quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

MULHERES PASTORAS: ESPÍRITO DE ANARQUIA (PARTE III)

MULHERES PASTORAS: ESPÍRITO DE ANARQUIA (PARTE III)

A regra áurea para a igreja não são os fatos sociais e nem o espírito anárquico da época, mas a Palavra de Deus. Deus criou o homem e o colocou como cabeça perante a mulher, a qual chamou de auxiliadora. A idéia do movimento feminista de que tudo é unisex invadiu as sociedades e as famílias permitindo que ninguém faça uma clara distinção do papel do homem e da mulher. Infelizmente, essa idéia foi absorvida por muitas igrejas levando-as a ordenar mulheres pastoras. Nossa oposição a essa apostasia parece criar a impressão de que a mulher não tem lugar na igreja, o que está longe da verdade. Ela tem um lugar muito importante e negligenciado. Negligenciado porque tantas vezes ela tem estado muitíssimo mais preocupada em tentar tomar o lugar do homem do que ocupar sua esfera divinamente dada. A glória da mulher achar-se-á na sua própria esfera. Seu vexame ocorre quando ele sai da mesma. A Bíblia é muito clara quanto a função da mulher na família, na sociedade e na igreja. Aqueles que negam e usurpam a vontade e revelação de Deus no que diz respeito ao papel da mulher, estão fazendo coro com Satanás.
Os defensores da ordenação feminina ao oficialato eclesiástico citam Gálatas 3:28 para justificar sua tese “Nisto não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há macho nem fêmea; porque todos vós sois um em Cristo Jesus”. Eles advogam que nesse versículo Paulo está abolindo todas as diferenças na igreja no que diz respeito a sexo, posição social, posição econômica e raça. Afirmam ainda que a vinda de Jesus autenticou a igualdade entre judeus e gentios, escravos e livres, homens e mulheres, sendo todos aceitáveis na igreja do Senhor, inclusive para exercerem a função pastoral. Não há dificuldades para refutar tal posição. Paulo nessa passagem não está falando sobre liderança eclesiástica. A tensão que se passava com os irmãos da igreja local era se a salvação provinha da fé ou das obras. Na tradição judaica era exigida a circuncisão para que alguém fosse salvo. Os irmãos judeus recém convertidos ao evangelizarem os gentios ainda levavam as cargas de suas leis mosaicas e, nesse caso, a circuncisão era ainda praticada e consequentemente imposta aos novos crentes, ou seja, os judeus recém convertidos queriam que os gentios se tornassem crentes ainda praticando a circuncisão. Paulo, então, explica que é através do batismo que todos entram de posse do novo pacto, ou seja, os que são da fé não estão subordinados à lei de Moisés porque pelo batismo pertencem a Cristo “A lei nos serviu de aio para nos conduzir a Cristo, depois que a fé veio, já não estamos debaixo de aio” (Gl 3: 23- 24). Portanto, o contexto de gálatas capítulo 3 não diz respeito às funções que os homens e mulheres desempenham na casa de Deus. A exegese do motim feminista é esdrúxula!
Na insistência de justificar o injustificável, os hereges citam Romanos 16:1 “Recomendo-vos, pois, Febe, nossa irmã, a qual serve na igreja que está em Cencréia”. Afirmam baseados nesse versículo que Febe era pastora, ou no mínimo diaconisa. É preciso salientar que o verbo “servir” (diaconeo, no grego), tem dois sentidos: o sentido amplo e o sentido específico. O sentido específico refere-se ao oficial da igreja local, ou seja, o diácono. Encontramos o verbo “servir” no sentido específico em Atos 6:2 “Não é razoável que nós deixemos a palavra de Deus e SIRVAMOS às mesas” e em I Tm 3:10, 13 “E também estes sejam provados, depois SIRVAM, se forem irrepreensíveis. Porque ao que SERVIREM bem como diácono adquirirão para si uma boa posição e muita confiança na fé que há em Cristo Jesus”. Febe não era pastora e, nem diaconisa, pois o verbo “servir” é usado em Romanos 16:1 no sentido amplo, ou seja, o sentido onde se encaixam todos os crentes. Todos os crentes são servos do Senhor e estão neste mundo para servir a Deus e aos outros. Ademais, Paulo destaca Febe como uma irmã que tinha o fruto do espírito benignidade “Porque tem hospedado a muitos, como também a mim mesmo” (Gl 16:2). O próprio Paulo foi alcançado pela benignidade de Febe. Fica assim descartado o título de pastora ou diaconisa para a irmã Febe.
Aqueles que advogam a instituição de pastoras incorrem no gravíssimo erro quando afirmam que Priscila era pastora, pois doutrinou Apolo. Isso não passa de suposição haja vista não haver nenhuma referência no texto que confirme o seu ofício de pastora. Vale salientar que Apolo não conhecia nada a respeito do batismo com o Espírito Santo. Ele havia aceitado o batismo de João e creu em Jesus como o Messias crucificado e ressuscitado, e parou aí. Priscila e seu esposo Áquila quando ouviram a pregação eloqüente de Apolo o levaram consigo e lhe expuseram “mais profundamente o caminho do Senhor”. Observe que Priscila não foi ensinar para uma assembléia no ofício pastoral, mas foi o ensino individual para uma pessoa, no caso, Apolo. Além disso, não foi só, mas acompanhada do seu esposo. No verso 26 de Atos 18, ela foi citada, primeiro, não porque era pastora, mas por pertencer a uma família da nobreza romana, e Áquila era um judeu da Ásia menor setentrional.
Outros na ânsia de defender a ordenação feminina, citam Atos 2:18 “ E também do meu Espírito derramarei sobre os meus servos e minhas servas, naqueles dias profetizarão”. Afirmam que o pentecoste foi o acontecimento que aboliu por completo as diferenças entre homens e mulheres, uma vez que o Espírito Santo caiu sobre todos capacitando-os com os mesmos dons. Argumentam ainda, que o batismo com o Espírito Santo dá poder do alto para que homens e mulheres trabalhem na obra do Senhor, inclusive exercendo o pastorado. Não há dificuldades para refutar esse argumento. Se as mulheres tivessem exercido o ministério pastoral na igreja primitiva haveria menção desse ministério no Novo Testamento. Em apocalipse capítulos 2 e 3, encontramos os pastores das igrejas da Ásia, nenhuma pastora. Em Atos capítulo 15, encontramos a conferência de Jerusalém onde os rumos da igreja foram traçados por homens, não há menção de nenhuma mulher como presbítera, bispa, pastora, anciã ou diaconisa. O autor de Hebreus não menciona mulheres entre os pastores (Hb 13: 7,17). Tiago não inclui as mulheres entre os presbíteros para fazerem orações de fé (Tg 5:14). Tito 1:15 mostra que somente homens foram prescritos para o presbitério. Em Filipenses 1:1 encontramos bispos e diáconos, não bispas nem diaconisas.
O movimento feminista de modo infeliz afirma que Paulo era machista. Essa acusação é macular a vida impoluta do grande servo de Deus e afrontar o próprio Deus, que lhe concedeu graça abundante e honras sem medida. Essa crítica ao apóstolo é mordaz e infame e mais do que isto, é calúnia abjeta, é blasfêmia. É preciso não esquecer que Paulo escrevia sob a inspiração divina. Recusar seus ensinamentos a respeito da função da mulher na igreja é subestimar a inspiração do Senhor. Numa visão profética, Paulo sabendo que essas suspeições iriam surgir no cenário secular e no contexto da igreja, antecipa seus esclarecimentos e diz que os seus escritos a respeito do papel da mulher na igreja, “são mandamentos do Senhor” (I Co 14:37). Quando o Senhor Jesus escolheu os doze discípulos, não incluiu nenhuma mulher. Isso significa que Jesus era machista? Não! Os doze escolhidos por Jesus foram homens por ser esta uma exigência fundamental para ser um modelo de liderança na igreja. Existiam mulheres discípulas e, foram mulheres exemplares que deixaram marcas inapagáveis pelos serviços que prestaram. Embora sendo colunas fundamentais, nunca ultrapassaram a função divina, sempre ocuparam sua esfera divinamente dada. É difícil compreender um crente piedoso e amante da sã doutrina se deixar levar por uma teologia anárquica.

