RESTITUI-ME, QUE
TOLICE!
As pessoas creem em cada
tolice! “Restitui-me, eu quero de volta o que é meu” foi uma faixa que eu vi na
fachada de uma igreja. Essa frase nos lembra a atitude petulante do filho
pródigo da parábola narrada por Jesus: “Pai dá-me a parte dos bens que me
cabe”. Graças a Deus que esse pródigo teve anos mais tarde uma atitude
diferente. Arrependido, apresenta-se diante do Pai com o coração quebrantado e
nada reivindica. Estava consciente de não possuir direito algum diante do Pai.
Quando Jó perdeu tudo, numa
atitude de humildade perante Deus disse: “O Senhor deu, o Senhor levou, bendito
seja o nome do Senhor”. Jó estava consciente que tudo na vida era dádiva do
Senhor e que nada era dele por direito. O fariseu se sentia cheio de direitos
diante de Deus. Jesus diz que a sua oração foi ignorada por Deus. Devemos
aprender com Isaías que consciente de não poder subsistir diante de Deus na
base de direitos, clamou humildemente: “Ai de mim”.
Aqueles que se apresentam
diante de Deus reivindicando o que quer que seja na base de um pretenso
direito, são petulantes. Nós fomos comprados com o sangue de Cristo para sermos
propriedade Dele. Somos escravos de Cristo. Escravos não reivindicam. No Novo
Testamento, o relacionamento do crente com Cristo é retratado como uma relação
de Senhor e escrevo. Isso exclui toda reivindicação. Portanto, a frese
“Restitui-me, eu quero de volta o que é meu” é anômala ao Evangelho.
O Senhor tem bênçãos para
dar, mas não ao que o busca apenas para receber coisas materiais. Deus não se
manifesta em uma igreja que só busca Seus benefícios. Ele se manifesta àqueles
que buscam a Sua face. Nunca vi uma faixa “Venha aprofundar-se na Palavra de
Deus”. Esse tipo de expressão não dá Ibope. Não enche igreja. A maioria das
pessoas quer show. Não têm interesse em adquirir Sabedoria do Alto.
Nunca vi na fachada de uma
igreja uma faixa do tipo: “Campanha pela busca da santidade pessoal”. Aleluia!
Que campanha bíblica! É exatamente isto que o Senhor quer e espera ansiosamente
de cada um de nós: “Pois esta é a vontade de Deus, a vossa santificação” (I Ts
4:3), “Sede santos, porque eu sou santo” (I Pe 1:16). Isto afasta as pessoas,
porque elas estão preocupadas em obter coisas e não em serem semelhantes a
Cristo.
Vi faixas como: “Participe!
baile no dia das mães”. “Venha ao nosso São João com Jesus”, “Evangelismo
no carnaval: os foliões de Jesus”. A essas igrejas se aplica o trecho do
discurso de Estevão: “Mas nossos antepassados se recusaram a obedecer-lhe; ao
contrário, rejeitaram-no, e em seu coração voltaram para o Egito. Disseram a
Arão: faça para nós deuses que nos conduzam” (At 7: 39 - 40). As igrejas do “Restitui-me,
eu quero de volta o que é meu” pedem deuses do seu tamanho. São fraudulentas e
oportunistas. Enganam facilmente o povo. A faixa que deve ser entregue às
igrejas do “Restitui-me, eu quero de volta o que é meu” é Arrependei-vos.
Tenho dito,
Ir. Marcos Pinheiro
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