DO
JEITO QUE O DIABO GOSTA
Muitos pastores têm
redefinido inescrupulosamente o Evangelho. Mas, o Evangelho continua sendo a
nossa bússola. Continua sendo a forma objetiva e explicita de relacionar nossos
deveres para com Deus e para com o próximo.
Hoje, há muitas pregações
que insinuam a desobrigação para com a Lei moral de Deus. É verdade que não
estamos debaixo da lei cerimonial. A lei cerimonial apontava para o Messias e
foi cumprida em Cristo. Não estamos presos a nenhuma ordenança da lei
cerimonial uma vez que pela graça de Cristo temos acesso direto a Deus pele
Espírito Santo sem intermediação dos sacerdotes. Agora, na Nova Aliança,
estamos presos à Lei moral de Deus.
A Lei moral de Deus permeia
toda a Bíblia. Através dela conhecemos nossos limites e nossas obrigações.
Compreendemos a extensão de nossa pecaminosidade. Muitos acham que por ter sido
alcançado pela graça de Cristo estão desobrigados da Lei moral de Deus. Ora,
Excluir a Lei moral de Deus na vida espiritual é descer ladeira abaixo. É
bailar com o diabo. É fazer do jeito que o diabo gosta.
Bailar como o diabo é achar
que o Evangelho não contém nenhum tipo de exigência. É excluir do Evangelho
toda sorte de solicitações imperativas. Não tem como os recursos de Cristo nos
ser suficientes se não sentimos qualquer necessidade de regular nossa vida pela
Lei moral de Deus.
O grande negócio do diabo é
a libertinagem. Sua meta é levar a igreja a excluir a Lei moral de Deus. Sua
estratégia é cochichar nos ouvidos da igreja lhe incentivando a abraçar tudo
que há na cultura moderna. Seu propósito é leva a igreja a ficar encantada com
a cultura decaída e libertina. O Evangelho que a sociedade quer é o “Evangelho
libertino”. Sem regras. Sem limites. Sem a Lei moral de Deus.
Ouvi um pastor dizer:
“Precisamos encontrar pontos de convergência com a cultura atual para tornar o
Evangelho relevante”. Que cegueira! Não existe e nunca existirão pontos comuns
entre o Evangelho verdadeiro e a cultura libertina. Querer encontrar pontos de
interesse mútuo entre o Evangelho e a cultura é um oximoro. É impossível uma
convivência pacífica do Evangelho e a cultura devassa.
Há pastores que estão
tentando cristianizar a libertinagem. Estão querendo santificar, como se isso
fosse possível, a concupiscência da cultura atual. Esses pastores estão
bailando como o diabo. Suas igrejas estão do jeito que o diabo gosta. Suas
igrejas viraram uma Bomboniere. As pessoas compram todo tipo de “benefícios”
que seus corações desejam.
As igrejas bomboniere
excluíram a Lei moral de Deus. Por isso, veem Jesus como um doce de pessoa. Tão
bacana. Tão amável. Tão gentil. Que levará todos ao céu não importando o estilo
de vida que levam. As igrejas bomboniere caracterizam-se pelos títulos: “Igreja
Assembleia de Deus do Poder de Deus”, “Igreja Presbiteriana Renovada das Causas
Impossíveis”, “Igreja Assembleia de Deus – Uma Promessa de Deus”. Eu estou
ainda à procura da “Igreja dos Pecadores Miseráveis Salvos pela Graça” ou
“Igrejas dos indignos”. Precisamos buscar o Evangelho que mata o “eu” para não
bailar com o diabo.
Ir. Marcos Pinheiro
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