Ir. Marcos Pinheiro

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

MULHERES PASTORAS: ESPÍRITO DE ANARQUIA (PARTE II)

MULHERES PASTORAS: ESPÍRITO DE ANARQUIA (PARTE II)


Aqueles que apóiam o ministério pastoral feminino se defendem alegando discriminação, preconceito e machismo contra a mulher por parte daqueles que preferem ficar com a Bíblia e não vêem este ministério contido nela. Muitos argumentos são usados por parte daqueles que defendem a ordenação de pastoras, porém sem nenhuma base bíblica. Alguns citam Ana, Débora, Miriã e a senhora eleita para defender sua posição inescriturística. Analisemos individualmente cada caso.

O CASO DE ANA
Em Lucas 2:36 encontramos: “E estava ali a profetisa Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser. Esta era já de avançada idade, e tinha vivido com o marido sete anos, desde a sua virgindade”. Muitos usam esta passagem como suporte para defender a ordenação de mulheres ao pastorado afirmando que Ana era uma pastora do Novo Testamento. Rejeitamos este argumento, pois analisando os versos 37 e 38, constatamos que Ana serviu a Deus jejuando e orando e não exercendo o ofício de pastora “E era viúva de quase oitenta e quatro anos, e não se afastava do templo, servindo a Deus em jejuns e orações, de noite e de dia. E, sobrevindo na mesma hora, ela dava graças a Deus e falava dele a todos os que esperavam a redenção em Jerusalém”. Observe que à semelhança de outros, Ana estava na expectativa da chegada de Cristo para a redenção de Israel. Qualquer mulher temente a Deus pode jejuar, orar e falar às pessoas sobre Jesus Cristo. Não há registros de quaisquer atos de Ana que qualquer mulher temente a Deus não possa fazer. Lucas a chamou de profetisa e não de pastora. Portanto, não se pode usar esta santa mulher como licença para violar os claros e inequívocos ensinamentos da Palavra de Deus.

O CASO DE DÉBORA
Em Juízes 4:4 encontramos “E Débora, mulher profetisa, mulher de Lapidote, julgava a Israel naquele tempo”. O versículo fala por si só, ou seja, Débora foi uma mulher casada, profetisa e juíza. Ela não foi sacerdotisa. O livro de Juízes revela o declínio espiritual e moral das tribos de Israel após se estabelecerem na terra prometida. A situação era de graves pecados “Os filhos de Israel tornaram a fazer o que era mal aos olhos do Senhor” (Jz 4:1). O povo estava sob a servidão de Jabim, rei de Canaã (Jz 4:2). Deus não encontrou um homem que estivesse na brecha por aquela geração. Então, o Senhor designou uma mulher como meio de envergonhar os homens pelos seus pecados e pela sua resistência ao enfrentar o inimigo. Até mesmo Baraque recusou-se a encarar o inimigo. No papel de profetisa, Débora disse a Baraque que o Senhor entregaria o inimigo em suas mãos. Mas, Baraque em sua covardia, não quis ir enfrentar o inimigo, a não ser que Débora o acompanhasse: “Então, lhe disse Baraque: se fores comigo, irei; porém, se não fores comigo, não irei” (Jz 4:8). Note o que Débora respondeu a Baraque: “E disse ela: certamente irei contigo, porém não será tua a honra pelo caminho que levas; pois à mão de uma mulher o Senhor venderá a Sísera (Jz 4:9). Débora prontamente concordou com o pedido de Baraque, mas o informou que daquela missão ele não teria nenhuma honra. Sísera seria apanhado pela mão de uma mulher. A observação de Débora implicava na seguinte verdade: se era motivo de vergonha para Baraque que uma mulher matasse Sísera, era muito mais vergonhoso ainda, que uma mulher fosse obrigada pela covardia dos homens a assumir a liderança, ou seja, ser o cabeça. Débora cumpriu cabalmente com fidelidade e obediência as atribuições que lhe foram dadas pelo Senhor. Ela reconheceu, mesmo na condição de profetiza e juíza, sua sujeição ao covarde e inseguro Baraque quando disse que o Senhor tinha dado Sísera na mão dele e não na sua “Então, disse Débora a Baraque: levanta-te, porque este é o dia em que o Senhor tem dado a Sísera na tua mão” (Jz 4:14). Como mulher de Deus Débora sabia que o Senhor elegera os homens para liderarem seu povo e não mulheres. Portanto, o caso de Débora não corrobora para a ordenação de mulheres ao pastorado.

O CASO DE MIRIÃ
Miriã foi profetisa em Israel e cantava louvores. Ela esteve ao lado de Móisés e Arão na liderança do povo de Israel de acordo com Miquéias 6:4 “Certamente, te fiz subir da terra do Egito e da casa da servidão te remi; e pus diante de ti a Moisés, Arão e Miriã”. No entanto, isto não muda ou minimiza as declarações do Novo Testamento a respeito da questão das mulheres na igreja. Nota-se que quando Miriã e Arão discutiam com Moisés, com respeito a sua esposa (Moisés havia se casado com uma etíope), Deus lembrou a Miriã e a Arão que Ele tinha somente um profeta em Israel, e ele se chamava Moisés “E disse: ouvi agora as minhas palavras; se entre vós houver profeta, eu, o Senhor, em visão a ele me farei conhecer ou em sonhos falarei com ele. Não é assim com o meu servo Moisés, que é fiel em toda a minha casa” (Nm 12:6-7). Vale salientar que o casamento de Moisés com uma mulher etíope não era imoral nem errado legalmente. A queixa de Miriã e de Arão era um pretexto fingido para encobrir a inveja que nutriam devido à autoridade de Moisés. Miriã ficou leprosa por consentimento divino. E, isto, por ter ela questionado a autoridade de Moisés. Deus falava diretamente com Moisés “Boca a boca falo com ele, e de vista, e não por figuras; pois, ele vê a semelhança do Senhor” (Nm 12:8). Portanto, a palavra que Moisés transmitia ao povo era a palavra autêntica de Deus. Embora Miriã e Arão tivessem posição de destaque entre o povo de Israel, eles tinham que se manter na posição que o Senhor lhes dera. Aliás, Deus mostrou que Miriã e Arão não tinham o mesmo grau de autoridade de Moisés. Assim sendo, as santas mulheres não têm o direito de se julgarem como tendo o mesmo nível de autoridade eclesiástica dos homens. O caso de Miriã não justifica a ordenação de mulheres a pastora.

