TEMPLO-MANSÃO: O BEZERRO DE OURO ATUAL
Na visão de muitos pastores
uma igreja de estrutura física pequena é irrelevante. A relevância é
quantificada pelo tamanho físico, pela estrutura, pelos múltiplos programas e
atividades. Mesmo que um drogado seja regenerado, uma prostituta se torne uma
excelente mãe, um depravado se torne uma pessoa santa e um criminoso se
converta, a igreja continua sendo irrelevante se estruturalmente é pequena.
A igreja deve ser percebida
não pelo seu tamanho físico. Sua utilidade e relevância residem em cumprir a missão
para a qual foi chamada: “E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós
seja batizado em nome de Jesus Cristo para perdão dos pecados; e recebereis o
dom do Espírito Santo” (Atos 2.38). A igreja do Senhor Jesus não está no mundo
para ser vista como estruturalmente pomposa, mas mensageira de um ultimato. Ela
deve chamar os homens ao arrependimento e a viverem uma vida santa e irrepreensível.
Na mente dos discípulos, o
templo de Jerusalém era uma grande obra. Tinha uma estrutura física inigualável.
Os discípulos, entusiasmados, levaram Jesus para mostra-lhe a suntuosidade do
templo, a grandeza das estruturas e as multidões que afluíam ao templo. Eles
esperavam elogios por parte de Jesus. Mas, Jesus jogou uma ducha de água fria
sobre o entusiasmo dos discípulos. Disse-lhes: Tudo isso vai se acabar. Não vai
sobrar pedra sobre pedra. A mensagem de Jesus para os discípulos era que eles
mudassem o foco de suas atenções. Tirassem os olhos da pompa, da suntuosidade.
Hoje, muitos ministérios
foram descaracterizados por causa de um enfoque equivocado sobre a igreja.
Assuntos espirituais deve ser a função primeira de qualquer ministério. E não
me digam que construção de mega-templos é coisa espiritual. Um pastor disse:
“Temos um mega-templo e mais: creche, casa de recuperação de drogados e asilo
de velhos”. O fato de ajudar os carentes não justifica os gastos com
mega-templo. Os benefícios realizados não justificam a suntuosidade e o luxo. O
fim não justifica os meios.
O que está por detrás das
construções de mega-templos é o orgulho. Pastores estão em competição acirrada nessas
construções. Cada um quer construir um templo maior, pois pastorear uma igreja
pobre, sem expressão visual não dá status. A preocupação é com a reputação
pessoal e não com a vontade de Deus. Deus é colocado na periferia e o fazer
humano no centro. Os alvos espirituais foram trocados pela performance, pelo
numérico, pelo quantitativo.
Há pastores que estão atolados
na autoidolatria. O mega-templo é o seu grande ídolo. É o seu bezerro de ouro.
A regra de vida de sua igreja não é o manual de Deus, a Bíblia. A saúde da
igreja está em maximizar as entradas financeiras. A espiritualidade é opaca.
É urgente abandonar o
bezerro de ouro do mega-templo e reentronizar o Deus verdadeiro em nossas
igrejas. Precisamos de vidas santas e não de estratégias para construção de
mega-templo. Necessitamos de um avivamento que acabe com o “eu”.
Tenho dito,
Ir. Marcos Pinheiro
Nenhum comentário:
Postar um comentário