EVANGELISMO MODERNO: CISTERNAS
ROTAS
O grande problema do
evangelismo atual é que o Evangelho está sendo apresentado como uma coisa a ser
vendida. Para muitos líderes a proclamação do Evangelho é uma questão de boa
técnica de vendas. Nesse contexto, perdeu-se a visão de que o Cristo exaltado
opera unicamente através de sua Palavra. Coisas espúrias são usadas no evangelismo
moderno em substituição à proclamação expositiva da Palavra de Deus. Cisternas
rotas substituíram o manancial de águas vivas. A propagação de uma fé bem
definida deu lugar a uma fé inacabada.
Discursos de autoajuda,
performances artísticas musicais, dança do ventre, filmes, jograis, fantoches,
humorismo são as cisternas rotas oferecidas ao público espiritualmente enfermo.
O pecador é visto como coitadinho. Uma vítima levada pelo mau caminho. Por
isso, não se deve assustá-lo com mensagens que falam de inferno e juízo final.
O pecador precisa receber um tom de mensagem suave, agradável e amável. Nesse
contexto, a pregação expositiva da Palavra de Deus ficou fora de moda. As
técnicas de vendas e atividades barulhentas substituíram a exposição das
Escrituras. A loucura da pregação deixou de ser anunciada. O Evangelho
desconfortante e impopular deixou de ser proclamado.
O grande mal da
evangelização moderna é que ela está dando aos ímpios uma forte dose de
emocionalismo para que eles cheguem ao inferno mais rápido. O ambiente festivo
e gaiato ultrapassou o senso teológico-reflexivo. Sobrepujou à razão. O
evangelismo atual tem rosto de Freud, Lair Ribeiro e Augusto Cury ao invés de
ter o rosto da cruz. É o evangelismo sem cruz, sem sangue e centrado no
indivíduo. “Sangue” e “cruz” podem assustar muita gente, mas o sangue de Cristo
espavoriza o diabo e é a única coisa que purifica uma alma enferma por causa do
pecado!
O problema de muitos
pastores é que eles pensam que o ímpio vir à frente, repetir a famigerada
“oração do pecador” e receber a declaração de que está salvo, o céu ganhou a
batalha contra o inferno. E isso tudo, através de uma mensagem aguada onde a
doutrina da depravação do homem não foi anunciada, nem a teologia da cruz. Na
mensagem, o pecado foi tratado superficialmente, foi oferecida uma melhor vida
agora do que uma vida na eternidade. Semelhantemente aos líderes da época de
Jeremias, a ferida das pessoas foi tratada como se não fossa grave. A mensagem
foi uma liquidação do tipo: “venha, compre e seja feliz”. E o preço? R$ 65,00
para os 500 primeiros que comprar, após isso R$ 80,00.
Lamentavelmente, a
evangelização atual é banalizada em função dos números. Elimina-se tudo que
possa ofender o pecador. O perdão é ofertado como uma traficância: “Você dá a
Jesus o seu pecado, e Ele lhe dará a vida eterna em troca”. A graça é tão
vulgar que se fala do dom da vida eterna como se fosse um produto de troca. O
negócio é lotar o palácio faraônico. Tristeza segundo Deus, confissão de
pecado, arrependimento e autonegação, nem pensar!
Jesus se envergonharia dos
sermões de muitos pastores. A mensagem é superficial, sintética, plástica e com
cheiro de lentilhas. O pecador não entende que seguir a Cristo lhe custa tudo.
Não entende que Jesus lhe dá a vida eterna, mas lhe dá também a cruz e o
caminho estreito. Não entende que se Cristo não for tudo para ele, Cristo não é
nada. É por essa razão que há nas igrejas pessoas na prática do homossexualismo
e dizendo que é evangélico. Há pessoas amancebadas, sonegando imposto, na
fornicação, pousando nua em revistas e se dizendo servos de Cristo.
As pessoas estão indo para o
inferno, não por causa do comunismo, nem do ateísmo, nem do islamismo, nem das
drogas, nem do alcoolismo. As pessoas estão indo para o fogo eterno por causa
da igreja devido a uma versão diluída e distorcida da mensagem da cruz que
estão recebendo.
Ir. Marcos Pinheiro
Meu Irmão,vejo todos os ensinamentos e tenho aprendido muito.
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