O CASO DA SENHORA ELEITA
Um texto muito mal interpretado pelos defensores do motim feminino encontra-se em 2 João 1 “O ancião à senhora eleita e a seus filhos, aos quais amo na verdade e não somente eu, mas também todos os que têm conhecido a verdade”. Os defensores da ordenação de mulheres ao oficialato eclesiástico dizem que João estava se dirigindo a uma pastora. Examinando cuidadosamente a breve epístola, em nenhum instante o apóstolo se refere ao ofício de pastor. A expressão “À senhora eleita e a seus filhos” é uma maneira figurada de dizer “À igreja e aos seus membros”. Portanto, “senhora eleita” era uma igreja local que conhecia muito bem o apóstolo João. Não se refere a uma pessoa, muito menos a uma pastora. O versículo 13 diz “Os filhos da tua irmã, a eleita, te saúdam”, aqui temos uma referência a outra igreja co-irmã também chamada de “eleita”. Portanto, os que querem ver, além disso, estão deturpando o texto. Deus nos livre desta prática apóstata!
Diante do exposto aconselho as “pastoras” a se libertarem desse espírito anárquico.

Ir. Marcos Pinheiro

domingo, 14 de fevereiro de 2010

MULHERES PASTORAS: ESPÍRITO DE ANARQUIA (PARTE I)

MULHERES PASTORAS: ESPÍRITO DE ANARQUIA (PARTE I)


As mulheres da Bíblia deixaram marcas indeléveis pelos serviços que prestaram. Maria ungiu o Senhor para o seu sepultamento. Marta serviu o Senhor muito bem. Febe foi uma servidora da igreja e socorreu a muitos. Lídia hospedou o apóstolo Paulo em sua casa. Priscila, sujeita à supremacia e liderança do seu marido, ajudou Apolo a entender melhor os planos de Deus. Eunice e Loide deixaram exemplos admiráveis, dignos de imitação, na educação espiritual do jovem Timóteo. As mulheres trabalharam com Paulo na pregação do Evangelho. Há um registro no Antigo Testamento que deve ser lembrado. Trata-se de uma mulher generosa chamada Sunamita. Esta santa serva de Deus destacou-se pela nobreza de seus sentimentos, no sentido de oferecer hospedagem condigna e confortável ao santo homem de Deus Eliseu. Sara era uma mulher vigorosa, hábil e decidida. Ela permaneceu como exemplo das “santas mulheres que esperavam em Deus e estavam sujeitas ao seu próprio marido”, pois lemos “Como Sara obedecia a Abraão, chamando-lhe senhor, da qual vós sois filhas, fazendo o bem e não temendo nenhum espanto” (Pe 3: 6). Isto demonstra claramente a posição da mulher em relação ao homem e a prática seguida pelas piedosas mulheres da antiguidade. Dorcas é outro nome inolvidável na galeria das mulheres da igreja cristã na prática da assistência beneficente. A vida e as obras da benemérita Dorcas no campo da assistência social foram de tal maneira relevantes, que aprouve a Deus registrar o fato no livro de Atos, e ressuscitar a notável discípula, piedosa e consagrada, para dar continuidade à obra assistencial de filantropia cristã. Maria Madalena, Joana, Suzana e muitas outras mulheres, prestaram assistência ao Senhor Jesus com os seus bens “Maria, chamada de Madalena, da qual saíram sete demônios e Joana, mulher de Cuza, procurador de Herodes, e Suzana, e muitas outras que o serviam com os seus bens” (Lc 8:2-3). Quando Jesus ressuscitou dentre os mortos as mulheres foram as primeiras a dar a notícia alvissareira da ressurreição. Enquanto os discípulos dormiam, elas foram muito cedo para ungir o corpo de Jesus e, com espanto, encontraram o jazigo totalmente vazio!
Há registros bíblicos de excelentes testemunhos de mulheres crentes falando de suas experiências com Cristo. Citamos como exemplo a pregação da mulher samaritana depois do encontro marcante com Jesus à beira do memorável poço de Jacó. O Evangelho de Lucas (Lc 2: 36-38) registra um documentário a respeito de Ana, uma santa serva de Deus, profetisa, cuja vida em termos de oração e consagração, foi um paradigma para todas as mulheres contemporâneas e de toda as gerações. Na epístola aos coríntios, Paulo fala a respeito de mulheres orando e profetizando, nas reuniões da igreja, juntamente com os seus esposos e os demais irmãos. Isto mostra haver lugar para um serviço muito propício e abençoado para as mulheres, mas não inclui o ministério pastoral feminino na assembléia. Quando Jesus ordenou “Ide a todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura”, nessa comissão, a mulher estava incluída. O mesmo ocorre quanto aos sinais “Estes sinais seguirão aos que crêem”, e as mulheres se incluem na maravilhosa promessa “Aquele que crê em mim, fará as obras que eu faço”. Mas, em nenhuma parte da Bíblia vemos o ministério pastoral feminino. Examinando as Escrituras vemos que Deus chama a mulher para a obra sim, concede-lhe dons, porém não as ordena como pastoras. Não há dúvidas de que as motivações que levaram a ordenação de mulheres a pastoras não foram fruto de investigação bíblica, mas o resultado da influência do movimento feminista. Este movimento com suas mazelas e extremismos, pretende defender a mulher, mas o que faz, é atacar os princípios basilares da família e o papel do homem e da mulher.
Alguns defensores da ordenação de mulheres ao oficialato eclesiástico dizem: “Jesus escolheu doze homens para serem apóstolos porque Ele estava cumprindo a tradição da época; hoje esta tradição já não mais existe e podemos ordenar mulheres a pastoras”. É preciso entender que Jesus morreu precisamente por quebrar tradições escandalizando muitos judeus ortodoxos. As razões de Jesus ter escolhidos doze homens para apóstolos não era porque estava respeitando as tradições da época, mas as razões de sua escolha foram precisamente padronizadas desde a criação. Jesus estava sendo coerente com o padrão da criação que o próprio Deus estabeleceu para o bem da família antes da queda do homem, ou seja, o homem como cabeça. Isso indica que homem e mulher são iguais moralmente, mas, posicionalmente, o homem é o cabeça. É importante salientar que há diferenças consideráveis na Bíblia entre profetas, sacerdotes e reis. Estes postos requeriam um papel diferente na sociedade e no tabernáculo. No Antigo Testamento encontramos profetisas e rainhas dentro da nação judaica, mas nunca sacerdotisas. No Egito, Babilônia e outros povos pagãos, havia sacerdotisas, o que para os judeus, que muitas vezes se identificavam com práticas pagãs, não deveria ser escandaloso terem sacerdotisas em seus templos. Contudo, é inexistente qualquer referência a sacerdotisas no templo do povo de Deus em toda a Bíblia. Isso nos leva a concluir que não era por causa da mentalidade da época que não havia sacerdotisas, mas, sim, e unicamente por razões de ordem divina.
Descreverei a seguir a defesa de um herege quanto à ordenação feminina ao pastorado: “Em muitos lares a paternidade não funciona. O pai é degenerado e não exerce o seu real papel no lar. Aí, a esposa assume todas as funções, cuida e sustenta os seus filhos com amor e carinho. A esposa, mulher, torna-se uma heroína e tudo da certo. Assim também há pastores relapsos, não visita o rebanho, não cuida bem de suas ovelhas e a igreja não funciona como devia. Aí, uma mulher assume o pastorado e tudo ocorre bem, ou seja, é melhor termos uma mulher como pastora do que um pastor desleixado. É melhor ser bem liderado por uma mulher do que por um homem relapso”
Ora, um princípio divino não pode se anular pela perversão de alguns. Um erro não justifica outro. O fato de se ter líderes relapsos que não cuida bem do rebanho não justifica que devemos ter mulheres pastoras. Trago à lembrança as palavras exortativas do profeta Isaías “Levantai-vos, mulheres que estais em repouso, e ouvi a minha voz; e vós, filhas, que estais tão seguras inclinai os ouvidos às minhas palavras” (Isaías 32:9). Que as mulheres cristãs partam do estudo das Escrituras e obedeçam as instruções quanto ao seu relacionamento com o homem. Que possam está prontas a ilustrar, por seu comportamento, a maravilhosa verdade referente a Cristo e à igreja; a ser um testemunho individual de protesto contra o espírito de anarquia deste século.

