domingo, 29 de janeiro de 2017

IGREJA EUCALIPTO: GRANDE, MAS SEM RAIZES.



                   IGREJA EUCALIPTO: GRANDE, MAS SEM RAIZES.

Hoje, se procura uma igreja pelo que ela oferece. Procura-se pelos atrativos: Se há programa de relações sociais para os filhos, se há berçário, se o estacionamento é amplo, se as poltronas são confortáveis, se tem central de ar-condicionado, se oferece aulas de balé, se o pastor é um paizão. Uma igreja que chama as pessoas para engajar-se com Cristo para viver o Evangelho é coisa do passado. O cristianismo de hoje é meramente social, de compromissos mundanos e conveniências. Isso tem dado pernas para igreja de muita forma e pouca vida. Muito grande, mas sem raízes. É a igreja eucalipto.

O que dá vida à igreja não são programas especiais com cantores gospel e pastores da onda. Nem barulho. Nem gritaria. O que mantém uma igreja viva com raízes profundas é o ensino da Bíblia. A igreja eucalipto tem conhecimento bíblico epidérmico. A fé da igreja eucalipto são sensações. Sua vida espiritual é como a do movimento Nova Era: uma colcha de retalhos de pensamento ocos e intuições pessoais desconectadas da visão escriturística. A membresia da igreja eucalipto “decretam”, “amarram”, “reivindicam”, “tomam posse da bênção”, mas são irrelevantes para o mundo. Não o marcam. Os fortes ventos a derruba, pois não têm raízes profundas. Igreja eucalipto gera crente eucalipto.

Os crentes da igreja eucalipto sofrem de anorexia espiritual. Não querem Bíblia. Querem testemunhos esquisitos e experiências. A paixão é passar o tempo contando e ouvindo as últimas novidades. O estudo bíblico é secundário. O comprometimento com Cristo e a Sua Palavra também se tornou secundário. As mensagens são positivistas. As músicas são de autoajuda. As orações são de auto aceitação. O precioso alimento é retirado de circulação. O cristianismo anoréxico da igreja eucalipto produz uma fé fútil e sentimentos dispersos que não transformam o mundo.

A igreja eucalipto permanece refém da mentalidade hedonista. O mundo quer entretenimento e a igreja lhe dá. No culto a plateia passa a enxergar mais as luzes do púlpito do que a luz de Cristo. Os gritos histéricos tanto do pastor como da plateia sufocam a verdadeira adoração e a voz da Palavra de Deus.

O pastor da igreja eucalipto usa o nome de Deus no Púlpito, mas isso não significa muito. A serpente foi a primeira teóloga da história interpretando a Palavra de Deus. Ela usou o nome de Deus na célebre pregação para Eva. Atualmente, uma classe em extinção é a dos bereanos. Sejamos bereanos! Para não sermos eucaliptos. Nossa lealdade não é com os relatórios sociológicos, mas com a velha Bíblia. Nosso fio de prumo é a Bíblia.

Ir. Marcos Pinheiro

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