sexta-feira, 23 de junho de 2017

O “EVANGELHO PLEYBOY”



                                    O “EVANGELHO PLEYBOY”

Vivemos em uma época em que tudo que é moderno é bom e tudo que é antigo é ultrapassado. Só o fato de algo ser moderno, é aceito, mesmo que o seu uso seja antibíblico. A cruz é antiga. Mas, é ela que deve balizar nossa vida. Não devemos ter a mente do mundo, mas a mente da cruz.

Para satisfazer o interesse dos homens e mulheres, muitos pastores têm mudado a mensagem que Cristo lhes ordenou que pregassem. Receosos de receberem a rejeição dos seus ouvintes dizem "Nós não nos atrevemos a dizer nada que lhes desagrade". É a “lei da esperteza”. Eu não encontro essa “lei” no Novo Testamento. As pessoas que afluíam às reuniões da Igreja primitiva, não esperavam afagos. Não esperavam outra coisa exceto perseguição. Crer em Cristo equivalia a assinar sua própria sentença de morte.

Hoje, com o Evangelho acomodado ao que as pessoas querem e a sã doutrina diluída não é de se admirar que muitas igrejas estejam cheias de bodes. Um pastor que usa a “lei da esperteza” perdeu a qualificação de servo de Cristo e não pode esperar a sustentação divina em seu ministério. Semelhante a Esaú, ele trocou uma grande herança por um ganho temporário. Ele vendeu o dia por causa de uma hora.

A característica da “lei da esperteza” é agradar, agradar e agradar. Para agradar, a mensagem é putrefata. “Dentro de quatro paredes vale tudo”. O sexo é rebaixado do nível do amor para o nível instintual. O casal é coisificado. É estranho, mas pastores têm reduzido o homem a um animal. Pregam que para apimentar o casamento o casal deve alugar filmes pornográficos. Ou seja, o casal precisa se pornografar para ser feliz. Que ensino maldito!

O casal que busca erotismo desperta instintos, mas maltrata o casamento. Seu desejo sexual foi esvaziado de amor. Se a única maneira de desejar o cônjuge é usando meios pornográficos, o casamento vai mal. O melhor estímulo é a manutenção do romance, da continuidade do relacionamento amoroso, gentil e respeitoso. Quem precisa de meios pornográficos para ser desejado não é amado. É coisificado. É triste dizer, mas muitos pastores estão pregando o “Evangelho Playboy”. O “Evangelho Playboy” dá um banho de perdedor e não de vencedor aos que dele se servem.

Há pastores que defendem que o casal precisa de cenários e fantasias para se estimular sexualmente. “A esposa se veste de onça, o esposo pega a sua espingarda e vai arrancar o coro dela”. Que ridículo! Se os dois precisam desse cenário não há amor e o casamento está mal. Se o casal precisa de imaginação, devaneio e fuga do real para o ato sexual, o casamento está falido, pois não há amor.

A “lei da esperteza” usa o humor para estimular a comunicação durante a pregação. Não há justificação escriturística para esse instrumento. Não há humor na Bíblia. Não há humor no ministério de Cristo. Não há humor no calvário. Não há humor na ressurreição, nem na Ascensão de Cristo.

Fazer humor com o Evangelho é costurar ossos secos. É retirar a expiação de Cristo do seu lugar de honra. Por isso, não há conversão através do humor. E, quando o humor é pornográfico, pior ainda. Vale lembrar que Cristo salva pecadores, doutrina crente e edifica a Sua igreja através dos meios fracos e loucos da pregação.

Ir. Marcos Pinheiro

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