domingo, 24 de janeiro de 2010

PROCURA-SE UM LÍDER

Procura-se um líder

Procura-se um líder que nunca pense que seu poder de persuasão pode produzir um regular crescimento de novos convertidos. Procura-se um líder que nunca pense que sua missão é estabelecer a boa vontade entre Cristo e o mundo, mas proclamar o santo evangelho a fim de não perder a visão escatológica e histórica. Procura-se um líder não do tipo “profissional da área religiosa”, mas “profissional da área celestial”. De preferência um líder que não tenha especialização em telemarketing, vendas de consórcio ou carnês do baú. Também não precisa ser especialista em análise de mercados e doutor em projetos mirabolantes de crescimento de igreja. Procura-se um líder que esteja mais interessado em pastorear seu rebanho tendo cada ovelha como um filho, do que contar cada um como um número. Esse líder pode ser de origem humilde, sem o grau de latu-sensu ou strictu-sensu. Que tenha apenas o bom senso de levar a sério o seu chamado de ganhador de almas, amigo do rebanho, pregador da Palavra, intercessor em oração pela sua comunidade, porta-voz da sã doutrina, respeitador, que sorria com os que sorriem, chore com os que choram, visite a viúva, o pobre e também o rico, que ame o belo, e acolha também o feio, que se importe com a dor de um idoso e com a alegria de um jovem, que seja manso e cordato, porém, peremptório em suas afirmações. Um líder que use a Bíblia como revelação de Deus, e não as publicações à la carte (bíblia da mulher, dos idosos, dos jovens, dos empresários, etc), o manual de igrejas do sucesso, ou quaisquer outros modismos que estejam em alta. Procura-se um líder que esteja de joelhos diante de Deus, pois é a única forma de não cair. Um líder que faça do templo um lugar onde os fiéis de consagrem para a oração, a meditação, a reverência e a dedicação a Deus. Que não faça do templo o lugar ideal para a “aeróbica cristã”, que faz com que os participantes suem tanto quanto numa academia de ginástica. Um líder que leve o rebanho a adorarem ao Senhor com as preciosidades da hinódia evangélica, com músicas firmadas nas verdades da Palavra de Deus e não em palhas e restolhos de emoção fútil. Um líder que diga a verdade, pela Bíblia, doa a quem doer, sem, contudo, jamais perder a doçura. Que nunca dê um by-pass na autoridade da Bíblia através de mensagens adocicadas para a aprovação dos homens, pois não é da aprovação dos homens que um líder necessita, mas sim, da aprovação de Deus (Ef. 6:6). Que seus apelos sejam sempre para os homens negarem a si mesmos, tomarem a cruz e a seguirem a Cristo por um caminho estreito. Nada de manipulação. Nos sermões nunca use de métodos espúrios, que não requerem nada mais que uma mera decisão, sem contemplar as verdadeiras implicações do que significa seguir a Jesus, mas preguem a “santificação sem a qual ninguém verá ao Senhor” (Heb. 12:14). Que o púlpito não seja um palco onde as pessoas são entretidas pelo humor e estórias engraçadas. Um líder que não busque os aplausos e a glória dos homens, mas a glória de Deus; que não esteja de olho nas recompensas terrenas, mas nas celestiais. Precisa-se de um líder que abra as portas da igreja para todos, mas coloque um aviso: “o pecador é bem-vindo; o pecado não”. Um líder que conscientize suas ovelhas a não terem receio de assumir posições indigestas para a grande maioria das pessoas tais como: um casamento que possua leito sem mácula, cristãos honestos em suas transações, cidadãos cumpridores de seus compromissos. Um líder que não coloque os fiéis bem sucedidos nos bancos da frente, e reserve os últimos assentos para os pobres e os inexpressivos socialmente. Que não dê assistência apenas para os que têm polpudos salários, desprezando os que contribuem com moedas de centavos. Um líder que saiba ser homenageado, rendendo honras a Deus, e saiba resignar-se, quando for esquecido. Um líder segundo o coração de Deus!
Ir. Marcos Pinheiro

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