Ir. Marcos Pinheiro

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

ADORAÇÃO OU ENTRETENIMENTO?

ADORAÇÃO OU ENTRETENIMENTO?


O entretenimento se tornou o valor primário no estilo de vida das pessoas. Vivemos numa sociedade que, de modo crescente, ruma para a forma mais do que para a substância, que abraça o superficial e valoriza a diversão como a maior busca da vida. Há evidências de que o cristianismo está sendo apresentado como forma de entretenimento, principalmente quando se trata de adoração ao Senhor. Diversão tem se tornado o critério pelo o qual as pessoas escolhem a igreja que vão. Não é pouco o número de crentes que agora escolhem uma igreja baseado no estilo de música que estimula suas emoções em vez de saber se a verdade está sendo ensinada e Deus está sendo glorificado.
Emoções alteradas não são, necessariamente, evidências de que a verdadeira adoração esteja acontecendo. A adoração genuína é uma resposta à verdade divina. Ela é emocionante por que brota do nosso coração devido ao amor que temos por Deus. A verdadeira adoração está no nosso espírito, no ambiente mais íntimo do nosso ser. Portanto, a questão não é o adorador ter uma voz, mas ter um cântico no coração. De modo geral a igreja tornou-se hedonista em sua maneira de adorar. É grande o número de pessoas que pensam haver adorado a Deus se saírem com sentimentos agradáveis do culto. A influência hedonista na adoração tem levado pessoas às igrejas com o objetivo de deleitar o ego em vez de glorificar a Deus. Para tais pessoas o prazer e não a pureza tornou-se o teste da adoração.
O foco da filosofia hedonista na adoração é produzir sentimento de êxtase, um estado pacífico da mente. Daí porque grande parte dos cânticos são instrumentos de auto-estima, auto-aceitação, auto-ajuda. É preciso entender que o verdadeiro adorador é aquele que busca o Reino de Deus e não aquele que busca alívio para seus sentimentos. É verdade que sentimentos agradáveis acontecem. Mas acontecem como resultado da adoração sincera e verdadeira. Aquele que deseja adorar a Deus tem que entender desde o primeiro momento que adoração é uma atividade espiritual que nada tem a ver com que se sente. Adoramos a Deus em virtude do que Ele é e não do que sentimos. Deus não se relaciona conosco através da nossa alma, das nossas emoções, do nosso sentimento. Jesus disse à samaritana: “os verdadeiros adoradores adorarão o pai em espírito”. Deus é espírito e se relaciona conosco através do nosso espírito. Em Filipenses 3:3 está escrito: “Nós adoramos a Deus no espírito”. É claro que a presença da grandeza, da majestade e da santidade de Deus torna-nos cheios de reverente temor e, como resposta a isso choramos, nos arrepiamos e trememos. Mas chorar, arrepiar e tremer são resultados por adorarmos em espírito. O inverso não é bíblico: não precisamos nos arrepiar ou tremer para chegarmos à adoração em espírito. O grande embuste da adoração hedonista é tentar levar as pessoas à adoração ativando suas emoções. A adoração bíblica e verdadeira não depende de nosso estado emocional, não se precisa criar um ambiente emocional para adorar a Deus. A influência hedonista tornou-se tão forte que os princípios teocêntricos da adoração bíblica foram perdidos. As igrejas providenciam um cardápio de diferentes estilos de adoração e as pessoas se transferem de uma igreja para outra dependendo desse cardápio. Assim sendo, a adoração passou a ser centrada no homem. Daí porque, cantores e bandas louvam para serem aplaudidos e receberem troféus e prêmios. Minha pergunta é: onde fica Deus nessa história?
Muitos “ministros de música” não querem ouvir nada a respeito de suas práticas de adoração. Querem continuar “adorando” a Deus no estilo sensacional, espetacular, hedonista. E, para justificar sua prática anti-bíblica apregoam: “O importante para Deus é a intenção”. Ora, existe adoração com intenção boa, mas que não vale como adoração verdadeira. Quando Davi quis trazer de volta a arca da promessa, ele tinha intenções puras. Davi e todo o povo de Deus estavam empenhados em trazer a arca da terra dos pagãos à terra de Deus. O plano de Davi de trazer a arca para Jerusalém e a disposição de Uzá de segurar a arca quando ela ameaçava cair do carro demonstram boa intenção e zelo, mas era uma atitude de descaso para com os padrões da Palavra de Deus que dizia que somente os levitas podiam transporta a arca. É preciso entender que nem tudo aquilo que tem a aceitação da maioria é aceito por Deus. Nem tudo aquilo que tem os aplausos do povo é aceito por Deus. É preciso muito cuidado porque aquilo que queremos dar ao Senhor pode ser uma abominação para Ele. Deus não deve ser adorado segundo imaginações e invenções dos homens. Isso significa que toda a criatividade humana deve estar submissa àquilo que o Senhor estabeleceu nas Santas Escrituras.
Em Levítico, encontramos uma situação assustadora. Nadabe e Abiú, duas pessoas de boa vontade, decidiram prestar culto a Deus e foram castigados. A Bíblia relata que “Saiu fogo de diante do Senhor e os consumiu; e morreram perante o Senhor” (Lv 10:2). A Palavra de Deus não dá a entender que Nadabe e Abiú foram oferecer incenso motivado pela hipocrisia. Também não há nenhuma palavra que deprecie o caráter desses homens. O motivo da não aceitação da adoração de Nadabe e Abiú não decorria de pecados ocultos nem de problemas ou relacionamentos não resolvidos. A única referência ao erro de Nadabe e Abiu está no v1: “E trouxeram fogo estranho perante a face do Senhor, o que lhes não ordenara”. Note: a adoração era estranha porque não foi de acordo com a orientação de Deus. O Senhor havia instituído uma ordem: somente Arão e seus filhos podiam oferecer o incenso no tarbenáculo (Ex 30: 7 e 10). O problema de Nadabe e Abiú foi tomarem a iniciativa de ministrar adoração não orientada por Deus. A adoração hedonista está fora dos padrões bíblicos.
A filosofia hedonista tem gerado o “profissionalismo da adoração”. Esse profissionalismo promove o prazer e o entretenimento, ama o sucesso, a cobiça e corrompe o santuário ao usarem métodos iníquos na adoração. A obra do “profissionalismo da adoração” é conduzir o povo de Deus a um furacão de eventos recreativos. Mas, nesse tempo do fim, Deus vai derrubar toda adoração apóstata. Deus vai dar um basta na adoração-show, na adoração-negócio, na adoração-circo, na adoração-humorística. Os dias dos cantores “superstar” vão acabar! Chega de show, chega de roubar a honra de Deus, chega de glamour, chega de representar, chega de religião-diversão, chega de corporativismo, chega de adoração-tola, chega de adoração-plástica, chega de adoração-superficial, chega de adoração-insossa, chega de adoração desprovida de substância. Em Jeremias 51:13 encontramos: “Ó tu, que habitas sobre muitas águas, rica de tesouros! Chegou o teu fim, a medida da tua avareza”. O Senhor vai por um fim a toda essa estultícia da adoração hedonista amante das diversões!
Ir. Marcos Pinheiro

