sábado, 18 de fevereiro de 2017

CULTUADORES DE ÓLEO



                                       CULTUADORES DE ÓLEO

Há muitos cultuadores de óleo no meio evangélico. Baseado em Tiago 5:13 duas heresias surgiram: ungir objetos com óleo santificando-os.  Consagrar pessoas ao ministério ungindo-as com óleo. É comum pastores ao comprar instrumentos musicais, adquirir um púlpito, comprar cálices para a ceia ungi-los com óleo “consagrando-os”, “santificando-os” a Deus. Há aqueles pastores que “consagram” até o pão que é servido na ceia.

É verdade que no Antigo Testamento objetos, utensílios e mobília do tabernáculo e depois do templo eram ungidos e consagrados ao Senhor.  O propósito era separá-los do uso comum para o uso sagrado nos rituais de sacrifícios. Em nenhum caso eram usados com poderes mágicos. Não estamos mais debaixo da lei cerimonial verotestamentária. Ela foi abolida no novo sacerdócio de Cisto.

Nas Escrituras não encontramos ninguém “consagrando”, “santificando” objetos. Moisés não “consagrou” através da oração a serpente de bronze. Eliseu não orou “ungindo”, “santificando” o seu cajado. Isaías não “consagrou” pela oração a pasta de figos para curar a úlcera de Ezequias. Não há registro bíblico de que Paulo tenha orado pelos seus lenços e aventais. Pedro nunca impôs as suas mãos sobre a sua sombra consagrando-a.

O Novo Testamento nos informa que com a vinda de Jesus os remidos são os que são santos. Os salvos são templos do Espírito Santo. A igreja não é um templo. Templos no modelo do Antigo Testamento não existe mais. Portanto, quem “unge” coisas tornando-as “santas” está vilipendiando o sacrifício vicário de Cristo no calvário. Ungir carro, apartamento, toalha, lenço ou qualquer objeto é misticismo. Orar abençoando os nossos bens para que não sejam demonizados ou tenha poderes especiais é abominação.

Os cultuadores de óleo “consagram” obreiros para o ministério aplicando óleo em suas cabeças. Isso é judaização do cristianismo. No Antigo Testamento encontramos a unção de reis (I Sm 9:16), a unção de sacerdotes (Ex 40:13-15), a unção de profetas (61:1-3). O Senhor Jesus é Rei, Sacerdote e Profeta. Ele assumiu essas tarefas. Portanto, a unção para sacerdotes, reis ou profetas caducou.

Para quem foi chamado por Deus para servir como pastor, presbítero ou diácono cabem a imposição de mãos substituta da unção com óleo. Não há no Novo Testamento prescrição de unção com óleo na consagração de obreiros. A doutrina bíblica é a imposição de mãos (Hb 6:1-2; Atos 6:5-6; Atos 13: 2-3; I Tm 5:22). Não se deve ungir ninguém para “capacitar para o ministério”. Os que assim fazem estão na contramão do Evangelho. E piora quando o “cultuador de óleo” diz em alto e bom tom que o óleo veio de Israel. Cultuadores de óleo! Tremendo misticismo!

Ir. Marcos Pinheiro

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