O “EVANGELHO
PLEYBOY”
Vivemos
em uma época em que tudo que é moderno é bom e tudo que é antigo é
ultrapassado. Só o fato de algo ser moderno, é aceito, mesmo que o seu uso seja
antibíblico. A cruz é antiga. Mas, é ela que deve balizar nossa vida. Não
devemos ter a mente do mundo, mas a mente da cruz.
Para
satisfazer o interesse dos homens e mulheres, muitos pastores têm mudado a
mensagem que Cristo lhes ordenou que pregassem. Receosos de receberem
a rejeição dos seus ouvintes dizem "Nós não nos atrevemos a dizer nada que
lhes desagrade". É a “lei da esperteza”. Eu não encontro essa “lei” no
Novo Testamento. As pessoas que afluíam às reuniões da Igreja primitiva, não
esperavam afagos. Não esperavam outra coisa exceto perseguição. Crer em Cristo
equivalia a assinar sua própria sentença de morte.
Hoje, com
o Evangelho acomodado ao que as pessoas querem e a sã doutrina diluída não
é de se admirar que muitas igrejas estejam cheias de bodes. Um pastor que usa a
“lei da esperteza” perdeu a qualificação de servo de Cristo e não pode esperar
a sustentação divina em seu ministério. Semelhante a Esaú, ele trocou uma grande herança
por um ganho temporário. Ele vendeu o dia por causa de uma hora.
A característica da “lei da esperteza” é agradar,
agradar e agradar. Para agradar, a mensagem é putrefata. “Dentro de quatro
paredes vale tudo”. O sexo é rebaixado do nível do amor para o nível
instintual. O casal é coisificado. É estranho, mas pastores têm reduzido o
homem a um animal. Pregam que para apimentar o casamento o casal deve alugar
filmes pornográficos. Ou seja, o casal precisa se pornografar para ser feliz.
Que ensino maldito!
O casal que busca erotismo desperta
instintos, mas maltrata o casamento. Seu desejo sexual foi esvaziado de amor.
Se a única maneira de desejar o cônjuge é usando meios pornográficos, o
casamento vai mal. O melhor estímulo é a manutenção do romance, da continuidade
do relacionamento amoroso, gentil e respeitoso. Quem precisa de meios
pornográficos para ser desejado não é amado. É coisificado. É triste dizer, mas
muitos pastores estão pregando o “Evangelho Playboy”. O
“Evangelho Playboy” dá um banho de perdedor e não de vencedor aos que dele se
servem.
Há pastores que defendem que o casal precisa de
cenários e fantasias para se estimular sexualmente. “A esposa se veste de onça,
o esposo pega a sua espingarda e vai arrancar o coro dela”. Que ridículo! Se os
dois precisam desse cenário não há amor e o casamento está mal. Se o casal
precisa de imaginação, devaneio e fuga do real para o ato sexual, o casamento
está falido, pois não há amor.
A “lei da esperteza” usa o humor para estimular a
comunicação durante a pregação. Não há justificação escriturística para esse
instrumento. Não há humor na Bíblia. Não há humor no ministério de Cristo. Não
há humor no calvário. Não há humor na ressurreição, nem na Ascensão de Cristo.
Fazer humor com o Evangelho é costurar ossos secos.
É retirar a expiação de Cristo do seu lugar de honra. Por isso, não há
conversão através do humor. E, quando o humor é pornográfico, pior ainda. Vale
lembrar que Cristo salva pecadores, doutrina crente e edifica a Sua igreja
através dos meios fracos e loucos da pregação.
Ir. Marcos Pinheiro
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