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

ACONSELHAMENTO PSICOLÓGICO? ESSA NÃO!

ACONSELHAMENTO PSICOLÓGICO? ESSA NÃO!


A cultura pós-moderna tornou-se uma cultura da psicologia e, aparentemente, ninguém é responsável por seus próprios atos. Todos são vítimas: “meus problemas foram causados por outra pessoa”, “agi de modo impróprio porque sofri abuso na infância”, “tenho estes problemas porque passei privações quando criança”, “sou uma vítima do ambiente em que vivi”. A reação a essa vitimização maciça da sociedade é a terapia, e a igreja evangélica não é exceção à regra. A igreja evangélica foi seqüestrada pela psicologia e não quer retornar à sua habitação original. Seminários têm preparado seus alunos em uma variedade de linhas psicológicas sob o rótulo de conselheiros pastorais. Algumas das correntes psicológicas mais influentes e atuais nas escolas teológicas incluem a psicanálise de Freud, a psicologia analítica de Carl Jung, o aconselhamento de Carl Rogers e a psicologia fisiológica de Ladd. Pastores preparados sob a influência dessas correntes psicológicas têm influenciado toda uma geração de crentes, levando-os a pensar e agir de acordo com a terapia em voga, em vez de se pautarem pela orientação do Evangelho. A psicologia está sendo propalada ao povo de Deus com o propósito atroz de conduzir o crente ao descrédito na plena suficiência das Escrituras. A sua infiltração ocorre através dos púlpitos com sermões psicologizados e no aconselhamento pastoral onde a Bíblia é colocada em pé de igualdade com a psicologia. Hoje 90% dos livros de aconselhamento cristão tentam conciliar a Bíblia com a psicologia. Uma revista de escola bíblica dominical, cujo autor é psicólogo e pastor diz: “O presente estudo a partir da Bíblia e da psicologia tenta fornecer respostas às questões da vida”. Note que a Palavra de Deus foi acolhida no mesmo nível da psicologia. Estamos diante de um problema gravíssimo e muitos se deixam levar por esse engano maligno enquanto outros não enxergam esse perigo. Os cristãos estão plenamente autorizados a olhar com desconfiança a psicologia e suas teorias, já que negam a veracidade da Bíblia. Além disso, o sistema teórico da psicologia rejeita a autoridade que as Escrituras têm em matéria da alma humana.
As pressuposições que constituem a estrutura básica sobre a qual a maior parte da psicologia é praticada incluem o naturalismo que pressupõe que o Universo pode ser explicado inteiramente através do processo natural, portanto, rejeita-se a verdade de um Deus criador; o materialismo que defende que tudo que existe é composto de matéria e energia, portanto, nega a natureza espiritual do homem; o reducionismo que pressupõe que todo comportamento humano pode ser explicado pelos processos psicológicos, biológicos e químicos, portanto, nega a dimensão moral e espiritual da realidade; o empirismo que ensina que a pessoa só pode conhecer algo através do método científico, isso nega a existência de Deus, anjos e demônios; o humanismo que defende ser o homem o centro do Universo sendo um deus para si mesmo, isso descarta a Onipotência de Deus; o relativismo que diz que não existem parâmetros absolutos de certo ou errado, o que equivale à negação do padrão bíblico. Em síntese, essas pressuposições explicam o porquê da psicologia ser tão anticristã.
A psicologia procura olhar para dentro do indivíduo para encontrar bondade e força, ao mesmo tempo em que acusa as influências externas pelas deficiências do indivíduo. A Bíblia, por outro lado, ensina que o indivíduo é um pecador depravado, sem justiça própria e cuja esperança á a justiça imputada de Jesus Cristo. A psicologia é centrada no homem. A Bíblia é centrada em Deus. A psicologia ensina relativismo. A Bíblia ensina absolutos. A psicologia ensina que as pessoas têm as respostas da vida dentro de si mesmas, elas apenas precisam de ajuda para descobrir essas respostas. A Bíblia diz que as respostas para a vida são encontradas dentro das Escrituras, reveladas por Deus em Cristo “pelo seu divino poder, nos têm sido doadas todas as coisas que conduzem à vida e à piedade” (Pe 1:3). A psicologia ensina que a chave para os problemas pessoais está em algum lugar de seu passado. A Bíblia lida conosco no presente. Deus muda nosso interior sem olhar para as raízes das causas no passado. A Bíblia jamais recomenda que olhemos para trás, seja para os problemas de infância, seja para a co-dependência em relacionamentos passados. Se olharmos para trás é para enxergarmos o calvário e contemplarmos o que Ele fez por nós “esquecendo-se das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo” (Fl 3:13-14). O que temos que aprender em relação ao passado e que nos livrará de todo desconforto de culpa é a obra vicária de Cristo na cruz. Para a psicologia o conceito de culpa refere-se ao sentimento que a pessoa experimentou de ter violado algum princípio. Para a Bíblia o conceito de culpa está ligado ao pecado. Freud, no seu livro “O futuro de uma ilusão”, deixa claro que as doutrinas cristãs não passam de delírios da massa humana desamparada. Para o crente as doutrinas bíblicas formam o conjunto de preceitos, normas e princípios que regem sua vida “lâmpada para os meus pés é a tua Palavra, e luz para o meu caminho” (Sl 119: 105). Para a psicologia a felicidade é a combinação simultânea entre o mundo interno e o externo. Para Bíblia a felicidade é ter Jesus como Senhor e Salvador da vida. Portanto, usar a psicologia para cuidar da alma é como tratar um câncer com aspirina. Isto irá aliviar temporariamente a dor ou até mascarar os sintomas, mas nunca irá penetrar nos assuntos do coração, como faz a Palavra de Deus.
A psicologia não é um uniforme corpo de conhecimento científico, tal como a química ou a física. Quando falamos em psicologia, estamos nos referindo a um complexo emaranhado de idéias e teorias, muitas das quais se contradizem. A psicologia nem se quer provou ser capaz de lidar eficazmente com a mente humana ou com os processos mentais e emocionais. Assim, dificilmente, pode ser considerada como ciência. Se a psicologia fosse uma ciência verdadeiramente coerente, seria de se esperar que encontrássemos nela um montante considerável de concordância entre suas ramificações, como acontece na física, química ou biologia. Em lugar disso, encontramos centenas de psicoterapias e milhares de técnicas terapêuticas, todas diferentes e conflitantes entre si. Se a psicologia trabalhasse usando um código estrito de causa e efeito, em vez de pesquisa construída em causas que parecem ser relacionadas a efeitos poderia ser considerada uma ciência. O Dr. Karl Popper, considerado a maior autoridade na área da filosofia da ciência disse: “as teorias da psicologia para o comportamento humano, colocadas como ciência têm mais conteúdo em comum com mitos primitivos que com ciência”. Portanto, a relação da psicologia com as ciências naturais pode ser comparada à semelhança entre a margarina e a verdadeira manteiga. A margarina parece e se espalha como a manteiga, mas ninguém que a experimenta diz que são iguais. É lamentável vermos muitos pastores venderem o seu “direito de primogenitura”, ou seja, o aconselhamento genuinamente bíblico, pela “sopa de lentilhas” da psicologia. O aconselhamento que a psicologia oferece não pode substituir a sabedoria bíblica e o poder divino. A Palavra de Deus é suficiente para curar a vida mais arrasada, mais fracassada e mais infeliz. Não há trauma, complexo ou distúrbio na alma que o Senhor Jesus não cure. Não precisamos de aconselhamento psicológico. Fiquemos com a Palavra de Deus “A lei do Senhor é perfeita e restaura a alma” (Sl 19:7).

