sexta-feira, 22 de setembro de 2017

CENTRO DE ADORAÇÃO: REMENDANDO O VÉU QUE DEUS RASGOU

CENTRO DE ADORAÇÃO: REMENDANDO O VÉU QUE DEUS RASGOU

Deus desejava que o templo de Jerusalém fosse uma casa que atraísse pessoas de todas as nações. O Senhor queria que no templo, as pessoas de todas as raças pudessem orar e adorá-lo. Marcos 11:17 esclarece isso: “Ele os ensinava, dizendo: Não está escrito: a minha casa será chamada de casa de oração para todas as nações?”. Na teologia judaica, o templo era o polo de atração para o mundo. Com a chegada de Jesus, o polo de atração mudou. Não é um prédio. É ele: “E eu, quando for levantado da terra atrairei todos a mim!” (Jo 12.32). A glória de Deus não está num templo, mas em Jesus.

Na Nova Aliança nós somos o templo de Deus (ICo 3.16). É em nós que a glória de Deus habita. É em nós que o mundo sem Cristo deve ver a glória de Deus. A nossa vida deve ser a casa de oração, uma vida de comunhão com Deus, que honre a Deus. Portanto, o pastor que tem a ideia de querer fazer de sua igreja o “Centro de Adoração” para as pessoas de todas as nações, está mergulhado na teologia judaica. É judaizante.

O individualismo que se espalhou em Babel explica de modo satisfatório a ideia dos pastores judaizantes. O religiosismo desses pastores mantém a membresia idólatra do templo. Eles instigam o rebanho a orgulha-se do templo. A síndrome de babel que esses pastores estão contaminados é um desfocar da verdade da Nova Aliança.

O religiosismo dos pastores judaizantes ocupa-se em manter as ovelhas eufóricas, em uma catarse em torno do templo. Com esta mentalidade babellísta-judaizante, a igreja deixou de ser a comunhão dos salvos, e passou a ser uma agência de consumismo espiritual. As pessoas não foram salvas para servir o Reino de Deus, mas para servir aos caprichos babellístas do pastor. Em João 12:13-21, Jesus se anunciou como sendo o novo templo. Desse modo, religiosismo-judaizante, não. Cristianismo, sim. Evangelismo que produz agitação e orgulho, não. Evangelismo que gera quebrantamento e conversão, sim.

Entre os pastores judaizantes é comum a hereditariedade ministerial. No intuito de perpetuar o patrimônio dos templos 5 estrelas construídos, consagram filhos, sobrinhos e genros a pastores. É uma medida preventiva para assegurar as finanças acumuladas em suas contas bancárias.
O mais grave da síndrome de babel é que o conceito de igreja está associado a esses templos 5 estrelas. É como se necessitássemos de construções tão luxuosas e monumentais como a de Salomão. É preciso entender que Deus glorificava-se a si mesmo abençoando Israel de modo que as nações pudessem ver e saber que o Senhor era o Deus de Israel. Por isso que Salomão recebeu instruções de Deus para construir um templo espetacular.

O padrão do Antigo Testamento era venha-ver. Havia um centro geográfico de adoração, um templo físico. Com a vinda de Jesus, não há centro de adoração para o cristianismo. Jesus substituiu o templo. Ele tabernaculou entre nós. Somos, agora, o santuário de Deus. Construir “Centro de Adoração” para atrair pessoas de todas as nações é remendar o véu que Deus rasgou. Será que esses pastores babelizados não sabem que Deus jamais habitará em palácios feitos por homens? (At 7:48).

Ir. Marcos Pinheiro

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