CULTUADORES DE ÓLEO
Há muitos cultuadores de óleo no meio evangélico. Baseado em Tiago 5:13
duas heresias surgiram: ungir objetos com óleo santificando-os. Consagrar pessoas ao ministério ungindo-as com
óleo. É comum pastores ao comprar instrumentos musicais, adquirir um púlpito,
comprar cálices para a ceia ungi-los com óleo “consagrando-os”, “santificando-os”
a Deus. Há aqueles pastores que “consagram” até o pão que é servido na ceia.
É verdade que no Antigo Testamento objetos, utensílios e mobília do
tabernáculo e depois do templo eram ungidos e consagrados ao Senhor. O propósito era separá-los do uso comum para o
uso sagrado nos rituais de sacrifícios. Em nenhum caso eram usados com poderes
mágicos. Não estamos mais debaixo da lei cerimonial verotestamentária. Ela foi
abolida no novo sacerdócio de Cisto.
Nas Escrituras não encontramos ninguém “consagrando”, “santificando”
objetos. Moisés não “consagrou” através da oração a serpente de bronze. Eliseu
não orou “ungindo”, “santificando” o seu cajado. Isaías não “consagrou” pela
oração a pasta de figos para curar a úlcera de Ezequias. Não há registro
bíblico de que Paulo tenha orado pelos seus lenços e aventais. Pedro nunca
impôs as suas mãos sobre a sua sombra consagrando-a.
O Novo Testamento nos informa que com a vinda de Jesus os remidos são os
que são santos. Os salvos são templos do Espírito Santo. A igreja não é um
templo. Templos no modelo do Antigo Testamento não existe mais. Portanto, quem
“unge” coisas tornando-as “santas” está vilipendiando o sacrifício vicário de
Cristo no calvário. Ungir carro, apartamento, toalha, lenço ou qualquer objeto
é misticismo. Orar abençoando os nossos bens para que não sejam demonizados ou
tenha poderes especiais é abominação.
Os cultuadores de óleo “consagram” obreiros para o ministério aplicando
óleo em suas cabeças. Isso é judaização do cristianismo. No Antigo Testamento
encontramos a unção de reis (I Sm 9:16), a unção de sacerdotes (Ex 40:13-15), a
unção de profetas (61:1-3). O Senhor Jesus é Rei, Sacerdote e Profeta. Ele
assumiu essas tarefas. Portanto, a unção para sacerdotes, reis ou profetas
caducou.
Para quem foi chamado por Deus para servir como pastor, presbítero ou
diácono cabem a imposição de mãos substituta da unção com óleo. Não há no Novo
Testamento prescrição de unção com óleo na consagração de obreiros. A doutrina
bíblica é a imposição de mãos (Hb 6:1-2; Atos 6:5-6; Atos 13: 2-3; I Tm 5:22).
Não se deve ungir ninguém para “capacitar para o ministério”. Os que assim
fazem estão na contramão do Evangelho. E piora quando o “cultuador de óleo” diz
em alto e bom tom que o óleo veio de Israel. Cultuadores de óleo! Tremendo
misticismo!
Ir. Marcos Pinheiro
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