Ir. Marcos Pinheiro

sábado, 6 de fevereiro de 2010

DANÇAS E COREOGRAFIAS (PARTE II)

DANÇAS E COREOGRAFIAS (PARTE II)


A adoração é o assunto mais importante que confronta as igrejas bíblicas na atualidade. Hoje, muitos têm remodelado a Deus, transformando-o em um ser apenas um pouco maior que eles mesmos. Deus já não é mais o Infinito, o Todo-Poderoso, o Santo Deus que vê e sonda os corações. Ele é meramente um camarada ou um colega, que compartilha de nossa pequenez e trivialidade e aprecia nossa cultura alicerçada em entretenimento. Levando em conta a experiência de muitas igrejas, fica evidente que danças e coreografias como componentes de adoração divina traz consigo madeira, feno e palha, roubando o poder e a glória da verdadeira adoração. Muitos no afã de justificar o injustificável citam sempre as passagens de Salmos 150:4 e Salmos 149:3 como apoio bíblico para as danças e coreografias no culto a Deus. A primeira passagem diz: “Louvai-o com adufes e danças”. A segunda diz: “Louvem o seu nome com danças”. Nesses versículos a palavra hebraica para “dança” é “mâchowl" que deriva de "chuwl" significando “fazer uma abertura”. Portanto, “mâchowl” é uma alusão a um instrumento musical de tubo. Clemente um dos pais da igreja considerado o maior erudito do hebraico de sua época traduziu a palavra “mâchowl” como “flauta volteante”, Isto é, “coral-eco”, ou “coral que responde em eco”. Analisando o contexto dos Salmos a palavra “mâchowl” ocorre numa lista de instrumentos a serem usados na adoração a Deus. A lista possui sete instrumentos: trombeta, saltério, harpa, adufe, instrumento de cordas, címbalos sonoros e címbalos altissonantes. Sendo assim, a maioria dos hebraístas afirma que a tradução da palavra não é “dança”, mas “flauta volteante”, um instrumento musical, uma vez que o salmista está listando todos os instrumentos musicais a serem utilizados em louvor ao Senhor.
Outro destaque importante é a conotação figurativa existente nos Salmos. Observe que no Salmo 149:5 diz: “Exultem os santos na glória, cantem de alegria no seu leito”. Aqui o salmista encoraja o povo a louvarem o Senhor no leito. No verso 6 o louvor acontece com “espada de dois fios nas mãos”. É claro que a linguagem é figurativa, o salmista não está dizendo que os remidos devem louvar a Deus saltando e pulando nos seus leitos, nas suas camas, erguendo uma espada de dois gumes. No verso 1 do mesmo Salmo o salmista se refere a um cântico novo que será entoado só no céu, na assembléia dos primogênitos (Hb 12:22-24). Nos versículos 7 e 8 Deus é louvado por “exercer vingança entre as nações”, “meter os seus reis em cadeia” e “os seus nobres em grilhões”. O contexto desses versos não é de adoração direta no templo, o salmista não está sancionando, validando a dança na igreja, mas descreve poeticamente a vitória de Deus, numa ocasião sem similar: a vitória de Armagedon. De modo semelhante o Salmo 150 fala em louvor a Deus de modo figurativo. No verso 1, o contexto é o céu. O salmista diz: “Louvai-o no firmamento do seu poder”. Em nenhum momento o salmista, nesse Salmo, fala de louvor direto a Deus no templo, muito menos em uma igreja, no Novo Testamento. Como ainda estamos na terra e não no céu, não há nenhuma possibilidade de louvarmos a Deus “no firmamento do seu poder”. Portanto, o Salmo não dá permissão para “dançar para o Senhor” na igreja. Interpretar o Salmo como sendo um aval para se dançar no templo é forçar o texto.
Alguns para defender sua posição quanto às danças e coreografias citam Jeremias 31:4 “... E sairás com o coro dos que dançam” e Jeremias 31:13 “Então a virgem se alegrará na dança...” Nessas passagens a Young’s Literal Translation muito respeitada entre os doutores da língua hebraica, traduz a palavra “mâchowl” como “coro que responde em eco”. Portanto, os versículos devem se entendidos assim: “... E sairás com o coro que responde em eco (Jr 31:4); “Então a virgem se alegrará com o coro que responde em eco” (Jr 31:13). O capítulo 31 de Jeremias fala da restauração de Israel. O povo de Deus voltaria a viver unido sob a benção do Senhor. No v2 diz: “o povo que escapou da espada”, ou seja, este povo é o remanescente de todas as famílias de Israel que voltariam do cativeiro. Observa-se em todo o capítulo que as palavras proferidas são de emoção: “gritarão”(v6), “cantai com alegria”(v7), “exultai”(v7), “proclamai” (v7), “cantai louvores” (v7), “choro” (v9), “súplicas” (v9), pelo fato do Senhor dizer pela boca de Jeremias que fará um concerto novo e melhor com o seu povo. Os textos falam das “virgens de Israel” as quais sairiam nas danças dos que se alegram. Ambas as passagens faz referência às danças folclóricas sociais , executadas pelas mulheres. A imagem é de um desfile cívico-militar de Israel com cadência rítmica de cunho folclórico-social. Portanto, não é o contexto de adoração a Deus no templo.
Os modernistas-liberais insistem em citar as passagens de I Samuel 18:6; 21:11 e 29:5 para defender o indefensável. Essas passagens referem-se às danças das mulheres celebrando vitórias militares. Os versos falam do episódio das mulheres de todas as cidades de Israel dançando para celebrar a matança dos Filisteus por Davi. Em nenhum momento há recomendação que crentes as imitem. Aliás, não temos nesses textos adoração direta a Deus no templo.
Em Êxodo 15:20 fala de Miriã e as mulheres que dançaram para celebrar a vitória sobre o exército egípcio. Em Juízes 11:34 fala da dança da filha de Jefté para celebrar a vitória de seu pai sobre os filhos de Amom. Em Juízes 21:21 e 21:23, trata-se da dança das filhas de Siló nas vinhas. Nessas referências em nenhum momento a dança é parte de um serviço de adoração. As danças não eram componentes da adoração divina. Eram celebrações sociais ou celebrações de cunho folclórico de eventos especiais. Por isso ninguém pode dizer: a filha de Jefté, Miriã e as filhas de Siló dançaram, logo, podemos dançar no templo durante o culto divino. A Bíblia simplesmente cita tais danças sem nem de longe recomendar que os crentes e a igreja do Novo Testamento imitem. Além disso, a dança na Bíblia nunca foi executada como parte da adoração no templo, na sinagoga ou na igreja primitiva. As danças eram dissociadas do tabernáculo e do templo.
Algumas danças na Bíblia estão associadas com apostasia. Em Êxodo 32:19 registra os israelitas dançando no pé do Monte Sinai ao redor do bezerro de ouro. É um episódio abominável, pois se trata de uma adoração pagã. Em I Reis 18:26 registra gritos e danças dos profetas de Baal no Monte Carmelo. Há registro de danças dos israelitas em Sitim quando o povo começou a prostituir-se com as filhas dos moabitas (Nm 25:1). A malícia usada pelas mulheres moabitas foi convidar os homens para os sacrifícios dos seus deuses que normalmente envolvia danças.
Alguns dizem que a dança libera o poder de Deus, os movimentos coreográficos chamam a presença de Deus. Ora, o poder de Deus é liberado através da proclamação da Palavra, da oração e da adoração em espírito em verdade e, nunca através de danças. Não sejamos ingênuos!
A lição que a igreja precisa aprender é que a palavra “dança” nunca é usada uma só vez sequer em conexão com a adoração a Deus!

