabia que pragmatizar a mensagem do santo Evangelho é destruir
sutilmente os fundamentos do cristianismo. O evangelho pragmático é tão
satânico que leva as pessoas a se afastarem progressivamente da fé bíblica sem
perceberem que estão sendo arrastadas para os abismos espirituais da apostasia.
Não devemos ter medo nem
vergonha de voltar à simplicidade do Evangelho. Se alguém caiu num profundo
buraco cheio de lama e fezes, do qual não pode sair, não devemos cair também no
buraco com ele para que nos escute e seja salvo. Precisamos pregar aos
enlameados, sem termos que nos enlamear.
Ir. Marcos Pinheiro
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