Ir. Marcos Pinheiro

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

DANÇAS E COREOGRAFIAS (PARTE I)

DANÇAS E COREOGRAFIAS (PARTE I)


O grande desafio dos princípios bíblicos concernentes a adoração é a recusa moderna de reconhecer o enorme abismo entre o santo e o profano. Até a década de 1960, a maioria dos líderes evangélicos acreditava que a igreja e o mundo representavam padrões opostos, bem como princípios diferentes, e tratavam os deleites mundanos com grande suspeita. A adoração nunca devia ser contaminada pelos objetivos desonrosos do entretenimento popular. Todos os cristãos sérios sabiam que empregar na adoração algo proveniente de uma cultura devassa seria pecaminoso. Nos dias atuais, infelizmente, muitos têm esquecido que Abraão, o pai dos fiéis, foi chamado a abandonar a cultura de um mundo pagão e viver uma vida de modo diferente para o Senhor. Também, os filhos de Israel, enquanto peregrinavam no deserto, foram severamente julgados por desejarem os potes do Egito. Se consultarmos o Antigo ou o Novo Testamento, veremos que pureza e separação são requeridas na adoração. Deve existir uma clara distinção entre o santo e o secular, entre o limpo e imundo.
A adoção de danças e coreografias como componentes da adoração divina é uma atitude de grande insensibilidade e crueldade pastoral, pois tem destruído nos jovens todo o senso de separação do mundo e entregando-os, como paralíticos espirituais, ao poder da cultura secular. Quer os seus defensores admitam isso, ou não, o movimento de danças e coreografias como adoração ao Senhor é o instrumento atual usado para derrubar as muralhas doutrinárias de Sião.
Muitos para justificar a dança e a coreografia como componentes de adoração a Deus dizem: “Davi dançou, porque não podemos dançar?”. Os defensores das danças e coreografias citam sempre as passagens I Crônicas15: 29 e 2 Samuel 6: 20. A primeira diz: “... chegando a arca do concerto do Senhor à cidade de Davi, Mical, filha de Saul, olhou de uma janela, vendo a Davi dançar e tocar, o desprezou no seu coração”. A segunda diz: “... Mical saiu a encontrar-se com Davi e disse: que bela figura fez o rei de Israel, descobrindo-se, hoje, aos olhos das servas de seus servos como sem vergonha, se descobre um vadio”. Baseado nessas passagens os defensores alegam: “como a única reprovação da dança de Davi parte de Mical e não de Deus, podemos dançar no culto divino; a Bíblia não registra em nenhum momento a condenação de Deus para essa atitude de Davi, a única reprovação é a de Mical, logo, podemos dançar”. Em I Samuel 6:14 lemos: “Davi saltava com todas as forças diante do Senhor; e estava cingido de um éfode de linho”. Não há dúvidas de que Davi estava cheio da presença de Deus. Davi estava pleno de regozijo. A sua dança foi legítima sem qualquer conotação de vadiagem ou imoralidade como insinuou sua esposa Mical. A éfode era uma vestimenta sacerdotal para adoração. Consistia de uma estola sem mangas para os braços e que se estendia até abaixo dos quadris. Então Davi não estava despudorado em sua vestimenta, ele estava vestido para adorar a Deus. Portanto, os saltos de Davi foram expressão de alegria na ocasião do retorno da arca a Jerusalém. Mical não compreendendo os motivos de Davi, e pensando que ele tinha se rebaixado diante dos povos, por ter se despojado das vestes reais, o repreendeu e desprezou-o em seu coração. Na visão de Mical, Davi não deveria ter se despojado das vestes reais e se portado como simples e humilde acrobata, se era para pular daquele jeito deveria ter contratado um dançarino.
Agora, a dança e a coreografia como componentes de adoração coletiva, não encontra respaldo nas Escrituras. Basta observarmos as atitudes posteriores de Davi. Em toda a preparação dos dispositivos para o culto no futuro templo (capítulos 16 a 29 de I Crônicas), Davi em nenhum momento encontra lugar para a dança. O episódio da dança de Davi foi um ato de máxima e santa excitação pela glória de Deus presente na arca. A dança foi a excitação santa de um homem santo que sabia a função da arca dentro do templo. E, não devemos esquecer que a dança de Davi foi uma atitude pontual e única. Esta manifestação da dança não se repetiria mais, mesmo nos mais exaltados momentos de júbilo. Assim, não podemos tomar um ato pontual e único e formar uma doutrina ou mesmo dizer “na minha igreja tem o ministério da dança”.
Aconselho aos modernistas-liberais, defensores da dança e da coreografia, que lêem os livros de I Crônicas, II Crônicas, I Samuel, II Samuel, I Reis e II Reis e tente encontrar outras danças de Davi. Davi nunca deu instruções aos levitas com respeito a quando e como dançariam no templo. Se Davi cresse que a dança e a coreografia deveriam ser componentes na adoração divina, sem dúvida, teria dado instruções aos músicos. Davi foi o fundador do ministério de música no templo. Ele deu claras instruções aos musicistas com respeito a quando e o que instrumentos usarem, mas não encontramos nenhuma instrução quanto a danças.
No Novo Testamento há duas palavras gregas para dança: “orcheomai” e “choros”. A primeira aparece quatro vezes. Duas relativas à dança sensual e pecaminosa da filha de Herodias “festejando-se, porém o dia natalício de Herodes dançou a filha de Herodias diante dele e agradou a Herodes” (Mt 14:6); “entrou a filha da mesma Herodias, e dançou...” ( Mc 6:22). As outras duas vezes aparece em Mateus 11:17 e em Lucas 7:32 fazendo referência às danças dos meninos. Nesses textos Jesus censura a geração de sua época comparando-a aos meninos que se assentam nas praças tocando e dançando, ou seja, Jesus diz que a geração de sua época é uma geração imatura tal como as crianças que tocam e dançam nas praças. A palavra “choros” aparece uma vez em Lucas 15:25 que é traduzida por dança, referindo-se à volta do filho pródigo. Ninguém pode usar a passagem de Lucas 15:25 para justificar a dança na igreja. Em primeiro lugar porque se trata de uma parábola, e não devemos formar doutrina de parábolas, em segundo lugar a dança, no contexto, não se refere à dança religiosa, trata-se de uma festa familiar. Não se trata de culto a Deus.
O cenário das danças e coreografias é, sem dúvida, o nosso inimigo, e não o nosso aliado. É bastante perceptível, que em todo lugar onde a dança e a coreografia tem sido adotado como expressão de adoração a Deus, se introduz uma perda de reverência, unida ao mundanismo e à superficialidade.

Ir. Marcos Pinheiro

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

ADORAÇÃO HOLLYWOODIANA

ADORAÇÃO HOLLYWOODIANA


Uma das maneiras que esta geração acredita que a sua necessidade de realização pessoal possa ser satisfeita é através do entretenimento. Infelizmente, a igreja foi contagiada por esta onda. Muitos líderes entendem que esta geração está buscando diversão, por isso adaptam suas igrejas a essas “necessidades", o que em grande parte explica seu crescimento fenomenal. Nesse contexto, a adoração que deveria ser em “espírito e em verdade”, passou a ser no estilo hollywoodiano, ou seja, coisas artísticas devem ser oferecidas ao Senhor como expressão de adoração. A adoração passou a ser passatempo, passou a ser vitrine de talentos próprios, uma expressão de dotes artísticos, estando, portanto, arraigada no desempenho humano.
Alguns pensam que o que determina a verdadeira adoração a Deus é a estética. Na adoração hollywoodiana, Deus passa a ser um “esteticista” sentado no céu assistindo com apreciação a beleza e a habilidade própria, ou seja, Deus é a platéia e os “adoradores” são os artistas. Deus passa a ser um espectador satisfeito com a performance estética dos “adoradores”. Em muitos templos a adoração a Deus transformou-se em Show, o verbo “to Show” do inglês significa apresentar, expor. Então, a palavra Show é a mais apropriada para os chamados “Shows evangélicos” porque na realidade não se trata de verdadeira adoração e, sim de uma apresentação, uma exposição. Nesses Shows prevalecem ginásticas rítmicas e psicodélicas de grande estímulo sensual. As pessoas estão iludidas de que devem expressar seus louvores a Deus com danças, movimentos corporais e dramas. A reforma protestante substituiu a pompa, a performance artística e esplendor estético pela simplicidade e fidelidade à Bíblia. A reforma protestante rejeitou as habilidades artísticas e a adoração teatral como expressão de adoração. O pastor e teólogo D.M.Lloyd Jones disse: “a reforma protestante acabou com as “peças ministeriais”, com as representações dramáticas na igreja, é muito triste observar que pessoas estejam tentando nos levar de volta àquilo que os reformadores rejeitaram”. Os promotores da adoração hollywoodiana provocam sensações com o objetivo de produzir euforia, histeria coletiva. O negócio é sacudir as emoções do povo. O grande mal desse tipo de adoração é que ela cria uma espiritualidade sintética, plástica, fantasiosa, não real e passageira. A conseqüência imediata é que uma pessoa pode viver escandalosamente no pecado e participar animadamente desse tipo adoração, pois a ênfase não é racional, não passa pela consciência, portanto, não levando à tristeza segundo Deus por se está em pecado.
Quando o que determina a adoração é um critério estético, a música passa a ser um meio de aguçar os sentimentos, de promover empolgação carnal, o que gera um estado emocional artificial. Ademais, nesse tipo de adoração o “adorador” passa a ser um animador de palco, um promotor de trivialidades. Nesse contexto a igreja se transforma num grande circo, numa casa de Show. O templo se transforma literalmente num “clubão” onde a reverência, a grandiosidade e a glória de Deus são postos de lado.
Um dos problemas da adoração hollywoodiana é que ela leva as pessoas a perderem o senso de separação entre a igreja e o mundo. Paulo disse a Timóteo “rejeita as fábulas profanas” (I Tm 4:7) estas fábulas têm muito a ver com o estilo de adoração hollywoodiana. Aqueles que ensinavam estas fábulas tomavam personagens do Antigo Testamento e os maquiavam, fabricando acontecimentos e mensagens muito além do que fora transmitido pelo texto. Eles apelavam astuciosamente ao gosto popular, e suas histórias prendiam a mente dos ouvintes. Sem dúvida, esses contadores de historias possuíam imenso carisma, e suas histórias eram memoráveis. Era um modo fascinante de divertir o povo. No entanto, ao ordenar a Timóteo que rejeitasse as fábulas, Paulo usou uma palavra interessante. Chamou-as de profanas, uma palavra que indica o oposto de reverência e respeito. Assim é a adoração estética à moda Hollywood, inventa atrativos após outro com o propósito de agradar e divertir o povo. Substituem a verdadeira adoração por luzes, fumaça, brincadeiras e gaiatices, onde a reverência é abandonada, dando lugar à superficialidade e à emoção vil.
O “deus das possessões” está muito presente no meio evangélico. Alguns cantores exigem o pagamento do cachê, em dinheiro antes da apresentação, do contrário recusam-se apresentar-se diante da multidão que os espera. Outros mudam de igreja ou equipe musical quando começam a achar que não vão ter futuro financeiro promissor. É um verdadeiro mercantilismo revestido de muita carnalidade.
A música evangélica jamais deve ter como propósito final e visão final o dinheiro, o lucro. Em nenhuma parte das Escrituras nos deparamos com situações onde os levitas cantavam e faziam apresentações para o povo. A verdade é que todo o povo louvava e adorava ao Senhor juntamente com os diretores de música e cantores. O apóstolo Paulo não queria para si além do que cobrisse suas necessidades imediatas. Ele nunca fez exigência financeira nem nunca impôs regras que lhe trouxesse benefícios como fazem esses “adoradores” de hoje. É preciso entender que o verdadeiro adorador é aquele que busca o Reino de Deus e não aquele que edifica seu próprio império. No coração do verdadeiro adorador não há espaço para monumento ao homem. O verdadeiro adorador está consciente de que ele é o que é pela graça de Deus. O marketing tem tomado conta do meio evangélico de tal modo que já se criou graus de qualidade para classificar as bandas e os grupos de cantores: ruim, regular, bom e excelente. Soube de uma cantora que foi ministrar o período de louvor em um retiro de jovens e, logo de início ela disse: “No final do louvor haverá uma secção de autógrafos”. Veja aonde chegamos! Em Gálatas 5:26, Paulo admoesta: “não nos deixemos possuir de vanglória”. Deus não procura estádios lotados, igrejas abarrotadas, auditórios cheios, músicos profissionais nem cantores famosos, Deus procura verdadeiros adoradores!

Ir. Marcos Pinheiro